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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - UFCG

CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA - CCT


UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA
DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL
DOCENTE: WILTON PEREIRA DA SILVA
DISCENTE: LIVIA MARIA LEAL

OSCILADOR MASSA-MOLA

CAMPINA GRANDE
2023

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Sumário

1. INTRODUÇÃO3

1.1. OBJETIVO4

1.2. MATERIAL UTILIZADO4

1.3. MONTAGEM4

2. PROCEDIMENTOS E ANALÍSES4

2.1. PROCEDIMENTOS5

2.2. ANÁLISES6

3. CONCLUSÃO10

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1. INTRODUÇÃO

Este relatório irá apresentar o experimento sobre oscilador massa-mola. O experimento


que foi realizado tem como a finalidade estudar o comportamento do período de um oscilador
massa-mola, desenvolvendo o seu estudo teórico.
Este experimento foi realizado com instrumentos como uma balança, um cronômetro,
um conjunto de pesos padronizados. Levando em consideração que, devido ao acionamento do
cronometro, temos uma certa imprecisão, visto que, o tempo de reação do experimentador pode
não ter sido exatamente no momento que a animação foi acionada ou até mesmo algum
problema no equipamento de medição. Para diminuir as discrepâncias das medidas dos
movimentos, foram realizados tratamentos estatísticos.
Um oscilador massa-mola é um sistema composto por uma mola ideal, de constante
elástica (k), fixa a um corpo de massa (m) efetuando um movimento oscilatório. Nesse sistema
um corpo de massa (m) realiza o Movimento Harmônico Simples (MHS) quando, sobre uma
trajetória retilínea, oscila periodicamente em torno de uma posição de equilíbrio, sob ação de
uma mola que origina força denominada força restauradora (F) que sempre é dirigida para a
posição de equilíbrio. Essa força é a força elástica fornecida pela seguinte expressão,

𝐹 = −𝑘𝑥

Expressão determinada por Robert Hooke, o qual falou "Se o sólido for deformado além
de determinado ponto, denominado limite elástico, ele não retornará a sua forma original,
quando suprimida a força externa aplicada, sendo o intervalo de valores de forças aplicadas
para as quais é válida a lei de Hooke denomina-se região proporcional."
Um exemplo de movimento periódico como o oscilador massa-mola é omovimento de
rotação da terra em torno do próprio eixo, com período aproximado de 24h, movimento
associado aos dias e as noites.

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1.1.OBJETIVO

Estes experimentos têm como o objetivo investigar, experimentalmente, o


comportamento do período de um oscilador massa-mola em função da massa pendurada na
extremidade inferior de uma mola suspensa na vertical. Desenvolver um estudo teórico que leve
à previsão deste comportamento e, através da comparação dos resultados teórico e
experimental, determinar não só a constante de elasticidade da mola como também o erro
experimental cometido.

1.2.MATERIAL UTILIZADO

• Corpo Básico; • Molas;


• Cronômetro;
• Suporte para Suspensões • Bandeja;
Diversas;
• Conjunto de Massas • Balança;
Padronizadas;

1.3.MONTAGEM

2. PROCEDIMENTOS E ANALÍSES

A seguir, serão apresentados os procedimentos e análises obtidas a partir do experimento.

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2.1.PROCEDIMENTOS

Em primeiro lugar, foi usado a balança analítica do laboratório para medir as massas da
bandeja e da mola, as massas respectivas foram para a massa da bandeja (mB) = 6,572 e para a
massa da mola (mM) = 26,197. Após realizar a medição, foi identificada a mola a ser estudada
(R6), adicionando-a a massa de 160g à bandeja e abandonando-a na posição de equilíbrio,
dando um pequeno impulso vertical à bandeja, de forma que o sistema oscile nessa direção (o
impulso deve ser pequeno para que as espiras da mola não se toquem nenhum momento durante
as oscilações), logo após foi medido o intervalo de tempo gasto para que o sistema massa-mola
complete dez oscilações, com o intervalo obtido foi dividido por dez para obter o período (T)
de oscilação do sistema massa-mola. Foi repetido o mesmo processo diminuindo 20g a cada
processo até completar a tabela. Os resultados obtidos foram guardados na Tabela I.

