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Física Moderna

Noções de Teoria da Relatividade

Albert Einstein
(1879 – 1955)

“ Não basta ensinar ao homem uma especialidade. Porque se tornará assim uma máquina
utilizável, mas não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, um senso
prático do que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto “
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FISICA MODERNA – RELATIVIDADE – (Prof. Renato Brito)

1 - Introdução
Na Física clássica, sabemos que existem grandezas absolutas e grandezas relativas. Uma grandeza é dita absoluta quando seu valor
independe do referencial adotado, ao passo que o valor de uma grandeza relativa depende do referencial adotado.
A velocidade de um móvel é um exemplo clássico de grandeza que depende do referencial, assim como também são relativas as grandezas
que dependem da velocidade do móvel, tais como energia cinética, quantidade de movimento, momento angular etc.
Na física clássica, massa, tempo e comprimento são exemplos comuns de grandeza que independem do referencial, isto é, são grandezas
absolutas. Afinal, se alguém dissesse que a massa do seu carro, a duração de uma partida de futebol ou o tamanho do portão da sua casa são
grandezas que dependem do referencial, você dificilmente se convenceria disso e julgaria que esse alguém não estaria falando sério.
A teoria da Relatividade de Einstein transforma as ideias de senso comum da Física Clássica de tal forma a deixar perplexo o estudante que a
desvenda pela primeira vez.
Nas próximas páginas você viajará pelo inimaginável mundo da teoria da relatividade e aprenderá a repensar alguma das suas ideias mais
primitivas: os conceitos de tempo e espaço.
Como veremos, grandezas como comprimento, massa e tempo, na verdade, são relativas e, portanto, dependem do referencial que está
efetuando as medidas.
O conceito de tempo absoluto, proposto pela Física Clássica de Newton e Galileu, sofreu reformulações e, na teoria da relatividade não existe
mais o tempo universal de Newton e, sim, o “meu tempo” e o “seu tempo”. O tempo para mim não passa, necessariamente, no mesmo ritmo que
o seu tempo, quando nos movemos um em relação ao outro.
Entretanto, conforme veremos, efeitos relativísticos como esses jamais farão parte do nosso dia a dia pelo fato de que só seriam perceptíveis
caso nos movêssemos a velocidades próximas da inatingível velocidade da luz. Para velocidades do nosso dia a dia, como um avião voando a
1000 km/h, ou um carro a 100 km/h, esses efeitos se tornam imperceptíveis.

2 - O Surgimento da Teoria da Relatividade


A Teoria da Relatividade de Albert Einstein se divide em duas partes: a relatividade especial (ou restrita) e a relatividade geral.
A teoria da relatividade especial (ou restrita) trata da análise de fenômenos necessariamente em relação a referenciais inerciais ou não
acelerados. Foi publicada por Einstein em 1905, quando ele tinha 26 anos de idade.
A outra parte é a Teoria da Relatividade geral, publicada por Einstein em 1915, que aborda o estudo de fenômenos em relação a referenciais
necessariamente não-inerciais ou acelerados. Essa parte da teoria usa um ferramental matemático muito avançado para os nossos objetivos,
além de que suas aplicações são voltadas quase que exclusivamente para a gravitação, empenamento do espaço-tempo causado por grandes
massas, geometria quadrimensional etc.
Em nosso curso, só trataremos da Teoria da Relatividade Restrita.
Ao iniciar o estudo da relatividade, muitos estudantes s perguntam o que levou Einstein a tirar conclusões tão inovadoras sobre os conceitos
de espaço e tempo ? Onde reside a essência do gênio de Einstein? Em The Ascent of a Man, Jacob Bronowski escreveu: “ o gênio de homens
como Newton e Einstein reside em formularem perguntas inocentes, despretensiosas que acabam por ter respostas catastróficas” .
Quando menino, Einstein certa vez se perguntou o que veria, se pudesse correr lado a lado com um feixe de luz, emparelhado com ele. Será
que veria uma onda eletromagnética estática, congelada bem diante dos seus olhos ?

Quando tinha 16 anos, Einstein descobriu a falha nesse raciocínio. Anos depois, ele relembrou seu pensamento juvenil:
“Após dez anos de reflexão, esse princípio resultou de um paradoxo com que eu já havia me deparado aos 16 anos de idade: se persigo um
feixe de luz com a velocidade c (a velocidade da luz no vácuo) eu deveria observar esse feixe de luz como um campo eletromagnético
espacialmente oscilante, porém em repouso (velocidade de propagação nula). No entanto, parece não haver tal coisa na natureza, seja com
base na experiência cotidiana ou segundo as equaçãoes de Maxwell do Eletromagnetismo Clássico” 1.
Na universidade, Einstein confirmou as suas suspeitas. Aprendeu que a luz pode ser expressa em termos dos campos elétrico e magnético
de Faraday, e que esses campos obedecem as equaçãos de campo encontradas por James Clerl Maxwell. Como suspeitava, verificou que as
equações de campo de Maxwell2 , não admitem, como soluções, ondas estacionárias congeladas.

As equações de Maxwell forneciam um valor constante c para a luz e para qualquer onda eletromagnética, mas constante em relação
ao quê ? A solução favorita para esse enigma era apelar para o conceito de éter, meio hipotético que permearia todo o espaço inclusive o
vácuo. Seria, então, em relação ao éter, a velocidade das ondas eletromagnéticas fornecidas matematicamente pelas equações de
Mawxell.

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Em 1890, os físicos americanos Michelson e Morley realizaram uma série de experimentos usando um interferômetro, visando a medir
a velocidade da Terra em relação ao éter usando raios de luz. O experimento foi repetido pelo menos umas quinze vezes em durante
cinquenta anos, em várias estações do ano, com aparelhagem cada vez mais sofisticada. Nenhum indício de “vento de éter” jamais fora
detectado. Os físicos concluíram que o éter não existia.
Na ausência de éter, como conciliar o princípio da relatividade com o comportamento da luz e outros fenômenos eletromagnéticos ?
Foi aí que Einstein se notabilizou. Einstein era um físico teórico e, portanto, dava muito valor ao raciocínio abstrato, apesar de se manter
sempre bem informado sobre a física experimental ( Não está claro se ele conhecia a agora famosa experiência de Michelson e Morley).
Tamanha era a sua confiança na superioridade do raciocínio humano que, quando certa fez foi indagado sobre o que teria dito se sua
teoria não tivesse sido confirmada pela observação experimental, respondeu: “Teria que me apiedar do senhor. A teoria está correta do
mesmo jeito”.
Em 1905, Einstein estava correto de que o princípio da relatividade tinha que ser mantido a todo custo. Por outro lado, não queria
rejeitar a bonita e bem sucedida teoria do eletromagnetismo com seu valor único para a velocidade da luz. Assim, ele deu um passo
ousado e preservou tanto a relatividade do movimento uniforme como a constância da velocidade da luz. Ora, essas exigências parecem
bem contraditórias. Se o movimento depende do referencial, um pulso de luz deverá ter uma velocidade diferente para diferentes
observadores que movem uns em relação aos outros; mas nesse caso, então, a velocidade do pulso de luz não apresentaria um valor
constante e único c. A única forma de conciliação era abrir mão de algo que se supunha inquestionável desde o início da ciência: a
universalidade do espaço tempo.
É fácil ver porque esse passo é necessário: é o único modo de dois observadores em movimento, um em relação ao outro, verem o
mesmo pulso de luz se movendo na mesma velocidade em relação a cada um eles.

3 - Os Postulados de Einstein
Einstein construiu a Teoria da Relatividade Restrita a partir de dois postulados:
1o postulado de Einstein:
As leis da Física são as mesmas, expressas por equações que têm a mesma forma, em qualquer referencial inercial. Não existe um
referencial privilegiado.
2o postulado de Einstein:
A Velocidade da luz no vácuo tem o mesmo valor c (c  300 000 km/s) em relação a qualquer referencial inercial, independente do
movimento relativo entre o observador e a fonte de luz.
O 1o postulado é simplesmente uma generalização do princípio da relatividade newtoniana e inclui todos os tipos de medidas físicas, e
não apenas mecânicas.
Note que o segundo postulado contraria radicalmente a maneira newtoniana (galileana) de compor velocidade. Para confirmar isso,
considere uma nave em repouso em relação às estrelas e recebendo a luz emitida por uma lanterna, como ilustra a figura a seguir.

Vácuo
Nave
Lanterna

A velocidade da citada luz em relação à nave é de aproximadamente 300 000 km/s.


Imagine, agora, que a nave entre em movimento retilíneo e uniforme para direita, a 100.000 km/s.
Pela relatividade clássica de Galileu, uma pessoa no interior da nave deveria ver a luz se aproximando com uma velocidade 300.000 +
100.000 = 400.000 km/s em relação à nave.
Entretanto, na vida real, por mais absurdo que pareça, a pessoa no interior da nave continua vendo a luz de aproximar da nave a
300.000 km/s.
Vale dizer que, na Teoria da Relatividade, nenhuma composição de velocidades poderá resultar num valor superior a c  300.000
km/s, que é, pelos conhecimentos atuais, a maior velocidade possível no Universo.
A seguir aprenderemos dois efeitos relativísticos que decorrem naturalmente da aplicação dos postulados de Einstein: A dilatação do
tempo e a contração do comprimento.

4 - A Dilatação do Tempo
Quando dois observadores medem o tempo decorrido entre dois eventos, nem sempre eles concordarão com a medida do outro. É
possível que o tempo para um deles passe mais rápido do que o tempo para o outro.
Para melhor esclarecer a dilatação do tempo, considere um trem que se desloca em movimento retilíneo e uniforme com velocidade v
em relação ao solo. No seu interior há uma lanterna fixa ao piso e um espelho plano fixo ao teto, ambos na mesma vertical. A lanterna
emitirá um pulso luminoso que será refletido pelo espelho e retornará a ela.
Considere que dois observadores A e B, cada um deles munido com seu próprio relógio, efetuarão a medida do tempo decorrido entre
dois eventos bem determinados:
1o evento: a lanterna emite o pulso de luz;
2o evento: o pulso de luz retorna à lanterna.
Nesse momento, introduzimos o conceito de tempo próprio. Para compreender esse conceito, note que ambos os eventos ocorrem
na lanterna ( local dos eventos) e que apenas o observador B está parado em relação ao local dos eventos (lanterna) durante o movimento
do trem. Esse observador mede o tempo próprio decorrido entre os dois eventos.
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2 2
 c  t  2  v  t  c 2  t 2 v 2  t 2
  = d +   = d2 + 
Tempo próprio é o tempo medido pelo  2   2  4 4
relógio que encontra-se parado em
relação ao local dos eventos. ( )
 c 2  t 2 = 4d 2 + v 2  t 2  c 2 − v 2 t 2 = 4d 2 

4 d2 4 d2 2d
 t 2 = =  t A =
c2 − v2  v2  v2
c 1− 2 
2
c 1− 2
 c  c
 
Do ponto de vista do observador B, a luz faz o trajeto 2d
Lembrando que t B = , vem:
indicado na figura a seguir, propagando-se com velocidade c e c
percorrendo a distância 2d durante o intervalo de tempo (próprio)
t B
tB . t A =
v2
Espelho
1−
c2
B
d v
Como a velocidade v do trem será sempre menor que a
v2
Lanterna
velocidade c da luz (v < c) , então a expressão 1− será
Solo c2
A sempre menor que 1, o que nos permite concluir que tA > tB.
Assim, como tB é o tempo próprio medido entre os dois
eventos e tA > tB , dizemos que tA é o tempo dilatado.
De fato, isso
s realmente tinha
Então, lembrando que v = , em relação a B, podemos que ocorrer.
t
escrever:
s 2d
c= v=  t B =
t B c

Veja, agora, como foi o trajeto da luz, entre os dois eventos


citados, para o observador A parado em relação ao solo (mas em
movimento em relação ao local dos eventos):
Do ponto do observador A, nesse trajeto, a luz, também com
velocidade c (a velocidade da luz é a mesma para qualquer Partindo do pressuposto que a velocidade da luz tem que ser
referencial), durante um intervalo de tempo tA=t percorreu a a mesma, para qualquer referencial, não é difícil entender porque
c  t o referencial A mede um tempo maior que B entre os mesmos
distância c.t, sendo metade dela na subida e metade dela dois eventos.
2
S A S B
na descida. Nesse mesmo intervalo de tempo t, o vagão, com C = V = =
velocidade v, se desloca v  t em relação a A. T A TB
v Observando as expressões acima, como o deslocamento
c.t SA da luz em relação ao observador A é maior que o
c.t
2 deslocamento SB da luz em relação a B ( SA > SB) , então
 d 2
TA > TB para que o quociente seja constante igual a v = c.
Para uma referencial A, que se move em relação ao local
v  t dos eventos (lanterna), o intervalo de tempo tA entre os eventos
c.t
é maior que o intervalo tB medido pelo referencial B , em
repouso em relação ao local dos eventos. Em outras palavras, o
A 2 d tempo dilatado tA é maior que o tempo própriotB.
Solo

V.t
2 Exemplo Resolvido 1: Considerando a situação anterior,
No suponha que uma lâmpada B pisca-pisca instalada no teto do
triângulo retângulo destacado na figura acima, podemos usar o vagão, pisque num ritmo de “uma piscada a cada 12 segundos”,
teorema de Pitágoras: conforme medido pelo observador B também localizado no interior
do vagão.

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L
Admita que a velocidade do vagão seja v = 0,8.c (80% da
velocidade da luz no vácuo). v v

Vamos então calcular o tempo que decorre entre esses mesmos B B


dois eventos (duas piscadas sucessivas dessa lâmpada B) para o
referencial A localizado na estação. Túnel
t B 12 12 12
t A = = = =
2 2 1 − 0,64 0,6
1− 2
v
1−
( 0,8 c ) A
c c2
tA = 20 s Solo

A seguir, introduzimos o conceito de comprimento próprio.


Concluímos que, para o observador B no interior do vagão, a Para compreender, note que o observador A está parado em
lâmpada B dá uma piscada a cada 12 segs (tempo próprio), ao relação ao objeto cujo comprimento se deseja medir, no caso o
passo que, para o observador A na estação, essa lâmpada dá túnel. Assim, dizemos que A mede o comprimento próprio LA do
uma piscada a cada 20s. túnel.
Para o observador A na estação, a lâmpada B do vagão está Comprimento próprioé o comprimento
piscando mais lentamente, está alentecida. Não só isso. Para medido pelo observador que encontra-se
parado em relação ao objeto cujo
quem está na estação, todos os eventos que ocorrem no interior do
comprimento será medido.
vagão estão alentecidos. Os batimento cardíacos do observador B
estão alentecidos, o envelhecimento do B ocorre mais lentamente,
todos os processos que ocorrem no interior do vagão estão
alentecidos, quando observados a partir da estação.
Esse efeito do alentecimento é causado pela velocidade. Como a
lâmpada B não tem velocidade em relação a B, ela não é vista
alentecida por B. A lâmpada B só tem velocidade em relação a A, Então, enquanto o vagão passa completamente pelo túnel, o
por isso, só está alentecida para A. observador A o vê percorrer uma distância LA durante um intervalo
de tempo tA, medido num relógio em seu pulso. Assim, em
Pergunta 1: Admita que esse vagão freiou até atingir o repouso. relação a A, podemos escrever:
a) A partir de agora, a lâmpada B piscará em qual ritmo para o L
observador A na estação ? v = A  LA = v. tA
t A
b) E para o observador B no interior do vagão ?
Ambos estarão medindo o tempo próprio decorrido entre o
☺ Pense e veja a resposta só depois, na página seguinte.
acender e o apagar da lâmpada pois ela estará parada em
Pergunta 2: Admita que agora existam duas lâmpadas A e B relação a cada um deles. O efeito do alentecimento cessa para
idênticas, estando a A fixa à estação e B fixa ao teto do vagão, cada observador porque a lâmpada agora não tem mais
ambas piscando com o mesmo tempo próprio de “1 piscada a cada velocidade no referencial de nenhum deles.
12 segs”. Admita que o vagão continua se movendo na mesma Para o observador B que se encontra dentro do trem e
velocidade de 0,8.c. observa a cena pela janela, o trem está parado e o túnel é que se
a) Como cada observador A e B veria a sua própria lâmpada ? move para a esquerda com velocidade v (em relação ao trem).
b) Como cada observador A e B veria a lâmpada do outro ? Assim, usando o seu relógio, B medirá o tempo decorrido entre
c) Se o vagão novamente voltasse a parar, o que cada observador dois eventos:
passaria a ver ? 1o evento: o início do túnel passou através da sua janela
☺ Pense e veja a resposta só depois, na página seguinte. 2o evento: o final do túnel passou através da sua janela
Note que, nesse caso, o local dos eventos é a janela do trem e
5 - A Contração do Comprimento
quem se encontra parado em relação ao local dos eventos (janela)
Neste item, vamos estudar a relatividade do comprimento. é o observador B, portanto, ele mede o tempo próprio tB entre os
Constataremos que o comprimento de um corpo depende do eventos. Assim, se B mede o tempo próprio tB , A medirá o
referencial em que é medido. Para isso, considere o mesmo vagão
tempo dilatado, portanto tA > tB .
do item anterior, nas mesmas condições lá estabelecidas.
Vamos supor que o vagão vai passar por um túnel, como ilustra
a seguir. Apesar da desproporcionalidade dessa figura, despreze o Afinal de contas, o tempo
medido ou será o próprio
comprimento do vagão em comparação com o do túnel. ou será o dilatado, visto
O comprimento do túnel será avaliado por dois observadores que não existe tempo
A e B, cada um munido do seu próprio relógio. Medindo o tempo comprimido
que o trem levar pra atravessar o túnel e conhecendo a velocidade
v do vagão, a determinação do comprimento do túnel será
imediata.
Assim, cada observador escreve o seu comprimento L medido

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para o túnel, onde v é a velocidade do trem. Exemplo Resolvido 2


Uma nave dirige-se verticalmente de encontro ao solo, com
LA = v. tA velocidade v igual a 0,6.c e em relação a ele (veja figura).
LB = v. tB Em certo instante, ela está começando a passar por um pico de
1000 m de altura, medida por um observador fixo no solo. Vamos
Assim, como tA > tB, então temos LA > LB. Mas como LA determinar a que altura a nave se encontra nesse momento
é o comprimento próprio do túnel e LB < LA , dizemos que LB é instante, medida por um de seus tripulantes.
o comprimento contraído do túnel, percebido apenas por B. Como é B que se move em relação ao pico (corpo em estudo), a
altura LB do pico, para B, tem de ser menor que a altura
LA = 1000 m medida por A, que está em repouso em relação ao
t B v2 pico. Então:
Como t A = , então: tB = t A 1 −
v2 c2 v2 (0,6 c )2
1− LB = L A 1− = 1000 1 −  L B = 800 m
c2 c2 c2
Substituindo tB na expressão de LB, temos:
B
v2 v2
LB = v. tB = v. t A 1 − = L A 1−
c2 c2
v = 0,6 c

v2
LB = L A . 1 − LA = 1000m
c2
v2 A
Como 1− é menor que 1, temos que LB é menor que LA. Solo
c2
Então:

Para um observador A, que está em repouso em relação a um


corpo, esse corpo tem comprimento próprio LA, e para o • No caso de v ser desprezível em relação a c, teremos:
observador B, que se move em relação ao mesmo corpo, o v2
 0  LA  LB
comprimento desse corpo é LB, sendo LB < LA. A isto se dá o c2
nome de contração de comprimento. Lembre-se de que, na Mecânica clássica, LA = LB.
É preciso destacar que essa contração só acontece na direção do • Note que se o objeto cujo comprimento se deseja medir estiver
movimento. dentro de um vagão, por exemplo, o observador A no interior
Resposta da pergunta 1 do vagão medirá o comprimento próprio da barra, ao passo que
o observador fora do vagão medirá o comprimento comprimido
a) 1 piscada a cada 12 segs
da barra. Veja o exemplo a seguir, em que uma barra foi fixada
b) 1 piscada a cada 12 segs. no piso do vagão, alinhada na direção de seu movimento.
Ambos estarão medindo o tempo próprio decorrido entre o acender
e o apagar da lâmpada pois ela estará parada em relação a cada A
v
um deles. O efeito do alentecimento cessa para cada observador
porque a lâmpada agora não tem mais velocidade no referencial de Barra
nenhum deles.

