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É permitido o uso de calculadora (não é permitido o uso de calculadora no telefone celular).

Todas as respostas devem conter justicativa.

Utilize g = 9,8 m/s2 para a aceleração da gravidade e v = 340 m/s para a velocidade do som no ar.
1. (3,0 pts) Uma barra feita de material homogêneo tem comprimento L e massa M . Ao ser
suspensa por uma de suas extremidades, a barra oscila com frequência angular de π rad/s.
(a) (1,0 pt) Considerando que o momento de inércia da barra com relação ao eixo que passa
pelo ponto de suspensão é dado por I = M3L , determine o valor de L. O período de um
2

q o
pêndulo físico é dado por T = 2 π MIog d , onde d é a distância entre o ponto de supensão e
q
o CM. Assim, temos que d = L/2 e T = 2 π 3 g.
2L
Usando que T = 2 π/ω = 2 s, obtemos
2
que o comprimento da barra será dado por L = 32g T
2π = 1,49 m.
(b) (1,0 pt) Calcule o comprimento do pêndulo simples equivalente. O pêndulo simples equi-
valente é aquele que oscila com o mesmo período do pêndulo físico, ou seja, que
q oscila com
T = 2 s. Para um pêndulo simples de comprimento l, temos que T = 2 π gl , ou seja,
T 2
= 0,99 m.

l=g 2π
(c) (1,0 pt) Determine a energia potencial máxima de um sistema massa-mola com massa de
m = 0,5 kg que oscila em sincronia com o pêndulo do item anterior, como ilustra a gura
abaixo. Nela, estão representadas as posições do pêndulo e do sistema massa-mola em dois
instantes de tempo em que ambos estão nos extremos de seus movimentos.

A energia potencial máxima será igual à energia cinética máxima, visto que quando o
sistema massa-mola passa pelos pontos extremos de sua trajetória sua energia cinética é
nula e foi toda convertida em energia potencial. A velocidade de um OHS como função
do tempo é dada por v(t) = −ω A sen(ω t + φ) e, assim, a velocidade máxima do sistema
é dada por vmax = ω A. Como o sistema massa-mola oscila em sincronia com o pêndulo,
ele também possui frequência angular de ω = π rad/s. No desenho, é possível ver que a
amplitude do sistema é de 10 cm, ou seja, 0,1 m. Dessa forma, a velocidade máxima por
ele atingida é de 0,31 m/s e a energia cinética máxima, que é igual à energia potencial
máxima, será de 0,025 J.
2. (2,5 pts) Para medir a massa m1 de um objeto, suspende-se primeiramente outro objeto de teste
de massa m0 conhecida em um sistema-massa mola e mede-se a sua frequência de oscilação f0 .
Depois, a massa m1 (desconhecida) é adicionada ao sistema, que passa a ter massa total m1 +m0
e uma nova medida de frequência, f1 , de oscilação é tomada.
(a) (0,5 pt) Escreva a expressão para o período T de oscilação de um sistema massa-mola como
função de sua massa m e a constante elástica da mola, k. T = 2 π m k.
p

(b) (0,5 pt) Escreva a expressão para as frequências de oscilação f0 (m0 ,k) e f1 (m0 + m1 ,k),
como função da massa m0 do objeto de teste e da massa total m1 + m0 , respectivamente, e

1
q
da constante elástica da mola, k. Como f = 1/T , temos f0 = 1
2π m0 .
k
Novamente, como
q
f = 1/T , temos f1 = 1
2π m1 +m0 .
k

(c) (0,5 pt) O gráco abaixo representa as oscilações do sistema massa-mola com a massa
de teste (linha pontilhada) e as oscilações do sistema com a massa de teste e o objeto
desconhecido (linha contínua). Determine os valores das frequências f0 e f1 .

Pelo gráco, vemos que o período das oscilações com a massa de teste é de 0,1 s, ou seja, a
frequência f0 é de 10 Hz. Para as oscilações com a massa de teste e o objeto desconhecido,
o período é de 0,4 s, ou seja, temos f1 = 2,5 Hz.
(d) (1,0 pt) Qual é o valor da massa m1 desconhecida quando o objeto de teste tem massa m0
= 100 g? Isolando k nas expressões obtidas no item (b) obtemos k = 4 π 2 f02 m0 e k =
(f 2 −f 2 ) m
4 π 2 f12 (m1 + m0 ). Igualando as duas expressões obtemos m1 = 0 f 21 0 . Substituindo
1
os valores de f0 e de f1 e o valor de m0 do enunciado, obtemos m0 = 1,5 kg.
3. (2,5 pts) Considere um cano aberto em ambas as extremidades e uma corda de 2 m de compri-
mento, esticada e com as duas extremidadas xas.
(a) (0,5 pt) Se a frequência fundamental do som no cano é de 594 Hz, qual é o comprimento
do cano? Para um tubo de comprimento L com ambas as extremidades abertas, temos que
o comprimento de onda do harmônico n é dado por λ = 2L/n. Sendo v a velocidade do
som, temos que a frequência será dada por f = v n/(2 L) e L = v n/(2 f ). Para o modo
fundamental (n = 1), temos, portanto L = 0,29 m.
(b) (1,0 pt) Se o som proveniente do modo fundamental do cano tem o dobro da frequência
do sexto harmônico da corda, qual é a velocidade de propagação das ondas na corda?
Se a frequência do segundo harmônico na corda é o dobro da frequência fundamental no
cano, então ela é f = 297 Hz. Para a corda, temos também f = v n/(2 L) e, portanto,
v = 2 f L/n, onde L = 2 m é o comprimento da corda. Para n = 6, temos v = 198 m/s.
(c) (0,5 pt) Considerando que a corda tem massa de 50 g, determine a sua densidade linear µ.
A densidade linear é dada por µ = m/L = 0,05/2 = 0,025 kg/m.
(d) (0,5 pt) Qual p é a tensão na corda? A tensão T na corda pode ser obtida a partir da
expressão v = T /µ, então T = v 2 µ = 980,1 N.
4. (2,0 pts) Uma sirene de ambulância emite som com frequência de 300 Hz. Se a ambulância está
se movendo para frente a 60 km/h, encontre as frequências do som detectado por observadores
em repouso na frente e atrás dela. A frequência do som emitido pela fonte é f0 = 300 Hz e a
velocidade da fonte é vf = 60 km/h = 16,67 m/s. Os dois observadores estão em repouso e,
portanto, temos que a velocidade do detector vd é igual a 0 em ambos os casos. O observador
em repouso que se encontra na frente da ambulância vê ela se aproximando dele e, portanto,
ouvirá o som com frequência f = f0 v−v v
f
, onde v é a velocidade do som no ar. Assim, temos
que f = 315,47 Hz. Já o observador em repouso atrás da ambulância vê a fonte se afastando
dele e, portanto, f = f0 v+v
v
f
= 285,98 Hz para esse observador.

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