Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Albert Einstein
(1879 – 1955)
“ Não basta ensinar ao homem uma especialidade. Porque se tornará assim uma máquina
utilizável, mas não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, um senso
prático do que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto “
CURSO DE FÍSICA PARA ESCOLAS MILITARES ONLINE
FISICA MODERNA – RELATIVIDADE – (Prof. Renato Brito)
1 - Introdução
Na Física clássica, sabemos que existem grandezas absolutas e grandezas relativas. Uma grandeza é dita absoluta quando seu valor
independe do referencial adotado, ao passo que o valor de uma grandeza relativa depende do referencial adotado.
A velocidade de um móvel é um exemplo clássico de grandeza que depende do referencial, assim como também são relativas as grandezas
que dependem da velocidade do móvel, tais como energia cinética, quantidade de movimento, momento angular etc.
Na física clássica, massa, tempo e comprimento são exemplos comuns de grandeza que independem do referencial, isto é, são grandezas
absolutas. Afinal, se alguém dissesse que a massa do seu carro, a duração de uma partida de futebol ou o tamanho do portão da sua casa são
grandezas que dependem do referencial, você dificilmente se convenceria disso e julgaria que esse alguém não estaria falando sério.
A teoria da Relatividade de Einstein transforma as ideias de senso comum da Física Clássica de tal forma a deixar perplexo o estudante que a
desvenda pela primeira vez.
Nas próximas páginas você viajará pelo inimaginável mundo da teoria da relatividade e aprenderá a repensar alguma das suas ideias mais
primitivas: os conceitos de tempo e espaço.
Como veremos, grandezas como comprimento, massa e tempo, na verdade, são relativas e, portanto, dependem do referencial que está
efetuando as medidas.
O conceito de tempo absoluto, proposto pela Física Clássica de Newton e Galileu, sofreu reformulações e, na teoria da relatividade não existe
mais o tempo universal de Newton e, sim, o “meu tempo” e o “seu tempo”. O tempo para mim não passa, necessariamente, no mesmo ritmo que
o seu tempo, quando nos movemos um em relação ao outro.
Entretanto, conforme veremos, efeitos relativísticos como esses jamais farão parte do nosso dia a dia pelo fato de que só seriam perceptíveis
caso nos movêssemos a velocidades próximas da inatingível velocidade da luz. Para velocidades do nosso dia a dia, como um avião voando a
1000 km/h, ou um carro a 100 km/h, esses efeitos se tornam imperceptíveis.
Quando tinha 16 anos, Einstein descobriu a falha nesse raciocínio. Anos depois, ele relembrou seu pensamento juvenil:
“Após dez anos de reflexão, esse princípio resultou de um paradoxo com que eu já havia me deparado aos 16 anos de idade: se persigo um
feixe de luz com a velocidade c (a velocidade da luz no vácuo) eu deveria observar esse feixe de luz como um campo eletromagnético
espacialmente oscilante, porém em repouso (velocidade de propagação nula). No entanto, parece não haver tal coisa na natureza, seja com
base na experiência cotidiana ou segundo as equaçãoes de Maxwell do Eletromagnetismo Clássico” 1.
Na universidade, Einstein confirmou as suas suspeitas. Aprendeu que a luz pode ser expressa em termos dos campos elétrico e magnético
de Faraday, e que esses campos obedecem as equaçãos de campo encontradas por James Clerl Maxwell. Como suspeitava, verificou que as
equações de campo de Maxwell2 , não admitem, como soluções, ondas estacionárias congeladas.
As equações de Maxwell forneciam um valor constante c para a luz e para qualquer onda eletromagnética, mas constante em relação
ao quê ? A solução favorita para esse enigma era apelar para o conceito de éter, meio hipotético que permearia todo o espaço inclusive o
vácuo. Seria, então, em relação ao éter, a velocidade das ondas eletromagnéticas fornecidas matematicamente pelas equações de
Mawxell.
Em 1890, os físicos americanos Michelson e Morley realizaram uma série de experimentos usando um interferômetro, visando a medir
a velocidade da Terra em relação ao éter usando raios de luz. O experimento foi repetido pelo menos umas quinze vezes em durante
cinquenta anos, em várias estações do ano, com aparelhagem cada vez mais sofisticada. Nenhum indício de “vento de éter” jamais fora
detectado. Os físicos concluíram que o éter não existia.
Na ausência de éter, como conciliar o princípio da relatividade com o comportamento da luz e outros fenômenos eletromagnéticos ?
Foi aí que Einstein se notabilizou. Einstein era um físico teórico e, portanto, dava muito valor ao raciocínio abstrato, apesar de se manter
sempre bem informado sobre a física experimental ( Não está claro se ele conhecia a agora famosa experiência de Michelson e Morley).
Tamanha era a sua confiança na superioridade do raciocínio humano que, quando certa fez foi indagado sobre o que teria dito se sua
teoria não tivesse sido confirmada pela observação experimental, respondeu: “Teria que me apiedar do senhor. A teoria está correta do
mesmo jeito”.
Em 1905, Einstein estava correto de que o princípio da relatividade tinha que ser mantido a todo custo. Por outro lado, não queria
rejeitar a bonita e bem sucedida teoria do eletromagnetismo com seu valor único para a velocidade da luz. Assim, ele deu um passo
ousado e preservou tanto a relatividade do movimento uniforme como a constância da velocidade da luz. Ora, essas exigências parecem
bem contraditórias. Se o movimento depende do referencial, um pulso de luz deverá ter uma velocidade diferente para diferentes
observadores que movem uns em relação aos outros; mas nesse caso, então, a velocidade do pulso de luz não apresentaria um valor
constante e único c. A única forma de conciliação era abrir mão de algo que se supunha inquestionável desde o início da ciência: a
universalidade do espaço tempo.
É fácil ver porque esse passo é necessário: é o único modo de dois observadores em movimento, um em relação ao outro, verem o
mesmo pulso de luz se movendo na mesma velocidade em relação a cada um eles.
3 - Os Postulados de Einstein
Einstein construiu a Teoria da Relatividade Restrita a partir de dois postulados:
1o postulado de Einstein:
As leis da Física são as mesmas, expressas por equações que têm a mesma forma, em qualquer referencial inercial. Não existe um
referencial privilegiado.
2o postulado de Einstein:
A Velocidade da luz no vácuo tem o mesmo valor c (c 300 000 km/s) em relação a qualquer referencial inercial, independente do
movimento relativo entre o observador e a fonte de luz.
O 1o postulado é simplesmente uma generalização do princípio da relatividade newtoniana e inclui todos os tipos de medidas físicas, e
não apenas mecânicas.
Note que o segundo postulado contraria radicalmente a maneira newtoniana (galileana) de compor velocidade. Para confirmar isso,
considere uma nave em repouso em relação às estrelas e recebendo a luz emitida por uma lanterna, como ilustra a figura a seguir.
Vácuo
Nave
Lanterna
4 - A Dilatação do Tempo
Quando dois observadores medem o tempo decorrido entre dois eventos, nem sempre eles concordarão com a medida do outro. É
possível que o tempo para um deles passe mais rápido do que o tempo para o outro.
Para melhor esclarecer a dilatação do tempo, considere um trem que se desloca em movimento retilíneo e uniforme com velocidade v
em relação ao solo. No seu interior há uma lanterna fixa ao piso e um espelho plano fixo ao teto, ambos na mesma vertical. A lanterna
emitirá um pulso luminoso que será refletido pelo espelho e retornará a ela.
Considere que dois observadores A e B, cada um deles munido com seu próprio relógio, efetuarão a medida do tempo decorrido entre
dois eventos bem determinados:
1o evento: a lanterna emite o pulso de luz;
2o evento: o pulso de luz retorna à lanterna.
Nesse momento, introduzimos o conceito de tempo próprio. Para compreender esse conceito, note que ambos os eventos ocorrem
na lanterna ( local dos eventos) e que apenas o observador B está parado em relação ao local dos eventos (lanterna) durante o movimento
do trem. Esse observador mede o tempo próprio decorrido entre os dois eventos.
VestCursos Militares – prof Renato Brito – Página 2
CURSO DE FÍSICA PARA
ESCOLAS MILITARES ONLINE– (Prof. Renato Brito)
2 2
c t 2 v t c 2 t 2 v 2 t 2
= d + = d2 +
Tempo próprio é o tempo medido pelo 2 2 4 4
relógio que encontra-se parado em
relação ao local dos eventos. ( )
c 2 t 2 = 4d 2 + v 2 t 2 c 2 − v 2 t 2 = 4d 2
4 d2 4 d2 2d
t 2 = = t A =
c2 − v2 v2 v2
c 1− 2
2
c 1− 2
c c
Do ponto de vista do observador B, a luz faz o trajeto 2d
Lembrando que t B = , vem:
indicado na figura a seguir, propagando-se com velocidade c e c
percorrendo a distância 2d durante o intervalo de tempo (próprio)
t B
tB . t A =
v2
Espelho
1−
c2
B
d v
Como a velocidade v do trem será sempre menor que a
v2
Lanterna
velocidade c da luz (v < c) , então a expressão 1− será
Solo c2
A sempre menor que 1, o que nos permite concluir que tA > tB.
Assim, como tB é o tempo próprio medido entre os dois
eventos e tA > tB , dizemos que tA é o tempo dilatado.
De fato, isso
s realmente tinha
Então, lembrando que v = , em relação a B, podemos que ocorrer.
t
escrever:
s 2d
c= v= t B =
t B c
V.t
2 Exemplo Resolvido 1: Considerando a situação anterior,
No suponha que uma lâmpada B pisca-pisca instalada no teto do
triângulo retângulo destacado na figura acima, podemos usar o vagão, pisque num ritmo de “uma piscada a cada 12 segundos”,
teorema de Pitágoras: conforme medido pelo observador B também localizado no interior
do vagão.