Resposta da pergunta 2
B
a) Cada observador vê a sua própria lâmpada dando uma piscada
a cada 12 segs. Solo
b) Cada observador vê a lâmpada do outro uma piscada a cada 20
O comprimento LB que a barra tem em relação a B é menor
segs, portanto, alentecida.
que o comprimento LA que ela tem em relação a A:
c) Todas as lâmpadas passariam a dar 1 piscada a cada 12s, ou
seja, cessariam todos os efeitos relativísticos de alentecimento
(dilatação do tempo), visto que agora não há mais velocidade v2
LB = L A 1 −  LB < L A
(movimento). c2

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Para melhor esclarecer, considere o seguinte exercício de Dessa maneira, a mesma régua mediu todo o comprimento do
pensamento: trem nos dois sistemas. A essência deste e de muitos outros
"paradoxos" que aparecem na teoria da relatividade é que o
Quando estou na plataforma do metrô sem nada para fazer exceto
processo de medição demanda tempo, e que tanto o espaço
esperar o próximo trem, por vezes deixo minha imaginação vagar e
quanto o tempo se tomam distorcidos de diferentes maneiras em
imagino como seria se a velocidade da luz fosse de apenas,
diferentes sistemas. Dizemos que corpos que se movem, em
digamos, 50 quilômetros por hora, a velocidade de um trem do
relação aos outros, não compartilham da mesma “região do
metrô.
espaço-tempo”.
Quando o trem finalmente entra com estrépito na estação, ele
parece espremido, como uma sanfona. O trem, eu imagino, seria
uma lâmina chata de metal com cinco centímetros de espessura,
correndo pelos trilhos. E todo mundo dentro dos vagões pareceria
fino como papel. Essas pessoas estariam também praticamente
congeladas no tempo, como se fossem estátuas imóveis. No
entanto, quando o trem finalmente pára em meio a rangidos, ele
subitamente começa a se expandir, até que a lâmina de metal
ocupe toda a estação.
Por mais absurdas que essas distorções possam parecer, os
passageiros dentro do trem as ignorariam por completo. Seus
corpos e o próprio espaço seriam comprimidos ao longo da direção
do movimento do trem; tudo pareceria conservar sua forma normal.
Além disso, seus cérebros teriam se tornado mais lentos, de modo
que todos dentro do trem agiriam normalmente.
Depois, quando o trem do metrô finalmente para, elas não
percebem em absoluto que, para alguém que esteja na plataforma,
ele parece expandir-se milagrosamente até ocupar toda a
plataforma. Quando os passageiros saem do trem, estão
totalmente ignorantes das profundas mudanças exigidas pela
relatividade especial.
A recíproca de tudo isso, também é verdadeira. De maneira
semelhante, os passageiros que viajam no trem pensariam que ele
estava em repouso e que a estação do metrô estava vindo em
direção ao trem. Eles veriam a plataforma e todos nela postados
comprimidos como uma sanfona. Então isto nos leva a uma
contradição, o fato de as pessoas no trem e as que estão na
estação pensarem ambas que a outra foi comprimida. A resolução
deste paradoxo é um bocadinho delicada. Normalmente, é absurdo
pensar que duas pessoas podem ser ambas mais altas uma que a
outra. No entanto, nesta situação temos duas pessoas, cada uma
pensando corretamente que a outra foi comprimida. Isso não é
uma verdadeira contradição porque é preciso tempo para fazer
uma medição, e o tempo, assim como o espaço, foi distorcido. Em
particular, eventos que parecem simultâneos em um sistema de
referência não são simultâneos quando vistos em outro.
Por exemplo, digamos que as pessoas na plataforma peguem
uma régua e, enquanto o trem passa, deixem-na cair sobre a
plataforma. Enquanto o trem passa, elas deixam cair as duas
pontas da régua de modo que estas atingem a plataforma
simultaneamente. Desse modo, elas podem provar que o
comprimento todo do trem comprimido, da frente até o fundo, é de
apenas trinta centímetros.
Agora considere o mesmo processo de medição do ponto de
vista dos passageiros do trem. Eles pensam que estão em repouso
e vêem a estação de metrô comprimida vir em sua direção, com
pessoas comprimidas prestes a deixar cair uma régua comprimida
sobre a plataforma. De início parece impossível que uma régua tão
minúscula seja capaz de medir todo o comprimento do trem. No
entanto, quando a régua cai, suas extremidades não atingem o
solo simultaneamente: Uma ponta da régua chega ao chão
exatamente quando a estação passa pela ponta dianteira do trem.
Somente quando a estação se moveu completamente pelo
comprimento de todo o trem é que a segunda extremidade da
régua finalmente atinge o solo.
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L eitura
Um dos fatos que confirmam a
Teoria da Relatividade Restrita: os mésons 

Raios cósmicos incidentes nas altas camadas da atmosfera produzem partículas instáveis, denominadas mésons . Sabe-se que a
vida média de um méson , medida num referencial em repouso em relação a ele, é de 2,2 s, aproximadamente. Após esse curtíssimo
intervalo de tempo, o méson  desintegra-se, dando origem a outras partículas.
Os mésons produzidos na alta atmosfera movem-se a uma velocidade igual a 0,998 c, aproximadamente.
Vamos calcular a distância que poderiam percorrer antes de se desintegrarem:

s = v.t = (0,998 . 3.108 ). ( 2,2 .10–6)

s  660 m
Como a altitude da região em que são produzidas (10.500 m) é muito maior que 660 m, essas partículas não deveriam chegar à
superfície da Terra. No entanto, chegam em abundância. Note que estamos diante de um problema concreto.
Como a velocidade dos mésons é muito alta, os efeitos relativísticos não podem ser ignorados, e o problema deve ser resolvido pela
Teoria da Relatividade.
Veja as maneiras pelas quais podemos elucidar a questão.
Primeira maneira (considerando a dilatação do tempo)
A vida média do méson é o intervalo de tempo decorrido entre dois eventos: seu “nascimento” e sua desintegração.
Esse intervalo será medido por dois referenciais estabelecidos exatamente como fizemos no estudo da dilatação do tempo, que é
conveniente rever:

R'
Mesón

Solo
R

O referencial R’, viajando junto com o méson e, portanto em repouso em relação ao local dos eventos, mede t’= 2,2 s.
O referencial R, por sua vez, em movimento em relação ao local dos eventos, mede t (dilatado em relação t’), dado por:
t ' 2,2
t = =  t  35 s
v
1− 2
2
1−
(0,998 c )2
c c2
Então, em relação a R, o méson, ainda “vivo”, é capaz de percorrer uma distância  dada por:

s = v.t = (0,998 . 3.108 ). ( 35 .10–6 )    10.500 m


Dessa forma, fica explicado por que os mésons conseguem chegar à superfície da Terra.
Segunda maneira (considerando a contração do comprimento)
A altura em que o méson é gerado será medida por dois referenciais, também estabelecidos exatamente como fizemos no estudo da
contração do comprimento, que é conveniente rever. Para facilitar, imagine que o méson seja gerado ao lado do topo de um pico.

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R'
Mesón

Pico

Solo
R

Para o referencial R, em repouso em relação ao pico, a altura do pico é  = 10500 m .


Para o referencial R’, móvel em relação ao pico e viajando junto com o méson, a vida média do méson é t’ = 2,2 s, mas a altura do
pico é ' (contraída em relação a  ) dada por:

v2
' =  1 − = 10500 1 − 0,998 2 = 660 m
c2
Então, para o méson, a distância a ser percorrida é de 660 m e não de 10 500 m, o que também esclarece a questão.
1.6 – Velocidade Relativa Relativística
Como já dissemos, a maneira de compor velocidades na Teoria da Relatividade é bem diferente do que se faz na Mecânica newtoniana.
Nessa seção, ensinaremos ao leitor como se calcula velocidades relativas no caso relativístico, quando as velocidades envolvidas são
próximas da velocidade da luz. A seguir, identificamos as velocidades em jogo, e as relações entre elas:

u' VELOCIDADE REL. RELAT. - é quando a


Leo velocidade é próxima da velocidade da l

v
U = velocidade da bala em relação à Terra
U’ = velocidade da bala em relação ao Trem
eixo V = velocidade do trem em relação à Terra

U Albieri

1) Fórmula quando V < 0,1.c (caso não relativísitico, o nosso dia a dia, a física clássica)

U = U’ + V

2) Fórmula relativística que é válida para qualquer velocidade (caso relativístico):


V + U'
U =
V.U'
1 +
c2
Note que, no caso em que v é muito menor que c , o denominador da fração é igual a 1 e a fórmula relativística recai na fórmula clássica.
Ao usar essa expressão, cada velocidade terá um valor algébrico, positivo, quando tem o mesmo sentido do eixo de referência, e negativo,
quando tem sentido oposto ao desse eixo.

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Casos Particulares:

Caso 1
Note que se U’ = c , então U = c, independente da velocidade do trem.

V + U' V + c c.(V + c)
U = = = = c
V.U' V.c c + V
1 + 1 +
c2 c2
Em outras palavras, se U’ = c significa que a bala é a luz, e portanto, a sua velocidade é a mesma para qualquer observador, independente
de V. Afinal, este é o segundo postulado da relatividade restrita: A velocidade da luz é a mesma para qualquer observador.

Caso 2
Note que se V = c e U’ = c , então U = c.
V + U' c + c 2.c
U = = = = c
V.U' c.c 1 + 1
1 + 1 +
c2 c2
Trata-se de um caso particular do caso 1, visto que, se U’ = c então U = c para qualquer valor de V, inclusive V = c.

Assim, a fórmula que foi desenvolvida a partir dos postulados da relatividade restrita, logicamente está de acordo com o postulado.

Exemplo Resolvido 3: Um trem se move com velocidade V = +0,5.c e um observador no interior do trem (Leo) viu um projétil passar pela
janela com velocidade u’ = +0,4.c em relação ao trem. Qual a velocidade do projétil em relação ao Albieri parado junto ao solo ?
u'
Leo

eixo

U Albieri

Resolução:
Adotando um eixo horizontal oX orientado para a direita, temos que ambas as velocidades serão escalarmente positivas V = + 0,5.c e u’ =
+ 0,4.c. Aplicando a relação , vem:
V + U' 0,5.c + 0,4.c 0,9.c
U = = = = +0,75.c  U = +0,75.c
V.U' 0,5.c.0,4.c 1,2
1 + 1 +
c2 c2
(o sinal + indica que essa velocidade está a favor do eixo) Assim, a velocidade do projétil, em relação ao solo vale U = +0,75.c

Exemplo Resolvido 4: Um trem se move com velocidade V = + 0,8.c e um observador no interior do trem (Leo) viu um projétil passar pela
janela, movendo-se na mesma direção do trem mas em sentido contrário, com velocidade escalar u’ = –0,5.c em relação ao trem. Qual a
velocidade do projétil em relação ao Albieri parado junto ao solo ?
Resolução:
Adotando um eixo horizontal oX orientado para a direita, temos que a velocidade escalar do trem será positiva V = + 0,8.c e a velocidade
escalar do projétil em relação aotrem será negativa (move-se contrário ao eixo) u’ = –0,5.c . Aplicando a relação , vem:
V + U' 0,8.c − 0,5.c 0,3.c
U= = = = + 0,5.c  U = +0,5.c
V.U' 0,8.c.( − 0,5.c) 0,6
1+ 1+
c2 c2
(o sinal + indica que essa velocidade está a favor do eixo) Assim, a velocidade do projétil, em relação ao solo vale U = +0,5.c

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7 - Massa Relativística
Considere, por exemplo, uma pedra em repouso em relação ao solo:
m

Pedra em repouso v

mo
Solo
Solo

Vamos simbolizar por Mo a massa da pedra medida nessa situação (Mo chama-se massa de repouso). Suponha, agora, que essa
mesma pedra esteja em movimento em relação ao solo, com velocidade v:
Pode-se demonstrar que, nessa nova situação, a massa da pedra passa a ser M, dada pela expressão:

Pela formula ao lado percebo que a M é Mo Mo - Massa do obj em repouso


maior que Mo M= M (Massa relativística) - é
v2 amassa quando esse obj
M varia com a velocidade 1− está em movimen
c2

em que M se chama massa relativística. O termo “relativístico” costuma, em geral, inibir o aluno que estuda esse assunto pela primeira
vez. Entretanto, o seu significado é simples: quando dizemos “massa relativística”, queremos dizer que se trata da massa do corpo, levando
em conta o efeito da relatividade, ao passo que “massa não-relativística” é a massa do corpo sem considerar o efeito da relatividade. O
mesmo se aplica a “energia relativística”, “quantidade de movimento relativística” etc.

v2
Note que, sendo 1− menor que 1, m é maior que mo, ou seja, a massa da pedra em movimento é maior que sua massa de
c2
repouso. Note também que, quanto maior for v, maior será a massa m. Evidentemente, esse aumento de massa não significa um aumento
da quantidade de partículas que constituem a pedra, mas um aumento da sua inércia.
Por exemplo, se a pedra estiver em movimento retilíneo
acelerado, sob ação de uma força resultante constante, sua v
aceleração não será constante, mas diminuirá à medida que 1
sua velocidade aumentar, conforme ilustra o gráfico a seguir.
c
O gráfico1 representa a previsão da Mecânica clássica: a
aceleração da pedra é constante e sua velocidade cresce 2
indefinidamente.

O gráfico 2 representa a previsão relativística: a aceleração


da pedra diminui com o tempo, em virtude do aumento de sua t
inércia, e sua velocidade é limitada pelo valor c.
0

Exemplo Resolvido 5: Vamos calcular a massa que teria uma pessoa se pudesse se mover com velocidade 0,8 c, considerando sua
massa de repouso igual a 60 kg.
Temos que:
mo 60
m= =  m = 100 kg
v 2
1 − 0,64
1− 2
c

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v2 v2
• Quando v tende a c, tende a 1. Assim, 1− tende a zero e m tende a infinito.
c2 c2
Como nenhum corpo pode ter massa infinita, sua velocidade sempre será menor que c.
• Se v for muito menor que c, teremos:
v2
 0  m  mo
c2
Como sabemos, na Mecânica clássica, em que as velocidades são desprezíveis em
comparação com a luz, m é igual a mo.
• Nos aceleradores de partículas, em que elétrons, por exemplo, atingem velocidades
próximas de c, a variação da massa com a velocidade é plenamente comprovada.

8 - Equivalência entre Massa e Energia


Considere, novamente, uma pedra em repouso em relação ao solo. Sendo mo sua massa de repouso, pode-se demonstrar que essa massa
equivale a uma energia intrínseca Eo, dada por:
- Para liberar energia, precisa perder a massa
Eo = Mo.C2 - Uso quando quero transforma massa em energia

Por exemplo, se fosse possível aniquilar uma pedra de massa de repouso igual a 1g, transformando-a totalmente em energia, obteríamos:
Eo = mo . c2 = ( 1 . 10−3 kg ) . ( 3 . 108 m/s )2  Eo = 9 . 10 13 J
Essa energia seria suficiente para manter acesas 1 000 lâmpadas de 100 W por quase 30 anos! Portanto, uma pequeníssima massa
equivalente é a uma enorme quantidade de energia. Na prática, essa energia encontra-se guardada nos confins dos núcleos atômicos e a
tecnologia atual ainda não é capaz de fazer uso de toda essa energia atômica. A energia está dentro dos núcleos dos áto
Todas as reações que liberam energia, inclusive as reações químicas exotérmicas, o fazem devido a uma perda de massa, que se
transforma em energia.
A energia solar, por exemplo, provém de uma reação nuclear denominada Fusão Nuclear. Nessa reação, isótopos de hidrogênio se
fundem produzindo um núcleo de hélio. A massa do núcleo de hélio, porém, é ligeiramente menor que a soma das massas dos quatro
núcleos de hidrogênio, essa perda de massa corresponde à energia liberada. Nesse processo, o Sol perde de 4 milhões de toneladas de
massa a casa segundo que são liberadas na forma da energia irradiada ! A fusão nuclear também será melhor estudada adiante nessa
apostila.
A tabela a seguir mostra a energia de repouso de algumas partículas elementares e de alguns núcleos leves:

Todas as reações que liberam energia, inclusive as reações químicas exotérmicas, o fazem devido a uma perda de massa, que se
transforma em energia. Um fato curioso é o da soma das massas de todos os prótons, nêutrons e elétrons de um átomo ser menor que a
massa total do próprio átomo. Mas como ? Onde está a massa correspondente à diferença de massa ?

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De fato, ela fica armazenada na forma de “Energia Potencial de Ligação” entre os núcleons, como massa-energia. É por esse motivo
que pudemos afirmar que: Massa dos núcleons (soma das massas de protons, neutrons e eletrons) é maior que a massa no núcleo origi
Quando separados, os núcleons sempre têm uma massa total maior do que a massa do núcleo original.

Isso é uma consequência do fato de, para todos os núcleos conhecidos, as forças nucleares atrativas serem dominantes, em relação às
forças elétricas repulsivas.
Considere as duas etapas de montagem de um núcleo, a partir dos seus prótons e nêutrons inicialmente isolados:
1a etapa: os núcleons ainda se encontram suficientemente afastados entre si. Nessa etapa, aproximar os núcleons é um processo
forçado e que, portanto, requer um gasto de energia para vencer as forças elétricas repulsivas, energia esta que ficará armazenada no
sistema na forma de Energia Potencial. Nessa etapa, as forças nucleares atrativas ainda são desprezíveis.
2a etapa: Quando a distância média entre os núcleons (que estão sendo gradativamente aproximados) atingir a ordem de grandeza do
diâmetro de um núcleon (1.10–15m), a colossal força nuclear passa a atuar e a dominar a repulsão elétrica, dando uma resultante atrativa.
Nessa etapa, aproximar os núcleons passa a ser um processo espontâneo e, que portanto, libera energia. Nessa escala de distâncias,
tamanha é a superioridade das forças nucleares atrativas, em relação às forças elétricas repulsivas, que a energia liberada nessa
curtíssima etapa ainda é maior que a energia injetada no sistema durante a 1a etapa.
Assim, o processo de montagem de qualquer um dos núcleos disponíveis na natureza, como um todo, sempre ocorre com liberação de
energia e, portanto, com redução da massa do sistema.
Em linguagem matemática, isso significa que:
m núcleons isolados = m prótons isolados + m nêutrons isolados > M núcleo
e a diferença de massa m = ( m núcleons isolados – M núcleo ) é o chamado “defeito de massa”. A energia E correspondente ao defeito de
massa é dada por E = m.c2 e, conforme dissemos, corresponde à energia potencial das ligações entre os núcleons, quando estavam
confinados ao núcleo. Para separar todos eles infinitamente, você precisará gastar essa fabulosa energia na forma de trabalho.
Uma maneira de interpretar essa variação da massa é dizer que:

Um núcleon dentro de um núcleo, em média, possui menos massa que teria , caso estivesse fora dele. Quão menos dependerá de qual
núcleo se trata.
A comprovação experimental dessa conclusão é um dos triunfos da Equivalência Massa-Energia proposta por Albert Einstein em sua
Teoria da Relatividade, estudada na parte 1 deste livro. As massas de núcleons e de isótopos dos vários elementos podem ser medidas
com precisão de uma parte por milhão ou mais (veja com seus próprios olhos na tabela 1 adiante ☺), usando um espectrômetro de massa.
À massa do núcleo de C-12 é atribuído o valor de 12,00000 unidades de massa atômica. A unidade de massa a atômica (u) é definida
precisamente como sendo um dozeavos da massa do núcleo do isótopo comum carbono-12. Com tal referência, as massas dos outros
núcleos atômicos são medidas em unidades de massa atômica u's. As massas do próton e do nêutron são 1,00728 u e 1,00867 u,
respectivamente, quando isolados fora do núcleo.

Figura 1- O gráfico mostra que a Massa por núcleon não é constante para todos os núcleos. Ela é maior para os núcleos leves, alcança seu valor mínimo para o Ferro-56 e
tem valores intermediários para os núcleos mais pesados. Para o Carbono-12, a Massa por núcleon vale exatamente 1u , por definição.

