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Tensões Principais
Ilha Solteira, SP
Junho de 2023
1. Objetivo 2
2. Introdução Teórica 3
3.1 Materiais utilizados 4
3.2 Execução do experimento 6
4. Resultados e Discussão 9
4.1 Tensões e deformações principais teóricas 10
4.2 Tensões e deformações principais teóricas nos extensômetros 11
5. Conclusão 14
6. Referências bibliográficas 15
1
1. Objetivo
Determinar as tensões e deformações principais em uma viga carregada
transversalmente, por meio de extensometria elétrica, sendo a utilizada uma roseta,
e comparar os valores obtidos com os valores teóricos.
2
2. Introdução Teórica
Um medidor de deformação do extensômetro elétrico consegue obter
medidas efetivas em apenas uma direção, portanto para a determinação de tensão
em mais de uma direção são necessários extensômetros distintos, ou seja se a
intenção for medir valores de deformação em 3 direções diferentes são necessários
3 extensômetros linearmente independentes, sendo estes posicionados em uma
roseta (Figura 1).
3
3. Procedimento Experimental
4
Figura 1 - Aparelho analógico de indicador de deformação
5
Figura 4 - Representação das rosetas em 45º
6
Em seguida, foi realizado o ajuste do dispositivo antes da aplicação da carga,
certificando que o ponteiro estivesse posicionado corretamente no ponto de
equilíbrio, indicando o valor zero. O circuito utilizado no experimento foi o da
meia-ponte de Wheatstone, como mostrado na figura 6.
Fonte: PONTE de Wheatstone com strain gauges (Extensômetro). [S. l.], 200?.
Após isso, como ilustrado na figura 6, uma roseta foi fixada na parte superior
com um ângulo de 45º em relação ao eixo da viga e a outra na parte inferior.
Assim, é realizada uma análise das deformações sem a aplicação de
qualquer carga, seguida pela análise com uma massa de 5kg suspensa no gancho.
Além da variação das cargas, também é realizada a variação do extensômetro, ou
seja, mudamos a angulação na qual a leitura da deformação é realizada. Logo, para
cada extensômetro, há uma medida de deformação diferente, uma vez que o plano
de análise é alterado.
Para que seja possível obter os dados, é feito por meio do aparelho analógico
que indica a deformação. Para cada força aplicada, a tensão varia devido ao
extensômetro. A fim de encontrar o valor da deformação, expressa em µS
(microstrain), é preciso que se ajuste a resistência para equilibrar a ponte e
visualizar o valor real da deformação no visor do medidor. Este equilíbrio é
observado nos medidores de tensão elétrica presentes no dispositivo, onde há dois
ajustes: um ajuste mais grosso, que varia em grandes incrementos, e um ajuste
mais fino, que varia em pequenos incrementos.
Com base nas leituras de deformação obtidas, é possível calcular tensões
principais utilizando a seguinte equação:
𝐽
𝐼 = 2
(2)
7
Ao utilizar a força peso na extremidade da barra, conforme mostrado na
figura 7, e considerando que o extensômetro esteja posicionado em L1, é possível
calcular o tensor de tensões para o ponto P, e com a tensão normal gerada por Mx e
também a tensão de cisalhamento gerada pelo torque τy temos as seguintes
equações, respectivamente:
𝑀𝑥𝑐
σ𝑦 = 𝐼
(3)
𝑇𝑦𝑐
𝑇𝑦 = 𝐽
(4)
Para que seja possível encontrar as tensões principais, é necessário utilizar o
Círculo de Mohr:
σ𝑥+σ𝑦 σ𝑥−σ𝑦 2 2
σ 1,2
= 2
± ( 2
) + τ𝑥𝑦 (5)
E, utilizando as seguintes equações, é possível encontrar as deformações
principais:
1
ε𝑚𝑎𝑥 = 𝐸
[σ𝑚𝑎𝑥 − νσ𝑚𝑖𝑛] (6)
1
ε𝑚𝑖𝑛 = 𝐸
[σ𝑚𝑖𝑛 − νσ𝑚𝑎𝑥] (7)
8
4. Resultados e Discussão
Primeiramente realizou-se o carregamento do corpo de prova para obtenção
do deslocamento longitudinal. Na primeira etapa obteve-se as medidas sem nenhum
peso e em seguida acrescentou-se um peso de 5000 gramas para uma segunda
medição.
Deformação (µ𝑆)
Massa (g)
ε𝑎 ε𝑏 ε𝑐
Deformação(µ𝑚)
ε𝑎 ε𝑏 ε𝑐
80 105 -13
Fonte: Autoria Própria.
Deformação (µ𝑆)
Massa (g)
ε𝑎 ε𝑏 ε𝑐
9
Quadro 4- Deformação extensômetro corrigida.
Deformação(µ𝑚)
ε𝑎 ε𝑏 ε𝑐
−9 4
𝐼 = 7, 1 × 10 𝑚
Para a tensão normal gerada por Mx, utiliza-se a equação (3) obtendo:
σ𝑦 = 10, 44 𝑀𝑝𝑎
τ𝑥𝑦 = 3, 53 𝑀𝑝𝑎
10
Em seguida utilizando as equações (6) e (7) e considerando o coeficiente de
Poisson 𝑣 = 0, 33 e o módulo de elasticidade 𝐸 = 207 𝐺𝑝𝑎, obtém as deformações
principais:
ε𝑥 = 98, 134
ε𝑦 =− 31, 416
ε𝑥𝑦 =− 41, 226
ε𝑥−ε𝑦 2 ε𝑥𝑦 2
𝑅 = ( 2
) + ( 2
) (8)
𝑅 = 67, 98
ε1 = 102, 634
ε2 =− 32, 628
Calcula-se as tensões pela lei de Hooke, através das equações (6) e (7),
obtendo-se assim:
σ1 = 28, 032𝑀𝑝𝑎
σ2 =− 0, 726𝑀𝑝𝑎
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Por fim calcula-se o erro percentual dos valores obtidos por meio da
equação(), obtém-se:
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5. Conclusão
Desse modo, através do experimento realizado foi possível realizar as
medições e calcular o deslocamento causado pela aplicação do peso na viga. Além
do mais, foi empregado o círculo de Mohr para que fosse capaz de estabelecer uma
correlação entre o deslocamento e a tensão aplicada na viga. Durante o processo
dos resultados, foi possível calcular os valores de deslocamentos e tensões nas
principais direções. Contudo, ao comparar os valores teóricos com os valores
experimentais obtidos, notamos uma variação significativa. Essa diferença pode ter
diversos fatores como porquês, como possíveis medidas imprecisas, imperfeições
no material da viga ou limitações características ao método experimental utilizado,
essas limitações podem incluir possíveis erros de leitura durante o experimento e
também a influência de fatores externos não controlados, como temperatura e
umidade. Essas limitações podem afetar os resultados obtidos, provocando uma
certa margem de incerteza nos valores medidos.
Mesmo que a variação obtida entre os valores teóricos e experimentais, o
experimento proporcionou uma oportunidade para que fosse possível explorar as
relações entre deslocamento e tensão, ajudando para uma melhor compreensão
dos princípios da Mecânica dos Sólidos.
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6. Referências bibliográficas
PONTE de Wheatstone com strain gauges (Extensômetro). [S. l.], 200?. Disponível
em:https://learnchannel-tv.com/pt/tecnologia-de-sensor/ponte-de-wheatstone/ponte-
de-wheatstone-com-strain-gauges-extensometros/. Acesso em: 5 jun. 2023.
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