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Departamento de Engenharia Elétrica e Informática

Curso de Graduação em Engenharia Elétrica


Grupo de Sistemas Elétricos - GSE

Discente: Aleff Vinicius Araújo Gomes Passos

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Relatório
Aterramento

Campina Grande, Paraíba, 2017.1


Sumário

1. Objetivos ............................................................................................................... 3
2. Medição da Resistividade do Solo .......................................................................... 3
2.1. Materiais e Equipamentos utilizados............................................................... 3
2.2. Procedimentos................................................................................................ 3
3. Medição de Resistência de Aterramento................................................................ 5
3.1. Materiais e Equipamentos Utilizados .............................................................. 5
3.2. Procedimentos................................................................................................ 5
4. Conclusão .............................................................................................................. 7

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1. Objetivos
• Medição da resistividade do solo aplicando o Método de Wenner e utilizando o
aparelho Megger;
• Medir a resistência de um sistema de aterramento utilizando o aparelho
Megger.

2. Medição da Resistividade do Solo

2.1. Materiais e Equipamentos utilizados


• Aparelho Megger;
• Condutores elétricos;
• Hastes de aterramento;
• Fita métrica.

2.2. Procedimentos

A medição da resistividade do solo através do Método de Wenner apresenta-se como


um modelo eficiente e relativamente simples, ilustrado na Figura 1. O método utiliza um
Terrômetro (instrumento de medição de resistência), que possui quatro terminais (dois de
corrente e dois de potencial), os quais devem ser conectados a quatro eletrodos, distantes um
do outro de “a”. O aparelho faz circular corrente elétrica (I) nos dois eletrodos externos (C1 e
C2). Desse modo, através das duas hastes internas (V1 e V2), o aparelho calcula a diferença de
potencial (V) e pela relação V/I processa o valor da “resistência”. Neste experimento foi utilizado
o esquema de ligação conforme a Figura 1.

Figura 1: Método de Wenner.

Na prática, são usualmente adotados valores múltiplos sucessivos de afastamento para


medição em uma dada direção: 1, 2, 4, 8, 16, 32 e 64 m. Assim, para cada espaçamento medido,
é possível manter fixas as posições da primeira e da terceira haste da medição anterior e

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deslocar apenas as duas outras, pois os afastamentos sucessivos têm valor duplo do valor
utilizado na operação precedente.

Para obtenção dos resultados, realizaram-se as medições observando a configuração


apresentada na Figura 2 e variou-se a distância “a” entre os eletrodos de acordo com os
afastamentos que melhor se adequaram no terreno utilizado. A distância “a” bem como o
comprimento e a largura do terreno foram obtidos utilizando a fita métrica.

Figura 2: Método de Wenner.

Devido ao excesso de medições necessárias para a utilização do Método de Wenner,


optou-se por realizar apenas as medições nas linhas imaginárias B e E, pois o intuito do
experimento era familiarizar-se com o Método e aplicá-lo quando necessário. Anotam-se os
valores medidos na Tabela 1.

Tabela 1: Resistências medidas no terreno.

“a” (m) B (Ω) E (Ω)


1 1,13 1,43
2 1,12 1,37

Aplicou-se a Equação de Palmer, simples e completa, para o cálculo da resistividade do


solo, encontrada na Tabela 2, calculando-se também o erro entre os resultados das duas
equações.

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Tabela 2: Valores calculados da resistividade com as fórmulas simples e completa e o erro encontrado.
“a” (m) Linha Imaginária “B” Linha Imaginária “E”
R T (Ω) ρ (Ω.m) eq. ρ (Ω.m) eq. Erro (%) R T (Ω) ρ (Ω.m) eq. ρ (Ω.m) eq. Erro (%)
completa simples completa simples
1 1,13 9,34 7,10 23,98 1,43 11,82 8,98 24,03
2 1,12 15,48 14,07 9,11 1,37 18,93 17,22 9,03
4 1,12 28,90 28,15 2,60 1,11 28,64 28,09 1,92

3. Medição de Resistência de Aterramento

3.1. Materiais e Equipamentos Utilizados


• Aparelho Megger;
• Malha de terra;
• Condutores elétricos;
• Hastes de aterramento;
• Fita métrica.

