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3 - QS
- Lista 4 -
Tema: Uma nova interpretação da matéria (dualidade
onda-partícula)
GABARITO
Questões:
nh
2πr = → rp = n~
p
em que (rp) é o módulo do momento angular (L), ou seja, obtemos que L = n~. Logo a
hipótese de De Broglie reforça o argumento de quantização de momento angular postulado
por Bohr para seu modelo atômico.
c. Como você definiria o que é pacote de ondas? Explique qual é a diferença entre velocidade
de fase e velocidade de grupo.
Resp: Pacote de onda é uma onda localizada no espaço e no tempo,que pode ser descrita
pela superposição (somatória) de diversas ondas harmônicas de frequências distintas:
X
y(x, t) = Ai sin(ki x − ωi t)
i
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interferência com regiões mais brilhantes intercaladas com regiões completamente escuras
(padrão de claros e escuros). Essa observação reflete o comportamento ondulatório coletivo
(ou médio) dos fótons, considerando o modelo ondulatório, vemos que a intensidade destas
regiões claras é proporcional ao módulo quadrado da amplitude do campo elétrico ((E0 ).
Entretanto, quando o mesmo experimento é repetido com uma intensidade de luz muito
baixa, ou seja, poucos fótons por unidade de tempo, por um curto período não se observa
padrão de interferência, mas sim pontos dispersos, devido ao comportamento corpuscular
dos fótons. Caso esse último experimento seja mantido por longos períodos, os diversos
pontos medido passam a formar o padrão de interferência, como esperado pelo princípio
da correspondência. Assim, podemos dizer que a probabilidade de um fóton ser medido
em um dado ponto (dele ser “encontrado nesse ponto”) é proporcional a intensidade da
luz naquele ponto. Por analogia, podemos dizer que o quadrado da função de onda do
elétron é proporcional a probabilidade de medir o elétron naquele ponto (“de encontrá-lo
lá”). No caso do elétron e da física quântica no geral, a função de onda pode ser uma
função complexa, mas o seu módulo quadrado é sempre positivo e real. Essas funções são
normalizáveis (fazer com que a área total sob a curva do módulo ao quadrado da função de
onda seja igual a 1, o que corresponde a probabilidade total). Assim, é uma interpretação
consistente e adequada para as predições que são realizadas na física quântica.
Resp: O princípio da incerteza foi formulado em 1927 por Werner Heisenberg. Tal prin-
cípio estabelece um limite na precisão com que certos pares de propriedades de uma dada
partícula quântica, conhecidas como variáveis complementares (tais como posição e mo-
mento linear ou a energia e o tempo), podem ser conhecidos. Heisenberg propôs que em
nível quântico quanto menor for a incerteza na medida da posição de uma partícula, maior
será a incerteza de seu momento linear e vice-versa, isto pode ser expresso matematica-
mente, por ∆p∆x ≥ ~/2. Assim, estabelecendo um limite mínimo para o produto das
incertezas destas duas propriedades da partícula.
É importante salientar que estas incertezas não estão relacionadas a limitações de instru-
mentos de medida, mas são intrínsecas da teoria quântica e estão associadas ao carácter
ondulatório dos entes quânticos. Dessa forma, se for de interesse em experimento aumentar
a precisão na medida do momento (ou seja, obter uma incerteza menor), então isso fará
com com a incerteza na medida da posição aumente. Obviamente, o princípio da incerteza
se aplica para objetos macroscópicos, porém quando calculamos os valores limites dados
pelo equação deste princípio, vemos que os valores limites são ordens de grandeza menores
que as incertezas típicas dos instrumentos de medida, assim não sendo possível observar
os seus efeitos nas medidas usuais do cotidiano. Contudo, em experimentos físicos, como
em aceleradores de partículas, em que estamos estudando efeitos em escala subatômicas,
as consequências do principio da incerteza são mensuráveis e devem ser levadas em conta
para a predição correta dos fenômenos físicos que estão sendo estudados.
