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UFMS- UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL


Engenharia Física

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA LABORATORIAL


MEDIÇÃO DE GRANDEZAS FÍSICAS – Pêndulo Balístico

Profa. Dra. Dorotéia de Fátima Bozano

Discente: Vinicius Souza Franco

xxxxxxx de 2022

Campo Grande - MS

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OBJETIVOS
Estudar a colisão completamente inelástica entre um projétil e o corpo de um
pêndulo balístico. A conservação da energia mecânica, E (grandeza escalar), e do
momento linear, P (grandeza vetorial), do sistema serão avaliadas e utilizadas para a
determinar a velocidade de lançamento do projétil.

INTRODUÇÃO
Pêndulo balístico é um sistema que consiste de um pêndulo de massa M e
comprimento L que está imóvel, e um disparador que dispara uma “bolinha” de
massa m e velocidade v.
Podemos observar esse experimento atentando-se aos conceitos de momento
linear (também conhecido como momentum ou quantidade de movimento) e os de
energia cinética, potencial e mecânica.
A colisão entre a esfera e o pêndulo é do tipo inelástica, que se caracteriza
pela conservação do momento linear e pela não conservação da energia cinética,
devido a dissipações ocorridas durante a colisão. Você pode se perguntar sobre a
ausência de forças externas. Mas, no momento da colisão, mesmo que por efeito da
gravidade, a componente da velocidade que faz o sistema entrar em movimento é a
horizontal e essa não é influenciada pela força gravitacional.
Após a colisão, não há conservação do momento pois a gravidade age sobre o
sistema.
Apesar da não conservação do momento, há conservação da energia e
podemos utilizar disso para encontrar a elevação do pêndulo e o ângulo formado
estudando a conversão de energia cinética em potencial.
Um fenômeno pode ser observado quando corremos e pulamos em um
balanço. A pessoa que fizer isso pode notar que quanto maior for sua massa e
velocidade, mais alto será o balanço e maior será a variação do ângulo que a corda
faz com a vertical.
As medidas e cálculos realizados nesse experimento tem como finalidade
desenvolver um estudo concreto do movimento do pêndulo balístico, verificação dos
fenômenos físicos envolvidos e construção de um gráfico que comprove a
dependência linear entre a velocidade e o ângulo.
Para o estudo do pêndulo balístico vamos considerar e analisar três momentos desse
experimento. A seguir temos os esquemas que ilustram estas situações:
Figura 1. Representação do pêndulo parado

Na situação (I) uma partícula de massa m dotada de uma velocidade “v” vem
em direção ao pêndulo de massa “M” que estava em repouso.
Figura 2. Momento de colisão do projétil com o pêndulo

A situação (II) ilustra perfeitamente a inelástica entre os objetos. Como eles


se acoplam podem ser considerados como um único corpo de massa “m + M” e de
velocidade “V”.
Sabendo que de (I) para (II) tem-se uma colisão inelástica, pode-se usar o
conceito de conservação do momento linear.

(𝑚+𝑀)
𝑉𝟶 = 𝑚
2. 𝑔. 𝐿. (1 − 𝑐𝑜𝑠θ) (1)

Considerando (g = 9.8).
Podemos obter a velocidade V no instante (II) através da conservação do
momento do sistema, apesar da conservação da quantidade de movimento não há
conservação da energia mecânica por haver dissipação de energia durante a
colisão.
Figura 3. Movimentação do pêndulo após impacto
Do momento (II) para o (III) o pêndulo entra em movimento e sobe até uma
altura “h” formando um ângulo θ com o eixo vertical. Nesse processo a resultante
das forças que atuam sobre o sistema não é nula, então não temos a conservação
do momento linear. Porém há conservação da energia mecânica, transformando a
energia cinética inicial em energia potencial gravitacional.

MATERIAIS
Pêndulo balístico
Trena
Balança digital
Projétil de aço
MÉTODOS
O experimento de pêndulo balístico constituiu- se no lançamento horizontal de
uma bola de aço com massa m=101,15 g num equipamento de pêndulo balístico de
massa M=311,20g, a haste do pendulo com uma medida (L) de 30 cm, ou 0,300m
O pêndulo balístico é um dispositivo usado para determinar o módulo da
velocidade do lançamento de um projétil.
Para iniciar a experiência prende-se o pêndulo balístico ao lançador de
projéteis de modo com que a saída do lançador fique na mesma altura da entrada do
pêndulo.
Em seguida, verifica- se o nivelamento da montagem e coloca-se o marcador
em zero grau. Como equipamento balanceado, carrega-se o lançador com a bolinha
de aço e a dispara em direção ao cubo. Após o procedimento analisa-se a nova
posição da agulha a qual indicará o maior ângulo atingido pelo pêndulo.
Esse procedimento foi repetido dez vezes com o mesmo alcance e anotam-se
os valores em uma tabela. Com todos os resultados em mãos é obtido o valor do
ângulo médio através de média aritmética e desvio padrão.
RESULTADOS E ANÁLISE DE DADOS
Foi realizado o primeiro disparo e se obteve o seguinte ângulo, junto com sua
velocidade.

Medida do disparo θ Velocidade do disparo

39,5º 3,8703 m/s

N disparos Medidas em graus

θ1 42º

θ2 43º

θ3 39,5º

θ4 39,5º

θ5 43º

θ6 39,5º

θ7 39,5º

θ8 39,5º

θ9 38º

θ10 41º

Média ± Desvio padrão 40,9º ± 5,3141º

Com as medidas foi encontrado a média e seu desvio padrão, e além disso,
foi também realizado a fórmula da velocidade (fórmula 1) para encontrar também
seu respectivo desvio padrão.

Medidas em graus Velocidade e Desvio padrão


42º 4,3529 ± 0,08820 m/s

43º 4,5527 ± 0,24681 m/s

39,5º 3,8703 ± 0,03444 m/s

39,5º 3,8703 ± 0,03444 m/s

43º 4,5527 ± 0,24681 m/s

39,5º 3,8703 ± 0,03444 m/s

39,5º 3,8703 ± 0,03444 m/s

39,5º 3,8703 ± 0,03444 m/s

38º 3,5926 ± 0,21464 m/s

41º 4,1569 ± 0,01020 m/s

𝞓𝑉 4,0559 ± 0,9893 m/s

Como foi dito anteriormente, durante a realização do processo, especialmen e


ao ser puxada a corda para o lançamento da bola, deve ser le vado e m
consideração que é praticamente impossível que a corda seja puxada da
mesma maneira nas dez vezes em que foram realizados experimentos, já que isso é
feito por mãos humanas. Devido a esse motivo, foi possível notar a diferença entre os
valores observados para os ângulos máximos de desvio.

CONCLUSÃO
Após a realização da prática proposta, foi possível concluir que devido a falha
humana, os resultados obtidos não podem ser considerados ideais. Apesar disso,
podemos ter uma ideia bastante clara de quais são as aplicações principais do
pêndulo balístico. Podemos concluir que o experimento foi fundamental para o nosso
aprendizado.
A prática laboratorial juntamente com a explicação da docente, nos permitiu
um melhor entendimento de conservação de energia mecânica e do momento
angular, mostrando suas aplicações na prática do pêndulo balístico.
REFERÊNCIAS
[1] HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12.ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2015.
[2] Sistema de Ensino Poliedro, Pré-Vestibular, Física-Livro 4, 2015.

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