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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO


BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

PEDRO HENRIQUE MERSCHER

RELATÓRIO 3: CONSTANTE ELÁSTICA E ASSOCIAÇÃO DE MOLAS

Vitória
2023
PEDRO HENRIQUE MERSCHER FONSECA

RELATÓRIO 3: CONSTANTE ELÁSTICA E ASSOCIAÇÃO DE MOLAS

Trabalho apresentado à disciplina Fundamentos


de Mecânica Clássica do bacharelado em
Engenharia Elétrica do Instituto Federal do Espírito
Santo - Campus Vitória, como requisito parcial
para a obtenção de nota.

Orientador: Prof. Dr. Judismar Tadeu Guaitolini


Junior

Vitória
2023
SUMÁRIO

1.0 Objetivos:.............................................................................................................. 5
1.1 Introdução:...................................................................................................... 5
2.0 Desenvolvimento das fórmulas:......................................................................... 5
2.1 Procedimentos experimentais:......................................................................6
2.2 Dados experimentais:.....................................................................................6
2.3 Força peso:......................................................................................................7
2.4 Tabelas de deslocamentos:........................................................................... 8
3.0 Gráfico:................................................................................................................10
4.0 Constante através da fórmula:..........................................................................12
5.0 Conclusão:.......................................................................................................... 13
REFERÊNCIAS..........................................................................................................14
ANEXO A - GRÁFICO MOLA 1............................................................................................. 15
ANEXO B - GRÁFICO MOLA 2............................................................................................. 16
ANEXO C - GRÁFICO MOLA 1+2......................................................................................... 17
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1.0 Objetivos:

Observar a relação entre a deformação das molas e a força nelas aplicadas,


no intuito de encontrar a constante elástica (𝑘) de cada uma delas através da força
elástica e da Lei de Hooke, além de elaborar gráficos para o cálculo da regressão
linear.

1.1 Introdução:

Este relatório está centrado no tema de constante elástica e a associação de


molas, na intenção de analisar o comportamento das mesmas e na obtenção de
suas constantes através da Lei de Hooke (𝐹 = 𝑘𝑥).
A metodologia utilizada foi a da pesquisa em laboratório com o auxílio de duas
molas, uma régua milimetrada e diversos pesos utilizados para a extensão das
molas. Os dados foram observados e anotados para que sejam efetuados os
cálculos necessários para o desenvolvimento do presente relatório.

2.0 Desenvolvimento das fórmulas:

Inicialmente, foram desenvolvidas as equações de força em relação às molas


para que sejam efetuados os cálculos necessários para a evolução do estudo. Desta
maneira:
Sabendo que a força gerada por uma mola é igual a 𝐹 = 𝑘𝑥 , a equação pode ser
𝐹
transformada em 𝑥= 𝑘
. Assim, montando essa equação para cada uma das

molas, obtém-se:

𝐹
Mola 1: 𝑥1 = (Eq. 1)
𝑘1

𝐹
Mola 2: 𝑥2 = (Eq. 2)
𝑘2
6

Efetuando essa mesma operação para a mola equivalente gerada a partir da


associação em série de 1 e 2, sabendo que a deformação resultante será igual a
soma das deformações de cada mola, gera-se uma nova equação.

𝑥𝐸𝑞 = 𝑥1 + 𝑥2 (Eq. 3)

𝐹 𝐹 𝐹
𝑘𝐸𝑞
= 𝑘1
+ 𝑘2
(Eq. 4)

Logo, através da equação 4, pode-se definir que a constante elástica equivalente


1 1 1 𝑘1×𝑘2
das duas molas é igual a
𝑘𝐸𝑞
= 𝑘1
+ 𝑘2
, ou 𝑘𝐸𝑞 = 𝑘1+𝑘2
. (Eq. 5)

2.1 Procedimentos experimentais:

Em laboratório, foram selecionados blocos diferentes (m1, m2, m3 e m4) e


mediu-se suas respectivas massas com o auxílio da balança digital, esses valores
de massa foram registrados em uma tabela. Após esse processo, os blocos foram
pendurados primeiramente na mola 1, depois na mola 2 e posteriormente na
associação em série das duas molas.
Através da régua milimetrada mediu-se o comprimento inicial de cada mola e depois
o comprimento com cada massa, de modo a encontrar a deformação das molas e
sua associação.

