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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
PEN1878 - LABORATÓRIO DE MECÂNICA CLASSICA
DOCENTE: THATYARA FREIRE DE SOUZA
DISCENTES: DIEGO NASCIMENTO DE OLIVEIRA
PEDRO RYAN FERREIRA DANTAS

RELATÓRIO DE PRÁTICA EXPERIMENTAL


QUEDA LIVRE

PAU DOS FERROS – RN


JANEIRO/2024

1. OBJETIVOS
Documentar e analisar o movimento de uma esfera em queda livre,
destacando medições, incertezas, e aplicação de conceitos de MRUV.
Apresentar resultados, discutir a aceleração estimada, e fornecer insights para
futuras investigações.

2. INTRODUÇÃO
O estudo do movimento de queda livre dos corpos tem sido uma área de
interesse desde tempos remotos, despertando a curiosidade de filósofos e
cientistas ao longo da história. Aristóteles, no século IV a.C., acreditava em uma
relação entre o tempo de queda e a massa dos corpos, uma ideia que perdurou
por quase dois mil anos. No entanto, foi Galileu Galilei, no século XVII, quem
introduziu o método experimental na Física e desafiou essa concepção
aristotélica ao concluir que corpos leves e pesados, abandonados de uma mesma
altura, caem simultaneamente, alcançando o solo ao mesmo instante.

O movimento ideal de queda livre, onde um corpo é influenciado apenas


pela força da gravidade, serve como base teórica para compreendermos o
comportamento real de corpos em queda. Contudo, no mundo real, diversos
fatores, como a resistência do ar, podem influenciar o movimento, distanciando-
o do caso ideal. Este relatório busca explorar as nuances entre o movimento
ideal e o real, destacando a importância de distinguir essas características para
uma análise precisa.

Neste contexto, questionamentos sobre a interferência da massa do corpo


no tempo de queda, as funções que relacionam velocidade e deslocamento com o
tempo, a natureza da aceleração gravitacional e situações em que não podemos
desprezar a resistência do ar são fundamentais para compreendermos o
fenômeno da queda livre. Este experimento visa, portanto, validar equações de
movimento, estimar a aceleração gravitacional local e desenvolver habilidades
práticas em termos de análise de dados experimentais, construção de gráficos e
avaliação estatística de erros. Ao explorar tais questões, pretendemos aprimorar
nossa compreensão do movimento de queda livre e suas aplicações na Física.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

 Materiais e reagentes

● Dispositivo para a variação continua

● Bobina de retenção

● Chave do Disparato e retenção acoplada ao cronometro digital

● Sensor fotoelétrico com múltiplas esperas de posicionamento

● Cronometro digital

● Esfera metálica’

 Procedimentos experimentais
O experimento de análise do movimento de uma esfera em queda livre
teve início com a meticulosa verificação e confirmação de cada equipamento. Os
sensores, conectados ao cronômetro digital, foram cuidadosamente alinhados
verticalmente. A bobina de retenção, essencial para o experimento, foi
estrategicamente posicionada no ponto mais alto do dispositivo, que contava
com uma haste equipada com uma régua milimétrica, conforme ilustrado na
Figura 01.
FIGURA 01: Conjunto queda livre longo, com sensor e software
Fonte: Cidepe, 2024.

Após a devida conexão dos equipamentos à tomada, o sensor foi


posicionado na primeira altura a ser analisada, ou seja, no ponto 200 mm da
régua milimétrica. Posteriormente, o cronômetro digital foi configurado para
garantir a precisa registro do tempo.
A etapa seguinte envolveu o acionamento da chave de disparo e
posicionamento da esfera na bobina de retenção. Contudo, devido a
contratempos técnicos na bobina, a esfera não foi retida na primeira tentativa.
Foi necessário acionar repetidas vezes a chave de disparo até que a esfera fosse
devidamente fixada. Após essas tentativas, a esfera foi finalmente fixada, a
chave de disparo foi liberada, e a contagem no cronômetro teve início até que a
esfera passasse pelo sensor, interrompendo a contagem.
Este procedimento foi repetido cinco vezes para cada altura analisada,
assegurando uma coleta de dados robusta e confiável. Em cada repetição, o
tempo registrado no cronômetro foi observado e cuidadosamente anotado.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

As tabelas abaixo apresentam os valores registrados pelos discentes em


cada altura correspondente.

TABELA 01: valores para h=0,20m


Fonte: Autoria própria, 2024.

TABELA 02: valores para h=0,40m

Fonte: Autoria própria, 2024.

TABELA 03: valores para h=0,60m

Fonte: Autoria própria, 2024.

TABELA 04: valores para h=0,80m

Fonte: Autoria própria, 2024.


Os valores de tempo das tabelas foram obtidos pelos discentes através da
realização do experimento de queda livre, o valor da aceleração gravitacional (g)
1
foi calculado utilizando a formula h ( t )= > ² onde:
2
 h(t)= altura
 t²= tempo²
Substituindo os valores na formula e isolando o g (que é o valor que a ser
obtido) obtemos o valor da aceleração gravitacional.

TABELA 05: cálculos experimentais

Fonte: Autoria própria, 2024.

A tabela 05 apresenta respectivamente para cada altura a somatória da


aceleração gravitacional, a media da aceleração gravitacional, a somatória
utilizada para facilitar os cálculos do desvio padra e o desvio padrão.

Para calcular o desvio padrão é necessária a utilização da formula:

σ g=
√ ∑ (g 1−g)²
n

 g1: valor individual

 g: media dos valores


 n : número de valores.

TABELA 06: valores finais


Fonte: Autoria própria, 2024.

A tabela 06 apresenta os valores obtidos para a aceleração gravitacional


juntamente com sua margem de erro pra menos ou para mais.

5. CONCLUSÕES
Em síntese, o principio do relatório é aborda de forma clara o conceito de
queda livre, que tem como concepção o movimento retilíneo uniforme. Ao
analisar a relação entre a altura da queda e o tempo de queda, observamos uma
relação linear, conforme previsto pela equação do movimento uniformemente
acelerado.
As tabelas e gráficos apresentados nos resultados e discussão
exemplificaram com coerência aquilo que o movimente de queda livre demanda.
Os mesmo apresentam uma margem de erros causados por alguns fatores
externos como, por exemplo, a nivelação malfeita do equipamento, resistência
do ar entre uma ou outra série de fatores.
Em suma, os resultados obtidos reforçam a validade do modelo teórico,
enquanto as pequenas divergências destacam a importância da consideração
cuidadosa de fatores externos.

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