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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS


DEPARTAMENTO DE FÍSICA
FÍSICA EXPERIMENTAL I

MOVIMENTO DE UMA MASSA M EM TRAJETÓRIA CIRCULAR

ACADÊMICOS: EDUARDO KAZUYA RA: 98821


LUISA NATSUMI 93912
LILIAN AYUMI 93321

ENGENHARIA DE ALIMENTOS 7024-01

PROFESSOR: REGINALDO BARCO

MARINGÁ, 07 DE JULHO DE 2016


INTRODUÇÃO
O movimento circular uniforme ocorre quando sua trajetória assume uma
circunferência. Existem vários exemplos de movimento circular uniforme no
cotidiano tais como rodas de veículos em movimento, ventiladores, rodas
gigantes, etc.

Como também sendo um movimento, possui velocidade constante porém uma


velocidade angular devida a sua circunferência.

Que é dada pela seguinte equação:

∆ϑ
ωm
∆t

Onde:

ω m= velocidade angular do móvel com sua medida em rad/s.


Δθ = deslocamento do móvel.
Δt = tempo.

Quando juntas, a função linear e angular formam uma nova equação que é
dada por:

V =ωR

Onde:

v = velocidade linear
ω = velocidade angular
R = raio

Por consequência de ser um movimento há presença de uma aceleração, no


caso chamada de aceleração centrípeta (ac) que é dada pela equação:

a V²
c=
R

Sendo o R o raio da circunferência.


Além das velocidades também há um período (T), que neste caso sendo um
movimento circular uniforme seria o tempo que demoraria a completar uma
volta que pode ser descrita pela equação:

2 πR
V=
T

Para realizar este experimento vê se necessidade do uso de uma plataforma


de Azeheb que consiste em uma plataforma de alumínio que gira em torno de
um eixo. Sendo mais precisa que uma plataforma de Pasco, porem em ambas
são possíveis de determinar a força centrípeta necessária para manter o
movimento circular uniforme.
OBJETIVO

Determinar a equação de movimento de um corpo de massa M em trajetória


circular e caracterizar o tipo de movimento circular.

MATERIAIS
Conjunto experimental Azeheb contendo uma plataforma rotaria, com
roldana, massa, contra peso, dinamômetro 2N; fonte de alimentação, fios
condutores com conectores, fio inextensível, cronometro, nível, régua ou trena
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
A montagem experimental foi realizada de acordo com a figura 1 como segue
abaixo:

Figura 1: ilustração esquemática da montagem experimental realizada.


Para que fosse possível o início da primeira parte do experimento, foi
medido do raio fixo da trajetória, e o peso das massas com o suporte, onde
esta foi colocada para estabelecer o equilíbrio. Feito isso, as massas foram
retiradas e, coma ação de uma força externa, o aparelho foi colocado em
movimento e o equilíbrio foi atingido novamente. Assim, foram tomadas as
medidas de tempo para oito de voltas. Este procedimento foi realizado por
quatro vezes para cada valor de massa que foi alterada, e seus dados
anotados na tabela 1.

Para a segunda parte, com a mesma montagem e procedimento experimental,


as massas foram tomadas como fixas para um certo raio variável. Medidos os
tempos para oito voltas, o procedimento foi realizado por quatro vezes para
cada raio, e seus dados foram anotados na tabela 2.
RESULTADOS
Tabela 1: dados obtidos experimentalmente para os valores de massa variável.
m(g)±0,01 t1(s) t2(s) t3(s) t4(s) tM(s)±σ
30,85 13:66 13:60 13:82 13:63 13:68±0.1
70,21 10:13 10:22 10:03 10:22 10:15±0.1
110,15 8:46 8:38 8:40 8:47 8:43±0.04
140,35 7:97 7:93 7:94 7:93 7:94±0.02
170,92 6:94 6:87 6:88 6:94 6:91±0.04
M(g)=158,8±0,01 R(cm)=15±0,05

Tabela 2: dados obtidos experimentalmente para os valores de raio variável.


R(cm) t1(s) t2(s) t3(s) t4(s) tM(s)±σ T(s)
±0,05
7 7:68 7:66 7:66 7:63 7:65±0,02 0:957
13 9:97 10:04 10:06 10:12 10:05±0,06 1:256
15 10:94 10:94 10:91 10:90 10:923±0,0 1:365
2
19 12:03 12:09 12:10 12:09 12:076±0,0 1:510
3
23 12:63 12:69 12:65 12:67 12:660±0,0 1:583
3
M(g)=158±0,01 m(g)=57,17±0,01
ANÁLISE

PARTE 1
Através dos dados coletados no experimento, calculamos o período (T), a
força (F) e a velocidade (V), através das respectivas equações, com os valores
apresentados na tabela a seguir:

tm
T= (1)
8
F=P=m. g (2)
2 πR
V= (3)
T

Tabela 3: Valores calculados do período, força e velocidade.


