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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

INSTITUTO DE FÍSICA – INFI


LABORATÓRIO DE FÍSICA 2

PROFESSOR: AIRTON CARLOS NOTARI


ACADÊMICOS: ISABELA LIMA DE ALENCAR

CORDAS VIBRANTES

CAMPO GRANDE – MS
2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
INSTITUTO DE FÍSICA – INFI
LABORATÓRIO DE FÍSICA 2

CORDAS VIBRANTES

PROFESSOR: AIRTON CARLOS NOTARI


ACADÊMICOS: ISABELA LIMA DE ALENCAR

Relatório apresentado ao curso de


Engenharia Elétrica como parte dos
requisitos necessários à obtenção da
formação acadêmica.

Campo Grande- MS
2023
Sumário

1.Objetivos..........................................................................................................4
2.Introdução.................................................................................................5
3.Materiais e Metodos..................................................................................6
4.Resultados e Discussões.........................................................................7
5.Conclusão................................................................................................12
6.Referências Bibliográficas.....................................................................13
OBJETIVOS

Estudar o fenômeno de ondas estacionárias em uma corda fixa em


ambas as extremidades, observar seus harmônicos, e aplicar a fórmula de
Lagrange para estudar a ressonância de uma corda vibrante fixa.
INTRODUÇÃO

Ondas estacionárias são figuras de interferência que se formam


quando duas ondas periódicas de frequência, amplitude, velocidade e
comprimento de onda igual, em sentidos opostos, superpõem-se em um dado
meio ondas estacionárias são figuras de interferência que se formam quando
duas ondas periódicas de frequência, amplitude, velocidade e comprimento de
onda igual, em sentidos opostos, superpõem-se em um dado meio.
Elementos da onda estacionária:
 Ventre (Antinodo): Ponto de interferência construtiva. Amplitude máxima.
 Nó (Nodo): Ponto de interferência destrutiva. Amplitude nula.
 A distância entre dois ventres ou dois nós consecutivos é igual à
metade do comprimento de onda (𝜆/2).
 A distância entre um nó e um ventre consecutivo é igual a um quarto do
comprimento de onda (𝜆/4).
 Um fuso é a distância entre dois nós consecutivos (𝜆2)

Figura 1 - Representação de harmônicos

A frequência F depende do número de antinodos (n), do comprimento


da corda esticada (L), da tensão na corda (τ) e da densidade linear da corda
(µ), fato que pode ser demonstrado da seguinte maneira:
𝜆𝑛 = 2𝐿/𝑛 ;
Contudo, V = 𝜆 𝑥 𝐹;
Logo, 𝜆 = 𝑉/𝐹
Então, 𝑉/𝐹𝑛 = 2𝐿/𝑛 → 𝐹𝑛 = 𝑛𝑉/2𝐿
E como, em uma corda esticada com tração τ e densidade linear µ, a
n τ
velocidade de propagação de uma onda é : V = √τ/µ : fn= √
2L µ
MATERIAIS E MÉTODOS

Gerador de áudio-frequência variável, alto-falante usado como vibrador, cordas


de diferentes materiais e diâmetros, roldana simples com cabo, suporte de
base retangular, presilha universal, fixadores, suporte e massas, balança,
trena.
Para realização do experimento, foi utilizado um simulador pela plataforma
GeoGebra, que é um software de matemática com inúmeras aplicações. Além
desse, foi usado outro software para criação das tabelas e dos gráficos, o
SciDavis, uma aplicação gratuita para analise e visualização de dados
científicos.
A simulação constitui-se de um gerador de audiofrequência variável ligado a
um alto-falante usado para vibrar cordas de diferentes densidades lineares
(que altera de acordo com o material e o diâmetro). Essa corda é ligada ao alto
falante com uma roldana simples, que é presa a uma base retangular, para
gerar uma tensão na corda. Além desses, foram usados suportes, uma base e
fixadores.

A simulação simplifica esse sistema, apresentado um layout que facilite


a alteração das variáveis envolvidas nos cálculos.

Figura 2 - Simulador do experimento Geogebra

Para etapa, foi alterado as variáveis e todos devidamente anotados,


para ser usados nas aplicações, para encontrar as frequências desejadas, para
elaboração dos gráficos que permitam uma compreensão do funcionamento
das ondas estacionárias. Para este cálculo, foi usado a expressão de
Lagrange:

f n=
n
2L √ τ
μ
Segue as etapas dos procedimentos adotados.
2.1 Etapa 1
O comprimento da corda é definido em 𝐿=4,0 𝑚, e é definido uma
densidade linear de massa 𝜇 (2 , 6 ×10−3 Kg/m) aplicado uma tensão na corda
(28,45 Newtons) de forma arbitrária. Após definidos, esses valores, é alterado a
frequência e anotado todos os valores de 𝑓𝑛 com o respectivo número de
antinodos 𝑛 em que se observam ondas estacionárias.

2.2 Etapa 2
Mantendo o mesmo comprimento e densidade linear iniciais,
estabeleça um número fixo de antinodos (𝑛=6), variando a frequência de
vibração buscando encontrar a onda estacionária com o número de antinodos
decidido anteriormente para diferentes valores de tensão na corda.
2.3 Etapa 3
Com a tensão na corda fixa (30 Newtons) e um número fixo de
antinodos (𝑛=5), analisa-se a frequência de vibração buscando encontrar a
onda estacionária com o número de antinodos decido para diferentes
valores de densidade linear.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na primeira etapa, a comprimento da corda foi definido em 𝐿=4,0 𝑚. A


massa para o experimento da primeira etapa foi de 𝑚 = 2,901 Kg, gerando uma
tensão 𝜏=𝑚 𝑥 𝑔=9,806 𝑥 2,901= 28,45 𝑁. Após os teste, foi anotado os
seguintes resultados da tabela 1.

