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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES: SISTEMA MASSA E MOLA

Generson Eduardo F. da Silva – Física Experimental I – Departamento de Física


da Universidade Federal do Triângulo Mineiro: genoedfs@gmail.com.

UBERABA-MG

10/11/2019

1.0 RESUMO

A sétima prática teve como o objetivo o de determinar a constante elástica para


uma mesma mola utilizando dois métodos distintos: dinâmico e estático. O primeiro deles
se trata do uso do movimento harmônico simples, no qual utilizaríamos uma interpretação
diferencial em relação à lei de Hooke para encontrarmos o período das oscilações e então
essa constante. Enquanto o último tão somente usaríamos as leis de Newton para achar a
constante. Em especial, compararíamos ambos os resultados e finalmente
selecionaríamos os métodos mais adequado entre os analisados em questão.
Palavras chave: Lei de Hooke, Força, Energia, Constante Elástica.

2.0 INTRODUÇÃO

Na natureza, existem forças que dão origem à uma chamada “reação normal de
contato”, por exemplo, quando colocamos um corpo sólido na superfície do outro. Apesar
dos átomos nunca se tocarem de fato - por não possuírem superfícies bem definidas como
em bolas de gudes - há posições no espaço para qual as forças entre eles se anulam, uma
distância de equilíbrio. Comprimindo os átomos até um certo ponto A, surgem forças
repulsivas se opondo à compreensão.
O contrário também é válido, pois ao distender o sistema até outro ponto B, no
sentido oposto ao de A, aparecem forças atrativas fazendo as partículas tenderem a
aproximar dessa distância de equilíbrio novamente. “Se pusermos AB de modo que a
força varia linearmente com a deformação (deslocamento das posições de equilíbrio) num

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entrono de r0, o sistema se comporta como uma mola na posição de equilíbrio” (Moysés,
2002). Tendendo a voltar a ela quando distendido ou comprimido como uma força
restauradora proporcional ao deslocamento da posição inicial de equilíbrio.

2.1 EQUAÇÕES ÚTEIS

𝐹 = −𝐾𝑦 (2.2)

𝑚ÿ = −𝐾𝑦 (2.3)

𝐾
ÿ++ 𝑦= (2.4)
𝑀

ÿ + 𝑤2𝑦 = 0 (2.5)

𝑀
𝑇 = 2𝜋√ (2.6)
𝑘

Considerando a massa da mola

𝑀 + 𝑚⁄3
𝑇 = 2𝜋 √ (2.7)
𝐾

4𝜋² 4𝜋²𝑚
𝑇2 = 𝑀+ (2.8)
𝐾 3𝐾

𝑚𝑔 = 𝑘𝑦 (2.9)

3.0 OBJETIVOS

Determinar a constante elástica de uma mesma mola por dois métodos


diferentes: estático e dinâmico. Em seguida comparar os resultados obtidos em ambos e
selecionar o mais viável para esse tipo de prática. E, finalmente, construir os gráficos.

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4.0 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

A seguir o passo das atividades experimentais em cada um dos métodos.

4.1 MATERIAIS

Tabela 1. Materiais:
Mola Pesos (5 deles)
Tripé de Azeheb Cronômetro digital

4.2 MÉTODOS

Dividiremos essa prática em dois momentos, no primeiro deles a mola se põe em


movimento harmônico simples na orientação vertical do movimento (eixo y) variando de
forma fixa ao entorno de sua posição de equilíbrio (r0) ora comprimindo ora distendendo.
Já na segunda parte ela se encontrará em equilíbrio estático e, à medida que se aumenta a
carga agindo sob ela, ocorre uma variação (em y) da distância de equilíbrio r0 de modo
que ela esteja imóvel durante as medidas.
Colocando a mola no tripé de Azeheb pomos os pesos de maneira gradual até
sua carga máxima (5 pesos). Para cada peso adicionado calculamos o período
característico da situação analisada: um peso e seu período; dois pesos e seu período;
assim por diante. Em cada massa suspensa à mola o tempo de oscilações será calculado
para dez oscilações e após anotarmos os valores de tempo mostrados no cronômetro, uma
simples divisão por dez do tempo gasto para o movimento será nosso período. Desses
dados que sairão os valores utilizados nas equações da seção 2.1.
Por fim, o método estático consiste em adicionar pesos à mola e encontrar a
variação da posição inicial para final de cada carga adicionada utilizando leis de Newton.
Esta parte final se trata de pormos a extremidade da mola no ponto zero do tripé de
Azeheb e a deformação da mola faria uma variação ∆𝑌 do 𝑌𝑜 para um 𝑌𝑓, porém sendo
posto na posição inicial o próprio 𝑌𝑓 já seria igual ao ∆𝑌 facilitando os cálculos. Dessas
medidas sairão os dados para análise da situação e questão, por estar em equilíbrio
dinâmico usaremos a seguinte noção: 𝐹𝑟 = 0.

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5.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nesta seção apresentaremos os dados obtidos das duas análises formuladas


conforme os procedimentos anteriores.

5.1 MÉTODO DINÂMICO

Logo de início, a primeira observação realizada foi que a cada adição da massa
suspensa feita na mola notamos uma diferença em sua deformação e concluímos quanto
maior o peso em questão maior a elongação da mola. Os cinco pesos utilizados tinham as
respectivas massas: 50,9g - 50,5g - 50,6g – 50,4g – 50,4g. A tabela a seguir revela os
períodos de cada massa suspensa.

Tabela 2. Período de cada massa suspensa:


Massa suspensa (g) Tempo de 10 oscilações (s) Período (s)
50,9 5,63 0,563
101,4 7,35 0,735
152,0 9,80 0,980
202,4 11,08 1,108
252,6 12,32 1,232

Conforme a tabela nos revela, quanto maior a massa suspensa, maior será o
tempo gasto para completar uma oscilação.

Gráfico 1. Período ao quadrado por massa:

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Note que o gráfico não passará pela origem devido a fórmula originária na qual
ele foi construído (2.8). Agora poderemos concluir com o cálculo da constante elástica a
partir – novamente – da equação (2.8) colocando os valores nela chegamos a uma
constante elástica de valor 8,4 N/m.

5.2 MÉTODO ESTÁTICO

Tabela 3. Elongação e força aplicada:


Massa suspensa (Kg) Força aplicada (N) Elongação (m)
0,0509 0,498 0,071
0,1014 0,992 0,144
0,1520 1,487 0,218
0,2024 1,980 0,292
0,2526 2,471 0,362

Nesta situação, usamos a primeira lei de Newton (∑Fr = 0N), resultando numa
constante elástica igual ao valor de 7,1 N/m.

Gráfico 2. Força por elongação

Note que este gráfico corta a origem, pois para o valor de força igual 0 N a
elongação se mantém na posição zero, no ponto de equilíbrio.

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6.0 CONCLUSÃO

Entre ambos os métodos, portanto, o dinâmico se mostrou mais trabalhoso e mais


assertivo, sendo que a diferença de um para o outro é de quase 1 N/m. As fontes de erro
durante o experimento são a possível causa dessa diferença, uma vez que tratávamos
como ideal um sistema real.

7.0 REFERÊNCIAS

NUSSENZVEIG, Hamilton Moysés. Curso De Física Básica Vol. 1:


Mecânica. 4. ed. São Paulo - SP: Blucher, 2002. p. 82-104.

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