L
Admita que a velocidade do vagão seja v = 0,8.c (80% da
velocidade da luz no vácuo). v v
v2
LB = L A . 1 − LA = 1000m
c2
v2 A
Como 1− é menor que 1, temos que LB é menor que LA. Solo
c2
Então:
Resposta da pergunta 2
B
a) Cada observador vê a sua própria lâmpada dando uma piscada
a cada 12 segs. Solo
b) Cada observador vê a lâmpada do outro uma piscada a cada 20
O comprimento LB que a barra tem em relação a B é menor
segs, portanto, alentecida.
que o comprimento LA que ela tem em relação a A:
c) Todas as lâmpadas passariam a dar 1 piscada a cada 12s, ou
seja, cessariam todos os efeitos relativísticos de alentecimento
(dilatação do tempo), visto que agora não há mais velocidade v2
LB = L A 1 − LB < L A
(movimento). c2
Para melhor esclarecer, considere o seguinte exercício de Dessa maneira, a mesma régua mediu todo o comprimento do
pensamento: trem nos dois sistemas. A essência deste e de muitos outros
"paradoxos" que aparecem na teoria da relatividade é que o
Quando estou na plataforma do metrô sem nada para fazer exceto
processo de medição demanda tempo, e que tanto o espaço
esperar o próximo trem, por vezes deixo minha imaginação vagar e
quanto o tempo se tomam distorcidos de diferentes maneiras em
imagino como seria se a velocidade da luz fosse de apenas,
diferentes sistemas. Dizemos que corpos que se movem, em
digamos, 50 quilômetros por hora, a velocidade de um trem do
relação aos outros, não compartilham da mesma “região do
metrô.
espaço-tempo”.
Quando o trem finalmente entra com estrépito na estação, ele
parece espremido, como uma sanfona. O trem, eu imagino, seria
uma lâmina chata de metal com cinco centímetros de espessura,
correndo pelos trilhos. E todo mundo dentro dos vagões pareceria
fino como papel. Essas pessoas estariam também praticamente
congeladas no tempo, como se fossem estátuas imóveis. No
entanto, quando o trem finalmente pára em meio a rangidos, ele
subitamente começa a se expandir, até que a lâmina de metal
ocupe toda a estação.
Por mais absurdas que essas distorções possam parecer, os
passageiros dentro do trem as ignorariam por completo. Seus
corpos e o próprio espaço seriam comprimidos ao longo da direção
do movimento do trem; tudo pareceria conservar sua forma normal.
Além disso, seus cérebros teriam se tornado mais lentos, de modo
que todos dentro do trem agiriam normalmente.
Depois, quando o trem do metrô finalmente para, elas não
percebem em absoluto que, para alguém que esteja na plataforma,
ele parece expandir-se milagrosamente até ocupar toda a
plataforma. Quando os passageiros saem do trem, estão
totalmente ignorantes das profundas mudanças exigidas pela
relatividade especial.
A recíproca de tudo isso, também é verdadeira. De maneira
semelhante, os passageiros que viajam no trem pensariam que ele
estava em repouso e que a estação do metrô estava vindo em
direção ao trem. Eles veriam a plataforma e todos nela postados
comprimidos como uma sanfona. Então isto nos leva a uma
contradição, o fato de as pessoas no trem e as que estão na
estação pensarem ambas que a outra foi comprimida. A resolução
deste paradoxo é um bocadinho delicada. Normalmente, é absurdo
pensar que duas pessoas podem ser ambas mais altas uma que a
outra. No entanto, nesta situação temos duas pessoas, cada uma
pensando corretamente que a outra foi comprimida. Isso não é
uma verdadeira contradição porque é preciso tempo para fazer
uma medição, e o tempo, assim como o espaço, foi distorcido. Em
particular, eventos que parecem simultâneos em um sistema de
referência não são simultâneos quando vistos em outro.
Por exemplo, digamos que as pessoas na plataforma peguem
uma régua e, enquanto o trem passa, deixem-na cair sobre a
plataforma. Enquanto o trem passa, elas deixam cair as duas
pontas da régua de modo que estas atingem a plataforma
simultaneamente. Desse modo, elas podem provar que o
comprimento todo do trem comprimido, da frente até o fundo, é de
apenas trinta centímetros.
Agora considere o mesmo processo de medição do ponto de
vista dos passageiros do trem. Eles pensam que estão em repouso
e vêem a estação de metrô comprimida vir em sua direção, com
pessoas comprimidas prestes a deixar cair uma régua comprimida
sobre a plataforma. De início parece impossível que uma régua tão
minúscula seja capaz de medir todo o comprimento do trem. No
entanto, quando a régua cai, suas extremidades não atingem o
solo simultaneamente: Uma ponta da régua chega ao chão
exatamente quando a estação passa pela ponta dianteira do trem.
Somente quando a estação se moveu completamente pelo
comprimento de todo o trem é que a segunda extremidade da
régua finalmente atinge o solo.
VestCursos Militares – prof Renato Brito – Página 6
CURSO DE FÍSICA PARA
ESCOLAS MILITARES ONLINE– (Prof. Renato Brito)
L eitura
Um dos fatos que confirmam a
Teoria da Relatividade Restrita: os mésons
Raios cósmicos incidentes nas altas camadas da atmosfera produzem partículas instáveis, denominadas mésons . Sabe-se que a
vida média de um méson , medida num referencial em repouso em relação a ele, é de 2,2 s, aproximadamente. Após esse curtíssimo
intervalo de tempo, o méson desintegra-se, dando origem a outras partículas.
Os mésons produzidos na alta atmosfera movem-se a uma velocidade igual a 0,998 c, aproximadamente.
Vamos calcular a distância que poderiam percorrer antes de se desintegrarem:
s 660 m
Como a altitude da região em que são produzidas (10.500 m) é muito maior que 660 m, essas partículas não deveriam chegar à
superfície da Terra. No entanto, chegam em abundância. Note que estamos diante de um problema concreto.
Como a velocidade dos mésons é muito alta, os efeitos relativísticos não podem ser ignorados, e o problema deve ser resolvido pela
Teoria da Relatividade.
Veja as maneiras pelas quais podemos elucidar a questão.
Primeira maneira (considerando a dilatação do tempo)
A vida média do méson é o intervalo de tempo decorrido entre dois eventos: seu “nascimento” e sua desintegração.
Esse intervalo será medido por dois referenciais estabelecidos exatamente como fizemos no estudo da dilatação do tempo, que é
conveniente rever:
R'
Mesón
Solo
R
O referencial R’, viajando junto com o méson e, portanto em repouso em relação ao local dos eventos, mede t’= 2,2 s.
O referencial R, por sua vez, em movimento em relação ao local dos eventos, mede t (dilatado em relação t’), dado por:
t ' 2,2
t = = t 35 s
v
1− 2
2
1−
(0,998 c )2
c c2
Então, em relação a R, o méson, ainda “vivo”, é capaz de percorrer uma distância dada por:
R'
Mesón
Pico
Solo
R
v2
' = 1 − = 10500 1 − 0,998 2 = 660 m
c2
Então, para o méson, a distância a ser percorrida é de 660 m e não de 10 500 m, o que também esclarece a questão.
1.6 – Velocidade Relativa Relativística
Como já dissemos, a maneira de compor velocidades na Teoria da Relatividade é bem diferente do que se faz na Mecânica newtoniana.
Nessa seção, ensinaremos ao leitor como se calcula velocidades relativas no caso relativístico, quando as velocidades envolvidas são
próximas da velocidade da luz. A seguir, identificamos as velocidades em jogo, e as relações entre elas:
v
U = velocidade da bala em relação à Terra
U’ = velocidade da bala em relação ao Trem
eixo V = velocidade do trem em relação à Terra
U Albieri
1) Fórmula quando V < 0,1.c (caso não relativísitico, o nosso dia a dia, a física clássica)
U = U’ + V
Casos Particulares:
Caso 1
Note que se U’ = c , então U = c, independente da velocidade do trem.
V + U' V + c c.(V + c)
U = = = = c
V.U' V.c c + V
1 + 1 +
c2 c2
Em outras palavras, se U’ = c significa que a bala é a luz, e portanto, a sua velocidade é a mesma para qualquer observador, independente
de V. Afinal, este é o segundo postulado da relatividade restrita: A velocidade da luz é a mesma para qualquer observador.
Caso 2
Note que se V = c e U’ = c , então U = c.
V + U' c + c 2.c
U = = = = c
V.U' c.c 1 + 1
1 + 1 +
c2 c2
Trata-se de um caso particular do caso 1, visto que, se U’ = c então U = c para qualquer valor de V, inclusive V = c.
Assim, a fórmula que foi desenvolvida a partir dos postulados da relatividade restrita, logicamente está de acordo com o postulado.
Exemplo Resolvido 3: Um trem se move com velocidade V = +0,5.c e um observador no interior do trem (Leo) viu um projétil passar pela
janela com velocidade u’ = +0,4.c em relação ao trem. Qual a velocidade do projétil em relação ao Albieri parado junto ao solo ?
u'
Leo
eixo
U Albieri
Resolução:
Adotando um eixo horizontal oX orientado para a direita, temos que ambas as velocidades serão escalarmente positivas V = + 0,5.c e u’ =
+ 0,4.c. Aplicando a relação , vem:
V + U' 0,5.c + 0,4.c 0,9.c
U = = = = +0,75.c U = +0,75.c
V.U' 0,5.c.0,4.c 1,2
1 + 1 +
c2 c2
(o sinal + indica que essa velocidade está a favor do eixo) Assim, a velocidade do projétil, em relação ao solo vale U = +0,75.c
Exemplo Resolvido 4: Um trem se move com velocidade V = + 0,8.c e um observador no interior do trem (Leo) viu um projétil passar pela
janela, movendo-se na mesma direção do trem mas em sentido contrário, com velocidade escalar u’ = –0,5.c em relação ao trem. Qual a
velocidade do projétil em relação ao Albieri parado junto ao solo ?