Tabela I (Massas adicionais e período)

1 2 3 4 5 6 7 8

ma (g) 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 160,0

0,684 0,878 1,038 1,146 1,281 1,359 1,468 1,549


T (s)

A partir dos dados da Tabela I, foram obtidos os dados da Tabela II, a qual relaciona a
massa total suspensa mt (massa adicional somada à massa da bandeja) com o período T.

Tabela II

1 2 3 4 5 6 7 8

mt (g) 26,572 46,572 66,572 86,572 106,57 126,5 146,5 166,5


2 72 72 72
0,684 0,878 1,038 1,146 1,281 1,359 1,468 1,549
T (s)

A partir da Tabela II foi criada a Tabela III adicionando às massas daquela tabela o valor
1 1
de 𝑚 = ∗ 26.197 = 8.7323 para considerar a energia cinética da mola.
3 𝑀 3

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Tabela III

1 2 3 4 5 6 7 8

mt (g) 35.304 55.304 75.304 95.304 115.30 135.3 155.3 175.3


3 43 043 043 043
0,684 0,878 1,038 1,146 1,281 1,359 1,468 1,549
T (s)

2.2.ANÁLISES

A partir dos dados da Tabela II, foi traçado o seguinte gráfico,

da massa total suspensa mt versus o período de oscilação T, o gráfico obtido parece


descrever a função,

mt = ATB,

pois tem uma aparência de uma parábola com o seu vértice na origem, podendo assim,
tirar o valor de A e B, por meio do Labfit. O resultado obtido foi para A = (62,38± 0,82), já para
B = (2.244± 0,038).

A partir dos dados da Tabela III, foi traçado o seguinte gráfico,

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Do mesmo modo, que o gráfico gerado pela Tabela II, tem uma aparência de uma
parábola com o seu vértice na origem, podendo assim, tirar o valor de A e B, por meio do Labfit.
O resultado obtido foi para A = (71,5± 1,0), já para B = (2,033± 0,040).

Na seguinte imagem será apresentado o diagrama de corpo livre para a massa total
suspensa numa posição x qualquer em relação à posição de equilíbrio.

Se o corpo é deslocado para uma determinada posição, esticando a mola, a mola passa
a exercer sobre o corpo uma força de intensidade 𝐹 , a qual é dirigida à posição de equilíbrio
do sistema. Desse modo, a força é proporcional à deformação sofrida pela mola, 𝐹 = −𝑘𝑥,
sendo “k” a constante elástica da mola e “x” o deslocamento. À medida em que o corpo se
afasta da posição em direção ao ponto de equilíbrio, a intensidade da força vai diminuindo e se
anula quando o corpo atinge a posição de equilíbrio. Nesse determinado ponto, a aceleração é
nula, ao atingir o ponto de equilíbrio a velocidade é máxima e o corpo ultrapassa a posição de
equilíbrio, comprimindo, assim, a mola.

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Nesse momento, passa a existir uma força sobre o corpo, dirigida para o ponto de
equilíbrio e, portanto, em sentido contrário ao da velocidade. Dessa maneira, o movimento é
retardado e a velocidade se anula.
Em resumo, ponto de equilíbrio é aquele em que a força exercida pela mola sobre a
massa é nula. Representando, assim, o menor valor de energia potencial elástica. Quando o peso
da massa é igual em grandeza à força elástica da mola, porém apontada na direção contrária,
mantendo assim, a bandeja na posição de equilíbrio.
Na seguinte imagem será apresentado o diagrama de corpo livre sobre as oscilações da
bandeja em torno da posição de equilíbrio (PE).