Um gráfico importantíssimo é o da massa média do núcleon para os elementos que vão desde o hidrogênio até o urânio (Figura 1 – tabela
1), pois ele é a chave para a compreensão da energia associada aos processos nucleares – tanto à fissão como à fusão. Para obter a
massa média por núcleon, divida a massa total de um núcleo pelo número núcleons que o constituem.
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M total do núcleo M total do núcleo


Massa média por núcleon = =
A P+N
O gráfico mostra que a massa média por núcleon varia de um núcleo para outro. O máximo valor de massa por núcleon ocorre para um
próton que está só, constituindo um núcleo de hidrogênio 11 H , pois neste caso não existe energia de ligação que possa “consumir energia”
da massa de repouso.
Quando seguimos para os elementos além do hidrogênio, o gráfico da Figura 1 (que corresponde à tabela 1) nos diz que a massa por
núcleon toma-se menor, alcançando um mínimo valor para o núcleo do ferro. Se a massa/núcleon no Fe-56 é a menor de todas, significa
que, comparativamente a todos os demais elementos da tabela periódica, o Fe-56 é o isótopo que usa um maior percentual da sua massa
nuclear na forma de energia potencial de ligação, sugerindo que os prótons e nêutrons no interior do seu núcleo estão mais fortemente
ligados que em qualquer outro elemento químico.
Para elementos além do ferro (A > 56), a tendência se inverte, com os prótons e os nêutrons contidos nos núcleons ficando
progressivamente mais massudos (mais massa/núcleon) . Esse crescimento prossegue até o final do gráfico.
Tabela 1 - Valores de Massas Relativas e de Massa/Núcleon para alguns isótopos.
Isótopo Símbolos Massa nuclear(u) Massa por núcleon (u)
Nêutron n 1,008665 1,008665
1
Hidrogênio 1H 1,007825 1,007825
2
Deutèrio 1H 2,014710 1,00705
3
Trítio 1H 3,01605 1,00535
4
Hélio – 4 2 He 4,00260 1,00065
12
Carbono – 12 6C 12,00000 1,000000
58
Ferro – 58 26 Fe 57,93328 0,99885
63
Cobre – 63 29 Cu 62,92960 0,99888
90
Criptônio –90 36 Kr 89,91959 0,99911
143
Bário – 143 56 Ba 142,92054 0,99944
235
Urânio – 235 92 U 235,04395 1,00019

Assim, comparando o Fe–56 com o U-235 (Figura 1 - tabela 1), percebemos que a relação massa/núcleon do U-235 é superior ao do Fe-
56, sugerindo que o U-235 usa um menor percentual da sua massa nuclear na forma de energia potencial de ligação entre seus prótons e
nêutrons que o Fe-56. Isso significa que os prótons e nêutrons do U-235 estão mais fracamente ligados (menor energia potencial de
ligação) que os núcleons do Fe-56 e que, portanto o núcleo de U-235 é menos estável.
A figura 2 mostra o gráfico da energia de ligação por núcleon para vários elementos da tabela periódica, em Mev. Note que, conforme
discutimos anteriormente, a energia de ligação por núcleon tem o seu máximo valor para o Fe-56, que representa o pico dessa curva.

Figura 2 - Gráfico da Energia de ligação por núcleon, medida em Mev, em função do número de massa A dos elementos.

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Exemplo Resolvido 6: Determine o defeito de massa, a energia de ligação e a energia de ligação por núcleon ( E L / A) para o isótopo de
oxigênio O-16, sendo dados:
massa de repouso do próton isolado: mp = 1,007276 u
massa de repouso do nêutron isolado: mn = 1,008665 u
massa do elétron: me = 0,000549 u
massa do átomo de oxigênio O-16: mO = 15,994915 u
número atômico do oxigênio: ZO = 8
Solução:
Inicialmente vamos determinar a massa do núcleo do oxigênio (mNo). Basta subtrair da massa do átomo de oxigênio-16 (mo) a massa de
seus 8 elétrons (8me). Temos, portanto:
mNo = mo – 8.me  mNo = 15,994915 – 8 x 0,000549  mNo = 15,990523 u

Como o núcleo do oxigênio tem 8 nêutrons e 8 prótons, a soma das massas de seus componentes isolados (mn, p) é:
mn, p = 8.mn + 8mp = 8 x 1,008665 + 8 x 1,007276  mn,p = 16,127528 u

O defeito de massa do núcleo do oxigênio-16 é, portanto:


m = mNo – mn,p = 16,127528 – 15,990523  m = 0,137005u

A energia de ligação do núcleo do átomo de oxigênio-16 é a energia equivalente a esse defeito de massa. Como, pela equação de Einstein
E = m.c2 , a energia correspondente a 1u vale 931,5 MeV, temos:
m = 0,137005 u  0,1370 x 931,5  m  127,6 MeV (energia de ligação do núcleo)

Como o núcleo do oxigênio tem 16 núcleons (A = 8 prótons + 8 nêutrons = 16), a energia de ligação por núcleon do oxigênio é:
(EL / A) = 127,6 Mev / 16 = 7,976 Mev / núcleon

Esse resultado está de acordo com o gráfico mostrado na figura 1.

9 – Fusão Nuclear
O gráfico da Figura 1 mostra que, quando núcleos leves (A  20) se fundem (fusão nuclear), o núcleo resultante é menos massivo do que a
soma de suas partes. Por exemplo, quando um Deutério se funde com um Trítio, os produtos dessa reação nuclear apresentam massa
menor que a soma das massas iniciais:
2 3 4 1
1H + 1H → 2 He + 0n + m

TABELA 2 - Ganho de energia a partir da fusão do Deutério com o Trítio

Reação: 2
+ 31 H → 4 1
+ m
1H 2 He + 0n

Balanço de massa: 2,01410 + 3,01605 = 4,00260 + 1,008665 + m

Defeito de massa: m = 0,001888 u , onde 1u  931 MeV

Ganho de energia: E = m. c 2 = 0,018888 x 931 MeV = 17,6 MeV

Ganho de energia/núcleon: E / 5 = 17,6 MeV / 5 = 3,5 MeV / Núcleo

A diferença de massa é liberada sob forma de enormes quantidades de energia. A este processo de obtenção de energia a partir da fusão
de núcleos leves damos o nome de Fusão Nuclear.
Nas altas temperaturas do Sol, a cada segundo, aproximadamente 657 milhoes de toneladas de hidrogênio (na forma de Deutério e
Trítio , veja tabela 2 anterior) sofrem fusão, transformando-se em 653 milhões de toneladas de hélio. As 4 milhões de toneladas de massa
que estão "faltando" são descartadas como energia radiante ! Isso é, de fato, incrível: O sol está continuamente perdendo 4 toneladas de
massa por segundo, sob forma de energia radiante que aquece e ilumina o sistema solar. Entretanto, como sua massa é da ordem de
2x1030 kg, ele ainda irá durar cerca de quatorze trilhões de anos ☺ ! Esse processo que ocorre no sol também ocorre em outras estrelas.

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Figura 3 - Esquema de uma Usina nuclear, onde a fissão nuclear ocorre de modo controlado e a energia liberada é aproveitada para a produção de energia elétrica.

Na Figura 1, o vale situado do lado esquerdo do gráfico (antes do Fe-56) corresponde aos elementos leves que podem sofrer fusão
nuclear. Qualquer transformação nuclear que mova núcleos mais leves em direção ao ferro, combinando-os, liberará grandes quantidades
de energia devido à redução da massa do sistema durante a transformação.
Uma aplicação pacífica da Fissão Nuclear são as usinas nucleares (figura 3), onde esse processo ocorre de modo controlado e a
energia liberada é aproveitada para a produção de energia elétrica.
O calor liberado na fissão aquece a água, mantida a alta pressão. Esta, por sua vez, aquece uma outra porção de água que entra em
ebulição. O vapor produzido gira uma turbina, cujo eixo se liga a um gerador elétrico, o qual, por sua vez, transforma a energia do
movimento em energia elétrica com base no fenômeno da Indução Eletromagnética de Faraday.

10 – Fissão Nuclear
Observando novamente o gráfico da Figura 1, podemos perceber que, quando núcleos pesados (A  200) sofrem fissão (são partidos), os
fragmentos resultantes possuem massa total menor que o núcleo original. A perda de massa do sistema é convertida em energia que será
liberada nesse processo, denominado Fissão Nuclear. Fusão - nucleos leves em direção ao fer
roFissão - nucleos pesados em direção ao

A B
Figura 4 - A massa de um núcleo não é igual à soma das massas de suas partes. (a) Os fragmentos da; fissão de um
núcleo pesado como o urânio são menos massivos do que o próprio núcleo do urânio. (b) Dois prótons e dois nêutrons
em estado livre são mais massivos do que quando estão combinados formando um núcleo de hélio.

Esse processo está associado aos elementos do ramo direito do gráfico massa/núcleon da Figura 1. A análise geral desse gráfico,
portanto, permite concluir que:

Qualquer transformação nuclear que mova núcleos mais leves em direção ao ferro, combinando-os (fusão nuclear), ou que mova núcleos
mais pesados em direção ao ferro, dividindo-os (fissão nuclear), libera energia, em ambos os casos, por redução da massa total do
sistema.

O gráfico da Figura 1 ainda revela que a energia liberada é maior quando núcleos leves sofrem fusão (se combinam), que quando um
núcleo pesado se divide. Para compreender isso, observe que o ramo esquerdo do gráfico é muito mais inclinado que o direito, indicando
muito mais energia liberada por grama de massa perdida.
Para exemplificar uma fissão nuclear, você deve se recordar, quando falamos sobre energia de ligação de núcleos, que um núcleo de U-
235 é pouco estável e facilmente sofre fissão, caso seja bombardeado por nêutrons (figura 8), liberando energia.

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Figura 5 - O Po-239 ou o U-233, assim como o U-235, sofrem fissão quando


bombardeados por um nêutron, Essa colisão é, frequentemente, denominada “Captura
de Nêutrons”.

Quando o U-235 sofre fissão, ele pode se quebrar em proporções variadas, permitiindo até 4 tipos de reações nucleares diferentes. A
tabela 3 a seguir mostra os cálculos do balanço de energia para a fissão do Urânio-235 , no caso em que os produtos são o Bário e
Criptônio :
TABELA 3 - Ganho de energia a partir da fissão do urânio

235
Reação: U + n → 143 Ba + 90Kr + 3n + m
Balanço de massa: 235,04395 + 1,008665 = 142,92054 + 89,91959 + 3(1,008665) + m
Defeito de massa: m = 0,186 u , onde 1u  931 MeV
Ganho de energia: E = mc 2 = 0,186 x 931 MeV = 173,6 MeV
Ganho de energia/núcleon: E / 236 = 173,6 MeV / 236 = 0,74 MeV / Núcleo

Note que um único nêutron colidindo (figuras 5 e 6) deflagra a ejeção de mais 3 nêutrons. Se cada um deles colidisse novamente com
outro U-235, teríamos mais três nêutrons e assim sucessivamente.

Figura 6 – Reação em cadeia – um nêutron que bombardeia um átomo de U-235 provoca a emissão de mais 3 nêutrons, que podem dar continuidade
ao processo, colidindo com novos átomos de urânio.

Esse processo chama-se reação em cadeia, sendo a chave para a produção de bombas atômicas.

• Do exposto, concluímos que massa é uma forma de energia.


• Quando um corpo está em movimento, sua energia total E (relativística) é a soma da energia de
repouso Eo com sua energia cinética. Essa energia total também pode ser expressa por E = mc 2,
em que m é a massa relativística.
Exemplos curiosos
Nos três exemplos seguintes, faça, os cálculos e confira as variações de massa.
1) Quando você aquece 1 kg de água, de 0ºC a 100 ºC, a água absorve cerca de 4.10 5 J de
energia. Com isso, sua massa de repouso sofre um acréscimo de 4.10–12 kg ,
aproximadamente.
2) Se você deformar uma mola, armazenando nela 180 J de energia potencial elástica, sua
massa aumentará de 2. 10–15 kg .
3) A reação do hidrogênio com o oxigênio para formar água é exotérmica, ou seja, libera energia
térmica. Para cada mol de água formada, é liberada uma energia de 68kcal, o que equivale a
uma perda de massa dos reagentes aproximadamente igual a 3.10–9 g.
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11 – ENERGIA TOTAL OU ENERGIA RELATIVÍSTICA E


Considere um corpo movendo-se com velocidade v em relação a um determinado referencial. Por definição, a energia total E desse corpo
(ou energia relativística) é a soma de sua energia de repouso (Eo ) com sua energia cinética (Ecin):
energia energia energia
total em repouso cinética
Simbolicamente, podemos escrever:
E = Eo + Ecin
E = Mo.c² + Ecin , onde Mo é a massa de repouso do corpo (que independe da sua velocidade v) .

Albert Einstein mostrou que a energia total E também pode ser calculada pela expressão:
Mo
E = M.c² , onde M é a sua massa relativística (massa levando em conta o efeito relativístico) dada por M =
v2
1−
c2
É fácil testar, rapidamente, que as expressões E = Mo.c² + Ecin e E = M.c² são coerentes entre si, isto é, que fornecem
resultados iguais para a energia total E, apesar de serem visualmente tão diferentes. Veja os testes 1 e 2 abaixo:
• Teste 1: Qual a energia total E de uma partícula cuja velocidade é nula (v = 0) ?
Ora, sendo nula a velocidada partícula, o mesmo ocorrerá a sua Ecin ( v = 0  Ecin = 0), portanto temos que:
E = Mo.c² + Ecin = Mo.c² + 0 = Mo.c², ou seja, E = Mo.c².
Analisemos, agora, fazendo uso da expressão E = M.c²:
Mo Mo
Sendo v = 0, a massa relativística M é dada por M = = = M o.
2
v 02
1− 2 1− 2
c c
Em outras palavras, se a partícula estiver em repouso, sua massa relativística M é a sua própria massa de repouso (M = Mo), portanto
teremos:

E = Mo.c² , o que está de acordo com o resultanto encontrado pela outra expressão.

• Teste 2: A energia total E de uma partícula aumenta ou diminui com o aumento da sua velocidade v ?
De acordo com a expressão E = Mo.c² + Ecin , o termo Mo.c² é constante (Mo não varia com a velocidade) mas a energia cinética
Ecin aumenta com o aumento da velocidade, portanto, a energia total E = Mo.c² + Ecin aumenta com o aumento da velocidade v da
partícula..

De acordo com a expressão E = M.c², a massa relativística M aumenta com o aumento da velocidade v, c é constante, portanto, a
energia Total E = M.c² aumenta com o aumento da velocidade v da partícula.

Os testes 1 e 2 mostram que as expressões para a Energia Total fornecem resultados coerentes, mesmo que essas expressões
sejam, aparentemente, tão diferentes. Adicionalmente, é possível desenvolver a expressão da Energia Total E:
M o .c 2 Eo 1
E = M.c² = = =  .Eo , onde  = é o chamado fator de Lorentz.
2 2 2
v  v   v 
1− 2 1−   1−  
c c c
Assim, temos que:
E = . Eo , onde Eo é a energia de repouso da partícula, tabelada, cujo valor não depende da velocidade v da partícula.

12 - ENERGIA CINÉTICA RELATIVÍSTICA


A energia cinética Ecin que figura na relação E = Mo.c² + Ecin é chamada energia cinética relativística. Conceitualmente, a
energia cinética relativística tem o mesmo significado físico da energia cinética clássica, isto é, “o trabalho realizado pela força resultante
agindo sobre a partícula, durante um certo deslocamento, é igual à variação da energia cinética da partícula” , tanto na mecânica clássica
como na mecânica relativística. Entretanto, a energia cinética relativística leva em conta não só a variação da velocidade como também
a variação da massa relativística.

A energia cinética relativística, portanto, não é dada pela expressão clássica Ecin = M o.v² / 2. A sua expressão pode ser derivada das
relações da energia total ou relativística E:
E = Eo + Ecin , com Eo = Mo .c² e E = .Eo , conforme visto na secção 1.9, assim:
.Eo = Eo + Ecin
Eo . (  − 1) = Ecin Partículas com v<0,1c são não-relativísticas, e posso calcular a Ecin pela formula normal ou pela relativísti
ca. Partículas com v>0,1c são relativísticas, e só posso calcula Ecin pela relati

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   
1 1
Ecin = Eo . (  − 1) = Mo.c² .  − 1  Ecin = Mo.c².  − 1
 1 − (v c )2   1 − (v c )2 
   

Exemplo Resolvido 2 : Um múon com energia de repouso Eo = 106 Mev (conforme tabela de energias de repouso de várias partículas)
foi acelerado até atingir uma velocidade v = 0,6.c Quando ele atingir essa velocidade, determine:
a) a sua Energia Total ou Relativística;
b) a sua Energia cinética relativística.
Solução:
Quando a velocidade da partícula estiver valendo v = 0,6.c, a sua Energia Total ou Relativística é dada por:
M o .c 2 Eo 106 106 Mev
E= = = = = 132,5 Mev  E = 132,5 Mev
v 2 2 2 0,8
1− 2  
v  0,6c 
1−   1−  
c c  c 
A energia cinética relativística é dada por: E = Eo + Ecin
132,5 Mev = 106 Mev + Ecin  Ecin = 26,5 Mev.
É possível demonstrar que a Energia cinética relativística de uma partícula, cuja velocidade v não seja próxima da velocidade c da
luz, é aproximadamente dada pela expressão da Energia cinética clássica. Em outras palavras:
 
1
Se v < 0,1.c , então Mo.c².  − 1  Mo.v ² / 2.
 1 − (v c )2 
 

Demonstração Optativa
TESE A SER DEMONSTRADA: Para baixas velocidades ( V < 0,1.c) , a expressão da Energia Cinética Relativística fornece resultados
iguais aos da expressão da Energia Cinética Clássica.

Para demonstrar esse fato, podemos partir da relação do binômio de Newton:


x2 x3
(1+ x)n = 1 + n.x + n.(n–1). + n.(n–1).(n–2). ....
2 6
Para valores de x muito pequenos, isto é, |x| <<<< 1, podemos desprezar os termos de ordem superior na expressão acima:
(1+ x)n  1 + n.x ou (1− x)n  1 − n.x
Queremos determinar o valor de  admitindo x = v/c <<<1 :
−1 / 2
1  v2 
 = =  1 − 2 

v2  c 
1−
c2
Fazendo x = v/c e n = −½ na relação aproximada (1− x)n  1 − n.x, vem:
−1 / 2
 v2  v2
1 −   1 + , substituindo essa relação na expressão da Ecin relativística, vem:
 c2  2.c 2
 
M0  v2  M o .v 2
Ecin =  c 2 – Mo.c2  M o .1 + 2 .c 2 – Mo.c2  Mo.c² + Mo.v²/2 − Mo.c² 
v2  2c  2
1−
c2
M o .v 2
Ecin  , para v <<< c , ou seja, para velocidades muito menores que a da luz.
2

Partículas com velocidades v tais que v < 0,1.c são ditas partículas não-relativísticas. Para essas partículas, os efeitos relativísticos
ainda são desprezíveis, visto que o fator de lorentz   1. Para tais partículas, a energia cinética ecin tanto pode ser calculada pela sua
expressão clássica, quanto pela sua expressão relativística. Entretanto, por ser matematicamente mais simples, nesse caso faremos uso
da expressão clássica.
Entretanto, para partículas relativísticas (isto é, partículas com alta velocidade v > 0,1.c), a sua energia cinética deverá realmente ser
calculada pela expressão relativística para a energia cinética.