2.2 Dados experimentais:

Após a execução de todos os procedimentos citados anteriormente, os dados


obtidos do experimento foram registrados para auxiliar na interpretação dos
resultados e nos cálculos experimentais.
Para as massas foram utilizados 3 blocos, gerando 4 massas diferentes, já que m3 é
igual a m1+m2. Além disso, determinou-se uma ∆𝑚 =± 0, 01𝑔.
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Tabela 1: Massas

Fonte: Elaboração própria. 2023.

2.3 Força peso:

Com a tabela de massa de cada bloco definida, o segundo objetivo foi


determinar a força peso aplicada a cada bloco através da Segunda Lei de Newton,
que afirma que força é igual a massa × aceleração. O valor da aceleração foi
2
definido como 9, 80 𝑚/𝑠 e utilizou-se:

𝐹 = 𝑚 × 9, 8 (Eq. 6)

Substituindo o valor de cada massa em Kg, foram encontrados os valores presentes


na tabela 2 abaixo:

Tabela 2: Força peso para cada massa, em Newtons


Força Peso (N)

Pm1 Pm2 Pm3 Pm4

0,4836±0,0001 0,9802±0,0001 1,4638±0,0001 1,9549±0,0001


Fonte: Elaboração própria. 2023.
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2.4 Tabelas de deslocamentos:

Com os dados das massas e os cálculos da força peso, o próximo passo foi efetuar
a medição dos comprimentos das molas sem e com os blocos pendurados, medindo
a deformação da mola 1, mola 2 e a associação, respectivamente.

Tabela 3: Comprimento da mola 1 para cada massa, em milímetros.

Fonte: Elaboração própria. 2023.

Após encontrar o comprimento médio da mola 1 para cada massa, efetuou-se o


cálculo da média das três medidas e dividiu-se por 3, além disso, para a incerteza
fez-se a média dos módulos das diferenças entre a média e o valor medido. O
mesmo foi efetuado para as outras molas:

Tabela 4: Comprimento da mola 2 para cada massa, em milímetros.

Fonte: Elaboração própria. 2023.


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Tabela 5: Comprimento da mola 1+ 2 para cada massa, em milímetros.

Fonte: Elaboração própria. 2023.

Deve-se observar que existem muitas variações entre as medições, pois as análises
experimentais e registro dos determinados valores foram executados por 3 alunos
diferentes, gerando incertezas.
Com todos os comprimentos registrados, pode-se definir os valores de X
(Deslocamento) final para cada mola ou associação fazendo a diferença entre
Xf(mn) médio e Xo médio, no caso das incertezas basta somá-las:

Tabela 6: Deslocamento da mola 1 para cada massa, em milímetros.

Fonte: Elaboração própria. 2023.

O mesmo foi executado para a mola 2 e para a associação das duas molas
anteriores:

Tabela 7: Deslocamento da mola 2 para cada massa, em milímetros.

Fonte: Elaboração própria. 2023.


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Tabela 8: Deslocamento das molas associadas para cada massa, em milímetros.

Fonte: Elaboração própria. 2023.

Após os cálculos e a execução das tabelas, pode-se observar que o deslocamento


final para ambas as molas obteve um comprimento extremamente próximo. Da
mesma maneira, o deslocamento para a associação das duas chega bem próximo
da soma dos deslocamentos anteriores.

3.0 Gráfico:

Com os dados obtidos para as molas, faz-se necessário a elaboração de um


gráfico de força em função do deslocamento (X) para auxiliar na visualização da
relação entre as duas variáveis. Desse modo, desenhou-se 3 gráficos, sendo um
para cada mola e o último para a associação das duas.
Para a melhor acomodação de cada gráfico no papel milimetrado, utiliza-se o cálculo
da escala em função de X e de Y. A escala deve ser calculada através da maior
variação gerada pelos dados, neste caso, como Y corresponderá a força peso:

∆𝑃 = 𝑃𝑚4 − 𝑃𝑚1 (Eq. 7)

Com o resultado encontrado na Eq. 6 pode-se determinar a escala dividindo ∆𝑃 pelo


número de quadrados do papel milimetrado, que, neste caso, apresenta 280
quadradinhos no eixo Y.