3.2. Procedimentos

A medição da resistência de terra foi feita através do “Medidor de Resistência de Terra”


tipo “Megger”. O processo consistiu, basicamente, em se aplicar uma tensão entre o
aterramento a ser medido e o aterramento auxiliar (eletrodos fixos ou eletrodos de corrente) e
medir a resistência do terreno até o ponto desejado (eletrodo móvel ou eletrodo de tensão).

O esquema de ligação foi utilizado conforme a Figura 4. O ponto eletrodo T é o


barramento de aterramento da malha, os eletrodos P e C são, respectivamente, os eletrodos de
prova de tensão e corrente.

Figura 4: Esquema de ligação para medição de resistência de aterramento.

O método de medição consistiu em medir a resistência do aterramento em função da


queda de potencial usando um eletrodo terra auxiliar, constituindo uma estrutura composta por
uma haste de injeção de corrente C, uma haste de medição de potencial P e a resistência do
aterramento a ser medida T.

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O eletrodo de corrente C foi cravado a uma distância “d” do aterramento e permaneceu
fixo. O eletrodo de potencial P foi cravado entre o aterramento T e a haste de corrente C, a uma
distância “d’” do aterramento. Injetou-se uma corrente no eletrodo de corrente C e mediu-se a
diferença de potencial entre o eletrodo de potencial P e o aterramento T. O valor da resistência
do aterramento foi fornecido pelo equipamento de medição.

Na Figura 5, apresenta-se o gráfico esperado da resistência do eletrodo P versus sua


distância à haste de aterramento. Nesta figura pode ser observada uma região na qual a
resistência medida se mantém constante (região de patamar), o valor medido da resistência na
região de patamar é a resistência de aterramento.

Figura 5: Gráfico esperado da resistência versus a distância.

Para obtenção dos resultados, admitiu-se a distância d = 20 m, variou-se d’ (a partir do


ponto de aterramento até o eletrodo de corrente) em intervalos de 2 m, com o uso de uma fita
métrica. A distância d também foi obtida utilizando a fita métrica. Anotaram-se os valores
medidos na Tabela 3.

Tabela 3: Resistências medidas no sistema.

d’ (m) R T (Ω)
5,0 12,64
10,0 13,14
15,0 13,47
20,0 13,76
25,0 13,96
30,0 14,22
35,0 14,54
40,0 15,04
45,0 15,86

A partir dos dados da Tabela 3, traçou-se o gráfico Resistência versus Distância,


semelhante ao apresentado anteriormente, identificando assim a resistência de aterramento da
malha.

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Figura 6: Gráfico obtido da resistência versus a distância.

Por meio do gráfico, observa-se que a curva muda de concavidade aproximadamente


quando a resistência é 14. Logo, infere-se que a Resistência de Aterramento é aproximadamente
14 Ω.

4. Conclusão
A realização do experimento foi muito importante para a fixação dos conteúdos
estudados. Seguindo-se as etapas com seguranças, os objetivos estabelecidos dos experimentos
foram atingidos e nos foi dado uma oportunidade para treinar os conteúdos vistos em sala de
aula e absorver melhor a teoria estudada.

Certamente, o aterramento elétrico é um assunto que gera um número enorme de


dúvidas quanto às normas e aos procedimentos. Muitas vezes, o desconhecimento das técnicas
para realizar um aterramento eficiente, ocasiona a queima de equipamentos, ou pior, o choque
elétrico nos operadores desses equipamentos. Assim, a realização do experimento foi essencial
para o conhecimento e a familiarização dessas técnicas.

Verificou-se que um dado importante na elaboração do projeto de aterramento é o


conhecimento das características do solo, principalmente sua resistividade elétrica. Esta, além
da importância para a engenharia elétrica, em termos de proteção e segurança, auxilia também
em outras áreas.

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