Resolução:
Adotando um eixo horizontal oX orientado para a direita, temos que a velocidade escalar do trem será positiva V = + 0,8.c e a velocidade
escalar do projétil em relação aotrem será negativa (move-se contrário ao eixo) u’ = –0,5.c . Aplicando a relação , vem:
V + U' 0,8.c − 0,5.c 0,3.c
U= = = = + 0,5.c U = +0,5.c
V.U' 0,8.c.( − 0,5.c) 0,6
1+ 1+
c2 c2
(o sinal + indica que essa velocidade está a favor do eixo) Assim, a velocidade do projétil, em relação ao solo vale U = +0,5.c
7 - Massa Relativística
Considere, por exemplo, uma pedra em repouso em relação ao solo:
m
Pedra em repouso v
mo
Solo
Solo
Vamos simbolizar por Mo a massa da pedra medida nessa situação (Mo chama-se massa de repouso). Suponha, agora, que essa
mesma pedra esteja em movimento em relação ao solo, com velocidade v:
Pode-se demonstrar que, nessa nova situação, a massa da pedra passa a ser M, dada pela expressão:
em que M se chama massa relativística. O termo “relativístico” costuma, em geral, inibir o aluno que estuda esse assunto pela primeira
vez. Entretanto, o seu significado é simples: quando dizemos “massa relativística”, queremos dizer que se trata da massa do corpo, levando
em conta o efeito da relatividade, ao passo que “massa não-relativística” é a massa do corpo sem considerar o efeito da relatividade. O
mesmo se aplica a “energia relativística”, “quantidade de movimento relativística” etc.
v2
Note que, sendo 1− menor que 1, m é maior que mo, ou seja, a massa da pedra em movimento é maior que sua massa de
c2
repouso. Note também que, quanto maior for v, maior será a massa m. Evidentemente, esse aumento de massa não significa um aumento
da quantidade de partículas que constituem a pedra, mas um aumento da sua inércia.
Por exemplo, se a pedra estiver em movimento retilíneo
acelerado, sob ação de uma força resultante constante, sua v
aceleração não será constante, mas diminuirá à medida que 1
sua velocidade aumentar, conforme ilustra o gráfico a seguir.
c
O gráfico1 representa a previsão da Mecânica clássica: a
aceleração da pedra é constante e sua velocidade cresce 2
indefinidamente.
Exemplo Resolvido 5: Vamos calcular a massa que teria uma pessoa se pudesse se mover com velocidade 0,8 c, considerando sua
massa de repouso igual a 60 kg.
Temos que:
mo 60
m= = m = 100 kg
v 2
1 − 0,64
1− 2
c
v2 v2
• Quando v tende a c, tende a 1. Assim, 1− tende a zero e m tende a infinito.
c2 c2
Como nenhum corpo pode ter massa infinita, sua velocidade sempre será menor que c.
• Se v for muito menor que c, teremos:
v2
0 m mo
c2
Como sabemos, na Mecânica clássica, em que as velocidades são desprezíveis em
comparação com a luz, m é igual a mo.
• Nos aceleradores de partículas, em que elétrons, por exemplo, atingem velocidades
próximas de c, a variação da massa com a velocidade é plenamente comprovada.
Por exemplo, se fosse possível aniquilar uma pedra de massa de repouso igual a 1g, transformando-a totalmente em energia, obteríamos:
Eo = mo . c2 = ( 1 . 10−3 kg ) . ( 3 . 108 m/s )2 Eo = 9 . 10 13 J
Essa energia seria suficiente para manter acesas 1 000 lâmpadas de 100 W por quase 30 anos! Portanto, uma pequeníssima massa
equivalente é a uma enorme quantidade de energia. Na prática, essa energia encontra-se guardada nos confins dos núcleos atômicos e a
tecnologia atual ainda não é capaz de fazer uso de toda essa energia atômica. A energia está dentro dos núcleos dos áto
Todas as reações que liberam energia, inclusive as reações químicas exotérmicas, o fazem devido a uma perda de massa, que se
transforma em energia.
A energia solar, por exemplo, provém de uma reação nuclear denominada Fusão Nuclear. Nessa reação, isótopos de hidrogênio se
fundem produzindo um núcleo de hélio. A massa do núcleo de hélio, porém, é ligeiramente menor que a soma das massas dos quatro
núcleos de hidrogênio, essa perda de massa corresponde à energia liberada. Nesse processo, o Sol perde de 4 milhões de toneladas de
massa a casa segundo que são liberadas na forma da energia irradiada ! A fusão nuclear também será melhor estudada adiante nessa
apostila.
A tabela a seguir mostra a energia de repouso de algumas partículas elementares e de alguns núcleos leves:
Todas as reações que liberam energia, inclusive as reações químicas exotérmicas, o fazem devido a uma perda de massa, que se
transforma em energia. Um fato curioso é o da soma das massas de todos os prótons, nêutrons e elétrons de um átomo ser menor que a
massa total do próprio átomo. Mas como ? Onde está a massa correspondente à diferença de massa ?
De fato, ela fica armazenada na forma de “Energia Potencial de Ligação” entre os núcleons, como massa-energia. É por esse motivo
que pudemos afirmar que: Massa dos núcleons (soma das massas de protons, neutrons e eletrons) é maior que a massa no núcleo origi
Quando separados, os núcleons sempre têm uma massa total maior do que a massa do núcleo original.
Isso é uma consequência do fato de, para todos os núcleos conhecidos, as forças nucleares atrativas serem dominantes, em relação às
forças elétricas repulsivas.
Considere as duas etapas de montagem de um núcleo, a partir dos seus prótons e nêutrons inicialmente isolados:
1a etapa: os núcleons ainda se encontram suficientemente afastados entre si. Nessa etapa, aproximar os núcleons é um processo
forçado e que, portanto, requer um gasto de energia para vencer as forças elétricas repulsivas, energia esta que ficará armazenada no
sistema na forma de Energia Potencial. Nessa etapa, as forças nucleares atrativas ainda são desprezíveis.
2a etapa: Quando a distância média entre os núcleons (que estão sendo gradativamente aproximados) atingir a ordem de grandeza do
diâmetro de um núcleon (1.10–15m), a colossal força nuclear passa a atuar e a dominar a repulsão elétrica, dando uma resultante atrativa.
Nessa etapa, aproximar os núcleons passa a ser um processo espontâneo e, que portanto, libera energia. Nessa escala de distâncias,
tamanha é a superioridade das forças nucleares atrativas, em relação às forças elétricas repulsivas, que a energia liberada nessa
curtíssima etapa ainda é maior que a energia injetada no sistema durante a 1a etapa.
Assim, o processo de montagem de qualquer um dos núcleos disponíveis na natureza, como um todo, sempre ocorre com liberação de
energia e, portanto, com redução da massa do sistema.
Em linguagem matemática, isso significa que:
m núcleons isolados = m prótons isolados + m nêutrons isolados > M núcleo
e a diferença de massa m = ( m núcleons isolados – M núcleo ) é o chamado “defeito de massa”. A energia E correspondente ao defeito de
massa é dada por E = m.c2 e, conforme dissemos, corresponde à energia potencial das ligações entre os núcleons, quando estavam
confinados ao núcleo. Para separar todos eles infinitamente, você precisará gastar essa fabulosa energia na forma de trabalho.
Uma maneira de interpretar essa variação da massa é dizer que:
Um núcleon dentro de um núcleo, em média, possui menos massa que teria , caso estivesse fora dele. Quão menos dependerá de qual
núcleo se trata.
A comprovação experimental dessa conclusão é um dos triunfos da Equivalência Massa-Energia proposta por Albert Einstein em sua
Teoria da Relatividade, estudada na parte 1 deste livro. As massas de núcleons e de isótopos dos vários elementos podem ser medidas
com precisão de uma parte por milhão ou mais (veja com seus próprios olhos na tabela 1 adiante ☺), usando um espectrômetro de massa.
À massa do núcleo de C-12 é atribuído o valor de 12,00000 unidades de massa atômica. A unidade de massa a atômica (u) é definida
precisamente como sendo um dozeavos da massa do núcleo do isótopo comum carbono-12. Com tal referência, as massas dos outros
núcleos atômicos são medidas em unidades de massa atômica u's. As massas do próton e do nêutron são 1,00728 u e 1,00867 u,
respectivamente, quando isolados fora do núcleo.
Figura 1- O gráfico mostra que a Massa por núcleon não é constante para todos os núcleos. Ela é maior para os núcleos leves, alcança seu valor mínimo para o Ferro-56 e
tem valores intermediários para os núcleos mais pesados. Para o Carbono-12, a Massa por núcleon vale exatamente 1u , por definição.
Um gráfico importantíssimo é o da massa média do núcleon para os elementos que vão desde o hidrogênio até o urânio (Figura 1 – tabela
1), pois ele é a chave para a compreensão da energia associada aos processos nucleares – tanto à fissão como à fusão. Para obter a
massa média por núcleon, divida a massa total de um núcleo pelo número núcleons que o constituem.
VestCursos Militares – prof Renato Brito – Página 12
CURSO DE FÍSICA PARA
ESCOLAS MILITARES ONLINE– (Prof. Renato Brito)
Assim, comparando o Fe–56 com o U-235 (Figura 1 - tabela 1), percebemos que a relação massa/núcleon do U-235 é superior ao do Fe-
56, sugerindo que o U-235 usa um menor percentual da sua massa nuclear na forma de energia potencial de ligação entre seus prótons e
nêutrons que o Fe-56. Isso significa que os prótons e nêutrons do U-235 estão mais fracamente ligados (menor energia potencial de
ligação) que os núcleons do Fe-56 e que, portanto o núcleo de U-235 é menos estável.
A figura 2 mostra o gráfico da energia de ligação por núcleon para vários elementos da tabela periódica, em Mev. Note que, conforme
discutimos anteriormente, a energia de ligação por núcleon tem o seu máximo valor para o Fe-56, que representa o pico dessa curva.
Figura 2 - Gráfico da Energia de ligação por núcleon, medida em Mev, em função do número de massa A dos elementos.
Exemplo Resolvido 6: Determine o defeito de massa, a energia de ligação e a energia de ligação por núcleon ( E L / A) para o isótopo de
oxigênio O-16, sendo dados:
massa de repouso do próton isolado: mp = 1,007276 u
massa de repouso do nêutron isolado: mn = 1,008665 u
massa do elétron: me = 0,000549 u
massa do átomo de oxigênio O-16: mO = 15,994915 u
número atômico do oxigênio: ZO = 8
Solução:
Inicialmente vamos determinar a massa do núcleo do oxigênio (mNo). Basta subtrair da massa do átomo de oxigênio-16 (mo) a massa de
seus 8 elétrons (8me). Temos, portanto:
mNo = mo – 8.me mNo = 15,994915 – 8 x 0,000549 mNo = 15,990523 u
Como o núcleo do oxigênio tem 8 nêutrons e 8 prótons, a soma das massas de seus componentes isolados (mn, p) é:
mn, p = 8.mn + 8mp = 8 x 1,008665 + 8 x 1,007276 mn,p = 16,127528 u
A energia de ligação do núcleo do átomo de oxigênio-16 é a energia equivalente a esse defeito de massa. Como, pela equação de Einstein
E = m.c2 , a energia correspondente a 1u vale 931,5 MeV, temos:
m = 0,137005 u 0,1370 x 931,5 m 127,6 MeV (energia de ligação do núcleo)
Como o núcleo do oxigênio tem 16 núcleons (A = 8 prótons + 8 nêutrons = 16), a energia de ligação por núcleon do oxigênio é:
(EL / A) = 127,6 Mev / 16 = 7,976 Mev / núcleon
9 – Fusão Nuclear
O gráfico da Figura 1 mostra que, quando núcleos leves (A 20) se fundem (fusão nuclear), o núcleo resultante é menos massivo do que a
soma de suas partes. Por exemplo, quando um Deutério se funde com um Trítio, os produtos dessa reação nuclear apresentam massa
menor que a soma das massas iniciais:
2 3 4 1
1H + 1H → 2 He + 0n + m
Reação: 2
+ 31 H → 4 1
+ m
1H 2 He + 0n
A diferença de massa é liberada sob forma de enormes quantidades de energia. A este processo de obtenção de energia a partir da fusão
de núcleos leves damos o nome de Fusão Nuclear.