Período (s) Força (N) Velocidade (m/s)
1,71 0,303 0,55
1,27 0,688 0,742
1,05 1,080 0,898
0,99 1,376 0,952
0,86 1,676 1,096

Tabela 4: Com os valores obtidos, confeccionamos um gráfico de FxV. Os


valores com os módulos de escalas são:
Velocidade (m/s) Força (N)
74,8 45
101 103
122 161
129,5 205
149 250
Podemos observar que o gráfico apresentou uma curva. Interpretamos
que a constante de proporcionalidade b, deve ser 2. Para isso, relacionamos:

 Em repouso, nós temos que


F−P=0
Isso porque o sistema se encontra em equilíbrio, onde o
deslocamento da mola igual a força peso empregada no sistema, ou
seja,
Kx=m. g
Sendo K a constante de mola e x o deslocamento.

 Em rotação, a igualdade anterior será igualada a:

Kx=m. g=F=M . aradial

Sendo M a massa que rotaciona em conjunto com o sistema e F a força


peso. Para que o movimento seja uniforme a aceleração tangencial deve ser
nula, para que a=a radial

Essa Aceleração radial é dada pela equação: (R=raio e v=velocidade


linear)

v2
a=
R

Com isso, se analisarmos as equações, teremos que

2
v
F=m . a=M .
R

E relacionando com a proporção do gráfico F ∝ C . v b, na qual c é uma


constante, teremos que aC=M / R e vb = v2 ou seja nossa constante de
proporcionalidade b deve ser 2.

Ao transportarmos os dados, sem módulo de escala, para um gráfico di-


log para obtermos nossa equação da reta y=a+bx e os valores de comparação
( a proporção e a constante), calculamos:

∆ y log (1,4 )−log ⁡(0,52)


b= = =1,99
∆ x log (1,15 )−log ⁡(0,7)
O erro percentual é de:

% ∆= |2−1,99
2 |
=5 x 10 −3
%

Para a constante C

M 0,1588
C= = =1,058
R 0,15

Experimentalmente, calculando com um ponto:

Fi 0,3025
C= b
= =1,13
vi 0,551,99

O erro percentual é de

% ∆= |1,058−1,13
1,058 |
=0,068 %

PARTE 2

Na segunda parte realizamos os mesmos procedimentos variando o raio


e mantendo a massa fixa. Obtemos:

Tabela 5: Raio de velocidade angular calculados.

Raio (cm) W (rad)


7 6,56
13 5,00
15 4,60
19 4,16
23 3,97

A equação utilizada para o cálculo da velocidade angular foi:


w=
T

Assim como na primeira parte a força envolvida é:


v2
F=m . a=M .
R

Neste caso a velocidade linear utilizada, é substituída pela velocidade


angular, através da equação dada por:

v=W . R

Sendo w a velocidade angular e r o raio.

Teremos por fim:

2
F=M W R=mg

Isolando o R obtemos:

mg 1
R= .
M exp w2

Com a velocidade angular W-2

Ao analisarmos ao gráfico di-log RxW confeccionado temos a relação:

R ∝C 2 . w b ''

Ou seja, nosso b’’ = -2

Comparando os resultados temos

∆ y log ( 2,2 )−log ⁡(10)


b= = =−1,80
∆ x log (5,6 )−log ⁡(13)

O erro percentual foi de:

% ∆= |−2−(−1,80)
−2
= 0,1% |
CONCLUSÃO
É possível concluir que a análise experimental é condizente com a
teoria, como obedecendo o movimento circular uniforme, pois o gráfico no
papel di-log foi caracterizado com tendência linear e no papel milimetrado foi
obtido o comportamento não linear, devido a ação da aceleração no sistema.
Porém, alguns pontos não foram posicionados em cima da reta do gráfico no
papel di-log devido à alguns erros que podem ter ocorridos durante o
procedimento experimental, como a não exatidão na medição de tempo para
um certo número de voltas e desgaste do material por exemplo, interferindo na
análise e interpretação dos resultados. Embora certos agentes tenham
interferido na exatidão do experimento, os desvios encontrados foram de
5.10-³% para o coeficiente angular b, 0,068% para a constante C, e 0,1% para
o coeficiente angular b’’, em que estes valores estão dentro da margem de erro
de no máximo 10%, concluindo que o experimento foi bem executado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] H. Mukai e PRG Fernandes, Manual de laboratório – Fisica 1- DFI/UEM-
2008 a 2015
[2] http://brasilescola.uol.com.br/fisica/movimento-circular-uniforme-mcu.htm

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