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13 - Quantidade de Movimento Relativística 14 - De Broglie e o Comportamento Ondulatório Da Matéria


É possível demonstrar que a quantidade de movimento de uma Por volta de 1924, a dualidade da luz já estava plenamente
partícula relativística é dada pela expressão: compreendida. A explicação do Efeito fotoelétrico por Einstein, em
Mo 1905, confirmou que a luz tem e demais radiações eletromagnéticas,
Q = M.v = v quando interagem com a matéria (em processos de emissão ou
v2 absorção de energia) tem um comportamento de partícula (os
1− 2
c fótons) , embora, em outros processos como difração através de
A Energia Total ou Relativística E é dada pela expressão: fendas, refração, apresentem um comportamento ondulatório.
M o .c 2 Dizemos que a luz e demais radiações eletromagnéticas têm uma
E= natureza dual, isto é, que as suas características de onda e
v2 partícula se complementam de forma a explicar o seu
1− 2 comportamento nos mais diversos fenômenos da natureza.
c
Em 1924, um estudante francês Louis de Broglie refletiu sobre a
Elevando-se ao quadrado as expressões acima, isolando-se v
dualidade da luz e sobre a simetria que a natureza exibe em
numa das novas expressões e substituindo na outra, após algum
muitos fenômenos. Seus pensamentos eram:
trabalho algébrico, chegar-se-á ao seguinte resultado, que
1) simetria na natureza: por exemplo, o estudo do
relaciona E com Q:
eletromagnetismo nos diz que a variação de um campo
E2 = ( Q.c )2 + (Mo.c2)2 magnético B gera um elétrico E (induzido), ao passo que a
variação de um campo elétrico E causa um campo magnético B.
A expressão acima vale para quaisquer partículas e relaciona a
A natureza exibe simetria nos mais diversos fenômenos.
sua quantidade de movimento relativística Q a sua Energia
2) Dualidade da luz: as radiações eletromagnéticas em geral
Total ou Relativística E.
apresentam um comportamento dual. Dependendo do fenômeno
em questão, essa radiação eletromagnética será interpretada
Os primórdios da Física Moderna
como uma onda (onda eletromagnética) ou como um feixe de
1884 - Balmer descobre a forma empírica das raias espectrais do partículas (os fótons).
hidrogênio.
1887 - Hertz produz ondas eletromagnéticas, verificando assim a teoria de Num lampejo genial, Louis De Broglie propôs a generalização da
Maxwell, e descobre acidentalmente o efeito fotoelétrico dualidade onda-matéria da luz. Nas próprias palavras de De
1887 - Michelson repete a sua experiência com Morley, e mais uma vez Broglie:
não percebe mudança na velocidade da luz medida por “Depois da Primeira Guerra Mundial, pensei muito a respeito da
interferometria.
Teoria dos Quanta (Planck-Einstein) e do Dualismo onda-partícula
1895 - Rontgen descobre os raios x
1896 - J.J. Thompson mede a razão q/m para o elétron num tubo de raios (....). Foi então que tive uma súbita inspiração. O dualismo onda
catódicos e mostra que os elétrons são comuns a todos os partícula de Einstein era um fenômeno absolutamente geral, que
átomos se entendia a toda natureza.”
1900 - Planck explica a radiação do corpo negro e introduz o conceito de Em sua tese de doutorado, De Broglie propôs que o dualismo
fóton (E = h.f) onda-partícula, até então reconhecido apenas no caso das ondas
eletromagnéticas, era também uma propriedade da matéria e, em
Nasce a Física Moderna – 1ª geração especial, dos elétrons. Essa sugestão era altamente especulativa,
1900 - Lenard investiga o efeito fotoelétrico já que não havia, na época, nenhum indício experimental do
1905 - Einstein propõe a teoria da relatividade restrita caráter ondulatório dos elétrons ou de qualquer outra partícula.
1905 - Einstein explica o efeito fotoelétrico generalizando o conceito de E, Q
partícula
fóton proposto por Planck VP
1909 - Millikan realiza a célebre experiência das gotículas de óleo que
mostra que a carga elétrica é quantizada.
1911 - Rutherford propõe o modelo de átomo nucleado com base na
famosa experiência de espalhamento de partículas alfa em folhas f
de ouro
l Vo
1913 - Bohr propõe o modelo do átomo de hidrogênio
1916 - Millikan verifica a equação de Einstein para o efeito fotoelétrico
onda associada a essa partícula
experimentalmente
Segundo De Broglie:
Nasce a Física Moderna contemporânea – 2ª geração • Toda partícula, se movendo com energia (relativística) E e
quantidade de movimento (relativística) Q, se movendo com
1924 - De Broglie propõe o princípio da Dualidade
velocidade VP (p de partícula) tem uma onda associada a si.
1925 - Schrodinger desenvolve a base matemática da mecânica quântica
1925 - Pauli enuncia o princípio da exclusão • A onda associada a essa partícula apresenta comprimento de
1927 - Heisenberg formula o princípio da incerteza onda l, frequência f e velocidade Vo (o de onda) , tais que
1927 - Davinson e Germer observam a difração de elétrons num cristal de Vo = l.f
níquel, comprovando que elétrons têm comportamento • A constante de Planck h é o elo de conexão entre essas
ondulatório, como propôs De Broglie duas entidades aparentemente tão desconexas, as ondas e as
1928 - Dirac desenvolve a mecânica quântica relativística e prevê partículas:
matematicamente a existência do pósitron (antimatéria do elétron)
1932 - Chadwick descobre o nêutron h h E
l= = e f =
1932 - Anderson detecta pósitrons pela primeira vez Q M.VP h

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h h 6,63.10 −34
Segundo De Broglie, as expressões acima seriam válidas para l= = = = 1,32.10−33 m
Q m.V p 0,5
quaisquer partículas, tais como elétrons, fótons, bolas de tênis,
prótons etc. Uma vez que esse comprimento de onda é muito inferior que
Assim, para determinarmos o comprimento de onda l da onda qualquer abertura ou obstáculo comum, do dia-a-dia (o diâmetro do
associada a uma partícula (como um elétron), conhecendo a sua núcleo de um átomo é aproximadamente 10–15 m), não é possível
massa relativística M e sua velocidade Vp, efetuamos o seguinte observar a interferência ou difração destas ondas . Assim, não é
cálculo: possível se observar as propriedades ondulatórias de uma bola de
h h tênis, ou de um elefante a 100 km/h correndo na contramão.
l= =
Q M.VP Exemplo Resolvido 4: Qual o comprimento de onda associado a
um elétron, movendo-se com energia cinética da ordem de 10 eV ?
Note que, na dualidade onda-Matéria, a velocidade vP da partícula
não é igual à velocidade da onda Vo associadas a ela, isto é,
Solução: m = 9.10–31 kg , 1 eV = 1,6.10–19 J
Vo = l.f porém VP  l.f. Ou seja, a velocidade da onda associada
a elétrons não coincide com a velocidade dos próprios elétrons. O m.v 2 9.10 −31.v 2
mesmo (VP  VO) ocorre a qualquer outra partícula que possua = 10 eV  = 10.1,6.10 −19  v = 1,8. 106 m/s
2 2
massa em repouso e sua onda associada.
h h 6,63.10 −34
l= = = = 0,39 nm
VP  VO = c = l.F Q m.V p 9.10 −31.1,8.10 6
A exceção a essa regra ocorre no caso das partículas quânticas, Os cálculos acima mostram que elétrons com energias da ordem
para as quais teremos VP = VO = c = l.F. Mas o que são partículas de 10 eV têm comprimentos de onda de De Broglie, da ordem de
quânticas ? nanômetro. Esta é a ordem de grandeza do tamanho dos átomos e
do espaçamento dos átomos num cristal. Assim, elétrons que
A Física moderna generalizou o conceito de partícula e introduziu o
incidam num cristal devem ser difratados, como ondas.
conceito de Partículas Quânticas (fótons, grávitons), isto é,
Davisson e Germer estudavam nos laboratórios da Bell
partículas que não possuem massa em repouso (Mo = 0) mas, pelo
Telephone, o espalhamento de elétrons por um alvo de níquel, e
fato de possuírem energia relativística E e quantidade de
acidentalmente, acabaram por perceber a difração do feixe de
movimento relativística Q, participam dos processos físicos de
elétrons incidente. A figura de difração apresentava máximos e
forma semelhante às Partículas Clássicas (as que possuem
mínimos, como na experiência de Young (yes !). Estava provado.
massa em repouso). Partículas quânticas têm quantidade de
No mesmo ano (1927), G.P Thompson (filho de J.J.Thompson)
movimento e energia cinética que se conservam em colisões
também observou a difração de elétrons na transmissão de um
elásticas na escala atômica (Efeito Compton), da mesma forma
feixe de elétrons através de uma lamínula metálica extremamente
que ocorre às bolas de bilhar de boa qualidade.
delgada. Desde que Thomson realizou essa experiência, já foram
Assim, a partir de agora, na hora de calcular, por exemplo, a observadas a difrações de nêutrons, prótons e outras partículas.
quantidade de movimento de uma partícula, você precisa primeiro Nascia a Mecânica Quântica Moderna.
se perguntar: é uma partícula clássica (que tem massa de repouso) O princípio da dualidade onda matéria diz que todas as
? Ou é uma partícula quântica (que não tem massa de repouso) ? partículas se propagam como ondas, e exibem efeitos de difração
Para uma partícula clássica, temos: e interferência, mas trocam energia em pacotes discretos
(quantum), como se fossem corpúsculos (fótons).
Mo  v O caráter ondulatório l de uma partícula é tão maior quanto
Q=
1 − (v/c)2 maior é sua velocidade e menor é sua massa. Já o caráter
corpuscular é tão mais intenso quanto maior for a massa e menor
ao passo que, para uma partícula quântica, sua Q é dada por: for a velocidade com que se move.
A difração de uma onda só é apreciável através de uma fenda,
h se seu comprimento de onda for maior ou igual à abertura da
Q=
l fenda
As figuras a seguir mostram que, quando uma onda de
Os fótons (partículas de energia eletromagnética) se movem no
vácuo com a mesma velocidade de propagação das ondas comprimento l muito menor que a abertura da fenda, incide na
eletromagnéticas associadas a eles. De forma semelhante, os fenda, a onda transmitida não se espalha, não se difrata, propaga-
se retilineamente, sem apresentar curvatura. Age como se fosse
grávitons (partículas de energia gravitacional) se movem no vácuo
com a mesma velocidade das ondas gravitacionais associadas a um feixe de pequenos corpúsculos, ao invés de uma onda
eles. No vácuo, todas essas velocidades citadas acima valem: propriamente dita.

VP = VO = c = l.F
Exemplo Resolvido 3: Qual o comprimento de onda associado a
uma bola de tênis, de massa 200g, deslocando-se a 90 km/h ?
Solução:
Q = m.VP = 0,2 kg . 25 m/s = 0,5 kg.m/s
l << abertura da fenda l  abertura da fenda

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Quando o comprimento de onda é da mesma ordem de Exemplo Resolvido 6: Um astronauta está no espaço sideral
grandeza da abertura da fenda, a onda transmitida se espalha em segurando uma lanterna que emite luz com potência de 1500W.
todas as direções, apresenta curvatura apreciável, se difrata, Supondo que a massa do astronauta com o traje espacial e a
demonstrando seu caráter ondulatório. lanterna seja M = 80 kg, determine a força que agirá no
Mesmo um feixe de elétrons pode se difratar, exatamente como astronauta, devido à emissão dos fótons pela lanterna.
na figura anteriormente mostrada. A experiência de Young (1801)
Resolução:
foi uma forte evidência da natureza ondulatória da luz na época;
Essa questão é semelhante à do casal de patinadores (é a nova !).
afinal, interferência e difração são fenômenos típicos de ondas.
Eles se empurram mutuamente e transferem quantidade de
Hoje em dia, a experiência de Young, realizada com um feixe de
movimento um para o outro, embora a QDM total do sistema
prótons, nêutrons, elétrons fornece franjas de interferência
“patinador 1 + patinador 2” permaneça constante.
exatamente como as obtidas por Young. Os conceitos de onda,
matéria e energia se confundem, ganharam um significado mais O mesmo ocorrerá no caso do astronauta. A lanterna é como uma
amplo. “metralhadora de fótons” que dispara fótons numa certa direção e
15 – Mas afinal, o que é esse tal de F ó t o n ? empurra o astronauta no sentido oposto do disparo.
Um fóton é uma partícula de energia eletromagnética, um
Segundo o enunciado, a lanterna dele emite luz com potência de
“pacotinho” de energia eletromagnética com as seguintes
1500 W, isto é, 1500J de energia a cada 1 segundo são emitidos
características:
na forma de fótons (pacotes de energia).
• massa de repouso nula (Mo = 0)
• se move (no vácuo) com velocidade v = c Se a população de fótons emitida a cada 1 segundo é portadora
• é portador de energia total (ou relativística) E = h.f. dessa energia E = 1500 J, então , qual é a quantidade de
movimento desse pacote de fótons emitidos ? Veja o cálculo:
A dualidade onda matéria também permite calcular a quantidade E 1500 m/s
de movimento relativística (Q) de um fóton, também conhecida Q Fótons = = = 5. 10−6 kg.m/s
como momento linear ou quantidade de movimento linear : C 3.10 8 m/s
Mas, pela conservação da QDM, se os fótons adquirem essa
h h quantidade de movimento, essa mesma QDM é transferida ao
l=  Q Fóton =
Q l astronauta, a cada um segundo.
A onda associada aos fótons é sempre uma onda eletromagnética, 0 + 0 = −Q Fotons + Q astronauta
que se propaga com velocidade Vo (o de onda) tal que
Quanto mais QDM o astronauta vai acumulando, mais rápido ele
Vo = c = l . f, portanto:
vai se movendo. Pelo teorema do impulso, se sabemos o GANHO
h h h.f h.f E de QDM do astronauta a cada 1 segundo, podemos calcular a
l=  Q Fóton = = = = força que age sobre ele:
Q l l.f c c
Qdepois = Qantes + F.t
As expressões acima mostram que o movimento linear Q ganho de QDM
de um fóton, isto é, a sua quantidade de movimento Qdepois − Qantes = F.t  F = =
t t
Q Fóton , é :
• inversamente proporcional ao comprimento de onda l da onda Q ganho de QDM 5.10 −6 kg.m/s
F = = = = 5 . 10−6 N
(eletromagnética) associada a esse fóton (h é constante): t t 1s
Conhecendo a massa do astronauta (M = 80 kg), podemos calcular
h a sua aceleração e, a partir das equações do MUV, mostrar que,
Q Fóton =
l se ele for impulsionado por essa força (a partir do repouso) durante
intervalo de tempo de 3h (3.x.3600s), ele percorrerá uma distância
• diretamente proporcional à frequência f da onda
de cerca de apenas 5 m ☺.
(eletromagnética) associada a esse fóton ( h e c são
constantes): Exemplo Resolvido 7: Quando o elétron orbita o próton,
h.f segundo o modelo de Bohr do átomo de hidrogênio, a energia do
Q Fóton =
c sistema é dada pela expressão abaixo, onde N é o número
quântico principal.
• diretamente proporcional à energia E (relativística) desse fóton
−13,6 eV
(c é constante) : EN = , com N = 1, 2, 3, 4, ......
E N2
Q Fóton = Considere que o elétron de um átomo de hidrogênio é excitado,
c passando do estado fundamental (N = 1) para outro estado
Embora, à primeira vista, possa parecer estranho que uma N = 5. A seguir, ele retorna para o estado fundamental, emitindo
partícula de massa de repouso nula (Mo = 0 ) como um fóton seja um fóton. Determine:
portadora de quantidade de movimento Q Fóton , experimentos a) a energia do fóton emitido, nesse processo;
revelam que fótons colidem e transferem quantidade de b) a velocidade de recuo do átomo de hidrogênio durante a
movimento nas colisões da mesma forma que bolas numa mesa emissão do fóton mencionado.
de bilhar.
Dados: h = 6,63.10–34 J.s = 4,14.10–15 eV.s, c = 3 .108 m/s,
massa do átomo de hidrogênio = 1,65.10–27 kg
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Solução: propriedades usuais de uma onda, pela interferência e difração.


a) Durante a emissão do fóton, sabemos que o elétron passará de
Note que, na expressão acima, a velocidade vP que figura na
um nível mais energético para um nível de menor energia. Pela
conservação de energia no processo de emissão do fóton, expressão do cálculo do comprimento de onda l trata-se da
podemos dizer que: velocidade da partícula de massa m e, não, da velocidade de
uma onda VO de uma onda, portanto essa velocidade VP não
Efinal = Einicial − Efóton emitido
admite a expressão VP = l.f .
E1 = E5 − Efóton emitido
A velocidade (VO) da onda de De Broglie associada a uma
 − 13,6 eV   − 13,6 eV  partícula não coincide com a velocidade VP da partícula, exceto
 =  − Efóton emitido
 12   52  no caso em que a massa em repouso da partícula for nula
−13,6 eV = − 0,544 eV − Efóton emitido mo = 0, como no caso dos fótons.

Efóton emitido = 13,06 eV, com 1 eV = 1,6 . 10−19 J 16 – Dualidade da Matéria e o Microscópio Eletrônico
Efóton emitido = 2,1 . 10−18 J O resultado obtido no Exemplo Resolvido 4 mostrou que a onda,
associada a elétrons com energia cinética da ordem de 10eV, tem
b) Pela conservação da Quantidade de movimento do sistema comprimento de onda da ordem de lelétrons = 10−10 m, o que
fóton = átomo durante a emissão do fóton, temos que a significa um comprimento de onda 1000 vezes menor que o
quantidade de movimento que o átomo irá adquirir após a emissão comprimento de onda da luz visível, que é da ordem de lluz = 10−7 m.
do fóton terá a mesma direção, mesmo valor e sentido oposto ao O que há de interessante nesses números ?
da QDM do fóton (como no exemplo de patinadores que se Nos microscópios ópticos convencionais,
empurram sobre o lago congelado). Assim: usamos a luz visível para “enxergar” os
E objetos microscópicos com auxílio das lentes
| Q Fóton | = |Q átomo | , com Q Fóton = fóton
c desse instrumento óptico. A luz visível emitida
E fóton por alguma fonte incide sobre o objeto
= m átomo . V átomo “tateando-o”, sendo então refletida e retorna
c
aos nossos olhos trazendo detalhes da cor e
2,1.10 −18 J forma do objeto visado. Tendo a luz visível um
= 1,65.10–27 kg . V átomo
3.108 m / s comprimento de onda da ordem de lluz = 10−7
m, a resolução de microscópios ópticos está
V átomo = 4,2 m/s limitada a essa ordem de grandeza. Isso
A velocidade de recuo do átomo de hidrogênio, ao emitir o fóton, significa que, usando esses aparelhos, não
seria de aproximadamente 4 m/s. Na prática, a partícula que temos como observar corpúsculos com dimensões menores do que
está emitido fótons nunca recua visto que sempre está ligada 10−7 m. A resolução óptica do aparelho é limitada pelo
(presa) a algum sistema. comprimento de onda da onda que usamos para tatear os objetos.
Para observar objetos com dimensões menores que 10−7 m,
As expressões para a quantidade de movimento Q de um fóton precisaríamos “tateá-los” como uma onda de comprimento de onda
podem ser derivadas da relação geral entre a quantidade de l ainda menor que o da luz. É exatamente isso que fazem os
movimento Q e a energia E de qualquer partícula : microscópios eletrônicos !!!!
Em vez de luz visível, o
E2 = ( Q .c) 2 + ( Mo.c2 )2 microscópio eletrônico faz uso
Em se tratando de fótons, sua massa em repouso vale Mo = 0 e da onda associada a um feixe de
sua energia relativística é dada pela relação de Planck Einstein elétrons para tatear o corpúsculo
E = h.f. Fótons viajam com velocidade da luz v = c, o que é que desejamos “enxergar”.
possível pelo fato de que eles possuem massa em repouso nula. Sendo esse o comprimento de
Assim, ainda podemos escrever v = c = l . f . onda l da ordem de 10−10 m, o
Assim: microscópio eletrônico nos
E2 = (Q.c) 2 + ( Mo.c2 )2 permite visualizar corpúsculos
com dimensões dessa ordem de
E2 = (Q.c) 2 + ( 0 )2 grandeza, o que significa 1000
E = Q.c vezes menor do que as menores
h. f = Q. c partículas observáveis através
de um microscópio óptico !
c h h Microscópios eletrônicos nos permitem ver objetos minúsculos
h. = Q. c  l= =
tais como cadeias de átomos e moléculas. Permitem-nos obter
l Q M.VP
belas imagens coloridas e perfeitamente nítidas de micróbios e
(comprimento de onda de De Broglie) demais seres microscópicos. Assim, a descoberta da Dualidade da
Matéria, de De Broglie nos presenteou com os microscópios
A expressão acima calcula o comprimento de onda l da onda
eletrônicos !
associada a uma partícula de massa M e velocidade VP
Esse comprimento de onda seria válido para qualquer matéria. Na figura a seguir vemos uma foto de átomos – a imagem histórica
Porém, no caso de corpos macroscópicos, os comprimentos de de 1970 de cadeias de átomos individuais de Tório.
onda calculados são tão pequenos que é impossível observar as

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que os comprimentos de onda da luz visível. O tamanho de uma


partícula visível com os maiores aumentos possíveis dos
instrumentos deve ser maior do que o comprimento de onda da luz.