Número de antinodos
ƒn (Hz)
(𝑛)
4 52.3
5 65.22
6 78.81
7 91.45
8 104.49

Tabela 1 - Resultados da etapa 1

Os dados foram processados pelo aplicativo SciDavis, gerando a


seguinte gráfico da figura 3.

Gráfico f por n
110

100 f(x) = 13.061 x + 0.0879999999999797


R² = 0.999900760024293
90
Frequência fn (Hz)

80

70

60

50
3 4 5 6 7 8 9
Número de antinodos (unid.)

Figura 3 - Gráfico gerado da etapa 1


Com auxilio do programa, foi obtido a inclinação da reta de A = 13.061
e B = 0,088. Pela equação que gera a reta do gráfico, podemos definir por:
f n= An+ B
Manipulando a expressão de Lagrange com a equação obtida, temos:

nA=
n
2L √ τ
μ
Isolando o valor do comprimento L:

L=
n τ
2An μ √
Substituindo pelos valores definido no inicio do experimento,
resolvemos:

L=
1

28.45
2 ×13.06 2 ,6 × 10−3
L=4.0048 m
A etapa 2 do experimento, definimos o número de antinodos em 𝑛=6.
Na tabela 2, temos as tensões selecionadas, de formas arbitrárias, para
realização do experimento, junto com a frequência encontrada no simulador.

Frequência f 6 Tensão τ (N)


57,05 Hz 15 N
93,1 Hz 40 N
104 Hz 50 N
131,73 Hz 80 N

Tabela 2 - Resultados da etapa 2

Os dados foram processados pelo aplicativo SciDavis, gerando a


seguinte gráfico da figura 3.

Gráfico f por τ
140
130
f(x) = 14.7393643802534 x^0.499671283342285
120 R² = 0.99999664818319
110
Frequência f (Hz)

100
90
80
70
60
50
40
10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tensão τ (N)

Figura 4 - Gráfico gerado da etapa 2

Com auxilio do programa, foi obtido a inclinação da reta de A = 14,739 e


B
B = 0,4997. Pela equação que gera a reta do gráfico, podemos definir f 6= A τ .

Manipulando a expressão de Lagrange com a equação obtida, temos:

A τ B=
6
2L √ τ
μ
Isolando o valor do comprimento L (e B=0,5):
1 −1 −1
6
L= ×τ2×μ 2 ×τ 2
2A
Substituindo pelos valores definidos no início do experimento,
resolvemos:
1 −1 −1
6
L= × τ 2 ×(2 , 6 ×10−3) 2 × τ 2
2 ×14 , 73
L=3,9918 m
A etapa 3 do experimento, definimos a tensão em 30 Newtons e com
(𝑛=5) antinodos, variando a densidade linear μ. Na tabela 3 temos os valores
da densidade linear selecionados arbitrários para realização no simulador e a
variação de frequência para encontrar as ondas estacionárias.

Densidade linear μ Frequência f 5


−3
2.9 ×10 Kg/m 64.11 Hz
−3
3.2 ×10 Kg/m 60.48 Hz
−3
3.5 ×10 Kg/m 57.92 Hz
−3
3.8 ×10 Kg/m 55.52 Hz

Tabela 3 - Resultados da etapa 2

Os dados processados pelo aplicativo SciDavis, gerando o gráfico da


figura 4.

Gráfico f por µ
66
64
f(x) = 2.92327044518633 x^-0.528060410621482
Frequencia f (Hz)

62
R² = 0.998003147331784
60
58
56
54
52
50
0.0025 0.0027 0.0029 0.0031 0.0033 0.0035 0.0037 0.0039
Densidade linear µ (Kg/m)

Figura 5 - Gráfico gerado da etapa 3

Com o auxilio do programa, foi obtido a inclinação da reta de A = 2,9233


B
e B = -0,528. Pela equação que gera a reta do gráfico, podemos definir f 5= A μ .

Manipulando a expressão de Lagrange com a equação obtida, temos:

A μB =
5 τ
2L μ√
Isolando o valor do comprimento L:
1 −1
5
L= ×τ2 ×μ 2
× μ−B
2× A
Substituindo pelos valores definidos no início do experimento,
reagrupando e resolvendo (Considerando µ=-0,5):
1 −1
5
L= × 30 2 × μ 2 × μ− B
2 ×(2,9233)
L=4.6841 m

CONCLUSÃO

Portanto através do experimento realizado tivemos uma definição sobre


cordas vibrantes sendo corpos que possuem várias frequências
de ressonância, que podemos chamar de modos harmônicos. Produzindo-se
uma perturbação em um dado local de uma corda esticada, essa perturbação
irá se propagar por toda a corda em forma de onda. Quando está onda atingir
um dos extremos da corda esta será refletida, e assim sucessivamente.
Contudo algebricamente por meio de fórmulas e observações (Ajustes na
tensão, densidade linear e frequência) propostos no experimento, obtivemos
todos os resultados condizentes com os valores esperados. As inclinações das
funções apresentaram valores esperados, de acordo com a lei de Langrenge.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SCIDAVIS. What is SciDAVis?.04, 06, 2017. Disponível em: <


http://scidavis.sourceforge.net/>. Acesso em: 09 de agosto de 2021.
GEOGEBRA. GeoGebra - Aplicativos Matemáticos. Disponível em: <
https://www.geogebra.org/>. Acesso em: 09 de agosto de 2021.
SEARS, Francis Weston; FORD, A. Lewis; FREEDMAN, Roger A. FÍSICA
UNIVERSITARIA CON FÍSICA MODERNA VOL II. Pearson educación, 2005.

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