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Relatório 0: Revisão de Física Experimental A e B

Nome: Wellington Soares da Silva RA: 792045


Nome: Débora Negreiros da Silva RA: 800311
Nome: Pedro Luiz Villa Modena RA: 760583

1) Os conceitos de erro e incerteza são muitas vezes confundidos. Defina o que é


erro e o que é incerteza em um experimento? Quais as diferenças entre eles? Quais
são os principais tipos de erro e incertezas experimentais tratados na determinação
de uma grandeza física? Dê ao menos um exemplo para cada caso.

O erro é um conceito onde não há como medir um valor verdadeiro, ou seja, ele é
indeterminado e para isso precisaríamos de equipamentos perfeitos para uma
medição real, portanto o que medimos é uma estimativa próxima do real. Podemos
definir os tipos de erros como: erro sistemático, erro sistemático residual, erro
grosseiro e o aleatório.

O erro sistemático é um acúmulo dos erros que vem de equipamentos que estão
mal calibrados, que chamamos de erro sistemático residual, e processos errados de
medição do observador, que chamamos de erro grosseiro. Portanto o erro
sistemático é um erro que nunca será eliminado, apenas suavizado.

Já o erro aleatório, ele vem de imprevisões que podem ocorrer durante a medição
e que podem dar uma diferença entre as medidas. Para minimizar este erro, uma
possibilidade é fazer várias medições. Um exemplo é quando soltamos uma bolinha
do ar, várias medições precisam ser feitas, porque dependendo do procedimento
experimental nem sempre conseguimos garantir que a bolinha parta do mesmo
ponto ou, por exemplo,tenha sido afetada por uma corrente de ar durante a queda
em alguma das medições.

A incerteza é um conceito que é associado ao erro, como já dito, não


conseguimos medir um valor verdadeiro e a incerteza é uma estimativa do valor
próximo ao verdadeiro. Por isso, ela é avaliada levando em consideração as
variáveis de erros sistemáticos e aleatórios. Um exemplo é uma régua que tem uma
incerteza estimada de aproximadamente metade da menor divisão. Assim, para
uma régua graduada em cm, teremos 0,5 cm, um valor aproximado para sua
incerteza. Desse modo, dependendo do fabricante e da graduação da régua, o valor
da incerteza pode variar.

2) Calcule a incerteza a ser propagada (σ𝑦) para o valor da grandeza 𝑦 = 𝑓(𝑡), que
tem dependência funcional com a variável (𝑡 ±σ 𝑡) dada por:
(a)𝑦 = 𝐴. 𝑒𝑥𝑝(− 𝑡/𝐴)

σ𝑦 = 𝑒𝑥𝑝(− 𝑡/𝐴)σ𝑡

2
(b) 𝑦 = 𝐴𝑡 + 𝐵𝑡

σ𝑦 = (𝐴 + 𝐵𝑡)σ𝑡

𝐴 𝐵
(c) 𝑦 = 𝑡
+ 2
𝑡

−2 −3
σ𝑦 = (𝐴𝑡 + 2𝐵𝑡 )σ𝑡

(d) 𝑦 = 𝐴. 𝑠𝑖𝑛(𝐵𝑡)

σ𝑦 = |𝐴𝐵𝑐𝑜𝑠(𝐵𝑡)|σ𝑡

Onde 𝐴 e 𝐵 são constantes positivas.

3) Represente corretamente as grandezas abaixo:

(a) (33,0784 ± 0,2) 𝑠

(33,1 ± 0,2) s

(b) 𝑥 = 6,890 𝑚, ∆𝑥 = 0,3828427 𝑚

(6,9 ± 0,4) m

(c) (18,9433 ± 1,01) 𝑚

(18,94 ± 1,01) m

(d) (1022,72 ± 10) ℃

(1023 ± 10) ℃

(e) (9,756281 ± 0,1) 𝑔

(9,8 ± 0,1) g
(f) 𝐸 = 5,684 𝐽, ∆𝐸 = 0,621 J

(5,7 ± 0,6) J

4) Considere o gráfico de posição, em metros, versus tempo (em segundos) abaixo.