Pode-se compreender isso melhor como auxílio de uma


analogia com ondas na água. O comprimento de onda das ondas
na superfície da água é simplesmente a distância entre as cristas
sucessivas das ondas. Considere o navio na figura abaixo:

A primeira foto de átomos individuais, feita em


1970 usando-se um microscópio de varredura
eletrônica desenvolvido por pesquisadores do
Instituto Enrico Fermi, da Universidade Chicago.
As sequências de pontos são cadeias de átomos
de Tório

A fotografia acima não foi obtida com luz, mas com um estreito
As ondas que passam por um navio
feixe eletrônico, no interior de um microscópio eletrônico fornecem informação a respeito dele,
desenvolvido por Albert Crewe, do Instituto Enrico Fermi, da porque a distância entre as cristas
Universidade de Chicago. Um feixe de elétrons, tal como aquele sucessivas das ondas é pequena,
que constrói a imagem sobre a tela de uma televisão comum, é um comparada ao tamanho do navio.
fluxo de partículas que possuem propriedades ondulatórias.
O comprimento de onda dos elétrons do feixe eletrônico é Ele é muito maior do que a distância crista a crista, ou
muito menor do que os comprimentos de onda da luz visível. De comprimento de onda das ondas que nele incidem. A informação
modo que os átomos são maiores do que o minúsculo sobre o navio é facilmente revelada pela influência dele sobre as
comprimento de onda de um feixe eletrônico. A foto de Crewe é a ondas que passam por ele. Considere agora as folhas do capim,
primeira imagem de alta resolução de átomos individuais. numa situação em que ondulações produzidas pelo vento estão
Um sucessor mais recente do microscópio de varredura percorrendo um capinzal. Como as folhas do capim são muito mais
eletrônica é um dispositivo mais simples chamado de microscópio estreitas do que o comprimento de onda, as ondas passam pelas
de tunelamento ou STM. Ele emprega uma à agulha microscópica folhas como se elas não estivessem ali. Apenas se as folhas
que esquadrinha uma superfície a uma distância de alguns poucos fossem mais largas -ou seja, com larguras maiores do que a
diâmetros atômicos ponto a ponto, linha por linha. Em cada ponto, distância entre as cristas da onda – é que a onda poderia transmitir
mede-se a corrente elétrica microscópica que passa entre a informação sobre os detalhes do capim.
superfície e a agulha, a camada corrente de tunelamento. As
variações do valor decorrente revelam a topologia da superfície.
A próxima imagem mostra maravilhosamente a posição de um
anel átomos. As ondulações que aparecem no interior do anel
revelam a natureza ondulatória da matéria. Essa imagem, entre
muitas outras, realça a encantadora interação entre arte e ciência.
Pena que a fotografia original era colorida e o livro seja preto e
Nenhuma informação sobre as folhas do capim
branco  . é revelada por ondas que percorrem o campo,
pois a distância entre as cristas da onda é
maior do que o tamanho das folhas do capim.

Da mesma maneira, as ondas de luz visível são grosseiras demais,


comparadas ao tamanho de um átomo, para que possam revelar
detalhes do tamanho e da forma dos mesmos. Eles são
incrivelmente pequenos.

Uma imagem de 48 átomos de ferro posicionados, formando um anel circular que


serve de "curral" para os elétrons da superfície de um cristal de cobre, tirada com um
microscópio de varredura por tunelamento no Laboratório Almaden da IBM.

Os átomos são pequenos demais para serem vistos com luz


visível. Você poderia conectar uma série de microscópios ópticos,
um depois do outro, e jamais conseguiria "enxergar" um átomo
porque a luz é formada por ondas, e os átomos são menores do
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Pensando em Classe
Pensando em Classe

Albert Einstein
(1879 – 1955)
Questão 1
Com o advento da Teoria da relatividade de Einstein, alguns conceitos básicos da física newtoniana,
entre eles o espaço e o tempo, tiveram que ser revistos. Qual a diferença substancial desses
conceitos para as duas teorias ?

Física newtoniana Teoria da relatividade

Espaço tempo Espaço tempo


a) Absoluto Absoluto Dilata Contrai
b) Contrai Absoluto Contrai Dilata
c) Absoluto Contrai Dilata Absoluto
d) Absoluto absoluto Contrai dilata
e) Contrai dilata Absoluto Absoluto

Questão 2 – tempo próprio e comprimento próprio


Um aprendiz viaja num trem que se desloca em MRU e mede, usando o seu relógio, um intervalo de
tempo t entre o acender e o apagar de uma lâmpada instalada no teto do trem. Olhando pela
janela, vê o mago parado no solo ao lado de uma barra metálica, que o aprendiz avalia ter um
comprimento L :

Considerando os efeitos relativísticos, pode-se afirmar que:


a) o mago mede um intervalo de tempo superior a t decorrido entre o acender e o apagar da
lâmpada, e avalia que a barra tem um comprimento maior que L;
b) o mago mede um intervalo de tempo inferior a t decorrido entre o acender e o apagar da
lâmpada, e avalia que a barra tem um comprimento maior que L;
c) o mago mede um intervalo de tempo inferior a t decorrido entre o acender e o apagar da
lâmpada, e avalia que a barra tem um comprimento menor que L;

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d) o mago mede um intervalo de tempo superior a t decorrido entre o acender e o apagar da


lâmpada, e avalia que a barra tem um comprimento menor que L;
e) o mago mede um intervalo de tempo superior a t decorrido entre o acender e o apagar da
lâmpada, e avalia que a barra tem um comprimento igual a L.

Questão 3 - tempo próprio e comprimento próprio


Um aprendiz viaja num trem que se desloca em MRU e mede, usando o seu relógio, um intervalo de
tempo t entre o acender e o apagar de uma lâmpada de um poste da rua, e avalia o comprimento
de uma barra que está fixa ao piso do trem como sendo L. Fora do trem, parado em relação à
plataforma, existe um mago que observa tudo.

Considerando os efeitos relativísticos, pode-se afirmar que:


a) o mago mede um intervalo de tempo superior a t decorrido entre o acender e o apagar da
lâmpada, e avalia que a barra tem um comprimento maior que L;
b) o mago mede um intervalo de tempo inferior a t decorrido entre o acender e o apagar da
lâmpada, e avalia que a barra tem um comprimento maior que L;
c) o mago mede um intervalo de tempo inferior a t decorrido entre o acender e o apagar da
lâmpada, e avalia que a barra tem um comprimento menor que L;
d) o mago mede um intervalo de tempo superior a t decorrido entre o acender e o apagar da
lâmpada, e avalia que a barra tem um comprimento menor que L;
e) o mago mede um intervalo de tempo superior a t decorrido entre o acender e o apagar da
lâmpada, e avalia que a barra tem um comprimento igual a L.

Questão 4
Um aprendiz viaja no interior de um trem que se desloca em MRU com velocidade v=0,60.c em
relação à terra e avalia em 1,20 m o comprimento de uma barra metálica fixa ao solo.

Para o mago, parado em relação à barra, esta tem um comprimento:


a) 20 cm maior
b) 20 cm menor
c) 30 cm maior
d) 30 cm menor
e) 40 cm maior

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Questão 5 – O Paradoxo dos gêmeos


Raul e Renato são dois irmãos gêmeos que têm 10 anos de idade e são idênticos. Certo dia, Raul
partiu de casa numa nave espacial viajando a uma velocidade 0,80.c e fez uma viagem que durou
12 anos, ida e volta, medido no relógio da nave. Assim, quando Raul retorna a casa, entra na sala,
senta ao lado de seu irmão no sofá e percebe que o irmão está:
a) 8 anos mais novo
b) 8 anos mais velho
c) 6 anos mais novo
d) 6 anos mais velho
e) 12 anos mais velho

Questão 6 – Mésons  a favor de Einstein


Partículas subatômicas chamadas mésons  têm vidas médias de apenas  = 2,2 s e se
desintegram após esse tempo, dando origem a outras partículas. Viajando a uma velocidade
v = 0,998.c , mésons  originados nas altas camadas da atmosfera (a 10.500 m de altitude) devem
percorrer, durante seu tempo de vida média, apenas uma distância v. = 660m antes de se
desintegrar.
Assim, não há como percorrerem a distância de 10.500m que os separa do solo antes de se
desintegrarem. Dessa forma, é de se esperar que mésons  nunca sejam detectados no solo
terrestre. Curiosamente, os cientistas detectam grandes quantidades de mésons nas proximidades do
solo. A explicação desse fato só foi possível com a teoria da relatividade restrita de Einstein, que
propõe que:
a) o tempo de vida média do méson é maior no referencial do próprio méson
b) o referencial no solo mede o tempo próprio
c) o referencial no solo mede a distância dilatada
d) o referencial no solo mede o tempo dilatado
e) o referencial do méson mede a distância dilatada

Questão 07
Seja um triângulo isósceles retângulo parado no referencial da Terra. O prof. Renato Brito pergunta:

triângulo retângulo isósceles triângulo equilátero

a) Com que velocidade ele deve se mover, no referencial da Terra, a fim de que passe a ter as
medidas de um triangulo eqüilátero nesse referencial
b) Ele deve se mover em qual direção ?

Questão 08 ( A Teoria da Relatividade especial de Einstein)


O ano de 1905 é conhecido como o “ano milagroso” de Einstein. Nesse ano, ele publicou na revista
alemã Annalen der Physik , de grande prestígio na época, três artigos importantes: um tratava do
movimento browniano de pequenas partículas em suspensão num líquido; outro explicava o efeito
fotoelétrico (que lhe renderia o prêmio Nobel anos depois) e o terceiro, intitulado “sobre a
eletrodinâmica dos corpos em movimento”, foi o primeiro a introduzir a Teoria da Relatividade Restrita.
Não há na História nenhum outro período tão fértil para um único cientista, com exceção do intervalo
entre 1665 e 1666, o annus mirabilis original, quando Isaac Newton, confinado em sua casa de campo
para escapar da peste, começou a estabelecer as bases do Cálculo Diferencial, da lei da gravitação e
da teoria das cores.

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A comunidade internacional dos cientistas já declarou 2005 o ano da física, o que foi ratificado pela
ONU, por ser o centenário da publicação dos primeiros trabalhos de Einstein da Relatividade . Não foi
à toa que Albert Einstein foi considerado a “personalidade do século XX” pela revista TIME, de
Londres.
A respeito dos efeitos relativísticos que decorrem dos postulados da Relatividade Especial,
assinale a alternativa CORRETA:

a) Se você começar a se afastar de um relógio às 12 horas, movendo-se a uma velocidade muito


próxima da luz, não verá a mudança no tempo, pois a luz do relógio indicando 12h01min nunca o
alcançará. Esse efeito é chamado de “Dilatação do Tempo”.
b) Se você estiver planejando passar umas férias em uma estrela distante, viajando até lá a uma
velocidade 0,99c , recomenda-se que você compre tamanhos menores para as suas roupas,
sapatos menores, devido ao efeito da “Contração dos Comprimentos”. Adicionalmente, por esse
mesmo motivo, você poderá dormir numa cabine menor que a normal durante a viagem.
c) Quando você está parado, observando um relógio que se move se aproximando de você com
velocidade 0,9c, onde c é a velocidade da luz no vácuo, o relógio lhe parecerá estar funcionando
“mais lentamente que o de costume”. Por outro lado, posteriormente, quando o relógio cruzar por
você e passar se afastar dos seus olhos, os ponteiros do relógio parecerão estar marcando o
tempo “ mais rapidamente” que o usual.
d) Admita que os astronautas recebam seus salários de acordo com o tempo gasto viajando no
espaço. Assim, após uma longa viagem a uma velocidade próxima da luz, quando eles retornarem
a Terra e receberem o pagamento, ficarão bastante satisfeitos com a quantia que receberão em
dinheiro acima das suas expectativas.
e) Os efeitos relativísticos da dilatação do tempo e da contração dos comprimentos só ocorrem a
velocidades próximas da velocidade da luz.

Questão 09 – O Espelho de Einstein


Segundo se conta, desde a adolescência Einstein refletia sobre algumas questões para as quais as
respostas dadas pela física da sua época não o satisfaziam. Uma delas, conhecida como “o espelho
de Einstein”, era a seguinte: se uma pessoa pudesse viajar com velocidade da luz, segurando um
espelho a sua frente, não poderia ver a sua imagem, pois a luz que emergisse da pessoa nunca
atingiria o espelho. Para Einstein essa era uma situação tão estranha que deveria haver algum
principio ou lei física ainda desconhecido que a "impedisse" de ocorrer. Mais tarde, a Teoria da
Relatividade Restrita formulada pelo próprio Einstein mostrou que essa situação seria:
a) possível porque a luz é composta de partículas, os fótons, que nesse caso permanecem em
repouso em relação à pessoa e, portanto, nunca poderiam, atingir o espelho.
b) impossível, porque a velocidade da luz que emerge da pessoa e se reflete no espelho não depende
da velocidade da pessoa, nem da velocidade do espelho.
c) impossível, porque a luz refletida pelo espelho, jamais poderia retornar ao observador, estando no
mesmo referencial.
d) impossível porque, estando à velocidade da luz, a distância entre a pessoa e espelho se reduziria
a zero, tomando os dois corpos indistinguíveis entre si
e) possível, porque a pessoa e o espelho estariam num mesmo referencial e, nesse caso, seriam
válidas as leis da física clássica que admitem essa situação.

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Questão 10 – AFA 2014


Uma garota de nome Julieta se encontra em uma nave espacial brincando em um balanço que oscila
com período constante igual a T0 , medido no interior da nave, como mostra a figura abaixo.

A nave de Julieta passa paralelamente com velocidade 0,5 c, em que c é a velocidade da luz, por
uma plataforma espacial, em relação à qual, o astronauta Romeu se encontra parado. Durante essa
passagem, Romeu mede o período de oscilação do balanço como sendo T e o comprimento da nave,
na direção do movimento, como sendo L.
Nessas condições, o período T, medido por Romeu, e o comprimento da nave, medido por Julieta,
são respectivamente
2 2
a) T0 3 e L 3
3 3
2 L 3
b) T0 3 e
3 2
T 3 2
c) 0 e L 3
2 3

T0 3 L 3
d) e
2 2
Questão 10 – Princípio da Bomba Atômica E = M.c2
A reação do hidrogênio com o oxigênio para formar água é exotérmica, ou seja, libera energia
térmica. Para cada mol de água formada é liberada uma energia de 68 kcal. De acordo com a
relação de Einstein, E = mo.c2 , essa liberação de energia corresponde a uma perda de massa,
por parte dos reagentes de, aproximadamente:
a) 3,2 x 10–9 g b) 2,2 x 10–12 g c) 4,3 x 10–7 g d) 3,4 x 10–13 g e) 1,2 x 10–6 g

Questão 11 – (AFA 2020) Princípio da Bomba Atômica E = M.c2


No interior do Sol, reações nucleares transformam quantidades enormes de núcleos de átomos de
hidrogênio (H), que se combinam e produzem núcleos de átomos de hélio (He), liberando energia.
A cada segundo ocorrem 1038 reações de fusão onde quatro átomos de hidrogênio se fundem para
formar um átomo de hélio, conforme esquematizado abaixo:
4 H → He + Energia.
A energia liberada pelo Sol, a cada segundo, seria capaz de manter acesas um certo número de
lâmpadas de 100 W. Nessas condições, a ordem de grandeza desse número de lâmpadas é igual a
Dados: massa atômica do hidrogênio: mH = 1,67  10−27 kg
massa atômica do hélio: mHe = 6,56  10−27 kg

a) 1012 b) 1018 c) 1024 d) 1056

Questão 11 – Energia relativística


Um elétron foi acelerado por um campo elétrico até atingir a velocidade v = 0,6.c . Se a energia em
repouso do elétron vale 0,5 Mev, então a sua energia relativística e a sua energia cinética, ao atingir
aquela velocidade, valem, respectivamente:
a) 0,625 Mev , 0,125 Mev
b) 0,525 Mev , 0,125 Mev
c) 0,625 Mev , 0,225 Mev
d) 0,475 Mev , 0,325 Mev
e) 0,725 Mev , 0,525 Mev
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Questão 12– Energia relativística


(UFC 2003 1a fase) A energia cinética de um elétron relativístico é N vezes a sua energia de repouso.
Determine o valor de N, sabendo que a razão v / c vale:
v 15
=
c 16
Questão 13 – Princípio de De Broglie
(UEPA) A quantidade de movimento linear do fóton, no vácuo, é tanto maior quanto menor for:
a) a sua massa;
b) a sua aceleração
c) a sua frequência
d) o seu comprimento de onda
e) a sua energia

Questão 14 – Princípio de De Broglie


(ITA) Dobrando-se a energia cinética de um elétron não-relativístico, o comprimento de onda original
de sua função de onda fica multiplicado por:
1 1 1
a) b) c) d) 2 e) 2
2 2 4

Questão 15 – Princípio de De Broglie


Se as partículas listadas abaixo têm todas a mesma energia cinética (não relativística), qual delas tem
o menor comprimento de onda ?
a) elétron
b) partícula 
c) nêutron
d) próton

Questão 16 – Princípio de De Broglie


Qual o comprimento de onda de de Broglie de uma bola de beisebol de massa 150 g, arremessada
com velocidade de 40 m/s ? Dado: h = 6,63 x 10–34 J.s
a) 1,1 x 10–34 m b) 4,3 x 10–29 m
c) 6,8 x 10 m
–31 d) 5,4 x 10–36 m
e) 3,2 x 10 m
–30

Comentário: Ondas podem ser detectadas através do estudo de sua difração através de uma fenda
cuja abertura seja da mesma ordem de grandeza do seu comprimento de onda l. Entretanto, na
natureza não existem disponíveis fendas cuja abertura seja da ordem de 10–34 m ! Em virtude de não
haver a menor esperança de medir esse pequeníssimo comprimento de onda encontrado na questão
anterior, não se fala da natureza ondulatória de objetos do tamanho de uma bola de beisebol. É por
isto que a nossa experiência diária com corpos grandes em movimento não dá nenhum indício sobre
a natureza ondulatória da matéria.

Questão 17 – Nobel de Física para Davinson e Germer


Qual o comprimento de onda de de Broglie de um elétron que tem energia cinética 120 eV ?
Dado: h = 6,63 x 10–34 J.s , 1 eV = 1,6 x 10–19 J , massa do elétron = 9 x 10–31 kg
a) 1,2 x 10–10 m b) 3,4 x 10–8 m c) 1,8 x 10–6 m d) 2,1 x 10–12 m e) 3,1 x 10–14 m

Comentário: o comprimento de onda encontrado nessa questão é do tamanho de um átomo típico.


Com isso, é possível se medir esse comprimento de onda experimentalmente estudando a difração
de um feixe desses elétrons através do retículo cristalino de um cristal de níquel, onde o
espaçamento entre os átomos na rede tridimensional é de 2,1 x 10–10 m. Assim, fendas com essa
abertura desejada já se encontram na natureza prontas para serem usadas ! Davison e Germer
receberam prêmio Nobel em 1937 pelos seus trabalhos mostrando que o feixe de elétrons,
realmente, difrata pela rede cristalina, como ondas o fazem, confirmando a natureza ondulatória dos
elétrons.

