Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Universidade Rovuma
Nacala
2020
1
Universidade Rovuma
Nacala
2020
2
Índic
e
Introdução......................................................................................................................3
1. Massa da mola nos cálculos da constante elástica da mola....................................4
2. Comparação das massas dos corpos observando suas frequências de oscilação
numa mola......................................................................................................................7
1.1. Sistema massa-mola acoplado............................................................................8
Conclusão.....................................................................................................................13
Bibliografia..................................................................................................................14
3
INTRODUÇÃO
As molas helicoidais são usadas em muitas aplicações práticas no quotidiano pois têm
como principal característica a possibilidade de serem distendidas pela aplicação de
uma força (por exemplo, a força peso). Quanto maior for a distensão que provocamos na
mola, maior terá de ser a força aplicada para manter a mola com essa distensão. Por
outro lado, um corpo suspenso da extremidade livre de uma mola executa um
movimento oscilante, periódico, quando é deslocado da posição de equilíbrio.
O corpo tenderá a parar na posição de equilíbrio ao fim de algum tempo (que pode ser
demorado em circunstâncias favoráveis), ou seja, o movimento é amortecido.
Por que devemos considerar a massa da mola nos cálculos para determinar a
constante elástica da mola?
Como podemos comparar as massas de diferentes corpos observando suas
frequências de oscilação quando suportados por uma mola.
4
Como forma de responder esta questão primeiro temos que ter em conta de alguns
conceitos básicos para cálculos de constante elástica duma mola. É possível determinar
a constante elástica de molas por dois métodos: o dinâmico e o estático.
Para tanto, consideremos uma mola (massa desprezível) que sofre uma elongação
devido a uma força aplicada, conforme ilustrado na Figura 02.
em que ⃗F é a força que a mola exerce ao ser deslocada de uma quantidade ⃗x da sua
posição de equilíbrio e K é uma constante de proporcionalidade e o sinal negativo
indica que esta força está actuando de forma contrária ao seu deslocamento.
5
Para um sistema consistindo de um bloco de massa M em que uma força elástica actua
através de uma mola de massa m desprezível, podemos aplicar a 2ª lei de Newton para
descrever o movimento do bloco, que é dado por:
M ⃗a (t )=−k ⃗x , (02)
d2x
M 2 =−k ⃗x
d t (03)
⃗a (t )=− ( )
2π 2
T
⃗x (t )
(05)
⃗ M
k =4 π 2 2
T (06)
⃗F (t )= ⃗P+ ⃗F =M ⃗a (t )
r .(07)
Uma vez que o sistema oscilador harmónico simples é o conjunto constituído pelo corpo
suspenso e pela própria mola, devemos também levar em consideração a massa da mola
pois ela é também responsável pelo movimento.
Vamos agora calcular o quanto que isso representa na massa efectiva do movimento.
Consideremos uma mola de massa m e comprimento x que esteja com uma de suas
extremidades presa na origem O. Seja v a velocidade de um elemento da mola
v x
=
v0 x0 (08)
2
1 2 1 x
v dm= ⋅ v 2 dm
2 2 x 2 0
0 .(09)
μv 2
1 2 1
v dm= ⋅ 0 x 2 dx
2 2 x 2
0 (10)
μv 2 x0
1 2
Ec =∫ v dm= ∫ x 2 dx
0
2 2x 2 0
0 (11)
x
Como dm=μ dx , temos após a integração nos limites de 0 a 0 que
m=μx 0 . Após as
devidas substituições na Equação 11 temos como resultado final:
7
1 m
Ec = ⋅ v 2
2 3 0 (12)
Desta equação verificamos que mesmo sem qualquer corpo suspenso, a mola pode
m
oscilar e que devemos de facto levar em consideração o factor 3 nos cálculos da massa
efectiva, ou seja, para um sistema massa – mola temos:
m
M efec =M +
3 (13)
Desta forma a Equação 06 deve ser reescrita considerando a massa efectiva do sistema
1
(massa pendurada na mola + 3 da massa da mola), Equação 13, logo:
( )( )
2
2π m
K= M+
T 3 (14)
Partindo dos conceitos básicos dos cálculos da constante elástica da mola, segue-se as
citações:
O corpo de massa m1 dum sistema simples está sujeito a uma força restauradora dada
pela Lei de Hooke e obedece a segunda Lei de Newton de tal forma que a equação do
seu movimento poderá ser obtida a partir de:
m1⋅a=−kx (01)
x (t )= A⋅sen(ωt +ϕ ) (02)
2π
T=
ω (03)
Vamos estudar um sistema massa – mola formado por duas massas iguais (m) ligadas
equilíbrio do sistema as molas estão submetidas a uma força constante ( T⃗ ) e presas nos
extremos em um suporte vertical. De maneira semelhante ao problema dos dois
pêndulos acoplados, o deslocamento de uma das massas influencia o da outra.