∆𝑃 = 1, 9549 − 0, 4836 = 1, 4713

1,4713 −3
𝐸𝑠𝑐𝑎𝑙𝑎 = 280
= 5, 25 × 10

Arredonda-se o valor para facilitar na marcação dos pontos no gráfico, assim


−3
determinou-se a escala em 6 × 10 . Após a obter escala, o próximo passo é
determinar onde se inicia e se encerra o gráfico através da diferença entre a escala
arredondada e a escala calculada. O valor encontrado foi de 0,105 ou 17,5
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quadrados em Y. Com esses dados, basta fazer a diferença de cada força pelo valor
em que se inicia o gráfico e dividir pela escala de modo a encontrar o número de
quadrados para cada força peso.

Tabela 9: Número de quadrados para cada força

Fonte: Elaboração própria. 2023.

Para o eixo X a operação foi parecida, efetuou-se os mesmos procedimentos feitos


para Y, apenas trocados os valores para adequar a escala. Definidas as escalas
para todos os 3 gráficos, marcou-se a reta que passa pelos pontos encontrados, de
maneira que as retas das incertezas não puderam ser encontradas devido seus
valores serem muito pequenos ou abaixo das escalas.

Como a Lei de Hooke determina que (𝐹 = 𝑘𝑥), com os gráficos traçados para as
molas pode-se encontrar o valor da constante elástica de cada mola através do
𝑌−𝑌𝑜
processo de regressão linear concluído por 𝑚 = 𝑋−𝑋𝑜
.

Utilizando o método citado, foram encontrados os valores 0,018, 0,018 e 0,0013


para as constantes da mola 1, 2 e a associação, respectivamente.
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4.0 Constante através da fórmula:

Como não foi possível marcar as barras de erro no gráfico, efetuou-se o


cálculo da constante 𝐾 ± ∆𝐾 analiticamente através da equação 𝐹 = 𝑘𝑥 para cada
uma das molas e da associação. Com o valor de K e ΔK encontrados para a
associação das duas molas, comparou-se o resultado com o encontrado através da
equação de K equivalente (eq. 5):

Tabela 10: Constante elástica para cada mola, calculada.

Fonte: Elaboração própria. 2023.

Executando o cálculo da constante elástica equivalente para a associação das duas


molas através da equação 5, o resultado mostrou-se profundamente similar,
provando que o uso dessa equação para encontrar a constante equivalente é
extremamente válido.

Tabela 11: Constante elástica para associação das molas, calculadas de maneiras diferentes.

Fonte: Elaboração própria. 2023.


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5.0 Conclusão:

Após a execução do experimento e de todos os processos sugeridos pelo


roteiro, conclui-se que em uma mola real, a constante elástica possui uma mínima
variação a depender da força aplicada sobre ela. Além disso, pôde-se observar que
a equação do produto das constantes pela soma das mesmas gera um valor muito
similar ao encontrado através da Lei de Hooke, desta maneira, validando seu uso
para sistemas de molas associadas. Já através do cálculo das constantes elásticas
através do processo de regressão linear, os valores se mostraram ligeiramente
diferentes dos encontrados pelos outros métodos. Essas diferenças podem ser
geradas por conta de diversos aspectos, como a medição dos comprimentos das
molas feitas por alunos diferentes ou então as incertezas acumulativas geradas
pelos cálculos. No caso do uso de molas ideais, as constantes são sempre
invariáveis e as massas são desprezíveis, o que impõe limites no seu uso.
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REFERÊNCIAS

HALLIDAY, David. RESNICK, Robert. KRANE, Kenneth. Física 1: Vol 1. 5 edição.


LTC. 2017.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6023:


informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6024:


informação e documentação: numeração progressiva das seções de
um documento: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2012.

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. Normas para apresentação de


trabalhos acadêmicos e científicos: documento impresso e/ou digital. 8. ed. rev. e
ampl. Vitória: Ifes, 2017. Disponível em:
https://ibatiba.ifes.edu.br/images/Biblioteca_Ibatiba/Normas_Apresentacao_Trabalho
s.pdf. Acesso em: 25 maio. 2023.
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ANEXO A - GRÁFICO MOLA 1
16
ANEXO B - GRÁFICO MOLA 2
17
ANEXO C - GRÁFICO MOLA 1+2

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