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Experimento 4 – Cordas vibrantes

Semestre: 2023.2 / Turma 12


Discentes: Jorge Machado de Jesus; Nackson Gomes Fonseca; Rafael dos
Anjos Sampaio Junior

Entregue a Willian Emanuel Silva Santos Viana, professor da disciplina


FISD41 - Física Experimental 2

Resumo: Neste experimento estudaremos o Tabela 1: Densidade dos fios


comportamento das ondas estacionárias em
uma corda vibrante para obtenção Fio Densidade (µ)(Kg/m)
experimental da relação entre a frequência
1 0,00034000
de vibração e o número de ventres,
comprimento, tensão e densidade linear da 2 0,00050723
corda. 3 0,00062047
4 0,00078690
Palavras-chave: ondas, vibração, corda, 5 0,00100090
frequência.
O roteiro dividiu a atividade em 4 etapas:
I. INTRODUÇÃO
A primeira relação estudada foi entre a
No presente experimento, estudaremos as frequência de vibração (f) e o número de
ondas transversais harmônicas harmônicos (n): utilizamos o fio 1 com
estacionárias em uma corda vibrante. Elas comprimento L=1,500 ± 0,001m, tensão τ
são ondas que se propagam = 1,1309 N. A partir daí, alteramos a
perpendicularmente à vibração da corda e frequência no gerador até identificar o
se caracterizam por terem grandes primeiro harmônico e assim
amplitudes e são manifestações das sucessivamente até o quinto harmônico e
ressonâncias da corda com a força externa. suas respectivas frequências.
O objetivo é analisar a relação entre a
frequência (f), o número de ventres (n) e os A segunda relação foi entre a frequência e
parâmetros da corda: tensão (τ), densidade o comprimento do fio (L): com 𝜏 e 𝜇
(µ) e comprimento (L). constantes, fixamos o valor da frequência
que utilizamos para a obtenção do segundo
Ao final, encontraremos as equações que harmônico e variamos em 5 cm o tamanho
representam tais relações, usando os do fio para encontrar a frequência a qual o
métodos de linearização por logaritmo e o segundo harmônico aparecia em cada um
MMQ. dos 4 comprimentos medidos.

Obs.: As unidades de medida utilizadas A terceira relação foi entre a frequência (f)
serão o padrão do S.I.. Os cálculos serão e a tensão (τ) aplicada no fio: Voltamos ao
feitos com maior precisão do que os tamanho inicial do fio e anotamos a
valores retratados nas tabelas, pois os frequência correspondente a aparição do
faremos em calculadoras com a precisão segundo harmônico e a tensão utilizada. A
da mesma. A representação numérica será partir daí, variamos a frequência até
feita com 5 algarismos significativos. encontrar o segundo harmônico em cada
uma das outras 4 tensões utilizadas.
II. EXPERIMENTO

Material utilizado: alto-falante, trena


milimetrada, gerador de audiofrequência, 5
fios de nylon de densidades diferentes,
porta-pesos e objetos de massas diferentes.
Gravidade: g = 9,783m/s².
A quarta e última etapa foi a relação entre a
frequência e a densidade linear do fio (μ): A partir da segunda etapa, precisamos
Voltamos a configuração original de encontrar os valores experimentais para
tensão, variamos a densidade linear e algumas constantes a seguir e compará-los
anotamos a frequência equivalente a com seus valores teóricos. A partir da
aparição do segundo harmônico relativa a expressão de Lagrange e a expressão geral
cada uma das densidades. para a relação destas grandezas, temos:

III. RESULTADOS

As tabelas a seguir, descrevem os


f=
Comparando

n τ
2L µ
; f =m. n . Ld τ h µ k
as duas expressões,
resultados obtidos e o tratamento dos dados encontramos que:

{
para cada etapa do experimento. m=0 ,5
d=−1
Tabela 2: Etapa 1 h=0 ,5
L = 1,500 ±0,001m τ = 1,1309148 N µ= k=−0 ,5
f (Hz) 19,300 38,200 60,100 76,400
n 1 2 3 4
A partir dos cálculos a seguir, vamos
encontrar os valores experimentais para
A partir da obtenção dos dados acima, estas constantes e, no fim, calcular o valor
fizemos o que se pedia no roteiro: para a de m.
etapa 1, traçamos o gráfico f × n em papel
milimetrado e encontramos a equação da Na segunda etapa, fixamos a tensão e o fio
reta através do MMQ: da primeira e variamos o comprimento L
do fio, observando a ocorrência de dois
harmônicos. Utilizamos os dados obtidos
para calcularmos as relações entre f e L. A
relação é dada pela equação f =c Ld (eq.
Tabela 3: dados do MMQ 2). Com isso, encontrar o valor de c e d.

xi yi xiyi Tabela 5: Etapa 2


n=2 τ = 1,1133054 N µ = 3,4×10-4 Kg/m
1 19,300 19,300
f (Hz) 40,700 42,000 43,350 45,800 47,530
2 38,200 76,400 L ± 0,001 (m) 1,45 1,40 1,35 1,30 1,25
3 60,100 180,30

4 76,400 305,60 A linearização se dá fazendo a seguinte


manipulação:
5 93,800 469,00 log ⁡(f )=log ⁡(c)+dlog(L) (eq. 3),
∑ 15 287,80 1050,6 onde encontramos os seguintes dados para
o MMQ: xi ≡ log(L)i e yi ≡ log(f)i.