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CALVIN´S RELATIVITY

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d) o mago mede um intervalo de tempo superior a t decorrido


entre o acender e o apagar da lâmpada, e avalia que a barra tem
um comprimento menor que L;
e) o mago mede um intervalo de tempo superior a t decorrido
entre o acender e o apagar da lâmpada, e avalia que a barra tem
Pensando em Casa um comprimento igual a L.
Pensando em Casa

Albert Einstein e Niels Bohr e


ganharam prêmio Nobel de Física Questão 3 – tempo próprio e comprimento próprio
respectivamente em 1921 e 1922 por Um aprendiz viaja num trem que se desloca em MRU e mede,
suas contribuições à ciência. usando o seu relógio, um intervalo de tempo t entre o acender e
o apagar de uma lâmpada instalada no teto do trem, e avalia o
Questão 1 comprimento de uma barra que está fixa ao piso do trem como
A Teoria da Relatividade de Einstein é composta de duas partes: A sendo L. Fora do trem, parado em relação à plataforma, existe um
Teoria da Relatividade Restrita (ou especial), publicada por mago que observa tudo.
Einstein em 1905, quando ele tinha 26 anos; e a Teoria da
Relatividade Geral, publicada 10 anos depois. A diferença V
fundamental entre essas teorias é que:
a) A Teoria da Relatividade Restrita aborda fenômenos que
ocorrem em relação a referenciais necessariamente não-
inerciais;
b) A Teoria da Relatividade Geral aborda fenômenos que ocorrem
em relação a referenciais necessariamente inerciais;
c) A teoria da Relatividade Restrita só é válida para velocidades
próximas da velocidade da luz;
d) A teoria da Relatividade Geral só é válida para velocidades
próximas da velocidade da luz;
e) A Teoria da Relatividade Restrita aborda fenômenos que
ocorrem em relação a referenciais necessariamente inerciais,
Considerando os efeitos relativísticos, pode-se afirmar que:
ao passo que a Teoria da Relatividade Geral trabalha com
referenciais não-inerciais. a) o mago mede um intervalo de tempo superior a t decorrido
entre o acender e o apagar da lâmpada, e avalia que a barra tem
um comprimento maior que L;
Questão 2 – tempo próprio e comprimento próprio b) o mago mede um intervalo de tempo inferior a t decorrido
Um aprendiz viaja num trem que se desloca em MRU e mede,
entre o acender e o apagar da lâmpada, e avalia que a barra tem
usando o seu relógio, um intervalo de tempo t entre o acender e o
apagar da lâmpada do poste da rua. Olhando pela janela, vê o um comprimento maior que L;
mago parado no solo ao lado de uma barra metálica, que o c) o mago mede um intervalo de tempo inferior a t decorrido
aprendiz avalia ter um comprimento L. entre o acender e o apagar da lâmpada, e avalia que a barra tem
Considerando os efeitos relativísticos, pode-se afirmar que: um comprimento menor que L;
a) o mago mede um intervalo de tempo superior a t decorrido
d) o mago mede um intervalo de tempo superior a t decorrido
entre o acender e o apagar da lâmpada, e avalia que a barra tem
um comprimento maior que L; entre o acender e o apagar da lâmpada, e avalia que a barra tem
b) o mago mede um intervalo de tempo inferior a t decorrido um comprimento menor que L;
entre o acender e o apagar da lâmpada, e avalia que a barra tem e) o mago mede um intervalo de tempo superior a t decorrido
um comprimento maior que L; entre o acender e o apagar da lâmpada, e avalia que a barra tem
c) o mago mede um intervalo de tempo inferior a t decorrido
um comprimento igual a L.
entre o acender e o apagar da lâmpada, e avalia que a barra tem
um comprimento menor que L;
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Questão 4 – tempo próprio e comprimento próprio Questão 7 – tempo próprio e comprimento próprio
Um aprendiz viaja no interior de um trem que se desloca em MRU A figura mostra Sara com sua vassourinha observando um trem
com velocidade v= 0,60.c em relação à terra e avalia em 1,20 m o passar a uma velocidade v constante. No interior do trem, Larissa
comprimento de uma barra metálica fixa ao piso do trem. segura os balões anti-stress que ganhou de dona Clara e observa
uma barra de ferro fixa ao piso do trem. Observando a luz piscante
V do poste, sara percebe a luz piscar com uma frequência de 10
L piscadas por segundo, ao passo que Larissa, do interior do trem,
percebe 6 piscadas por segundo.

Para o mago, parado na plataforma, bem próximo aos trilhos, a V

barra tem um comprimento:


a) 24 cm maior Se, observando a barra que se encontra no interior do trem, Sara
b) 24 cm menor mede seu comprimento como L = 24 cm, para essa mesma barra,
c) 36 cm maior Larissa medirá um comprimento:
d) 36 cm menor a) 16 cm maior b) 96 mm menor
e) 8 cm maior c) 12 cm maior d) 40 cm maior e) 18 cm maior.
Questão 5 – mésons a favor de Einstein Questão 8 – contração dos comprimentos
Partículas subatômicas chamadas mésons  têm vidas médias (UFRN) À luz da Teoria da Relatividade de Especial, as medidas de
de apenas  = 2,2 s e se desintegram após esse tempo, dando comprimento, massa e tempo não são absolutas quando realizadas
origem a outras partículas. Viajando a uma velocidade v = 0,998.c, por observadores em referenciais inerciais diferentes.. Como seriam
as medidas desse cubo se ele estivesse se movendo, com
mésons  originados nas altas camadas da atmosfera
velocidade relativística constante, conforme direção indicada na
(a 10.500 m de altitude) devem percorrer, durante seu tempo de figura abaixo?
vida média, apenas uma distância v.=660m antes de se
desintegrar. Assim, não há como percorrerem a distância de
10.500 m que os separa do solo antes de se desintegrarem. Direção do
Dessa forma, é de se esperar que mésons  nunca sejam movimento
Lo
detectados no solo terrestre. Curiosamente, os cientistas detectam
grandes quantidades de mésons nas proximidades do solo. A Lo
explicação desse fato só foi possível com a teoria da relatividade Lo
restrita de Einstein, que propõe que:
A resposta correta a essa pergunta é::
a) o tempo de vida média do méson é maior no referencial do
próprio méson; Lo
L < Lo
b) o referencial no solo mede o tempo próprio a) b)
Lo
c) o referencial no solo mede a distância dilatada L < Lo
Lo
d) o referencial do méson mede a distância comprimida.
e) o referencial do méson mede o tempo comprimido.
L < Lo
Questão 6 – O paradoxo dos gêmeos
Diogo e Lucas são dois irmãos gêmeos que têm 10 anos de idade
e são idênticos. Certo dia, Diogo partiu de casa numa nave c) d)
L < Lo
espacial com Albieri, se movendo a uma velocidade 0,60.c e fez Lo
L < Lo
uma viagem que durou 20 anos, ida e volta, medido no relógio da L < Lo L < Lo
nave. Assim, quando Diogo retorna a casa, entra na sala, senta ao Lo
lado de seu irmão no sofá e percebe que o irmão está:
a) 5 anos mais novo Questão 9 – Contração dos Comprimentos
b) 5 anos mais velho Seja Vo o volume de repouso de um cubo que se move à
c) 8 anos mais novo velocidade de v = 0,5.C numa direção paralela a uma de suas
d) 8 anos mais velho faces. A razão entre o volume do cubo em movimento e o volume
e) 6 anos mais velho do cubo em repouso vale:
a) 1 b) sen 30 c) cos 30 d) cos 45 e) cossec 30

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Questão 10 – Contração dos Comprimentos Velocidade


(UNIFOR 2008.1 – Medicina) Sobre a Teoria da Relatividade são
feitas as afirmações abaixo. c
1
I. Corpos em movimento sofrem contração na direção desse 2
movimento em relação ao tamanho que possuem quando
medidos em repouso.
II. Um relógio em movimento funciona mais lentamente que o
relógio em repouso, para um observador em repouso.
III. A velocidade de qualquer objeto em relação a qualquer tempo
referencial não pode ser maior que a velocidade da luz no Assim pensa a mecânica clássica. Entretanto, segundo Einstein, à
vácuo. medida que a velocidade v da pedra vai aumentando, sua massa
Está correto o que se afirma em (inércia) também vai aumentando, de acordo com a relação:
a) III, somente.
mo
b) I e II, somente. m = .
c) I e III, somente. 2
v
d) II e III, somente. 1−  
e) I, II e III. c
Isso significa que, se a pedra estiver submetida a uma força
Questão 11 – Medicina Christus 2009 constante, a sua aceleração não será constante, mas diminuirá à
Um quadro preso a uma parede, quando visto em repouso, tem medida que a sua velocidade aumentar, conforme mostra a curva 2
forma de um retângulo de base igual a 5/3 e altura igual a 1, ambas do gráfico acima. Segundo a mecânica relativística, se uma
medidas em metros. Sendo c a velocidade da luz no vácuo, um pessoa de massa 80 kg pudesse se mover a 60% da velocidade c
observador verá o quadro na forma de um quadrado se tiver, em da luz, apresentaria uma massa:
relação a ele, movendo-se a uma velocidade igual a: a) 80 kg b) 90 kg c) 100 kg d) 110 kg e) 120 kg
a) 0,6c, em qualquer direção.
b) 0,8c, em qualquer direção. Questão 14 - Princípio da bomba atômica E = m.c2
c) 0,6c, e, necessariamente, paralela à base do quadro. Suponha que um pãozinho de 80 g em repouso fosse
d) 0,8c, e, necessariamente, paralela à base do quadro. transformado em energia elétrica com base na equação de Einstein
e) 0,6c, e, necessariamente, perpendicular à base do quadro.
Eo = mo.C2 para acender uma lâmpada de 100W . Durante
quanto tempo essa lâmpada ficaria acesa?
Questão 12 – Contração dos Comprimentos
a) 7,2 . 1013 s
O ponteiro das horas de um relógio CARTIER, em repouso num b) 4,3 . 1011 s
referencial inercial S, faz um ângulo de 45º com a direção c) 3,2 . 109 s
horizontal. Considerando o efeito relativístico da Contração dos d) 2,7 . 107 s
Comprimentos, o prof Renato Brito pede para você determinar e) 8,7 . 1015 s
com que velocidade horizontal V esse relógio deve se mover,
nesse referencial, para que o ângulo formando entre os ponteiros Questão 15 - Princípio da bomba atômica E = m.c2
seja medido como sendo de 60. (Dado C = velocidade da luz no
A energia solar provém de uma reação nuclear denominada fusão
vácuo)
nuclear. Nessa reação, isótopos de hidrogênio se fundem
produzindo um núcleo de hélio. A massa do núcleo de hélio,
porém, é ligeiramente menor que a soma das massas dos núcleos
de hidrogênio, essa perda de massa corresponde à energia
irradiada pelo sol. Se a potência irradiada pelo sol é de 4,0 . 1026
W, qual a perda de massa do sol a cada segundo, com base na
equação de Einstein Eo = mo.C2 ?
a) 7,2 . 1013 kg
b) 4,3 . 1011 kg
c) 4,2 . 109 kg
d) 2,7 . 107 kg
e) 8,7 . 1015 kg

Questão 16 - Princípio da bomba atômica E = m.c2


relógio em repouso relógio em movimento Ainda sobre a questão anterior, se um ano dura aproximadamente
3,2 . 107 s e a massa do sol vale 2. 1030 kg , o sol ainda existirá
Questão 13 - A natureza impõe os seus limites durante:
Uma pedra em repouso apresenta uma massa mo chamada a) 14 mil anos
“massa de repouso”. Quando sujeita a uma força constante, a sua b) 14 milhões de anos
aceleração adquirida é constante, de acordo com Newton c) 14 bilhões de anos
(F = m.a), de tal forma que a sua velocidade crescerá d) 14 trilhões de anos
indefinidamente, como mostra o gráfico a seguir : e) 140.000 anos

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Questão 17 - Princípio da bomba atômica E = m.c2 Questão 21 – (Simulado Saúde 10) Inscreva-se !
(UFC 2002) Uma fábrica de produtos metalúrgicos do Distrito O elétron do átomo de hidrogênio encontra-se num estado excitado
Industrial de Fortaleza consome, por mês, cerca de de energia E2 quando finalmente retorna ao estado fundamental
2,0 x 106 kWh de energia elétrica (1 kWh = 3,6 x 106 J). Suponha de energia E1 , liberando um fóton durante o salto quântico. Sendo
que essa fábrica possui uma usina capaz de converter diretamente c a velocidade da luz no vácuo, h a constante de Planck e m a
massa em energia elétrica, de acordo com a relação de Einstein, massa do átomo de hidrogênio, o prof. Renato Brito pede que você
E = moc2. Nesse caso, a massa necessária para suprir a energia determine a velocidade de recuo do átomo de hidrogênio, durante
requerida pela fábrica, durante um mês, é, em gramas: a emissão do referido fóton.
a) 0,08 (E − E ) (E − E ) m.h m.h.c
b) 0,8 a) 2 1 b) 2 1 c) d)
2 −
c) 8 2m.c m.c (E 2 E1 ) (E 2 − E1 )
d) 80 Questão 22 – (Simulado Saúde 10)
e) 800 Seja um feixe constituído por prótons, nêutrons e elétrons se
Questão 18 – Energia relativística movendo com grande velocidade através do vácuo. Considerando
Um elétron elétron foi acelerado por um campo elétrico até atingir a os seus conhecimentos sobre Ondas, bem como sobre o Principio
velocidade v = 0,8.c . Se a energia em repouso do elétron vale 0,5 da Dualidade Onda-Matéria de De Broglie, assinale a alternativa
Mev, então a sua energia relativística e a sua energia cinética, ao correta:
atingir aquela velocidade, valem, respectivamente: a) Se essas partículas estiverem se movendo com energias
a) 0,833 Mev , 0,333 Mev cinéticas (não relativísticas) iguais, o próton terá o maior
b) 0,333 Mev , 0,833 Mev comprimento de onda l de De Broglie;
c) 0,633 Mev , 0,133 Mev b) Se essas partículas estiverem se movendo com quantidades de
d) 0,733 Mev , 0,233 Mev movimentos (não relativísticas) iguais, os comprimentos de
e) 0,633 Mev , 0,533 Mev onda l de De Broglie das ondas associadas a cada uma delas
serão iguais.
Questão 19 – Energia Relativística
c) Quanto maior a velocidade de uma mesma onda, menor é o seu
(Aulão de Véspera – Simétrico – Marina Park ) Um elétron de
comprimento de onda l;
energia de repouso Eo = Mo.C2 é submetido a um intenso campo
elétrico, sendo acelerado do repouso até que sua energia cinética d) Quanto maior é a velocidade de uma partícula, maior é o
relativística se iguale à sua energia de repouso. Nessas comprimento de onda l de De Broglie da onda associada a ela;
condições, a velocidade V atingida pelo elétron, em função da e) Fótons de luz vermelha, no vácuo, apresentam comprimento de
velocidade C da luz no vácuo, vale: onda l menor que fótons de luz violeta naquele mesmo meio.
a) C. sen30
b) C.cos30 Questão 23 – Princípio de De Broglie
c) C. tg30
Quadruplicando-se a energia cinética de um elétron não-
d) C. sen 45
relativístico, o comprimento de onda original de sua função de onda
e) C/4
"É possível que certos fenômenos fica multiplicado por:
físicos nos escapem totalmente, 1 1 1
a) b) c) d) 2 e) 2
talvez pela falta de meios 2 2 4
apropriados de detecção.
Todavia, se forem descobertos, Questão 24A – Princípio de De Broglie
poderão fundar novos ramos da Se as partículas listadas abaixo têm todas o mesmo comprimento
física, que parecerão tão de onda, qual delas tem a maior energia cinética (Não-
estranhos, como por exemplo a Relativística)?
física nuclear para um cientista do a) elétron b) partícula  c) nêutron d) próton
século passado. Pode-se afirmar,
sem muito erro, que em física,
como em todas as outras Questão 24B – Princípio de De Broglie
ciências, o que conhecemos é Se todas as partículas listadas abaixo têm velocidades iguais, qual
pouco, comparado ao que delas terá o menor comprimento de onda de De Broglie ?
ignoramos." a) elétron b) partícula  c) nêutron d) próton
De Broglie (1892/1987)
Questão 20 – Princípio de De Broglie Questão 25 – Princípio de De Broglie
A quantidade de movimento do fóton, no vácuo, é tanto maior Qual o comprimento de onda associado a uma vaca de massa
400 kg correndo no pasto a 3,6 km/h ?
quanto:
a) 1,6 . 10–36 m
a) menor a sua massa;
b) 2,6 . 10–34 m
b) menor a sua aceleração
c) 3,2 . 10–32 m
c) maior a sua frequência
d) 4,1 . 10–30 m
d) maior o seu comprimento de onda
e) 4,7 . 10–28 m
e) menor a sua energia

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Questão 26 – Princípio de De Broglie Questão 28


A nave Enterprise viaja de Netuno a Plutão a uma velocidade
(UFC 2008.2) A radiação eletromagnética se propaga no vácuo e,
constante v = 0,5c, onde c é a velocidade da luz no vácuo.
às vezes, se comporta como partícula e, às vezes, como onda, o No referencial da espaçonave, o tempo transcorrido entre a partida
que é chamado dualidade onda-partícula. A respeito da radiação de Netuno e a chegada à Plutão 2h30min. Qual o
eletromagnética e da dualidade onda-partícula, assinale a tempo transcorrido medido no referencial de Netuno?
alternativa correta.
a) O elétron também apresenta a dualidade onda-partícula.
b) Esse fenômeno é característico das dimensões astronômicas.
c) A dualidade onda-partícula é característica de partículas sem
massa.
d) A radiação eletromagnética se propaga no vácuo porque é uma
onda longitudinal.
e) A radiação eletromagnética se propaga em qualquer meio com
a velocidade da luz.

Questão 27 – Conceitos em Física Quântica a) 2h35 min


Analise as afirmativas abaixo e assinale verdadeiro V ou falso F, de b) 2h53 min
c) 1h45min
acordo com seus conhecimentos de Física Moderna:
d) 1h30min
a) Um fóton é uma partícula; e) 45min
b) Um fóton é uma onda;
c) Um fóton possui quantidade de movimento Q; Questão 29
d) A quantidade de movimento de um fóton é diretamente A nave Enterprise de comprimento 800m de comprimento está
viajando com velocidade de 80% da velocidade da luz quando
proporcional à frequência F da onda eletromagnética
passa sobre uma pista de pouso do planeta Vulcano. Qual será o
associada a ele. comprimento da nave, quando medido pelos vulcanos que se
e) A quantidade de movimento de um fóton é diretamente encontram na pista de pouso ?
proporcional à sua Energia relativística E. a) 760 m
f) A quantidade de movimento de um fóton é inversamente b) 700 m
c) 680 m
proporcional ao comprimento de onda l da onda d) 480 m
eletromagnética associada a ele. e) 400 m
g) O processo nuclear que ocorre no interior do sol e demais
estrelas que libera grandes quantidades de energia chama-se
Questão 30
Fusão Nuclear;
Uma circunferência possui diâmetro 10 m medidos no referencial
h) O processo Nuclear atualmente usado nas usinas nucleares
em repouso. Se essa circunferência passa a se mover na direção
para produzir eletricidade a partir da energia contida no interior horizontal com velocidade 0,6.C, assumirá o formato de:
dos núcleos chama-se Fissão Nuclear; a) uma elipse de semi-eixo maior 10m na vertical e semi-eixo
i) A Fissão Nuclear é ecologicamente inviável, pois os menor 8 m horizontal;
subprodutos da fissão de núcleos pesados, como Urânio, são b) uma elipse de semi-eixo maior 5m na horizontal e semi-eixo
resíduos radioativos prejudiciais à vida que precisam ser menor 4 m vertical;
acondicionados em recipientes específicos, com risco de c) uma elipse de semi-eixo maior 5m na horizontal e semi-eixo
vazamento e danos ecológicos; menor 3 m vertical;
j) A Fusão Nuclear trata-se de um processo ecologicamente mais d) uma elipse de semi-eixo maior 5m na vertical e semi-eixo menor
4 m horizontal;
viável que a Fissão, por não produzir resíduos radioativos.
e) uma elipse de semi-eixo maior 5m na vertical e semi-eixo menor
Entretanto, a gigantesca energia de ativação necessária para se
3 m horizontal;
obter a fusão de núcleos em escala laboratorial é a grande
dificuldade dos físicos para usar esse processo nas usinas
nucleares. No sol, a energia de ativação necessária para fundir
os núcleos de deutério e trítio para formar Hélio está disponível
facilmente, considerando a temperatura solar, da ordem de
6500K.

