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Estudo das Oscilações Livres e Forçadas

num Sistema Massa-Mola

Grupo 3, MEFT, 2011/2012


Paulo Simão 69588
João Braz 70204
Rogério Jorge 69828

Instituto Superior Técnico


Mestrado em Engenharia Fı́sica e Tecnológica
Laboratório de Oscilações e Ondas

2 de Novembro de 2011

Resumo
Neste trabalho de laboratório iremos determinar a constante elástica
K de uma mola, o coeficiente de amortecimento λ do sistema massa-
mola e a frequência de ressonância ωa R da mola, utilizando um sistema
constituı́do por uma mola, fio, roldanas e motor. Para tal, vamos ana-
lisar a evolução do sistema, sujeito a atrito electromagnético, num
regime livre oscilante amortecido e noutro forçado, observando as os-
cilações numa barra graduada, utilizando um LED com fotocélula que
irá servir como detector.

1 Introdução Na primeira parte do trabalho,


uma mola de comprimento l0 e
massa desprezável estará suspensa
Neste trabalho experimental ire- num ponto z = 0 e terá ligada à
mos estudar os movimentos osci- sua extremidade inferior uma barra
latórios livres e forçados de um sis- graduada onde, por sua vez, estará
tema massa-mola. Para tal, o tra- suspensa uma massa m. Esta irá
balho estará dividido em três par- provocar uma deformação da mola,
tes, sendo os objectivos de cada uma atingindo-se o equilı́brio quando o
delas a determinação da constante peso da massa e a força de restituição
elástica da mola K, do coeficiente da mola se anularem. Sendo l o novo
de amortecimento λ do sistema e comprimento da mola e sabendo pela
da frequência de ressonância ωaR da lei de Hooke que a força elástica da
mola, respectivamente.

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mola é proporcional ao deslocamento da mola, de tal forma que z = l + d,
sofrido, teremos no equilı́brio: então teremos:

F~el = P~ (1) ∆z = l − l0 = z − d − l0 (5)

ou seja, e substituindo na equação (4) fica:


K∆z = mg (2) mz̈ + bż = mg − K(z − d − l0 ) (6)
, onde ∆z = l − l0 . Quando o sistema está no equilı́brio,
Realizando medições para dife- ou seja, em repouso, temos z̈ = 0 e
rentes massas e com os respectivos ż = 0. Logo ficamos com:
valores de m e ∆z poderemos traçar,
com um programa apropriado para o mg = K(zeq − d − l0 ) (7)
efeito, o gráfico, que será uma recta,
da deformação da mola em função da Substituindo de novo na equação (6)
massa e cuja constante de proporci- ficamos com:
onalidade será dada por Kg . Como mz̈ + bż + K(z − zeq ) = 0 (8)
o valor de g é conhecido, facilmente
se determina o valor da constante , e fazendo a mudanção de variável
elástica da mola K. z = z−zeq ficamos, finalmente, com a
Na segunda parte do trabalho ire- seguinte equação para o movimento:
mos estudar o movimento do sistema
massa-mola quando a este é aplicado mz̈ + bż + Kz = 0 (9)
uma pequena perturbação e observar , que também pode tomar a forma:
a sua evolução até que o equilı́brio
seja de novo atingido. Como tal, te- z̈ + 2λż + ω02 z = 0 (10)
remos de ter em consideração, para b
além das forças anteriores, a força de , onde λ = 2m é o coeficiente de
atrito, que é induzida pelo conjunto amortecimento do sistema e ω02 = K m
de ı́mans colocados a uma determi- é a frequência própria do sistema.
nada distância da barra, sendo dada Como no caso que estamos a estu-
por: dar λ2 < ω02 a solução será do tipo os-
cilante amortecido, sendo dada por:
dz
F~at = −b~v = −b ~ez = −bż~ez (3) z(t) = Ae−λt cos(ωt + φ) (11)
dt
A equação do movimento será Uma vez que a barra graduada passa
então dada por: por um LED com fotocélula, que fun-
ciona como um detector, é possı́vel
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d z medir os valores da amplitude e
m 2 = mz̈ = mg − K∆z − bż (4) do tempo. Conhecidos os valores
dt
máximos para a amplitude e os res-
Se acompanharmos o movimento pectivos tempos, podemos determi-
de um ponto arbitrário de ordenada nar λ, fazendo um ajuste da função:
z, posicionado sobre a barra a uma
distância d da extremidade inferior z(t) = A0 e−λt (12)

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Na terceira e última parte do tra- 2λωa
φ = arctan( 2 ) (17)
balho iremos analisar um regime ω0 − ωa2
forçado imposto ao sistema massa- Conhecidos os valores da ampli-
mola através de uma força excitadora tude máxima A0 e das diferentes
exterior dada por: frequências ωa será feito um ajuste
F~ext = F0 cos(ωa t) (13) da função (16). Assim, são determi-
nados os valores de F0 , λ e ω0 que ser-
, cuja amplitude será constante e a virão para fazer a comparação com os
frequência ωa poderá variar. obtidos anteriormente.
Assim, tendo em conta a presença Anulando a derivada da equação
desta força, a equação (10) toma a (16) em ordem a ω obtemos a se-
a
seguinte forma: guinte expressão para a frequência de
F0
z̈ + 2λż + ω02 z = cos(ωa t) (14) ressonância:
m q
A solução da equação será dada pela ωaR = ω02 − 2λ2 (18)
soma de duas soluções, uma do re-
gime livre, que é anulada ao fim Tanto a segunda, como a terceira
de algum tempo, e outra do re- parte do trabalho deverão ser repe-
gime forçado. É precisamente nesta tidas para uma distância mais curta
solução que estamos agora interessa- entre o conjunto de ı́mans e a barra,
dos e cuja formula é dada por: de forma a aumentar o atrito e estu-
dar as suas consequências nos dois re-
z(t) = A0 cos(ωa t + φ) (15) gimes oscilatórios do sistema massa-
Se substituirmos agora na equação mola.
(14) obtemos os valores de A0 e φ,
dados por:
F0
A0 = p 2 (16)
m (ω0 − ωa2 )2 + 4λ2 ωa2

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