Corrija as informações ou elementos que faltam para ele ficar completo.

5) Considere um experimento de queda de dois corpos onde foram medidas as posições de


lançamento em função do tempo. Dois corpos foram lançados nesse experimento, ambos
feitos de uma folha de papel A4 e com diferentes formatos (uma esfera e uma placa). Um
vídeo ilustrativo do experimento está disponível no AVA2. Os resultados obtidos
experimentalmente encontram-se na Tabela 1.
Resultados e discussão:

Mediante aos gráficos apresentados a seguir, a relação entre a posição e tempo de dois
corpos distintos em queda, à primeira instância, aparentam ter comportamento semelhante
a um polinômio de grau dois, com um crescimento uniforme, ou seja, conforme o
deslocamento é maior a velocidade tende a aumentar. Com isso, nos apropriamos da
2
equação do movimento uniformemente acelerado: ∆𝑆 = 𝑉0𝑇 + (𝐺𝑇) /2
Onde S representa o eixo das ordenadas, e T o eixo das abscissas. Contudo, os
corpos foram lançados do repouso então a velocidade inicial é zero, então obtemos
2
a seguinte equação para o ajuste: ∆𝑦 = (𝐺𝑥 )/2. Logo, G (aceleração
gravitacional) se torna o parâmetro que devemos apurar.
Gráficos obtidos: SciDAVis

Para o gráfico 1 obtemos o valor de G próximo de (923,353 ± 13,730)cm/s²


Entretanto, para o gráfico 2 obtivemos como resultado do ajuste um valor de
(509,803± 23,932)cm/s².

Devemos também considerar que a aceleração gravitacional pode variar em


diferentes regiões terrestres por conta da altitude, então não é problemático
algumas variações mínimas do valor frequentemente utilizado de 980,665 cm/s².

No entanto, é evidente que os pontos do segundo gráfico estão muito mais distantes
da curva de ajuste. A partir disso, podemos nos questionar sobre a interferência de
outras variáveis tendo em vista quais foram as diferenças entre os lançamentos
realizados.

Por ser plausível, vamos apenas discutir o formato do objeto como única
diferença no experimento.

A força de arrasto é a grandeza responsável por essa discrepância, pois ela atua
em sentido contrário a força gravitacional e tem dependência com a área do objeto,
logo se faz mais efetiva na placa, por conta da seção de sua área perpendicular
com a velocidade. Além disso, fica claro durante a experimentação, visto que a
placa cai por último.

O que ocorre vetorialmente então é a diminuição da velocidade por conta dessa


compensação de forças, visando o gráfico, isso é perceptível pelas inclinações das
curvas, o gráfico 1 está levemente mais inclinado.

Sendo D=(ρACV²)*1/2 , uma das equações que descreve o arrasto onde também
vale ressaltar que ρ é a densidade do fluído onde o corpo está imerso e C é o
coeficiente de arrasto determinado experimentalmente que pode variar também com
a velocidade.

Conclusão:

Portanto, apesar das discrepâncias apresentadas, poderíamos para uma melhor


averiguação, construir uma relação matemática com novas medições e propagação
de incertezas que incluíssem a massa dos corpos e outras variáveis como a força
de arrasto que tornassem o ajuste mais preciso, e através delas estimar novamente
a aceleração gravitacional e comparar com o resultado obtido anteriormente.

No entanto, o ajuste adotado foi graças a um modelo matemático definido


posteriormente. Uma alternativa interessante é encontrar métodos e artifícios para
encontrar as equações do movimento ao se apropriar das medições necessárias,
sem se utilizar de uma modelagem.

Por fim, de fato obtivemos resultados muito próximos do que era esperado para
esse experimento, levando em conta tudo o que abordamos.

Referências bibliográficas:

[1]HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física. 9.ed. Rio de


Janeiro: LTC, 2012. v. 2.
[2] Departamento de Física. Apostila de Física Experimental A, São Carlos: DF,
2015.
Apêndice:

Equação utilizada para o cálculo no exercício 2

𝑑𝑓(𝑡)
σ𝑦 = || 𝑑𝑡 ||σ𝑡

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