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☺ CHARGES PARA DESCONTRAIR ☺

O Paradoxo dos Gêmeos - Albert Einstein e seu universo inflável – Cia. das Letras – Série Mortos de Fama – pág. 110
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GABARITO - PENSANDO EM CASA


1) E
2) B
3) D
4) B
5) D
6) B
7) A
8) A
9) C
10) E
11) D
2 6
12) c =c
3 3
13) C
14) 2
15) C
16) D
17) A
18) A
19) B
Eo
Comentário: A Energia total ou relativística é dada por: E = Eo + Ecin =
2
v
1−  
c
Porém, segundo o enunciado, a velocidade v da partícula já está lhe proporcionando uma energia cinética (Ecin) de valor igual à
sua energia de repouso (Eo), ou seja, Ecin = Eo. Substituindo na expressão acima, vem:
2
Eo Eo v 1 3
E = Eo + Eo =  2Eo =  1−   =  v=c
2 2 c
  2 2
v v
1−   1−  
c c

20) C
21) B
Comentário:
Durante o salto quântico desse elétron, é liberado um fóton com energia Efóton = E2 − E1.
E (E − E )
A quantidade de movimento de um fóton pode ser calculada por: Qfóton = fóton = 2 1
c c
Por simplicidade, considere que o átomo de hidrogênio encontre-se inicialmente em repouso, antes da emissão do fóton. Pela
conservação da quantidade de movimento, durante a emissão do fóton, (lembra do casal de patinadores ? ☺ ) adotando um
eixo horizontal para a direita (sentido positivo), temos:

Qfóton QH

Qantes = Qantes  0 + 0 = −Q foton + QH


(E2 − E1 ) (E2 − E1)
Q foton = Q H  = m.v  v=
c m.c
22) B
Comentário: O comprimento de onda de De Broglie, associado a uma partícula de massa mP e velocidade vP, é dado por:
l l
l= =
Qparticula mP .vP

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A expressão acima mostra que, quanto maior é a velocidade vP de uma partícula, menor será o comprimento de onda de De
Broglie associado a essa partícula (alternativa D falsa).
Assim, se duas partículas têm quantidades de movimento iguais (Qparticula), elas terão comprimentos de onda de De Broglie iguais
(alternativa B correta).
Se uma partícula tem energia cinética K, podemos escrever:
m.v 2 2K
K=  v=
2 m
Assim, seu comprimento de onda de De Broglie será:

l l l l
l= = =  l=
Qparticula m.v 2K 2.m.K
m.
m
Do exposto acima, vemos que, se varias partículas tem energias cinéticas K iguais, terá maior comprimento de onda l aquela
partícula que tiver menor massa m. Assim, nesse caso, será o elétron. (alternativa A falsa)
Uma onda é caracterizada pela sua frequência F. Após deixar a fonte, a onda tem a sua frequência inalterada, independente deu
qual fenômeno físico venha a lh e ocorrer (reflexão, refração difração etc), a sua frequência não mudara jamais, após ela ter
deixado a fonte e iniciar a sua propagação. Agora, se a onda se propagar para diferentes meios físicos, ela terá uma velocidade
diferente em cada meio, o que levará mudança do seu comprimento de onda l. Sendo l = V / F (com F constante), quanto
maior a velocidade de uma mesma onda, maior é o seu comprimento de onda (alternativa c falsa).
Fótons vermelhos e violeta, no vácuo, se movem com a mesma velocidade no vácuo v = c. Sendo a frequência do violeta maior
que a frequência do vermelho, o violeta terá menor comprimento de onda que o vermelho (alternativa E falsa).
Atenção, não confunda velocidade de uma onda Vo (Vo = l.F) com a velocidade de uma partícula vP. Normalmente, a velocidade
de uma partícula não coincide com a velocidade da onda associada a ela (Vp  Vo = l.F), exceto as partículas que se movem
com a velocidade da luz (fótons, grávitons) para as quais vale a relação c = Vp  Vo = l.F, onde a constante c vale c = 3 x 108
m/s.
As ondas associadas aos fótons são as famosas ondas eletromagnéticas, assim como as ondas associadas aos grávitons
(partículas teóricas que transmitem a gravidade pelo espaço) são as ondas gravitacionais, ainda objeto de intenso estudo ainda
pelos físicos.
23) B
24) 24A) A 24B) B
25) A
26) A
27)
a) V
b) F, o fóton é uma partícula. A onda associada a ele chama-se onda eletromagnética;
c) sim, fótons possuem Q pois participam de processos na escala atômica que envolvem conservação de quantidade de
movimento na escala atômica.
d) V, Q fóton = E / C
e) V, Q fóton = h.F / C
f) V, Q fóton = h / l
g) V
h) V
i) V
j) V
28) B
29) D
30) D

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MISCELÂNEA - 35 QUESTÕES PARA FIXAÇÃO propagando-se à velocidade da luz, podemos verificar


a) a dilatação do tempo e a dilatação do comprimento.
Questão 1 – Fuvest 2021 b) a contração do tempo e a dilatação do comprimento.
A energia irradiada pelo Sol provém da conversão de massa em c) a dilatação do tempo e a contração do comprimento.
energia durante reações de fusão de núcleos de hidrogênio para d) a dilatação do tempo sem contração do comprimento.
produzir núcleos de hélio. Atualmente, essas reações permitem ao e) a contração do tempo sem contração do comprimento.
Sol emitir radiação luminosa a uma potência de aproximadamente Questão 4 – (FGV 2020)
4  1026 W. Supondo que essa potência tenha sido mantida desde De acordo com a teoria da relatividade de Einstein, a conversão de
massa em energia é regida pela expressão E = m  c 2 , sendo c a
o nascimento do Sol, cerca de 5  109 anos atrás, a massa
correspondente àquela perdida pelo Sol até hoje é mais próxima de velocidade da luz no vácuo, que é igual a 3  108 m s. No interior
Note e adote: Velocidade da luz no vácuo: 3  108 m s. do Sol, ocorrem fusões nas quais quatro átomos de hidrogênio se
unem para formar um átomo de hélio. A massa dos quatro átomos
Considere que um ano tem cerca de 3  107 s. de hidrogênio é ligeiramente maior que a de um átomo de hélio, e
a) 107 kg. b) 1017 kg. c) 1027 kg. d) 1037 kg. e) 1047 kg. essa diferença, que é de aproximadamente 5,0  10−29 kg, é
Questão 2 – (Ufrgs 2020) convertida em energia. Sabe-se que a energia produzida no interior
Em maio de 2019, comemorou-se o centenário do eclipse solar total do Sol, a cada segundo, é cerca de 3,6  1028 J. Portanto, a
observado desde a cidade de Sobral, no Ceará, por diversos quantidade de prótons que se fundem no interior do Sol, a cada
cientistas de todo o mundo. segundo, é
No momento em que a Lua encobriu o Sol, câmeras acopladas a
a) 1,6  1020. b) 4,8  1032. c) 3,2  1040.
telescópios registraram, em chapas fotográficas, posições de
estrelas que apareciam próximas ao Sol, destacando-se as duas d) 7,2  1056. e) 2,2  1065.
mais próximas, uma de cada lado, conforme figura 1 abaixo.
Questão 5 – (Upf 2019)
A teoria da relatividade restrita (TRR), também conhecida como
teoria de relatividade especial, foi proposta por Albert Einstein em
1905. Sobre essa teoria, é correto afirmar:
Alguns meses após o eclipse, novas fotografias foram tiradas da a) A TRR afirma que as leis da Física são idênticas em relação a
mesma região do céu. Nelas as duas estrelas estavam mais qualquer sistema referencial inercial.
próximas uma da outra, conforme figura 2 abaixo. b) A TRR afirma que a velocidade da luz no vácuo é a mesma,
independentemente do tipo de sistema de referência em que ela
é medida.
c) A TRR é válida em todos tipos de sistemas de referência.
d) Para a TRR, não é possível a contração do espaço.
A comparação entre as duas imagens mostrou que a presença do
Sol havia desviado a trajetória da luz proveniente das estrelas, e) Na TRR, não é possível a dilatação do tempo.
conforme esquematizado na figura 3 abaixo.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Pensem nas crianças


Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Os desvios observados, durante o eclipse, serviram para comprovar Da rosa da rosa
uma previsão Da rosa de Hiroshima
a) das Leis de Kepler. A rosa hereditária
b) da Lei da Gravitação Universal. A rosa radioativa
c) da Mecânica Newtoniana. Estúpida e inválida
d) da Relatividade de Einstein. A rosa com cirrose
e) da Mecânica Quântica. A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Questão 3 – (Fatec 2020) Sem rosa sem nada
A Rosa de Hiroshima.
Na Teoria da Relatividade Restrita de Einstein, dois conceitos Compositores: Vinícius de Moraes, Gerson Conrad, 1973.
estudados referem-se ao fato de que, ao considerar um objeto

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Questão 6 – (Uel 2019) Questão 10 – (Fgv 2017)


No texto, estão expressos os horrores causados na população de A nave “New Horizons”, cuja foto é apresentada a seguir, partiu do
Hiroshima pela explosão da bomba nuclear. Em relação ao Cabo Canaveral em janeiro de 2006 e chegou bem perto de Plutão
princípio físico de seu funcionamento, assinale a alternativa correta. em julho de 2015. Foram mais de 9 anos no espaço, voando a
a) A bomba de fissão nuclear, conhecida como bomba H, libera 21km s. É uma velocidade muito alta para nossos padrões aqui
energia quando ocorre o processo de fragmentação de núcleos
na Terra, mas muito baixa se comparada aos 300.000 km s da
de U238 . velocidade da luz no vácuo.
b) A bomba de fissão nuclear, conhecida como bomba A, libera
energia quando ocorre o processo de fragmentação de núcleos
de U235 .
c) A bomba de fissão nuclear, conhecida como bomba H, absorve
energia quando ocorre o processo de fragmentação de núcleos
de U238 .
d) A bomba de fusão nuclear, conhecida como bomba A, libera
energia quando ocorre o processo de fragmentação de núcleos Considere uma nave que possa voar a uma velocidade igual a
238 80% da velocidade da luz e cuja viagem dure 9 anos para nós,
de U .
observadores localizados na Terra. Para um astronauta no interior
e) A bomba de fusão nuclear, conhecida como bomba H, absorve
dessa nave, tal viagem duraria cerca de quantos anos ?
energia quando ocorre o processo de fragmentação de núcleos
de U235 . a) 4,1 b) 5,4 c) 6,5 . d) 15 e) 20,5
Questão 7 – (Fgv 2018)
Questão 11 – (Upf 2017)
Os avanços tecnológicos que a ciência experimentou nos últimos
tempos nos permitem pensar que, dentro em breve, seres humanos Em relação à teoria da relatividade restrita, formulada por Einstein,
viajarão pelo espaço sideral a velocidades significativas, se é correto afirmar:
comparadas com a velocidade da luz no vácuo. a) Estuda os fenômenos relativos a referenciais inerciais.
Imagine um astronauta terráqueo que, do interior de uma nave que b) As leis da Física são diferentes quando mudamos de um
referencial inercial para outro.
se desloca a uma velocidade igual a 60% da velocidade da luz,
c) Em um sistema de referência inercial, a velocidade da luz,
avista um planeta. Ao passar pelo planeta, ele consegue medir seu
medida no vácuo, depende da velocidade com a qual se move o
diâmetro, encontrando o valor 4,8  106 m. Se a nave parasse observador.
naquelas proximidades e o diâmetro do planeta fosse medido d) O tempo é uma grandeza absoluta.
novamente, o valor encontrado, em 106 m, seria de e) Os referenciais inerciais são referenciais que se movem, uns em
relação aos outros, com velocidade variável.
a) 2,7. b) 3,6. c) 6,0. d) 7,5. e) 11,0.
Questão 8 – (Ufrgs 2018) Questão 12 – (Ufjf-pism 3 2017)
Dilatação temporal e contração espacial são conceitos que A velocidade é uma grandeza relativa, ou seja, a sua determinação
decorrem da depende do referencial a partir do qual está sendo medida. A
a) Teoria Especial da Relatividade. Teoria da Relatividade Especial, elaborada em 1905, pelo físico
b) Termodinâmica. c) Mecânica Newtoniana. alemão Albert Einstein, afirma que o comprimento e a massa de um
d) Teoria Atômica de Bohr. e) Mecânica Quântica. objeto são grandezas que também dependem da velocidade e,
consequentemente, são relativas.
Questão 9 – (Udesc 2017) Sobre a Teoria da Relatividade Especial, julgue os itens abaixo e
Os pesquisadores do projeto LIGO (Laser Interferometer marque a alternativa CORRETA.
Gravitacional-Wave Observatory) anunciaram, no início deste ano,
I. A massa de um objeto é independente da velocidade do mesmo,
a primeira detecção das ondas gravitacionais.
medida por qualquer referencial inercial.
Analise as proposições em relação à informação.
II. A velocidade da luz é um limite superior para a velocidade de
I. Estas ondas se propagam com a mesma velocidade da luz.
qualquer objeto.
II. Estas ondas se propagam com velocidade superior à velocidade
III. Intervalos de tempo e de espaço são grandezas absolutas e
da luz.
independentes dos referenciais.
III. Estas ondas foram previstas por Albert Einstein em sua Teoria
IV. As leis da Física são as mesmas em todos os sistemas de
da Relatividade Geral.
referência inercial.
IV. Estas ondas foram previstas por Albert Einstein em sua Teoria
V. Massa e energia são quantidades que não possuem nenhuma
do Efeito Fotoelétrico.
relação
Assinale a alternativa correta. a) somente II e III estão corretas.
a) Somente a afirmativa III é verdadeira. b) somente I e II estão corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras. c) somente I e V estão corretas.
c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. d) somente I e III estão corretas.
d) Somente a afirmativa IV é verdadeira. e) somente II e IV estão corretas.
e) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Questão 15 – (Udesc 2016)


Leia o texto a seguir e responda à(s) questão(ões). No contexto histórico da virada do século XIX para o século XX,
Lord Kelvin proferiu uma palestra e afirmou que não havia mais
O tempo nada mais é que a forma da nossa intuição interna. Se a muitos pontos obscuros para serem resolvidos pela Física.
condição particular da nossa sensibilidade lhe for suprimida, Destacou que existiam apenas dois problemas: o primeiro referente
desaparece também o conceito de tempo, que não adere aos a não detecção do vento de éter (resultado nulo do experimento de
próprios objetos, mas apenas ao sujeito que os intui. Michelson-Morley), e o segundo, relacionado à partição de energia
KANT, I. Crítica da razão pura. Trad. Valério Rohden e Udo Baldur Moosburguer. (emissão e absorção da radiação de corpo negro).
São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 47. Coleção Os Pensadores. Em relação ao avanço na construção de conhecimento em Física,
decorrente dos dois problemas apontados por Lord Kelvin, assinale
Questão 13 – (Uel 2017) a alternativa correta.
A questão do tempo sempre foi abordada por filósofos, como Kant. a) Os pontos obscuros apontados por Lord Kelvin não se
Na física, os resultados obtidos por Einstein sobre a ideia da configuraram em problemas científicos, e foram ignorados pela
“dilatação do tempo” explicam situações cotidianas, como, por Ciência.
exemplo, o uso de GPS.
b) Os problemas sinalizados por Lord Kelvin foram solucionados
Com base nos conhecimentos sobre a Teoria da Relatividade de
Einstein, assinale a alternativa correta. pela mecânica newtoniana, sendo necessário apenas um
a) O intervalo de tempo medido em um referencial em que se refinamento experimental.
empregam dois cronômetros e dois observadores é menor do c) A Ciência, em particular a Física, não avançou mediante a
que o intervalo de tempo próprio no referencial em que a medida resolução de problemas e aos pontos obscuros apontados por
é feita por um único observador com um único cronômetro. Lord Kelvin, que retratavam apenas dúvidas pessoais dele
b) Considerando uma nave que se movimenta próximo à velocidade próprio.
da luz, o tripulante verifica que, chegando ao seu destino, o seu
relógio está adiantado em relação ao relógio da estação espacial d) Max Planck foi o único a solucionar os dois problemas apontados
da qual ele partiu. por Lord Kelvin e, por isso, Planck é considerado por muitos o
c) As leis da Física são diferentes para dois observadores “Pai da Mecânica Quântica”.
posicionados em sistemas de referência inerciais, que se e) Os pontos obscuros destacados por Lord Kelvin foram
deslocam com velocidade média constante. determinantes na condução de mudanças radicais na Física,
d) A dilatação do tempo é uma consequência direta do princípio da culminando na construção das teorias quânticas e relativísticas.
constância da velocidade da luz e da cinemática elementar.
e) A velocidade da luz no vácuo tem valores diferentes para Questão 16 – (Ufjf-pism 3 2016)
observadores em referenciais privilegiados. Em um reator nuclear, átomos radioativos são quebrados pelo
processo de fissão nuclear, liberando energia e átomos de menor
Questão 14 – (Upe-SSA 3 2017)
massa atômica. Esta energia é convertida em energia elétrica com
A sonda caçadora de exoplanetas Kepler encontrou aquele que
um aproveitamento de aproximadamente 30%. A teoria da
talvez seja o corpo celeste mais parecido com a Terra. A Nasa
anunciou, nesta quinta-feira (23), a descoberta de Kepler-452b, um relatividade de Einstein torna possível calcular a quantidade de
exoplaneta encontrado dentro de uma zona habitável de seu energia liberada no processo de fissão nuclear. Nessa teoria, a
sistema solar, ou seja, uma região onde é possível que exista água energia de uma partícula é calculada pela expressão E = mc2 ,
no estado líquido. A semelhança com nosso planeta é tão grande
que os pesquisadores chamaram o Kepler-452b de Terra 2.0. O onde m = m0 1 + (v c)2 . Em uma residência comum, se
Kepler-452b é cerca de 60% maior que a Terra e precisa de 385 consome, em média, 200 kWatt − hora por mês. Neste caso,
dias para completar uma órbita ao redor de sua estrela, a Kepler CALCULE qual deveria ser a massa, em quilogramas, necessária
452. E essa estrela hospedeira é muito parecida com nosso Sol: para se manter essa residência por um ano, considerando que a
tem quase o mesmo tamanho, temperatura e emite apenas 20% transformação de massa em energia ocorra no repouso.
mais luz. Localizado na constelação Cygnus, o sistema solar da
Dado: c = 3 108 m/s.
Terra 2.0 está a 1.400 anos-luz distante do nosso.
Supondo-se que, a fim de investigar mais de perto o Kepler-452b, a) 3,6  10−8 kg b) 6,3  10−5 kg c) 3,2  10−7 kg
uma sonda tenha sido enviada da Terra por uma equipe da Nasa, d) 9,6  10−8 kg e) 5,3  10−5 kg
12
com uma velocidade igual a (3) c 2. Quando o relógio instalado Questão 17 – (Ueg 2016)
na sonda marcar 28 anos de viagem, quanto tempo terá se Recentemente, os noticiários divulgaram a descoberta de ondas
passado para a equipe na Terra ? gravitacionais, previstas teoricamente por Albert Einstein. Essa
a) 7 anos descoberta reforça a teoria
a) da radiação de corpo negro.
b) 14 anos
b) do efeito fotoelétrico.
c) 21 anos c) do efeito Compton.
d) da relatividade.
d) 42 anos
e) das cordas.
e) 56 anos

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Questão 18 – (Fuvest 2016) Questão 23 – (Ufjf-pism 3 2015)