Questões:
1. Considerando estes diferentes casos, determine o comprimento de onda de de Broglie
i) Para uma bola de futebol (m = 0, 5 kg) se movimentando com uma velocidade de 5 m/s.
ii) Para um elétron com energia cinética de 100 eV.
iii) Para uma partícula subatômica que se move com velocidade próxima a da luz e tem
energia total E = 1J. [Dica: Para determinar o momento no caso de uma partícula que se
move a uma velocidade próxima a da luz (energia cinética muito maior que a energia de
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repouso), pode-se considerar a aproximação relativística na qual o momento é determinado
como p = E/c].
Baseado nos seus resultado vistos acima, explique se é possível observarmos efeitos de
difração e interferência para tais objetos utilizando fendas ou outros experimentos que
evidenciam o seu caráter ondulatório?
i) Bola de futebol : Neste caso, podemos usar mecânica Newtoniana, isto é, p = m.v, assim:
h h
λ= = → λ = 2, 65 × 10−34 m
p m.v
ii) Elétron não relativístico: Neste caso, também podemos usar mecânica Newtoniana,
Ek < E0 , onde E0 é a energia de repouso. Assim, podemos escrever o momento como
pois √
p = 2mEk , então:
h h
λ= =√ → λ = 1, 23 × 10−10 m = 123pm
p 2mEk
iii) Partícula relativística: Neste caso, podemos usar a aproximação p = E/c, assim:
h hc
λ= = → λ = 1, 99 × 10−25 m
p E
Nota:pA relação entre energia e momento para uma partícula relativística é dada para:
E = (m0 c2 )2 + (pc)2 , onde m0 c2 é a energia de repouso da partícula. Para partículas
com alta energia cinética em que m0 c2 << pc, podemos fazer a aproximação de que
E ≈ pc → p ≈ E/c.
O comprimentos de onda de objetos macroscópicos com as velocidades usuais são muito
pequenos e seriam necessárias fendas de tamanhos comparáveis a estes comprimentos de
onda. Por exemplo, para o caso da bola de futebol, ela deveria passar passar por uma
fenda da ordem de 10−34 m, uma bola possui cerca de 11 cm de raio, ou seja, tal experi-
mento seria impossível. Dessa forma, não observamos estes efeitos quântico sem situações
de nosso dia-a-dia.
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Resp: a) Como sabemos a energia cinética dos elétrons, podemos determinar o seu mo-
mento e, consequentemente, o seu comprimento de onda de matéria como:
√ p
p = 2mE = 2 × 9, 1 × 10−31 kg × 1, 24 × 1, 6 × 10−19 J
= 2 × 9, 1 × 1, 24 × 1, 6 × 10−25 kg.m/s
p
≈ 6 × 10−25 kg.m/s
h 6, 63 × 10−34 J · s
λ= = = 1, 105 nm
p 6 × 10−25 kg.m/s
b) Sim, pois a largura da fenda e o comprimento de onda de Broglie dos elétrons tem
a mesma ordem. Vemos isso da expressão d sinθ = nλ, onde para n = 1 o ângulo é
mensurável.
3. Num aparelho de televisão os elétrons são acelerados por um potencial de 20 kV. Qual é o
comprimento de onda de de Broglie destes elétrons?
4. Uma massa de 1 micrograma tem uma velocidade de 1 cm/s. Se a velocidade tem uma
incerteza de 1%, qual é a ordem de grandeza da incerteza mínima na sua posição?
Resp: A massa é m = 1µg = 10−9 kg, v = 10−2 m/s, ∆v = 10−4 m/s, logo ∆p = m∆v =
10−13 kg.m/s. Assim, pelo principio de incerteza de Heisenberg, a incerteza mínima da
posição é dada por:
~
∆x = = 5, 25 × 10−22 m.
2∆p
5. A energia de um certo estado nuclear pode ser medida com incerteza da ordem de 1 eV.
Qual é o mínimo tempo de vida desse estado?
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6. Os núcleos atômicos são também sistemas quânticos com níveis de energia discretos. Um
estado excitado de um certo núcleo tem uma meia vida de 0, 5.10−9 s, aproximadamente.
Considerando que este tempo é a incerteza ∆t para a emissão de um fótons, use a relação
∆E∆t ≥ ~/2 para calcular a menor incerteza na frequência, ∆ν, do fóton emitido. Calcule
a incerteza relativa, ∆ν
ν , quando o comprimento de onda dos fótons emitidos é λ = 0, 01nm.
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