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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

Física Experimental I-2DB.012 – Prof.: Tiago Matos

Experimento realizado dia 09 de setembro de 2022

QUEDA LIVRE: CÁLCULO DA ACELERAÇÃO DA


GRAVIDADE LOCAL POR MEIO DO
EXPERIMENTO DE QUEDA LIVRE

Filipe Soares de Mello Ramon, Engenharia de Transportes

Iago Henrique Santos, Engenharia de Transportes

Thiago Peixoto Braga, Engenharia Mecânica

09 de setembro, 2022

Belo Horizonte-Minas Gerais


RESUMO:

O objeto em estudo consiste em uma experiência laboratorial em que se tem como


objetivo testar a força da gravidade que atua sobre uma esfera que é abandonada de
cima de uma ferramenta que mede, através de um sensor, o tempo de queda da esfera.
Dessa maneira, através desse equipamento utilizado, foi feito o teste 10 vezes, com
distintas alturas de posicionamento do sensor, e assim anotados todos os dados a fim de
por meio deles, calcular a força da gravidade e montar gráficos através do programa
SciDavis. Portanto, mediante do programa, foi possível além de analisar os dados com
mais clareza, chegar à conclusão da força da gravidade que foi encontrada através da
medição dos tempos em diferentes alturas.
1 INTRODUÇÃO

A experiência realizada em laboratório, tem como destaque a observação e estudo de um


corpo em queda livre, para análise e cálculo de sua aceleração gravitacional, utilizando
métodos de estudo e equipamentos em laboratório para comparar os resultados obtidos
no laboratório com a teoria já existente. (NETO,2019)

Quando um corpo se movimenta sujeito apenas à aceleração gravitacional, desprezando


qualquer tipo de resistência, dizemos que este corpo está em queda livre. Logo, queda
livre é um movimento que só existe no vácuo, pois, só assim, não temos a resistência do
ar. (NETO,2019)

É importante sabermos que a gravidade não é constante, seu valor varia de acordo com
o local do planeta onde será realizado o experimento. Assim, inicialmente desprezando a
resistência do ar, através do experimento e dos dados coletados, estudando as variáveis
de espaço, nesse caso a altura da queda de uma esfera de metal, e do tempo percorrido
por esta, podemos calcular o valor da gravidade local, experimentalmente.
(NETO,2019)
1.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Como dito anteriormente, usando o conceito citado de Queda Livre, podemos fazer a
seguinte análise, utilizando a fórmula de aceleração da gravidade (g) local, com (H)
sendo a altura entre a base da esfera, h0, sua altura inicial é v0, sua velocidade inicial:

H = h𝟎 + 𝒗𝟎𝒕 + 1/2𝒈𝒕²

Como o ponto de liberação do corpo é zero e a velocidade inicial também é zero,


teremos apenas:

H = 1/2𝒈𝒕²

∴ g=2H/t²

Isolando “g” para podermos assim encontrar a aceleração gravitacional de qualquer


corpo utilizado no experimento de queda livre.

Após o desenvolvimento dos resultados alcançados do referente experimento,


utilizamos a seguinte equação para encontrarmos a incerteza destes resultados, assim
estabelecendo uma margem de erro aos dados do experimento.

1.2 OBJETIVOS

O objetivo final do experimento é calcular a aceleração local da gravidade a partir de


dois dados obtidos experimentalmente, através de um aparato montado em haste
milimetrada, ligada a um sensor que medirá automaticamente o tempo de queda de uma
esfera metálica, após o desligamento de eletroímã que a mantém suspensa. Assim, dois
dados podem ser obtidos, sendo eles:

• A altura (H) entre a base da esfera metálica e o sensor de presença, medido pelo
grupo no comprimento da haste.

• O tempo (t) de queda medido por aparelho eletrônico, iniciando com a soltura da
esfera, e terminando durante a passagem do sensor.
2 DESENVOLVIMENTO

2.1 MATERIAIS

• Haste metálica milimetrada montada ao aparato para medição de (H)

• Paquímetro para medir a base do sensor

• Cronômetro ligado a eletroímã e sensor, para medir o tempo (t) de queda livre,
montados no aparato

• Esfera metálica usada como corpo de prova.

2.2 MÉTODO

Realizou-se a montagem do aparato e ajustou-se cuidadosamente a altura entre a base da


esfera, suspensa em repouso no eletroímã, e a posição do sensor na haste milimetrada.
Também é ajustado o cronômetro para a função em que será marcado o intervalo de
tempo entre a passagem de um objeto pelo sensor S1 (start), desligamento do eletroímã
e o sensor S2 (stop), passagem da esfera metálica no sensor de presença ajustado
anteriormente

2.3 PROCEDIMENTOS

Primeiramente, mediu-se através do uso do paquímetro, a parte do sensor de presença


que obstrui a haste milimetrada, impedindo sua medida. Essa medida foi utilizada
posteriormente para fins e ajuste da altura (H) final, usada nos cálculos da gravidade
local. E então mediu-se a altura inicial da esfera de metal, a partir de sua base, já na
posição de acionamento do aparato, via haste milimetrada.

Ajustou-se o sensor de detecção para a medida da Primeira Leitura e mediu-se sua altura
através da haste milimetrada, anotando em uma tabela. Acionou-se o aparato que faz a
soltura da esfera metálica e a medição do tempo de queda, e fez-se a leitura do tempo no
cronômetro também anotando-se o resultado em uma tabela, acompanhado da altura da
leitura correspondente. Repetiram-se os últimos dois passos nove vezes, como instruído.
Anotando os resultados obtidos.
3 RESULTADOS

Através do experimento feito no laboratório, foram obtidos os seguintes resultados de


tempo para suas respectivas alturas:

TABELA 1: Experimento de queda livre

Experimentos Alturas (cm) Tempos (s)


1 10,25 0,155
2 16,25 0,186
3 20,25 0,212
4 26,25 0,236
5 30,25 0,253
6 36,25 0,275
7 40,25 0,291
8 46,25 0,311
9 50,25 0,324
10 56,25 0,343

A partir desses resultados pode formar um gráfico de altura (h) versus tempo (s):

GRÁFICO 1: Altura versus tempo


Tipo de Ajuste Aceleração da Gravidade Erro Percentual

Linear (9,80 ± 0,04) m/s² 0,16 %

Polinomial (9,16 ± 0,3) m/s² 6,33 %

Como o experimento foi realizado em pequenas alturas para discussão dos resultados a
resistência do ar foi desprezada. Ao analisar os valores obtidos para a Aceleração da
Gravidade, com sua respectiva incerteza, pelo software SciDavis é possível observar
que o ajuste utilizando a regressão linear encontra valores mais próximos da Aceleração
da Gravidade teórica (9,784 ± 0,001) m/s² e com menor Erro Percentual.
4 CONCLUSÃO

Com base nos resultados do experimento realizado e do erro percentual encontrado é


possível inferir que o ajuste linear é o mais adequado para analisar os dados, visto que
ele obteve um valor mais próximo do valor teórico utilizado como referência.
5 REFERÊNCIAS

NETO, Luis Gomes De Negreiros et al.. Calculando a aceleração da gravidade no


laboratório de física experimental do campus cuité, por meio do experimento de
queda livre. Anais IV CONAPESC... Campina Grande: Realize Editora, 2019.
Disponível em: <https://www.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/56627>.

MENDONÇA, Diego. Apostila de Física Experimental 1

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