Nas altas temperaturas do Sol, a cada segundo, aproximadamente 657 milhoes de toneladas de hidrogênio (na forma de Deutério e
Trítio , veja tabela 2 anterior) sofrem fusão, transformando-se em 653 milhões de toneladas de hélio. As 4 milhões de toneladas de massa
que estão "faltando" são descartadas como energia radiante ! Isso é, de fato, incrível: O sol está continuamente perdendo 4 toneladas de
massa por segundo, sob forma de energia radiante que aquece e ilumina o sistema solar. Entretanto, como sua massa é da ordem de
2x1030 kg, ele ainda irá durar cerca de quatorze trilhões de anos ☺ ! Esse processo que ocorre no sol também ocorre em outras estrelas.
Figura 3 - Esquema de uma Usina nuclear, onde a fissão nuclear ocorre de modo controlado e a energia liberada é aproveitada para a produção de energia elétrica.
Na Figura 1, o vale situado do lado esquerdo do gráfico (antes do Fe-56) corresponde aos elementos leves que podem sofrer fusão
nuclear. Qualquer transformação nuclear que mova núcleos mais leves em direção ao ferro, combinando-os, liberará grandes quantidades
de energia devido à redução da massa do sistema durante a transformação.
Uma aplicação pacífica da Fissão Nuclear são as usinas nucleares (figura 3), onde esse processo ocorre de modo controlado e a
energia liberada é aproveitada para a produção de energia elétrica.
O calor liberado na fissão aquece a água, mantida a alta pressão. Esta, por sua vez, aquece uma outra porção de água que entra em
ebulição. O vapor produzido gira uma turbina, cujo eixo se liga a um gerador elétrico, o qual, por sua vez, transforma a energia do
movimento em energia elétrica com base no fenômeno da Indução Eletromagnética de Faraday.
10 – Fissão Nuclear
Observando novamente o gráfico da Figura 1, podemos perceber que, quando núcleos pesados (A 200) sofrem fissão (são partidos), os
fragmentos resultantes possuem massa total menor que o núcleo original. A perda de massa do sistema é convertida em energia que será
liberada nesse processo, denominado Fissão Nuclear. Fusão - nucleos leves em direção ao fer
roFissão - nucleos pesados em direção ao
A B
Figura 4 - A massa de um núcleo não é igual à soma das massas de suas partes. (a) Os fragmentos da; fissão de um
núcleo pesado como o urânio são menos massivos do que o próprio núcleo do urânio. (b) Dois prótons e dois nêutrons
em estado livre são mais massivos do que quando estão combinados formando um núcleo de hélio.
Esse processo está associado aos elementos do ramo direito do gráfico massa/núcleon da Figura 1. A análise geral desse gráfico,
portanto, permite concluir que:
Qualquer transformação nuclear que mova núcleos mais leves em direção ao ferro, combinando-os (fusão nuclear), ou que mova núcleos
mais pesados em direção ao ferro, dividindo-os (fissão nuclear), libera energia, em ambos os casos, por redução da massa total do
sistema.
O gráfico da Figura 1 ainda revela que a energia liberada é maior quando núcleos leves sofrem fusão (se combinam), que quando um
núcleo pesado se divide. Para compreender isso, observe que o ramo esquerdo do gráfico é muito mais inclinado que o direito, indicando
muito mais energia liberada por grama de massa perdida.
Para exemplificar uma fissão nuclear, você deve se recordar, quando falamos sobre energia de ligação de núcleos, que um núcleo de U-
235 é pouco estável e facilmente sofre fissão, caso seja bombardeado por nêutrons (figura 8), liberando energia.
Quando o U-235 sofre fissão, ele pode se quebrar em proporções variadas, permitiindo até 4 tipos de reações nucleares diferentes. A
tabela 3 a seguir mostra os cálculos do balanço de energia para a fissão do Urânio-235 , no caso em que os produtos são o Bário e
Criptônio :
TABELA 3 - Ganho de energia a partir da fissão do urânio
235
Reação: U + n → 143 Ba + 90Kr + 3n + m
Balanço de massa: 235,04395 + 1,008665 = 142,92054 + 89,91959 + 3(1,008665) + m
Defeito de massa: m = 0,186 u , onde 1u 931 MeV
Ganho de energia: E = mc 2 = 0,186 x 931 MeV = 173,6 MeV
Ganho de energia/núcleon: E / 236 = 173,6 MeV / 236 = 0,74 MeV / Núcleo
Note que um único nêutron colidindo (figuras 5 e 6) deflagra a ejeção de mais 3 nêutrons. Se cada um deles colidisse novamente com
outro U-235, teríamos mais três nêutrons e assim sucessivamente.
Figura 6 – Reação em cadeia – um nêutron que bombardeia um átomo de U-235 provoca a emissão de mais 3 nêutrons, que podem dar continuidade
ao processo, colidindo com novos átomos de urânio.
Esse processo chama-se reação em cadeia, sendo a chave para a produção de bombas atômicas.
Albert Einstein mostrou que a energia total E também pode ser calculada pela expressão:
Mo
E = M.c² , onde M é a sua massa relativística (massa levando em conta o efeito relativístico) dada por M =
v2
1−
c2
É fácil testar, rapidamente, que as expressões E = Mo.c² + Ecin e E = M.c² são coerentes entre si, isto é, que fornecem
resultados iguais para a energia total E, apesar de serem visualmente tão diferentes. Veja os testes 1 e 2 abaixo:
• Teste 1: Qual a energia total E de uma partícula cuja velocidade é nula (v = 0) ?
Ora, sendo nula a velocidada partícula, o mesmo ocorrerá a sua Ecin ( v = 0 Ecin = 0), portanto temos que:
E = Mo.c² + Ecin = Mo.c² + 0 = Mo.c², ou seja, E = Mo.c².
Analisemos, agora, fazendo uso da expressão E = M.c²:
Mo Mo
Sendo v = 0, a massa relativística M é dada por M = = = M o.
2
v 02
1− 2 1− 2
c c
Em outras palavras, se a partícula estiver em repouso, sua massa relativística M é a sua própria massa de repouso (M = Mo), portanto
teremos:
E = Mo.c² , o que está de acordo com o resultanto encontrado pela outra expressão.
• Teste 2: A energia total E de uma partícula aumenta ou diminui com o aumento da sua velocidade v ?
De acordo com a expressão E = Mo.c² + Ecin , o termo Mo.c² é constante (Mo não varia com a velocidade) mas a energia cinética
Ecin aumenta com o aumento da velocidade, portanto, a energia total E = Mo.c² + Ecin aumenta com o aumento da velocidade v da
partícula..
De acordo com a expressão E = M.c², a massa relativística M aumenta com o aumento da velocidade v, c é constante, portanto, a
energia Total E = M.c² aumenta com o aumento da velocidade v da partícula.
Os testes 1 e 2 mostram que as expressões para a Energia Total fornecem resultados coerentes, mesmo que essas expressões
sejam, aparentemente, tão diferentes. Adicionalmente, é possível desenvolver a expressão da Energia Total E:
M o .c 2 Eo 1
E = M.c² = = = .Eo , onde = é o chamado fator de Lorentz.
2 2 2
v v v
1− 2 1− 1−
c c c
Assim, temos que:
E = . Eo , onde Eo é a energia de repouso da partícula, tabelada, cujo valor não depende da velocidade v da partícula.
A energia cinética relativística, portanto, não é dada pela expressão clássica Ecin = M o.v² / 2. A sua expressão pode ser derivada das
relações da energia total ou relativística E:
E = Eo + Ecin , com Eo = Mo .c² e E = .Eo , conforme visto na secção 1.9, assim:
.Eo = Eo + Ecin
Eo . ( − 1) = Ecin Partículas com v<0,1c são não-relativísticas, e posso calcular a Ecin pela formula normal ou pela relativísti
ca. Partículas com v>0,1c são relativísticas, e só posso calcula Ecin pela relati
1 1
Ecin = Eo . ( − 1) = Mo.c² . − 1 Ecin = Mo.c². − 1
1 − (v c )2 1 − (v c )2
Exemplo Resolvido 2 : Um múon com energia de repouso Eo = 106 Mev (conforme tabela de energias de repouso de várias partículas)
foi acelerado até atingir uma velocidade v = 0,6.c Quando ele atingir essa velocidade, determine:
a) a sua Energia Total ou Relativística;
b) a sua Energia cinética relativística.
Solução:
Quando a velocidade da partícula estiver valendo v = 0,6.c, a sua Energia Total ou Relativística é dada por:
M o .c 2 Eo 106 106 Mev
E= = = = = 132,5 Mev E = 132,5 Mev
v 2 2 2 0,8
1− 2
v 0,6c
1− 1−
c c c
A energia cinética relativística é dada por: E = Eo + Ecin
132,5 Mev = 106 Mev + Ecin Ecin = 26,5 Mev.
É possível demonstrar que a Energia cinética relativística de uma partícula, cuja velocidade v não seja próxima da velocidade c da
luz, é aproximadamente dada pela expressão da Energia cinética clássica. Em outras palavras:
1
Se v < 0,1.c , então Mo.c². − 1 Mo.v ² / 2.
