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Experimento 04

Microondas

Dayvison Costa
Ítalo Figueiredo

Objetivos do experimento

Determinar o comprimento de onda do transmissor de micro-ondas. Ademais, determinar o


índice de refração das bolinhas de estireno por meio da refração.

Introdução

Materiais utilizados

Um conjunto de gerador e receptor de microondas; trilho para o receptor; um goniômetro;


bolinhas de estireno; espuma ethafoam de formato de um triângulo retângulo.

Procedimentos

Dividiremos o experimento em duas etapas; uma primeira sobre o cálculo do comprimento


de onda λ do transmissor de microondas. A segunda parte é referente ao cálculo do índice de
refração do estireno.

Primeira parte

Figura 1 – Esquema de montagem da primeira parte do experimento

FONTE: Guia de Laboratório AII, Departamento de Física – UFMG

Primeiro, ajustando o goniômetro, posicionamos o receptor de modo a conseguir a maior


intensidade no medidor. Em seguida, começamos a variar a posição do receptor cuidadosamente
para que se mantenha na mesma linha horizontal sem que variássemos o goniômetro. Variando as
posições era possível observar cada máximo, então, variamos até chegar na posição do décimo
máximo. Utilizando a relação L=n λ obteve-se o valor do comprimento de onda da microonda.
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Sempre observávamos cuidadosamente a posição inicial até a final para o obter L.
Segunda parte

Figura 2 – Esquema de montagem da segunda parte do experimento

FONTE: Guia de Laboratório AII, Departamento de Física – UFMG

A espuma ethafoam é colocada entre o transmissor e o receptor e preenchida completamente


pelas bolinhas de estireno. É importante destacar que, a espuma ethafoam, foi posicionada de forma
que uma das faces estivesse perpendicular à direção de propagação da onda, de forma que não
ocorresse refração na interação com essa face. Podemos observar no seguinte diagrama.

Figura 3 – Diagrama referente a interação do transmissor e receptor com a espuma

FONTE: Guia de Laboratório AII, Departamento de Física – UFMG

Variando a posição angular do receptor é possível reparar uma mudança na intensidade do


sinal. Variamos até que encontrássemos o máximo dessa intensidade. Em seguida anotamos o
ângulo referente. Repetimos seis vezes esse procedimento e tiramos a média para obtermos o valor
de ϴ observado na Figura 3. Usando as relações trigonométricas foi possível encontrar os outros
ângulos envolvidos.

Questões propostas

P1)
Essa justificativa é valida e, ao observarmos a lei de Snell, é possível justificar porque ela
nos garante que se ϴ1 = 0, além de que o ângulo de incidência é perpendicular ao prisma, como na
Figura 3, teremos que:

0 = n2 sinϴ2

Como o índice de refração n2 é não-nulo, temos que ϴ2 = 90º.

P2)
Primeiro que depois de obtermos o valor do índice de refração do estireno, poderíamos obter
tranquilamente o valor do índice de refração do ar. Outra forma de analisarmos a condição do índice
de refração do ar, seria pela própria variação do ângulo referente a intensidade máxima e aplicar na
lei de Snell obtendo a diferença entre os índices do ar e do estireno.

P3)
Pelo tamanho do comprimento da onda do transmissor, os espaços entre as bolinhas de
estireno que formam na espuma influenciam pouco. Podemos ver essa relação com os dados obtidos
pelo próprio fabricante com as tabelas encontradas na internet. Existe uma pequena diferença de
fato, mas que não atrapalha objetivamente o experimento.

Resultados experimentais

Sobre a primeira parte, com os dados obtidos montamos a seguinte tabela:

Tabela 1 – Dados experimentais da primeira parte


Variação da posição do receptor no trilho (cm) Comprimento de onda (λ) obtido (cm)
14 2,80
13,5 2,76
12,5 2,50
13,7 2,74
13,6 2,72

Com os valores da tabela conseguimos encontrar um valor médio para o comprimento de


onda do nosso transmissor que é λ̄ =2,71 cm . Sobre o cálculo do desvio, utilizamos o método da
variância. Temos então λ̄ =(2,71±0,11)cm . O que o fornecedor indica é um comprimento de onda
de 2,85 cm. Encontramos um valor próximo do que é esperado. Para melhorar nossos dados, uma
coleta de dados mais cautelosa e uma repetição maior do procedimento.
Para segunda parte, variamos os ângulos até sua intensidade máxima. Montamos a seguinte
tabela com os dados:

Tabela 2 – Medidas dos ângulos ao variar a posição do receptor


Medida Ângulo ϴ (º)
1 10
2 10
3 9
4 8
5 11
6 9

Com os dados, novamente fizemos sua média aritmética e obtemos θ̄ =9,5 º . Usando o
mesmo método de desvio da parte anterior do experimento e, sabendo que a menor divisão de
ângulo do goniômetro é de 1º, obtivemos θ̄ =(9,5±0,9)º .
A Figura 3 representa o experimento e o ângulo α = 70º. Com essa mesma figura,
analisamos os ângulos por semelhança de triângulos e conseguimos encontrar que ϴ 1 = 20º que é o
ângulo de incidência. Também temos ϴ 1 = ϴ2 - ϴ. Usando essa relação encontramos ϴ 2 = 29,5º.
Usando a lei de Snell e para o índice de refração do ar n2 = 1, temos:

sin 29,5 º
n1 = =1,44
sin 20 º

Calculando a incerteza para o índice de refração do estireno usando método de derivadas


parciais chegamos o valor de n1 =(1,44±0,08).

Conclusão

O experimento realizado nos possibilitou a observação de fenômenos como a refração.


Determinamos o comprimento de onda de um transmissor de microondas e, por último, calculamos
o valor do índice de refração de bolinhas do estireno.
Encontramos o valor de λ =(2,71±0,11)cm para o transmissor de microondas do
laboratório. Ficamos relativamente satisfeito com o resultado já que ele aproxima do valor
disponibilizado pelo fornecedor. Para segunda parte do experimento, encontramos que o índice de
refração das bolinhas de estireno usadas é de n=(1,44±0,08). Ao pesquisarmos na internet por
diversas tabelas de índice de refração, o valor se aproxima com o valor do estireno que é de
aproximadamente 1,55.
No geral, ficamos satisfeitos com os dados obtidos. Na primeira parte deveríamos ter
variados mais posições para uma precisão melhor, ademais, devemos levar em consideração o
estado desgastado do trilho, que nos dificultou no manuseio. Porém, tiramos com conclusão que,
esses aspectos negativos, não sobressaem os aspectos positivos do experimento (valores obtidos), e
por isso saímos contentes com os valores. Para a segunda parte concluímos da mesma forma;
bastante satisfatório.

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