Resolvemos o problema dos dois pêndulos acoplados e mostramos que existem dois
modos normais de oscilação, nos quais os pêndulos oscilam harmonicamente.
Mostraremos através de uma analogia com o problema dos dois pêndulos acoplados,
que o sistema massa mola acoplado com deslocamento transversal (Fig.02) também
possui dois modos normais de oscilação.
9
Para simplificar o problema vamos desprezar a resistência do ar, a massa das molas e a
força-peso que actua nas massas. Essas aproximações são boas quando as dimensões
das massas são pequenas, quando as forças das molas são muito maiores que a força-
peso e quando as molas são leves em comparação com as massas.
⃗F + ⃗F =m⋅⃗a
1 2 1 (01)
sen(θ )
tg(θ)= ≃sen (θ)
cos(θ ) (05)
y1
sen (α )≃
l (06)
y 2− y 1
sen ( β )≃
l (07)
y2
sen (γ )≃
l (08)
y1 y 2− y 1
−T⋅ +T⋅ =m⋅a1 y
l l (09)
y 2− y 1 y2
−T⋅ −T⋅ =m⋅a2 y
l l (10)
T T
a1 y =− ⋅y 1 + ⋅( y 2− y1 )
ml ml (11)
T T
a2 y =− ⋅y 2 − ⋅( y 2 − y 1 )
ml ml (12)
Percebemos a semelhança das acelerações (09) e (10) com as acelerações dos dois
pêndulos acoplados na direcção do eixo Ox expressas por:
g k
a1 x =− ⋅x1 + ⋅( x 2 −x1 )
l m (13)
g k
a2 x =− ⋅x2 + ⋅( x 2 −x 1 )
l m (14)
(13) e (14) dos pêndulos acoplados se transformam nas equações do sistema massa-
mola acoplado (09) e (10) se fizermos as seguintes substituições:
g T
→
l ml (15)
k T
→
m ml (16)
Destas modificações (11) e (12) conseguimos obter as frequências angulares dos dois
modos normais de oscilação (ω e ω ' ) do sistema massa – mola acoplado:
ω1 =ω 2 =ω=
√ T
ml (17)
ω1 =ω 2 =ω '=
√ T
ml
T
+2⋅ =ω=√ 3
ml (18)
Assim como no pêndulo acoplado, a solução geral é a soma das soluções dos modos
normais de oscilação.
2π 2π
T= ⇔ω=
Sabe-se que: ω T
√ T
ω1 ; ω2 ;ω 3 ...etc., e devemos ter: ω1 =ω 2 =ω '= ml +2⋅ml =ω=√3
T
13
Se, por exemplo, uma dada frequência for o dobro da frequência padrão, a massa que
está oscilando será 4 vezes menor do que a massa padrão.
CONCLUSÃO
Os sistemas naturais não são isolados, mas interagem entre si. Em particular, se dois ou
mais sistemas capazes de oscilar tiverem algum tipo de interacção, ou acoplamento,
entre si, uma grande variedade de fenómenos interessantes pode ocorrer.
Não faz sentido falar de sistemas naturais acoplados somente em sistemas físicos. Isto
porque há muitos casos em química, biologia, sociologia, etc em que o acoplamento
entre sistemas que oscilam possui consequências observáveis importantes.
Muitos desses fenómenos que não envolvem sistemas físicos são actualmente estudados
utilizando-se técnicas da física e da matemática.
14
BIBLIOGRAFIA
SERWAY, R. A.; JR. JEWETT, J. W. Princípios de Física. 1.ed. São Paulo: Thomson,
2005. cap. 27, v.4.
TIPLER, A.P.; MOSCA, G. Física. 5.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. cap. 31-33, v.2.
YOUNG H. D.; FREEDMAN, R. A., Física IV: óptica e física moderna. 12. ed. São
Paulo: Addison Wesley, 2009. cap. 35, v. 1.