1 − (v c )2
Demonstração Optativa
TESE A SER DEMONSTRADA: Para baixas velocidades ( V < 0,1.c) , a expressão da Energia Cinética Relativística fornece resultados
iguais aos da expressão da Energia Cinética Clássica.
Partículas com velocidades v tais que v < 0,1.c são ditas partículas não-relativísticas. Para essas partículas, os efeitos relativísticos
ainda são desprezíveis, visto que o fator de lorentz 1. Para tais partículas, a energia cinética ecin tanto pode ser calculada pela sua
expressão clássica, quanto pela sua expressão relativística. Entretanto, por ser matematicamente mais simples, nesse caso faremos uso
da expressão clássica.
Entretanto, para partículas relativísticas (isto é, partículas com alta velocidade v > 0,1.c), a sua energia cinética deverá realmente ser
calculada pela expressão relativística para a energia cinética.
h h 6,63.10 −34
Segundo De Broglie, as expressões acima seriam válidas para l= = = = 1,32.10−33 m
Q m.V p 0,5
quaisquer partículas, tais como elétrons, fótons, bolas de tênis,
prótons etc. Uma vez que esse comprimento de onda é muito inferior que
Assim, para determinarmos o comprimento de onda l da onda qualquer abertura ou obstáculo comum, do dia-a-dia (o diâmetro do
associada a uma partícula (como um elétron), conhecendo a sua núcleo de um átomo é aproximadamente 10–15 m), não é possível
massa relativística M e sua velocidade Vp, efetuamos o seguinte observar a interferência ou difração destas ondas . Assim, não é
cálculo: possível se observar as propriedades ondulatórias de uma bola de
h h tênis, ou de um elefante a 100 km/h correndo na contramão.
l= =
Q M.VP Exemplo Resolvido 4: Qual o comprimento de onda associado a
um elétron, movendo-se com energia cinética da ordem de 10 eV ?
Note que, na dualidade onda-Matéria, a velocidade vP da partícula
não é igual à velocidade da onda Vo associadas a ela, isto é,
Solução: m = 9.10–31 kg , 1 eV = 1,6.10–19 J
Vo = l.f porém VP l.f. Ou seja, a velocidade da onda associada
a elétrons não coincide com a velocidade dos próprios elétrons. O m.v 2 9.10 −31.v 2
mesmo (VP VO) ocorre a qualquer outra partícula que possua = 10 eV = 10.1,6.10 −19 v = 1,8. 106 m/s
2 2
massa em repouso e sua onda associada.
h h 6,63.10 −34
l= = = = 0,39 nm
VP VO = c = l.F Q m.V p 9.10 −31.1,8.10 6
A exceção a essa regra ocorre no caso das partículas quânticas, Os cálculos acima mostram que elétrons com energias da ordem
para as quais teremos VP = VO = c = l.F. Mas o que são partículas de 10 eV têm comprimentos de onda de De Broglie, da ordem de
quânticas ? nanômetro. Esta é a ordem de grandeza do tamanho dos átomos e
do espaçamento dos átomos num cristal. Assim, elétrons que
A Física moderna generalizou o conceito de partícula e introduziu o
incidam num cristal devem ser difratados, como ondas.
conceito de Partículas Quânticas (fótons, grávitons), isto é,
Davisson e Germer estudavam nos laboratórios da Bell
partículas que não possuem massa em repouso (Mo = 0) mas, pelo
Telephone, o espalhamento de elétrons por um alvo de níquel, e
fato de possuírem energia relativística E e quantidade de
acidentalmente, acabaram por perceber a difração do feixe de
movimento relativística Q, participam dos processos físicos de
elétrons incidente. A figura de difração apresentava máximos e
forma semelhante às Partículas Clássicas (as que possuem
mínimos, como na experiência de Young (yes !). Estava provado.
massa em repouso). Partículas quânticas têm quantidade de
No mesmo ano (1927), G.P Thompson (filho de J.J.Thompson)
movimento e energia cinética que se conservam em colisões
também observou a difração de elétrons na transmissão de um
elásticas na escala atômica (Efeito Compton), da mesma forma
feixe de elétrons através de uma lamínula metálica extremamente
que ocorre às bolas de bilhar de boa qualidade.
delgada. Desde que Thomson realizou essa experiência, já foram
Assim, a partir de agora, na hora de calcular, por exemplo, a observadas a difrações de nêutrons, prótons e outras partículas.
quantidade de movimento de uma partícula, você precisa primeiro Nascia a Mecânica Quântica Moderna.
se perguntar: é uma partícula clássica (que tem massa de repouso) O princípio da dualidade onda matéria diz que todas as
? Ou é uma partícula quântica (que não tem massa de repouso) ? partículas se propagam como ondas, e exibem efeitos de difração
Para uma partícula clássica, temos: e interferência, mas trocam energia em pacotes discretos
(quantum), como se fossem corpúsculos (fótons).
Mo v O caráter ondulatório l de uma partícula é tão maior quanto
Q=
1 − (v/c)2 maior é sua velocidade e menor é sua massa. Já o caráter
corpuscular é tão mais intenso quanto maior for a massa e menor
ao passo que, para uma partícula quântica, sua Q é dada por: for a velocidade com que se move.
A difração de uma onda só é apreciável através de uma fenda,
h se seu comprimento de onda for maior ou igual à abertura da
Q=
l fenda
As figuras a seguir mostram que, quando uma onda de
Os fótons (partículas de energia eletromagnética) se movem no
vácuo com a mesma velocidade de propagação das ondas comprimento l muito menor que a abertura da fenda, incide na
eletromagnéticas associadas a eles. De forma semelhante, os fenda, a onda transmitida não se espalha, não se difrata, propaga-
se retilineamente, sem apresentar curvatura. Age como se fosse
grávitons (partículas de energia gravitacional) se movem no vácuo
com a mesma velocidade das ondas gravitacionais associadas a um feixe de pequenos corpúsculos, ao invés de uma onda
eles. No vácuo, todas essas velocidades citadas acima valem: propriamente dita.
VP = VO = c = l.F
Exemplo Resolvido 3: Qual o comprimento de onda associado a
uma bola de tênis, de massa 200g, deslocando-se a 90 km/h ?
Solução:
Q = m.VP = 0,2 kg . 25 m/s = 0,5 kg.m/s
l << abertura da fenda l abertura da fenda
Quando o comprimento de onda é da mesma ordem de Exemplo Resolvido 6: Um astronauta está no espaço sideral
grandeza da abertura da fenda, a onda transmitida se espalha em segurando uma lanterna que emite luz com potência de 1500W.
todas as direções, apresenta curvatura apreciável, se difrata, Supondo que a massa do astronauta com o traje espacial e a
demonstrando seu caráter ondulatório. lanterna seja M = 80 kg, determine a força que agirá no
Mesmo um feixe de elétrons pode se difratar, exatamente como astronauta, devido à emissão dos fótons pela lanterna.
na figura anteriormente mostrada. A experiência de Young (1801)
Resolução:
foi uma forte evidência da natureza ondulatória da luz na época;
Essa questão é semelhante à do casal de patinadores (é a nova !).
afinal, interferência e difração são fenômenos típicos de ondas.
Eles se empurram mutuamente e transferem quantidade de
Hoje em dia, a experiência de Young, realizada com um feixe de
movimento um para o outro, embora a QDM total do sistema
prótons, nêutrons, elétrons fornece franjas de interferência
“patinador 1 + patinador 2” permaneça constante.
exatamente como as obtidas por Young. Os conceitos de onda,
matéria e energia se confundem, ganharam um significado mais O mesmo ocorrerá no caso do astronauta. A lanterna é como uma
amplo. “metralhadora de fótons” que dispara fótons numa certa direção e
15 – Mas afinal, o que é esse tal de F ó t o n ? empurra o astronauta no sentido oposto do disparo.
Um fóton é uma partícula de energia eletromagnética, um
Segundo o enunciado, a lanterna dele emite luz com potência de
“pacotinho” de energia eletromagnética com as seguintes
1500 W, isto é, 1500J de energia a cada 1 segundo são emitidos
características:
na forma de fótons (pacotes de energia).
• massa de repouso nula (Mo = 0)
• se move (no vácuo) com velocidade v = c Se a população de fótons emitida a cada 1 segundo é portadora
• é portador de energia total (ou relativística) E = h.f. dessa energia E = 1500 J, então , qual é a quantidade de
movimento desse pacote de fótons emitidos ? Veja o cálculo:
A dualidade onda matéria também permite calcular a quantidade E 1500 m/s
de movimento relativística (Q) de um fóton, também conhecida Q Fótons = = = 5. 10−6 kg.m/s
como momento linear ou quantidade de movimento linear : C 3.10 8 m/s
Mas, pela conservação da QDM, se os fótons adquirem essa
h h quantidade de movimento, essa mesma QDM é transferida ao
l= Q Fóton =
Q l astronauta, a cada um segundo.
A onda associada aos fótons é sempre uma onda eletromagnética, 0 + 0 = −Q Fotons + Q astronauta
que se propaga com velocidade Vo (o de onda) tal que
Quanto mais QDM o astronauta vai acumulando, mais rápido ele
Vo = c = l . f, portanto:
vai se movendo. Pelo teorema do impulso, se sabemos o GANHO
h h h.f h.f E de QDM do astronauta a cada 1 segundo, podemos calcular a
l= Q Fóton = = = = força que age sobre ele:
Q l l.f c c
Qdepois = Qantes + F.t
As expressões acima mostram que o movimento linear Q ganho de QDM
de um fóton, isto é, a sua quantidade de movimento Qdepois − Qantes = F.t F = =
t t
Q Fóton , é :
• inversamente proporcional ao comprimento de onda l da onda Q ganho de QDM 5.10 −6 kg.m/s
F = = = = 5 . 10−6 N
(eletromagnética) associada a esse fóton (h é constante): t t 1s
Conhecendo a massa do astronauta (M = 80 kg), podemos calcular
h a sua aceleração e, a partir das equações do MUV, mostrar que,
Q Fóton =
l se ele for impulsionado por essa força (a partir do repouso) durante
intervalo de tempo de 3h (3.x.3600s), ele percorrerá uma distância
• diretamente proporcional à frequência f da onda
de cerca de apenas 5 m ☺.
(eletromagnética) associada a esse fóton ( h e c são
constantes): Exemplo Resolvido 7: Quando o elétron orbita o próton,
h.f segundo o modelo de Bohr do átomo de hidrogênio, a energia do
Q Fóton =
c sistema é dada pela expressão abaixo, onde N é o número
quântico principal.