Com os dados acima, aplicamos o MMQ e Tabela 6: Dados MMQ etapa 2


obtivemos a equação da reta
xi yi xiyi xi2
Tabela 4: coeficientes etapa 1
0,16137 1,60959 0,25974 0,02604
a b
(coef. angular) (coef. linear)
0,14613 1,62324 0,23720 0,02135
18,72 1,40 0,13033 1,63699 0,21335 0,01699

0,11394 1,66087 0,18924 0,01298


y=18 , 72 x+1 , 40 (eq. 1)
0,09691 1,67697 0,16251 0,00939
Como esperado, o valor de a é muito maior
∑ 0,44797 7,28193 0,96159 0,08675
que o valor de b. A relação entre f e n já é
linear, mas utilizamos o MMQ para
encontrarmos a equação mais precisa para Com os dados acima e aplicando o MMQ
sua representação algébrica. através da calculadora científica,
encontramos os seguintes coeficientes a e 2
b:
Tabela 7: coeficientes etapa 2
Para esta etapa, a relação estudada é
a b h
(coef. angular) (coef. linear) f =g τ (eq. 5). A linearização por MMQ
dos seus dados é feita por log igual à
-1,07335 1,78082 anterior: log ⁡(f )=log ⁡(g)+hlog(τ).

Tabela 9: Dados MMQ etapa 3


Equação linearizada:
y=−1,07335 x +1,78082 (eq. 4) xi yi xiyi xi2

1,5821 2,0630 3,2690 2,5030


Comparando a eq. 3 com a eq. 4,
percebemos que 1,6483 2,2180 3,6560 2,7169
y=log ( f ) ; x=log ( L ) ; d=a e ; log ( c )=b
1,6656 2,2605 3,7651 2,7742
. Portanto, para encontrarmos a eq. 2:
d 3,8264
f =c L e seus respectivos valores, 1,6758 2,2833 2,8083
desenvolvemos de acordo com as
1,6920 2,3228 3,9301 2,8629
equivalências encontradas. De cara,
percebe-se que d=−1,07335 e c=10 b, ∑ 8,2638 11,148 18,441 13,665
onde achamos que c=60,370.

Portanto, a relação entre f e L é: Tabela 10: coeficientes etapa 3


−1,07335 a b
f =60,370 × L (coef. angular) (coef. linear)

O valor esperado para d é -1. Já o valor 0,42336 1,5596


esperado para c será encontrado isolando-
Equação linearizada:
se L na equação de Lagrange:
y=0,42336 x+1,5596 (eq. 6)
c=
√ √
n τ 2 1,1130
=
2 µ 2 0,00034
=57,728 Semelhante ao tratamento dos dados das
medidas anteriores, temos que
b
Discrepâncias relativas: h=0,42336 e g=10 =36,275 .
Relação entre f e τ:

| |
0,42336
−1,07335−(−1 ) f =36,275 × τ
∆ d= × 100=7,335 %
−1
O valor teórico esperado de h é 0,5, já o

|60,370−57,728 |×100=4,577 %
valor teórico esperado de g será encontrado
∆ c= isolando-se τ na equação de Lagrange:
57,728
Como as discrepâncias relativas ficaram
abaixo de 15%, consideramos os valores
satisfatórios.
g=
√ √
n 1 2
=
1
2 L µ 3 0,00034
=36,155

Discrepâncias relativas:
Na etapa 3, o tratamento de dados será
semelhante ao anterior. Porém, desta vez,
fixamos o comprimento e a densidade do
fio, observando a ocorrência de dois
harmônicos. Variamos a tensão.
|
Δ h= |
0,42336−0 , 5
0,5
× 100=15,328 %