A bandeja está abaixa da posição de equilíbrio (PE), assim, a força elástica da bandeja
é maior que o peso dela. A partir da segunda lei de Newton 𝐹 = 𝑚𝑎, sendo assim,

𝐹ⅇ𝑙 − 𝐹𝑝 = 𝑚𝑎

sendo 𝐹ⅇ𝑙 (Força elástica) e 𝐹𝑝 (Força peso), como a força elástica é −𝑘𝑥 e a força peso
é 𝑚𝑔, a fórmula acima pode ser escrita como:

−𝑘𝑥 − 𝑚𝑔 = 𝑚𝑎

Com o resultado obtido pelo Labfit a partir da Tabela II calculou-se a constante elástica
da mola, pela seguinte expressão,

𝑘
=𝐴
4𝜋 2

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k (constante de elasticidade da mola), o A foi obtido a partir da teoria do desvio sendo
(62,4± 0,8), iremos usar o valor do A para realizar o cálculo. Assim, para “k” o valor obtido foi
de 2463.45 g/s2, que é o mesmo que 24.6345 N/m. O seu erro percentual foi de 12.2%.
Com o resultado obtido pelo Labfit a partir da Tabela III calculou-se a constante elástica
da mola, considerando a sua energia cinética, pela seguinte expressão,

𝑘
=𝐴
4𝜋 2

k (constante de elasticidade da mola), o A foi obtido a partir da teoria do desvio sendo


(71,5± 1,0), iremos usar o valor do A para realizar o cálculo. Assim, para “k” o valor obtido foi
de 2882,70 g/s2, que é o mesmo que 28.8270 N/m. O seu erro percentual foi de 1.65%.

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3. CONCLUSÃO

Portanto, como já havia dito na introdução deste documento, o cronômetro é uma fonte
de incerteza significativa, uma forma de tornar mais confiável é a utilização de um cronômetro
de alta precisão, assim, reduzindo as incertezas.
Assim como, erros incluindo as medições da mola e da bandeja, logo, para reduzir as
incertezas, seria adequado o uso de técnicas de medição, ademais considerar todas as fontes
potenciais de erro e os fatores externos das forças dissipativas. E o “instrumento” mais básico
que é realizar o experimento (as medições) diversas vezes para que chegue mais próximo ainda
do valor real, diminuindo ainda mais as incertezas causada por esses fatores.
Com a análise dos erros percentuais revelou que o primeiro conjunto feito pela Tabela
II (12.2%) apresentou um erro percentual muito maior que o feito pela Tabela III (1.65%).
Ficando evidente, que a consideração da massa equivalente da mola realçou o acordo entre o
experimento e a parte teórica.

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APÊNDICE

A seguir estão expressos os cálculos realizados

• Cálculo para o k (constante de elasticidade da mola)

𝑘
=𝐴
4𝜋 2
𝑘
= 62,38
4𝜋 2
𝑘 = 62,38 x 4𝜋 2
𝑘 = 2460.16 g/s2

Para realizar a conversão temos que

𝑔 ⅆ𝑦𝑚
=
𝑠2 𝑐𝑚
Assim,

ⅆ𝑦𝑛 𝑁
𝑘 = 2463.45 = 24.6345
𝑐𝑚 𝑚

• Cálculo para o k (constante de elasticidade da mola) levando em


consideração a energia cinética

𝑘
=𝐴
4𝜋 2
𝑘
= 71.5
4𝜋 2
𝑘 = 71.5 x 4𝜋 2
𝑘 = 2882.70 g/s2

Para realizar a conversão temos que

𝑔 ⅆ𝑦𝑚
=
𝑠2 𝑐𝑚

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Assim,

ⅆ𝑦𝑛 𝑁
𝑘 = 2882.70 = 28.8270
𝑐𝑚 𝑚

• Erro percentual

O erro percentual vem da relação entre as seguintes fórmulas, o erro de uma


medida,
𝜖 = 𝑉ⅇ𝑥𝑝 − 𝑉𝑣
e o erro relativo,

𝜖 𝑉ⅇ𝑥𝑝 − 𝑉𝑣
𝜖𝑟 = → 𝜖𝑟 =
𝑉𝑣 𝑉𝑣

Assim, erro percentual fica,

𝐵ⅇ𝑥𝑝 − 𝐵𝑡𝑒𝑜
𝜖𝑝 = 𝜖𝑟 × 100 → 𝜖𝑝 = × 100
𝐵𝑡𝑒𝑜

Para a Tabela II

2.244 − 2
𝜖𝑝 = × 100
2
𝜖𝑝 = 12.2%

Para a Tabela III

2.033 − 2
𝜖𝑝 = × 100
2
𝜖𝑝 = 1.65%

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