• diretamente proporcional à energia E (relativística) desse fóton
−13,6 eV
(c é constante) : EN = , com N = 1, 2, 3, 4, ......
E N2
Q Fóton = Considere que o elétron de um átomo de hidrogênio é excitado,
c passando do estado fundamental (N = 1) para outro estado
Embora, à primeira vista, possa parecer estranho que uma N = 5. A seguir, ele retorna para o estado fundamental, emitindo
partícula de massa de repouso nula (Mo = 0 ) como um fóton seja um fóton. Determine:
portadora de quantidade de movimento Q Fóton , experimentos a) a energia do fóton emitido, nesse processo;
revelam que fótons colidem e transferem quantidade de b) a velocidade de recuo do átomo de hidrogênio durante a
movimento nas colisões da mesma forma que bolas numa mesa emissão do fóton mencionado.
de bilhar.
Dados: h = 6,63.10–34 J.s = 4,14.10–15 eV.s, c = 3 .108 m/s,
massa do átomo de hidrogênio = 1,65.10–27 kg
VestCursos Militares – prof Renato Brito – Página 21
CURSO DE FÍSICA PARA
ESCOLAS MILITARES ONLINE– (Prof. Renato Brito)
Efóton emitido = 13,06 eV, com 1 eV = 1,6 . 10−19 J 16 – Dualidade da Matéria e o Microscópio Eletrônico
Efóton emitido = 2,1 . 10−18 J O resultado obtido no Exemplo Resolvido 4 mostrou que a onda,
associada a elétrons com energia cinética da ordem de 10eV, tem
b) Pela conservação da Quantidade de movimento do sistema comprimento de onda da ordem de lelétrons = 10−10 m, o que
fóton = átomo durante a emissão do fóton, temos que a significa um comprimento de onda 1000 vezes menor que o
quantidade de movimento que o átomo irá adquirir após a emissão comprimento de onda da luz visível, que é da ordem de lluz = 10−7 m.
do fóton terá a mesma direção, mesmo valor e sentido oposto ao O que há de interessante nesses números ?
da QDM do fóton (como no exemplo de patinadores que se Nos microscópios ópticos convencionais,
empurram sobre o lago congelado). Assim: usamos a luz visível para “enxergar” os
E objetos microscópicos com auxílio das lentes
| Q Fóton | = |Q átomo | , com Q Fóton = fóton
c desse instrumento óptico. A luz visível emitida
E fóton por alguma fonte incide sobre o objeto
= m átomo . V átomo “tateando-o”, sendo então refletida e retorna
c
aos nossos olhos trazendo detalhes da cor e
2,1.10 −18 J forma do objeto visado. Tendo a luz visível um
= 1,65.10–27 kg . V átomo
3.108 m / s comprimento de onda da ordem de lluz = 10−7
m, a resolução de microscópios ópticos está
V átomo = 4,2 m/s limitada a essa ordem de grandeza. Isso
A velocidade de recuo do átomo de hidrogênio, ao emitir o fóton, significa que, usando esses aparelhos, não
seria de aproximadamente 4 m/s. Na prática, a partícula que temos como observar corpúsculos com dimensões menores do que
está emitido fótons nunca recua visto que sempre está ligada 10−7 m. A resolução óptica do aparelho é limitada pelo
(presa) a algum sistema. comprimento de onda da onda que usamos para tatear os objetos.
Para observar objetos com dimensões menores que 10−7 m,
As expressões para a quantidade de movimento Q de um fóton precisaríamos “tateá-los” como uma onda de comprimento de onda
podem ser derivadas da relação geral entre a quantidade de l ainda menor que o da luz. É exatamente isso que fazem os
movimento Q e a energia E de qualquer partícula : microscópios eletrônicos !!!!
Em vez de luz visível, o
E2 = ( Q .c) 2 + ( Mo.c2 )2 microscópio eletrônico faz uso
Em se tratando de fótons, sua massa em repouso vale Mo = 0 e da onda associada a um feixe de
sua energia relativística é dada pela relação de Planck Einstein elétrons para tatear o corpúsculo
E = h.f. Fótons viajam com velocidade da luz v = c, o que é que desejamos “enxergar”.
possível pelo fato de que eles possuem massa em repouso nula. Sendo esse o comprimento de
Assim, ainda podemos escrever v = c = l . f . onda l da ordem de 10−10 m, o
Assim: microscópio eletrônico nos
E2 = (Q.c) 2 + ( Mo.c2 )2 permite visualizar corpúsculos
com dimensões dessa ordem de
E2 = (Q.c) 2 + ( 0 )2 grandeza, o que significa 1000
E = Q.c vezes menor do que as menores
h. f = Q. c partículas observáveis através
de um microscópio óptico !
c h h Microscópios eletrônicos nos permitem ver objetos minúsculos
h. = Q. c l= =
tais como cadeias de átomos e moléculas. Permitem-nos obter
l Q M.VP
belas imagens coloridas e perfeitamente nítidas de micróbios e
(comprimento de onda de De Broglie) demais seres microscópicos. Assim, a descoberta da Dualidade da
Matéria, de De Broglie nos presenteou com os microscópios
A expressão acima calcula o comprimento de onda l da onda
eletrônicos !
associada a uma partícula de massa M e velocidade VP
Esse comprimento de onda seria válido para qualquer matéria. Na figura a seguir vemos uma foto de átomos – a imagem histórica
Porém, no caso de corpos macroscópicos, os comprimentos de de 1970 de cadeias de átomos individuais de Tório.
onda calculados são tão pequenos que é impossível observar as
A fotografia acima não foi obtida com luz, mas com um estreito
As ondas que passam por um navio
feixe eletrônico, no interior de um microscópio eletrônico fornecem informação a respeito dele,
desenvolvido por Albert Crewe, do Instituto Enrico Fermi, da porque a distância entre as cristas
Universidade de Chicago. Um feixe de elétrons, tal como aquele sucessivas das ondas é pequena,
que constrói a imagem sobre a tela de uma televisão comum, é um comparada ao tamanho do navio.
fluxo de partículas que possuem propriedades ondulatórias.
O comprimento de onda dos elétrons do feixe eletrônico é Ele é muito maior do que a distância crista a crista, ou
muito menor do que os comprimentos de onda da luz visível. De comprimento de onda das ondas que nele incidem. A informação
modo que os átomos são maiores do que o minúsculo sobre o navio é facilmente revelada pela influência dele sobre as
comprimento de onda de um feixe eletrônico. A foto de Crewe é a ondas que passam por ele. Considere agora as folhas do capim,
primeira imagem de alta resolução de átomos individuais. numa situação em que ondulações produzidas pelo vento estão
Um sucessor mais recente do microscópio de varredura percorrendo um capinzal. Como as folhas do capim são muito mais
eletrônica é um dispositivo mais simples chamado de microscópio estreitas do que o comprimento de onda, as ondas passam pelas
de tunelamento ou STM. Ele emprega uma à agulha microscópica folhas como se elas não estivessem ali. Apenas se as folhas
que esquadrinha uma superfície a uma distância de alguns poucos fossem mais largas -ou seja, com larguras maiores do que a
diâmetros atômicos ponto a ponto, linha por linha. Em cada ponto, distância entre as cristas da onda – é que a onda poderia transmitir
mede-se a corrente elétrica microscópica que passa entre a informação sobre os detalhes do capim.
superfície e a agulha, a camada corrente de tunelamento. As
variações do valor decorrente revelam a topologia da superfície.
A próxima imagem mostra maravilhosamente a posição de um
anel átomos. As ondulações que aparecem no interior do anel
revelam a natureza ondulatória da matéria. Essa imagem, entre
muitas outras, realça a encantadora interação entre arte e ciência.
Pena que a fotografia original era colorida e o livro seja preto e
Nenhuma informação sobre as folhas do capim
branco . é revelada por ondas que percorrem o campo,
pois a distância entre as cristas da onda é
maior do que o tamanho das folhas do capim.
Pensando em Classe
Pensando em Classe
Albert Einstein
(1879 – 1955)
Questão 1
Com o advento da Teoria da relatividade de Einstein, alguns conceitos básicos da física newtoniana,
entre eles o espaço e o tempo, tiveram que ser revistos. Qual a diferença substancial desses
conceitos para as duas teorias ?
Questão 4
Um aprendiz viaja no interior de um trem que se desloca em MRU com velocidade v=0,60.c em
relação à terra e avalia em 1,20 m o comprimento de uma barra metálica fixa ao solo.
Questão 07
Seja um triângulo isósceles retângulo parado no referencial da Terra. O prof. Renato Brito pergunta:
a) Com que velocidade ele deve se mover, no referencial da Terra, a fim de que passe a ter as
medidas de um triangulo eqüilátero nesse referencial
b) Ele deve se mover em qual direção ?
A comunidade internacional dos cientistas já declarou 2005 o ano da física, o que foi ratificado pela
ONU, por ser o centenário da publicação dos primeiros trabalhos de Einstein da Relatividade . Não foi
à toa que Albert Einstein foi considerado a “personalidade do século XX” pela revista TIME, de
Londres.
A respeito dos efeitos relativísticos que decorrem dos postulados da Relatividade Especial,
assinale a alternativa CORRETA:
A nave de Julieta passa paralelamente com velocidade 0,5 c, em que c é a velocidade da luz, por
uma plataforma espacial, em relação à qual, o astronauta Romeu se encontra parado. Durante essa
passagem, Romeu mede o período de oscilação do balanço como sendo T e o comprimento da nave,
na direção do movimento, como sendo L.