Δ =| |×100=0,33190 %
Encontraremos os valores que satisfaçam a 36,275−36,155
relação entre f e τ. g
36,155
Tabela 8: Etapa 3 A discrepância relativa de g foi muito
L = 1,500 ±0,001m n=2 µ = 3,4×10
baixa, ao passo que a de h foi alta, pouco
44,50
f (Hz) 38,200 46,300 47,400 acima dos 15%, apesar de sua discrepância
0 absoluta ser pequena. Isto pode ter sido por
τ (N) 1,1309 1,616 1,7825 1,8783 conta de alguma propagação de erros nas
medidas, já que observamos que os pesos k
f=jµ e seus respectivos valores,
do laboratório não tinham a massa que novamente fizemos semelhantemente às
estava cunhada e o peso deles juntos era etapas anteriores. Portanto,
diferente da soma individual. Dando uma
k =−0,49249 e j=10 =0,76996.
b
pequena diferença da dimensão de décimos
Relação entre f e µ:
de gramas, o que pode ter acarretado nesta −0,49249
pequena variação. E também no f =0,76996 × µ
arredondamento da conversão de gf para
Newtons. O valor esperado para k é -0,5, já o valor
experado de j será calculado isolando a
Na quarta e última etapa, observaremos a densidade na equação de Lagrange:
relação entre f e µ dada por f = j µk (eq. 7) n 2
e encontraremos os valores experimentais
j= √ τ = √1 , 1309=0 ,70 896
2L 3
para j e k. No experimento, fixamos
comprimento e tensão para observarmos a
ocorrência de dois harmônicos ao
variarmos os fios com diferentes Discrepâncias relativas:

|0,76996−0 |×100=8,6042 %
densidades.
, 70 896
Δ j=
Tabela 11: Etapa 4 0 , 70 896
L = 1,500 ±0,001cm n=2 τ=
f (Hz)
µ
(Kg/m)
38,200
0,00034
32,400
0,000507
2
30,500
0,0006205
27,000
Δk=
0,0007869 | −0,49249−(0 ,5)
−0 ,5 |
× 100=1,502 0 %

Os valores de j e k ficaram bastante


Como a relação é de potência, como nas dentro do esperado com discrepâncias
duas últimas etapas, sua linearização pelo relativas abaixo de 15%.
MMQ será por log novamente e a relação
linearizada será Valor experimental de m
log ⁡(f )=log ⁡( j)+k log (µ) (eq. 8).
Agora que já calculamos os valores
Tabela 12: Dados MMQ etapa 4 experimentais de a, b, c, d, g, h, j e k,
precisamos calcular o valor de m. Para
xi yi xiyi
isto, precisamos calcular os respectivos
-3,4682 1,5821 -5,4872 valores para cada etapa do experimento e
fazer a média aritmética, conforme
-3,2948 1,5105 -4,9769
discutido em sala.
-4,7606 Valores experimentais:
-3,2073 1,4843

{ {
-4,4431
-3,1041 1,4314 a=18,720 b=1 , 40
-2,9996 1,3404 -4,0208 d=−1,0733 ; c=60,370
h=0,42336 g=36,275
∑ -16,074 7,3487 -23,689 k=−0,49249 j=0,76996

Tabela 13: coeficientes etapa 4 Valores experimentais de m:


a b a 18 , 72
m 1= k
=
d h 0,42336 −1,0733 −0,49249
(coef. angular) (coef. linear)
L τ µ 1,1309 × 1 ,5 ×0,00034
-0,49249 -0,11353 m1=0,5376 2
Equação linearizada:
c 60,370
y=−0,49249 x −0,11353 (eq. 9) m 2= h k
= 0,42336 −0,49249
n τ µ 2 ×1,1309 × 0,00034
m2=0,56100
Comparando a eq. 8 com a eq. 9,
percebemos que
g 36,275
y=log ( f ) ; x=log ( µ ) ; k=a e ; log ( j ) =b m3= d k
= −1,0733 −0,49249
. Portanto, para encontrarmos a eq. 7:
n L µ 2 ×1 , 5 × 0,00034
m3=0 , 54 874

j 0,76996
m4 = d h
= −1,0733 0 ,4 2336
n L τ 2 ×1 , 5 × 1,1309
m4 =0 , 56470

Esperamos m=0,5, como calculado no


início do relatório. Portanto, iremos fazer
a média aritmética dos valores individuais
mi encontrados acima.

0,53763+0,56100+ 0,54874+ 0,56470


m=
4
m=0 ,5 5302

Discrepância relativa de m:

Δ m= |0 , 55302−0
0 ,5
,5
|×100=10,604 %
O valor de m foi satisfatório, visto que
sua discrepância ficou abaixo dos 15%
mesmo com a grande propagação de erros
por conta os arredondamentos feitos nos
cálculos.

IV. CONCLUSÃO

Com o experimento, pudemos constatar a


dependência entre a frequência de
ressonância com as grandezas estudadas,
visto que os valores ficaram próximos ao
esperado. A maior discrepância foi do valor
h e pode ter ocorrido por conta da
propagação de erros causado pela medida
das massas e conversão da unidade de
medida da tensão. Mas, no final, os
resultados foram satisfatórios.

V. REFERÊNCIAS

[1] Instituto de Física UFBA.


Experimento – corda vibrante.
Disponível em:
<https://www.fis.ufba.br/sites/fis.ufba.br/fil
es/roteiro_-_corda_vibrante.pdf>.
Acessado em: 13/10/2023.

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