Nessas condições, o período T, medido por Romeu, e o comprimento da nave, medido por Julieta,
são respectivamente
2 2
a) T0 3 e L 3
3 3
2 L 3
b) T0 3 e
3 2
T 3 2
c) 0 e L 3
2 3
T0 3 L 3
d) e
2 2
Questão 10 – Princípio da Bomba Atômica E = M.c2
A reação do hidrogênio com o oxigênio para formar água é exotérmica, ou seja, libera energia
térmica. Para cada mol de água formada é liberada uma energia de 68 kcal. De acordo com a
relação de Einstein, E = mo.c2 , essa liberação de energia corresponde a uma perda de massa,
por parte dos reagentes de, aproximadamente:
a) 3,2 x 10–9 g b) 2,2 x 10–12 g c) 4,3 x 10–7 g d) 3,4 x 10–13 g e) 1,2 x 10–6 g
Comentário: Ondas podem ser detectadas através do estudo de sua difração através de uma fenda
cuja abertura seja da mesma ordem de grandeza do seu comprimento de onda l. Entretanto, na
natureza não existem disponíveis fendas cuja abertura seja da ordem de 10–34 m ! Em virtude de não
haver a menor esperança de medir esse pequeníssimo comprimento de onda encontrado na questão
anterior, não se fala da natureza ondulatória de objetos do tamanho de uma bola de beisebol. É por
isto que a nossa experiência diária com corpos grandes em movimento não dá nenhum indício sobre
a natureza ondulatória da matéria.
CALVIN´S RELATIVITY
Questão 4 – tempo próprio e comprimento próprio Questão 7 – tempo próprio e comprimento próprio
Um aprendiz viaja no interior de um trem que se desloca em MRU A figura mostra Sara com sua vassourinha observando um trem
com velocidade v= 0,60.c em relação à terra e avalia em 1,20 m o passar a uma velocidade v constante. No interior do trem, Larissa
comprimento de uma barra metálica fixa ao piso do trem. segura os balões anti-stress que ganhou de dona Clara e observa
uma barra de ferro fixa ao piso do trem. Observando a luz piscante
V do poste, sara percebe a luz piscar com uma frequência de 10
L piscadas por segundo, ao passo que Larissa, do interior do trem,
percebe 6 piscadas por segundo.
Questão 17 - Princípio da bomba atômica E = m.c2 Questão 21 – (Simulado Saúde 10) Inscreva-se !
(UFC 2002) Uma fábrica de produtos metalúrgicos do Distrito O elétron do átomo de hidrogênio encontra-se num estado excitado
Industrial de Fortaleza consome, por mês, cerca de de energia E2 quando finalmente retorna ao estado fundamental
2,0 x 106 kWh de energia elétrica (1 kWh = 3,6 x 106 J). Suponha de energia E1 , liberando um fóton durante o salto quântico. Sendo
que essa fábrica possui uma usina capaz de converter diretamente c a velocidade da luz no vácuo, h a constante de Planck e m a
massa em energia elétrica, de acordo com a relação de Einstein, massa do átomo de hidrogênio, o prof. Renato Brito pede que você
E = moc2. Nesse caso, a massa necessária para suprir a energia determine a velocidade de recuo do átomo de hidrogênio, durante
requerida pela fábrica, durante um mês, é, em gramas: a emissão do referido fóton.
a) 0,08 (E − E ) (E − E ) m.h m.h.c
b) 0,8 a) 2 1 b) 2 1 c) d)
2 −
c) 8 2m.c m.c (E 2 E1 ) (E 2 − E1 )
d) 80 Questão 22 – (Simulado Saúde 10)
e) 800 Seja um feixe constituído por prótons, nêutrons e elétrons se
Questão 18 – Energia relativística movendo com grande velocidade através do vácuo. Considerando
Um elétron elétron foi acelerado por um campo elétrico até atingir a os seus conhecimentos sobre Ondas, bem como sobre o Principio
velocidade v = 0,8.c . Se a energia em repouso do elétron vale 0,5 da Dualidade Onda-Matéria de De Broglie, assinale a alternativa
Mev, então a sua energia relativística e a sua energia cinética, ao correta:
atingir aquela velocidade, valem, respectivamente: a) Se essas partículas estiverem se movendo com energias
a) 0,833 Mev , 0,333 Mev cinéticas (não relativísticas) iguais, o próton terá o maior
b) 0,333 Mev , 0,833 Mev comprimento de onda l de De Broglie;
c) 0,633 Mev , 0,133 Mev b) Se essas partículas estiverem se movendo com quantidades de
d) 0,733 Mev , 0,233 Mev movimentos (não relativísticas) iguais, os comprimentos de
e) 0,633 Mev , 0,533 Mev onda l de De Broglie das ondas associadas a cada uma delas
serão iguais.
Questão 19 – Energia Relativística
c) Quanto maior a velocidade de uma mesma onda, menor é o seu
(Aulão de Véspera – Simétrico – Marina Park ) Um elétron de
comprimento de onda l;
energia de repouso Eo = Mo.C2 é submetido a um intenso campo
elétrico, sendo acelerado do repouso até que sua energia cinética d) Quanto maior é a velocidade de uma partícula, maior é o
relativística se iguale à sua energia de repouso. Nessas comprimento de onda l de De Broglie da onda associada a ela;
condições, a velocidade V atingida pelo elétron, em função da e) Fótons de luz vermelha, no vácuo, apresentam comprimento de
velocidade C da luz no vácuo, vale: onda l menor que fótons de luz violeta naquele mesmo meio.
a) C. sen30
b) C.cos30 Questão 23 – Princípio de De Broglie
c) C. tg30
Quadruplicando-se a energia cinética de um elétron não-
d) C. sen 45
relativístico, o comprimento de onda original de sua função de onda
e) C/4
"É possível que certos fenômenos fica multiplicado por:
físicos nos escapem totalmente, 1 1 1
a) b) c) d) 2 e) 2
talvez pela falta de meios 2 2 4
apropriados de detecção.
Todavia, se forem descobertos, Questão 24A – Princípio de De Broglie
poderão fundar novos ramos da Se as partículas listadas abaixo têm todas o mesmo comprimento
física, que parecerão tão de onda, qual delas tem a maior energia cinética (Não-
estranhos, como por exemplo a Relativística)?
física nuclear para um cientista do a) elétron b) partícula c) nêutron d) próton
século passado. Pode-se afirmar,
sem muito erro, que em física,
como em todas as outras Questão 24B – Princípio de De Broglie
ciências, o que conhecemos é Se todas as partículas listadas abaixo têm velocidades iguais, qual
pouco, comparado ao que delas terá o menor comprimento de onda de De Broglie ?
ignoramos." a) elétron b) partícula c) nêutron d) próton
De Broglie (1892/1987)
Questão 20 – Princípio de De Broglie Questão 25 – Princípio de De Broglie
A quantidade de movimento do fóton, no vácuo, é tanto maior Qual o comprimento de onda associado a uma vaca de massa
400 kg correndo no pasto a 3,6 km/h ?
quanto:
a) 1,6 . 10–36 m
a) menor a sua massa;
b) 2,6 . 10–34 m
b) menor a sua aceleração
c) 3,2 . 10–32 m
c) maior a sua frequência
d) 4,1 . 10–30 m
d) maior o seu comprimento de onda
e) 4,7 . 10–28 m
e) menor a sua energia
O Paradoxo dos Gêmeos - Albert Einstein e seu universo inflável – Cia. das Letras – Série Mortos de Fama – pág. 110
CURSO DE FÍSICA PARA
ESCOLAS MILITARES ONLINE– (Prof. Renato Brito)
20) C
21) B
Comentário:
Durante o salto quântico desse elétron, é liberado um fóton com energia Efóton = E2 − E1.
E (E − E )
A quantidade de movimento de um fóton pode ser calculada por: Qfóton = fóton = 2 1
c c
Por simplicidade, considere que o átomo de hidrogênio encontre-se inicialmente em repouso, antes da emissão do fóton. Pela
conservação da quantidade de movimento, durante a emissão do fóton, (lembra do casal de patinadores ? ☺ ) adotando um
eixo horizontal para a direita (sentido positivo), temos:
Qfóton QH
A expressão acima mostra que, quanto maior é a velocidade vP de uma partícula, menor será o comprimento de onda de De
Broglie associado a essa partícula (alternativa D falsa).
Assim, se duas partículas têm quantidades de movimento iguais (Qparticula), elas terão comprimentos de onda de De Broglie iguais
(alternativa B correta).
Se uma partícula tem energia cinética K, podemos escrever:
m.v 2 2K
K= v=
2 m
Assim, seu comprimento de onda de De Broglie será:
l l l l
l= = = l=
Qparticula m.v 2K 2.m.K
m.
m
Do exposto acima, vemos que, se varias partículas tem energias cinéticas K iguais, terá maior comprimento de onda l aquela
partícula que tiver menor massa m. Assim, nesse caso, será o elétron. (alternativa A falsa)
Uma onda é caracterizada pela sua frequência F. Após deixar a fonte, a onda tem a sua frequência inalterada, independente deu
qual fenômeno físico venha a lh e ocorrer (reflexão, refração difração etc), a sua frequência não mudara jamais, após ela ter
deixado a fonte e iniciar a sua propagação. Agora, se a onda se propagar para diferentes meios físicos, ela terá uma velocidade
diferente em cada meio, o que levará mudança do seu comprimento de onda l. Sendo l = V / F (com F constante), quanto
maior a velocidade de uma mesma onda, maior é o seu comprimento de onda (alternativa c falsa).
Fótons vermelhos e violeta, no vácuo, se movem com a mesma velocidade no vácuo v = c. Sendo a frequência do violeta maior
que a frequência do vermelho, o violeta terá menor comprimento de onda que o vermelho (alternativa E falsa).
Atenção, não confunda velocidade de uma onda Vo (Vo = l.F) com a velocidade de uma partícula vP. Normalmente, a velocidade
de uma partícula não coincide com a velocidade da onda associada a ela (Vp Vo = l.F), exceto as partículas que se movem
com a velocidade da luz (fótons, grávitons) para as quais vale a relação c = Vp Vo = l.F, onde a constante c vale c = 3 x 108
m/s.
As ondas associadas aos fótons são as famosas ondas eletromagnéticas, assim como as ondas associadas aos grávitons
(partículas teóricas que transmitem a gravidade pelo espaço) são as ondas gravitacionais, ainda objeto de intenso estudo ainda
pelos físicos.
23) B
24) 24A) A 24B) B
25) A
26) A
27)
a) V
b) F, o fóton é uma partícula. A onda associada a ele chama-se onda eletromagnética;
c) sim, fótons possuem Q pois participam de processos na escala atômica que envolvem conservação de quantidade de
movimento na escala atômica.
d) V, Q fóton = E / C
e) V, Q fóton = h.F / C
f) V, Q fóton = h / l
g) V
h) V
i) V
j) V
28) B
29) D
30) D
a) O sol usa a fusão de átomos de hidrogênio para obter outro da sua luz ao passar nas proximidades do Sol. Einstein chegou a
composto químico: o hélio. calcular esse desvio e propôs a experiência para sua comprovação.
b) A energia diária transformada no Sol por causa da sua perda de
Resposta da questão 3: [C]
massa seria suficiente para manter acesas 100 mil lâmpadas de
100 W por no máximo 300 séculos. De acordo com a Teoria de Relatividade Restrita (TRR) de Einstein,
que considera a velocidade da luz como única grandeza absoluta
c) A luz emitida pelo Sol demora cerca de 8 minutos para chegar à em qualquer referencial, os tempos e espaços medidos por dois
Terra. observadores inerciais, um parado na Terra e outro se movendo
d) Sabendo-se que os pontos de ebulição da água e o ponto de com velocidade constante em uma nave com velocidade v são
fusão do gelo na escala Réaumur são, respectivamente, 80 °R e diferentes. Para o observador na Terra, o tempo que se passa na
0 °R, a temperatura da "superfície" solar é de 4,4 mil graus nave sofre uma dilatação e o espaço pelo referencial do astronauta
Réaumur. sofre uma contração. O fator de Lorentz ( ) relaciona os dois
casos da seguinte forma:
Questão 35 – (Ueg 2005)
1
Antes mesmo de ter uma ideia mais correta do que é a luz, o =
homem percebeu que ela era capaz de percorrer muito depressa v2
1− 2
enormes distâncias. Tão depressa que levou Aristóteles - famoso c
pensador grego que viveu no século IV a.C. e cujas obras
Dilatação do tempo: t p = t
influenciaram todo o mundo ocidental até a Renascença - a admitir
que a velocidade da luz seria infinita. Onde:
Hoje sabe-se que a luz tem velocidade de aproximadamente t p = intervalo de tempo para o observador dentro da nave.
300000 km/s, que é uma velocidade muito grande, porém finita. A
t = intervalo de tempo para o observador na Terra.
teoria moderna que admite a velocidade da luz constante em
qualquer referencial e, portanto, torna elásticas as dimensões do
Lp
espaço e do tempo é: Contração do espaço: L =
a) a teoria da relatividade. b) a teoria da dualidade onda - partícula.
c) a teoria atômica de Bohr. d) o princípio de Heisenberg. Onde:
e) a lei da entropia. Lp = comprimento medido a partir da Terra
L = comprimento medido pelo observador na nave.
GABARITO MISCELÂNEA DE QUESTÕES
Exemplo: Para uma velocidade da nave de 0,5 c :
1C 2D 3C 4C 5A 6B
1
7C 8A 9C 10B 11A 12E = 1,1547
13D 14E 15E 16C 17D 18B
1−
( 0,5 c )2
19B 20D 21E 22A 23A 24D
c2
25A 26A 27E 28C 29C 30B
31D 32D 33D 34B 35A
Assim, o tempo para o astronauta sofre uma dilatação de 15,47%, e
o espaço sofre uma contração de 13,4%.
As dúvidas você deve tirar diretamente com o prof. Renato Brito
nos grupos Tira dúvidas Resposta da questão 4: [C]
Energia gerada pela fusão dos átomos de hélio:
( )
2
Resposta da questão 1: [C] E = mc 2 = 5 10−29 3 108
Pela equação que relaciona massa e velocidade, temos que:
Pot t E = 4,5 10−12 J
E = mc 2 m =
c2 Logo, o número N de prótons que se fundem no interior do Sol, a
cada segundo, é de:
4 1026 5 109 3 107 60 1042
m= = 4 3,6 1028
= 3,2 1040
( 3 108 ) N=
2
9 1016 −12
4,5 10
m = 6,67 1026 kg
Resposta da questão 5: [A]
Logo, a ordem de grandeza equivale a 1027 kg. A TRR afirma que “todas as leis da natureza são as mesmas em
todos os sistemas de referência inerciais (sistemas de referência
Resposta da questão 2: [D] não-acelerados)”, sendo, portanto, correta a alternativa [A].
A teoria da relatividade de Einstein menciona que corpos muito
massivos, como estrelas, por exemplo, distorcem o espaço-tempo Resposta da questão 6: [B]
nas suas proximidades, podendo esse fenômeno ser observado As bombas atômicas lançadas pelo exército norte-americano nas
durante um eclipse, pois a luz de uma estrela mais distante, que cidades de Hiroshima e Nagasaki durante a Segunda Guerra
ficaria escondida atrás do Sol, passaria a ficar visível pela curvatura Mundial eram bombas de fissão, isto é, os materiais radioativos
continham núcleos grandes e instáveis e quando em sua massa Resposta da questão 11: [A]
crítica sofre uma reação em cadeia, liberando grande quantidade O termo teoria da relatividade restrita, significa que a teoria se
de energia e fragmentação gerando novos elementos químicos aplica apenas a referenciais inerciais, que são aqueles em que a
menores. Na cidade de Hiroshima foi utilizada a bomba de urânio Primeira Lei de Newton (Princípio da Inércia) é válida.
235 chamada de “Little Boy” e em Nagasaki o isótopo radioativo foi
o Plutônio 239 e a bomba apelidada de “Fat man”. Portanto, a Resposta da questão 12: [E]
resposta correta é [B]. [I] Incorreta. A massa é relativa e depende da velocidade. Sendo
m0 a massa de repouso do objeto, v a sua velocidade e c a
Resposta da questão 7: [C]
velocidade da luz no vácuo, a massa m do objeto é:
Comparando os diâmetros através da Teoria da Relatividade,
m0
temos: m= .
2 v2
v 1− 2
d = d0 1 − c
c
[II] Correta.
2
4,8 106 = d0 1 − ( 0,6 ) [III] Incorreta. Tempo e espaço são grandezas relativas dadas,
respectivamente, pelas expressões:
4,8 106 = d0 0,8
t0 v2
6
d0 = 6 10 m t= e L = L 0 1− .
v2 c2
1−
Resposta da questão 8: [A] c2
A dilatação do tempo e a contração do espaço são conceitos [IV] Correta.
decorrentes da Relatividade, portanto a resposta correta é da letra [V] Incorreta. Massa e energia estão relacionadas pela equação de
[A]. Einstein: E = mc2 .
Com isso o tempo relativístico passado na Terra será o dobro que o Então,
tempo próprio:
t relativ = 2 28 anos t relativ = 56 anos ( 0,6 c )2 0,36 c 2
L = 2,5 km 1 − L = 2,5 km 1 −
c2 c2
Resposta da questão 15: [E] L = 2,5 km 1 − 0,36
Michelson-Morley tentando provar a existência do éter, depois de
uma vida inteira dedicada a isso, a comunidade cientifica viu que o L = 2,5 km 0,64 L = 2,5 km 0,8 L = 2,0 km
éter não existia, o que abriu grandes questionamentos que junto do
problema da partição de energia, esses problemas culminaram na Resposta da questão 20: [D]
construção das teóricas quânticas e relativísticas. O Sol, como a maioria das estrelas do universo que ainda estão
muito longe da sua extinção, fazem preferencialmente a fusão
Resposta da questão 16: [C] nuclear do hidrogênio. À medida que este combustível vai se
A energia útil consumida pela residência em 1 ano (12 meses) é: esgotando, próximo ao fim da vida desta estrela, as fusões
EU = 200 kW h 12 = 2400 kW h = nucleares acontecem com elementos cada vez mais pesados,
passando do hélio até o ferro, ocorrendo transformações como
( )( )
= 2400 103 W 3,6 103 s = 8,64 109 W s = explosões de supernovas (estrelas bem mais massivas que o nosso
Sol) ou ainda em gigantes vermelhas, expandindo-se grandemente
= 8,64 109 J. e depois colapsando-se em uma anã branca, por exemplo.
Considerando o rendimento de 30%, a energia total produzida pela
fissão é: Resposta da questão 21: [E]
E E 8,64 109 [I] Verdadeira.
= U ET = U = ET = 2,88 1010 J.
ET 0,3 [II] Verdadeira.
[III] Falsa. O efeito fotoelétrico é a emissão de elétrons de um metal
Usando a relação massa-energia:
causado pela incidência de luz ou fótons de uma determinada
E 2,88 1010 energia mínima equivalente à função trabalho (energia mínima
ET = m0 c 2 m0 = T =
c2 9 1016 para retirar os elétrons do material).
[IV] Verdadeira.
m0 = 3,2 10−7 kg.
Resposta da questão 22: [A]
Esta questão nos traz uma consequência da teoria da relatividade,
Resposta da questão 17: [D] que implica na mais famosa equação da Física de todos os tempos,
Segundo Paul Tipler, em seu livro Física Moderna, 3ª edição, LTC: a relação universal entre massa e energia de Albert Einstein.
"Implícita na teoria da relatividade geral está a possibilidade de que
uma massa acelerada emita ondas gravitacionais, da mesma forma E = m c2
como uma carga elétrica acelerada emite ondas eletromagnéticas." Essa equação nos diz que a massa também é uma forma de
energia e vice-versa. Neste caso, uma parte da massa do explosivo
Resposta da questão 18: [B] utilizado deve ser responsável pela energia da explosão.
Isolando a massa, substituindo os valores e transformando calorias
Substituindo os dados na expressão dada:
para joule, temos:
( )
2
E = m c 2 = 9 10−31 3 108 = 8,1 10−14 J. J
1 1012 cal 4,18
E cal 4,18 1012 J
Convertendo para elétron-volt: m= m= =
c2
( )
2
1 eV → 1,6 10−19 J 3 108 m / s 9 1016 m2 / s2
−14
E → 8,1 10 J m = 4,64 10−5 kg
Resposta da questão 23: [A]
E = 5,0625 105 eV 0,5 106 eV
Dados:
E = 0,5 MeV. c = 3 108 m s
−19
1eV = 1,6 10 J
Resposta da questão 19: [B] −31
A expressão da relatividade que relaciona a contração das me = 9,1 10 kg
distâncias é também chamada de contração de Lorentz-Fitzgerald:
me
E= c2
v2 2
L = Lp 1 − v
c2 1−
c
Onde:
L = comprimento da pista no referencial do avião; 9,1 10−31
8 105 1,6 10−19 = 9 1016
Lp = comprimento próprio da pista; v 2
1−
v = velocidade do avião em relação à velocidade da luz; 9 1016
c = velocidade da luz.