O elétron e sua antipartícula, o pósitron, possuem massas iguais e Na Teoria da Relatividade de Einstein, a energia de uma partícula é
cargas opostas. Em uma reação em que o elétron e o pósitron, em
calculada pela expressão E = mc2 , onde m = me 1 − (v c)2 .
repouso, se aniquilam, dois fótons de mesma energia são emitidos
em sentidos opostos. Em um microscópio eletrônico de varredura, elétrons são emitidos
A energia de cada fóton produzido é, em MeV, aproximadamente, com energia de 8,0  105 eV para colidir com uma amostra de
a) 0,3 b) 0,5 c) 0,8 d) 1,6 e) 3,2 carbono que se encontra parada. Calcule o valor da velocidade dos
Note e adote: elétrons emitidos.
Relação de Einstein entre energia (E) e massa (m) : E = mc 2 a) 2,31 108 m s b) 4,73  108 m s c) 1,11 106 m s
Massa do elétron = 9  10−31 kg d) 2,31 104 m s e) 1,11 104 m s
Velocidade da luz c = 3,0  108 m / s Questão 24 – (Udesc 2015)
−19 6 De acordo com o paradoxo dos gêmeos, talvez o mais famoso
1eV = 1,6  10 J , 1MeV = 10 eV
paradoxo da relatividade restrita, pode-se supor a seguinte
No processo de aniquilação, toda a massa das partículas é situação: um amigo da sua idade viaja a uma velocidade de
transformada em energia dos fótons. 0,999 c para um planeta de uma estrela situado a 20 anos-luz de
Questão 19 – (Fgv 2016) distância. Ele passa 5 anos neste planeta e retorna para casa a
Não está longe a época em que aviões poderão voar a velocidades 0,999 c. Considerando que  = 22,4, assinale a alternativa que
da ordem de grandeza da velocidade da luz (c) no vácuo. Se um representa corretamente quanto tempo seu amigo passou fora de
desses aviões, voando a uma velocidade de 0,6  c, passar rente à casa do seu ponto de vista e do ponto de vista dele,
pista de um aeroporto de 2,5 km, percorrendo- a em sua extensão, respectivamente.
para o piloto desse avião a pista terá uma extensão, em km, de a) 20,00 anos e 1,12 anos b) 45,04 anos e 1,79 anos
a) 1,6. b) 2,0. c) 2,3. d) 2,8. e) 3,2. c) 25,00 anos e 5,00 anos d) 45,04 anos e 6,79 anos
e) 40,04 anos e 5,00 anos
Questão 20 – (Unisinos 2016)
Questão 25 – (Udesc 2015)
A origem da energia solar, no Sol, ocorre a partir
A proposição e a consolidação da Teoria da Relatividade e da
a) da combustão de substâncias que contêm carbono.
b) da fissão nuclear do hidrogênio. Mecânica Quântica, componentes teóricos do que se caracteriza
c) da fissão nuclear do urânio. atualmente como Física Moderna, romperam com vários
d) da fusão nuclear do hidrogênio. paradigmas da Física Clássica. Baseando-se especificamente em
e) da fusão nuclear do urânio. uma das teorias da Física Moderna, a Relatividade Restrita, analise
as proposições.
Questão 21 – (Upf 20215)
I. A massa de um corpo varia com a velocidade e tenderá ao infinito
Analise as afirmações sobre tópicos de Física Moderna.
quando a sua velocidade se aproximar da velocidade da luz no
I. Um dos postulados da teoria da relatividade especial é o de que vácuo.
as leis da Física são idênticas em relação a qualquer referencial
II. A Teoria da Relatividade Restrita é complexa e abrangente, pois,
inercial. descreve tanto movimentos retilíneos e uniformes quanto
II. Um segundo postulado da teoria da relatividade especial é o de movimentos acelerados.
que a velocidade da luz no vácuo é uma constante universal que
III. A Teoria da Relatividade Restrita superou a visão clássica da
não depende do movimento da fonte de luz.
ocupação espacial dos corpos, ao provar que dois corpos, com
III. Denomina-se de efeito fotoelétrico a emissão de fótons por um massa pequena e velocidade igual à velocidade da luz no vácuo,
material metálico quando exposto a radiação eletromagnética. podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo.
IV. A Física Moderna destaca que em algumas situações a luz se Assinale a alternativa correta.
comporta como onda e em outras situações como partícula. a) Somente a afirmativa I é verdadeira.
b) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
Está correto apenas o que se afirma em: c) Somente a afirmativa II é verdadeira.
a) I e II. b) II e III. c) I, II e III. d) II e IV. e) I, II e IV. d) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
e) Todas afirmativas são verdadeiras.
Questão 22 – (Unisc 2015) Questão 26 – (Cefet MG 2015)
Em uma explosão de uma mina de carvão foram utilizadas 1.000 Um observador A está em uma espaçonave que passa perto da
toneladas de explosivo trinitrotolueno (TNT), o que equivale a Terra afastando-se da mesma com uma velocidade relativa de
0,995 c. A espaçonave segue viagem até que o observador A
1,0  1012 calorias. Qual foi, aproximadamente, a quantidade de
massa convertida em energia equivalente a essa explosão? constata que a mesma já dura 2,50 anos. Nesse instante, a
espaçonave inverte o sentido da sua trajetória e inicia o retorno à
(1caloria = 4,18J e c = 3,0  108 m / s)
Terra, que dura igualmente 2,50 anos, de acordo com o relógio de
a) 4,6  10−5 kg b) 4,6  10−8 kg c) 1,1 10−5 kg bordo. Um observador B, na superfície da Terra, envelhece,
d) 1,1 10−8 kg e) 1,1 10−13 kg aproximadamente, entre a partida e o retorno da espaçonave,
a) 50 anos. b) 25 anos. c) 5,0 anos. d) 2,5 anos. e) 0,50 ano.
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Questão 27 – (Ufg 2014) Questão 31 – (Ufrgs 2011)


A teoria da relatividade elaborada por Albert Einstein (1879-1950), De acordo com a Teoria da Relatividade quando objetos se movem
no início do século XX, abalou profundamente os alicerces da através do espaço-tempo com velocidades da ordem da velocidade
da luz, as medidas de espaço e tempo sofrem alterações.
Física clássica, que já estava bem estabelecida e testada. Por A expressão da contração espacial é dada por
questionar os conceitos canônicos da ciência e do senso comum 1
até então, ela tornou-se uma das teorias científicas mais populares
de todos os tempos. ( )
L = Lo 1 − v 2 / c 2 2 , onde v é a velocidade relativa entre o objeto
observado e o observador, c é a velocidade de propagação da luz
Que situação física, prevista pela relatividade restrita de Einstein, no vácuo, L é o comprimento medido para o objeto em movimento,
também está em conformidade com a Física clássica? e L0 é o comprimento medido para o objeto em repouso.
a) A invariância do tempo em referenciais inerciais. A distância Sol-Terra para um observador fixo na Terra é
b) A contração do espaço.
c) A invariância da velocidade da luz. L0 = −l,5  l011 m. Para um nêutron com velocidade v = 0,6 c ,
d) A diferença entre massa inercial e gravitacional. essa distância é de
e) A conservação da quantidade de movimento. a) 1,2  1010 m. b) 7,5  1010 m. c) 1,0  1011 m.
d) 1,2  1011 m. e) 1,5  1011 m.
Questão 28 – (Ufrgs 2014)
Os múons cósmicos são partículas de altas energias, criadas na Questão 32 – (Ueg 2010)
alta atmosfera terrestre. A velocidade de alguns desses múons (v) Qual das afirmações a seguir é correta para a teoria da relatividade
de Einstein?
é próxima da velocidade da luz (c), tal que v2 = 0,998c 2 , e seu
a) No vácuo, a velocidade da luz depende do movimento da fonte
tempo de vida em um referencial em repouso é aproximadamente de luz e tem igual valor em todas as direções.
t 0 = 2  10−6 s. Pelas leis da mecânica clássica, com esse tempo b) Elétrons são expulsos de uma superfície quando ocorre a
de vida tão curto, nenhum múon poderia chegar ao solo, no entanto incidência de uma radiação eletromagnética (luz).
eles são detectados na Terra. Pelos postulados da relatividade c) Em determinados fenômenos, a luz apresenta natureza de
restrita, o tempo de vida do múon em um referencial terrestre (t) e partícula e, em outros, natureza ondulatória.
o tempo t 0 são relacionados pelo fator relativístico d) Na natureza, não podem ocorrer interações de velocidades
1 superiores à velocidade da luz c.
= . Questão 33 – (Ueg 2010)
v2
1− 2 Observe a seguinte sequência de figuras:
c
Para um observador terrestre a distância que o múon pode
percorrer antes de se desintegrar é, aproximadamente,
a) 6,0  102 m. b) 6,0  103 m. c) 13,5  103 m.
d) 17,5  103 m. e) 27,0  103 m.

Questão 29 – (Ufg 2013) Na sequência indicada, estão representadas várias imagens do


logo do Núcleo de Seleção da Universidade Estadual de Goiás,
Em 1964, o físico britânico Peter Higgs propôs a existência de um
cada uma viajando com uma fração da velocidade da luz (c).
campo, o qual, ao interagir com uma partícula, conferia a ela a sua
O fenômeno físico exposto nessa sequência de figuras é explicado
massa. A unidade básica desse campo foi chamada de bóson de
a) pela ilusão de ótica com lentes.
Higgs. Em julho de 2012, os cientistas do CERN (Centro Europeu
b) pela lei de proporções múltiplas.
de Pesquisas Nucleares) anunciaram terem identificado o bóson de
c) pelo efeito Compton da translação.
Higgs, com uma massa de 125 GeV (gigaelétronvolt). O valor dessa
d) pela teoria da relatividade especial.
massa, em kg, é de:
Dados: 1eV = 1,6  10−19 J; c = 3,0  108 m/s. Questão 34 – (Ueg 2017) ANO HÉLIO-FÍSICO
O ano de 2007 foi o Ano Internacional Hélio-Físico e foi dedicado a
a) 4,50 10+24 b) 6,66  10−18 c) 2,22  10−25 eventos e estudos sobre o astro-rei. O Sol fica a 150 milhões de km
d) 6,66  10−27 e) 2,22  10−34 da Terra. Todo o dia o sol perde 380 milhões de toneladas
transformadas em energia. Seu poder de atração enfraquece
Questão 30 – (UPE 2013) gradativamente e, por isso, a Terra se afasta dele 3 mm ao ano. A
temperatura da "superfície" solar é de 5,5 mil graus Celsius. A
Uma régua cujo comprimento é de 50 cm está se movendo
massa do Sol equivale a 330 mil vezes à da Terra e corresponde a
paralelamente à sua maior dimensão com velocidade 0,6 c em
99% da massa do Sistema Solar. Estima-se que daqui a cerca de 5
relação a certo observador. Sobre isso, é CORRETO afirmar que o
bilhões de anos o hidrogênio solar, seu principal combustível, vai se
comprimento da régua, em centímetros, para esse observador vale
esgotar. O Sol se converterá em outro tipo de estrela, modificando
a) 35 b) 40 c) 62,5 d) 50 e) 100 as condições físicas no Sistema Solar.
Com base no texto acima, é incorreto afirmar:
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a) O sol usa a fusão de átomos de hidrogênio para obter outro da sua luz ao passar nas proximidades do Sol. Einstein chegou a
composto químico: o hélio. calcular esse desvio e propôs a experiência para sua comprovação.
b) A energia diária transformada no Sol por causa da sua perda de
Resposta da questão 3: [C]
massa seria suficiente para manter acesas 100 mil lâmpadas de
100 W por no máximo 300 séculos. De acordo com a Teoria de Relatividade Restrita (TRR) de Einstein,
que considera a velocidade da luz como única grandeza absoluta
c) A luz emitida pelo Sol demora cerca de 8 minutos para chegar à em qualquer referencial, os tempos e espaços medidos por dois
Terra. observadores inerciais, um parado na Terra e outro se movendo
d) Sabendo-se que os pontos de ebulição da água e o ponto de com velocidade constante em uma nave com velocidade v são
fusão do gelo na escala Réaumur são, respectivamente, 80 °R e diferentes. Para o observador na Terra, o tempo que se passa na
0 °R, a temperatura da "superfície" solar é de 4,4 mil graus nave sofre uma dilatação e o espaço pelo referencial do astronauta
Réaumur. sofre uma contração. O fator de Lorentz (  ) relaciona os dois
casos da seguinte forma:
Questão 35 – (Ueg 2005)
1
Antes mesmo de ter uma ideia mais correta do que é a luz, o =
homem percebeu que ela era capaz de percorrer muito depressa v2
1− 2
enormes distâncias. Tão depressa que levou Aristóteles - famoso c
pensador grego que viveu no século IV a.C. e cujas obras
Dilatação do tempo: t p =   t
influenciaram todo o mundo ocidental até a Renascença - a admitir
que a velocidade da luz seria infinita. Onde:
Hoje sabe-se que a luz tem velocidade de aproximadamente t p = intervalo de tempo para o observador dentro da nave.
300000 km/s, que é uma velocidade muito grande, porém finita. A
t = intervalo de tempo para o observador na Terra.
teoria moderna que admite a velocidade da luz constante em
qualquer referencial e, portanto, torna elásticas as dimensões do
Lp
espaço e do tempo é: Contração do espaço: L =
a) a teoria da relatividade. b) a teoria da dualidade onda - partícula. 
c) a teoria atômica de Bohr. d) o princípio de Heisenberg. Onde:
e) a lei da entropia. Lp = comprimento medido a partir da Terra
L = comprimento medido pelo observador na nave.
GABARITO MISCELÂNEA DE QUESTÕES
Exemplo: Para uma velocidade da nave de 0,5 c :
1C 2D 3C 4C 5A 6B
1
7C 8A 9C 10B 11A 12E =   1,1547
13D 14E 15E 16C 17D 18B
1−
( 0,5 c )2
19B 20D 21E 22A 23A 24D
c2
25A 26A 27E 28C 29C 30B
31D 32D 33D 34B 35A
Assim, o tempo para o astronauta sofre uma dilatação de 15,47%, e
o espaço sofre uma contração de 13,4%.
As dúvidas você deve tirar diretamente com o prof. Renato Brito
nos grupos Tira dúvidas Resposta da questão 4: [C]
Energia gerada pela fusão dos átomos de hélio:

( )
2
Resposta da questão 1: [C] E = mc 2 = 5  10−29  3  108
Pela equação que relaciona massa e velocidade, temos que:
Pot  t E = 4,5  10−12 J
E = mc 2  m =
c2 Logo, o número N de prótons que se fundem no interior do Sol, a
cada segundo, é de:
4  1026  5  109  3  107 60  1042
m= = 4  3,6  1028
= 3,2  1040
( 3 108 ) N=
2
9  1016 −12
4,5  10
 m = 6,67  1026 kg
Resposta da questão 5: [A]
Logo, a ordem de grandeza equivale a 1027 kg. A TRR afirma que “todas as leis da natureza são as mesmas em
todos os sistemas de referência inerciais (sistemas de referência
Resposta da questão 2: [D] não-acelerados)”, sendo, portanto, correta a alternativa [A].
A teoria da relatividade de Einstein menciona que corpos muito
massivos, como estrelas, por exemplo, distorcem o espaço-tempo Resposta da questão 6: [B]
nas suas proximidades, podendo esse fenômeno ser observado As bombas atômicas lançadas pelo exército norte-americano nas
durante um eclipse, pois a luz de uma estrela mais distante, que cidades de Hiroshima e Nagasaki durante a Segunda Guerra
ficaria escondida atrás do Sol, passaria a ficar visível pela curvatura Mundial eram bombas de fissão, isto é, os materiais radioativos

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continham núcleos grandes e instáveis e quando em sua massa Resposta da questão 11: [A]
crítica sofre uma reação em cadeia, liberando grande quantidade O termo teoria da relatividade restrita, significa que a teoria se
de energia e fragmentação gerando novos elementos químicos aplica apenas a referenciais inerciais, que são aqueles em que a
menores. Na cidade de Hiroshima foi utilizada a bomba de urânio Primeira Lei de Newton (Princípio da Inércia) é válida.
235 chamada de “Little Boy” e em Nagasaki o isótopo radioativo foi
o Plutônio 239 e a bomba apelidada de “Fat man”. Portanto, a Resposta da questão 12: [E]
resposta correta é [B]. [I] Incorreta. A massa é relativa e depende da velocidade. Sendo
m0 a massa de repouso do objeto, v a sua velocidade e c a
Resposta da questão 7: [C]
velocidade da luz no vácuo, a massa m do objeto é:
Comparando os diâmetros através da Teoria da Relatividade,
m0
temos: m= .
2 v2
v 1− 2
d = d0 1 −   c
c
[II] Correta.
2
4,8  106 = d0 1 − ( 0,6 ) [III] Incorreta. Tempo e espaço são grandezas relativas dadas,
respectivamente, pelas expressões:
4,8  106 = d0  0,8
t0 v2
6
 d0 = 6  10 m t= e L = L 0 1− .
v2 c2
1−
Resposta da questão 8: [A] c2
A dilatação do tempo e a contração do espaço são conceitos [IV] Correta.
decorrentes da Relatividade, portanto a resposta correta é da letra [V] Incorreta. Massa e energia estão relacionadas pela equação de
[A]. Einstein: E = mc2 .

Resposta da questão 9: [C] Resposta da questão 13: [D]


[I] Verdadeira. As ondas gravitacionais se propagam com a Análise das alternativas:
velocidade da luz. [A] Falsa: Na relatividade de Einstein, o intervalo de tempo medido
[II] Falsa. Nenhuma velocidade do universo supera a velocidade da em um móvel que se move a grandes velocidades é menor em
luz no vácuo. relação a um observador em um referencial inercial. Logo, é
[III] Verdadeira. Tal detecção confirmou o que já estava previsto na necessário ter movimento relativo entre os dois observadores
Teoria da Relatividade Geral de Einstein. para haver diferenças significativas nos cronômetros.
[IV] Falsa. A teoria correta foi enunciada na resposta do item acima. [B] Falsa: Neste caso, o relógio do tripulante estaria atrasado em
relação ao relógio da estação espacial.
Resposta da questão 10: [B] [C] Falsa: As leis da Física são imutáveis para dois observadores
Para calcular o tempo próprio para o astronauta dentro da nave, localizados em referenciais inerciais que se movem com
consideramos a Teoria da Relatividade em que trata de um tema velocidades médias constantes.
muito pitoresco que é o paradoxo dos gêmeos. Este paradoxo fala [D] Verdadeira.
que ao se separar os gêmeos, fazendo um viajar numa espaçonave [E] Falsa: A velocidade da luz é constante no vácuo e independe
a velocidades próximas a da luz enquanto o outro fica na Terra, dos referenciais pela qual é observada.
quando encerrar a viagem e eles se encontrarem novamente, o
tempo para quem ficou na Terra sofreu uma dilatação sentida pela Resposta da questão 14: [E]
idade aparente dos dois gêmeos. Esse paradoxo é conhecido como Usando a Teoria da Relatividade para o tempo, podemos
a Dilatação do Tempo. determinar a dilatação no tempo com a equação:
t ' 1
O cálculo baseia-se na equação: t = t relativ =   t próprio , onde  = , a constante de
1 − v2 c2 v
 
2
1−  
Onde, c
t = é o intervalo de tempo no referencial da Terra Lorentz.
t' = é o intervalo de tempo para o astronauta
v = é a velocidade da nave em relação a velocidade da luz
c = é a velocidade da luz Cálculo da constante  de Lorentz:
1 1
Então substituindo os valores fornecidos no problema, temos: = =  = 2
t ' t '  3 
2 1 − 0,75
t = 9=  c 
2 2 2
1− v c 1 − ( 0,8c ) c 2 1−  2 
 c 
t ' = 9 0,36 = 5,4 anos  
 

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Com isso o tempo relativístico passado na Terra será o dobro que o Então,
tempo próprio:
t relativ = 2  28 anos t relativ = 56 anos ( 0,6 c )2 0,36 c 2
L = 2,5 km 1 −  L = 2,5 km 1 − 
c2 c2
Resposta da questão 15: [E] L = 2,5 km 1 − 0,36
Michelson-Morley tentando provar a existência do éter, depois de
uma vida inteira dedicada a isso, a comunidade cientifica viu que o L = 2,5 km 0,64  L = 2,5 km  0,8 L = 2,0 km
éter não existia, o que abriu grandes questionamentos que junto do
problema da partição de energia, esses problemas culminaram na Resposta da questão 20: [D]
construção das teóricas quânticas e relativísticas. O Sol, como a maioria das estrelas do universo que ainda estão
muito longe da sua extinção, fazem preferencialmente a fusão
Resposta da questão 16: [C] nuclear do hidrogênio. À medida que este combustível vai se
A energia útil consumida pela residência em 1 ano (12 meses) é: esgotando, próximo ao fim da vida desta estrela, as fusões
EU = 200 kW  h  12 = 2400 kW  h = nucleares acontecem com elementos cada vez mais pesados,
passando do hélio até o ferro, ocorrendo transformações como
( )( )
= 2400  103 W  3,6  103 s = 8,64  109 W  s = explosões de supernovas (estrelas bem mais massivas que o nosso
Sol) ou ainda em gigantes vermelhas, expandindo-se grandemente
= 8,64  109 J. e depois colapsando-se em uma anã branca, por exemplo.
Considerando o rendimento de 30%, a energia total produzida pela
fissão é: Resposta da questão 21: [E]
E E 8,64  109 [I] Verdadeira.
 = U  ET = U =  ET = 2,88  1010 J.
ET  0,3 [II] Verdadeira.
[III] Falsa. O efeito fotoelétrico é a emissão de elétrons de um metal
Usando a relação massa-energia:
causado pela incidência de luz ou fótons de uma determinada
E 2,88  1010 energia mínima equivalente à função trabalho (energia mínima
ET = m0 c 2  m0 = T = 
c2 9  1016 para retirar os elétrons do material).
[IV] Verdadeira.
m0 = 3,2  10−7 kg.
Resposta da questão 22: [A]
Esta questão nos traz uma consequência da teoria da relatividade,
Resposta da questão 17: [D] que implica na mais famosa equação da Física de todos os tempos,
Segundo Paul Tipler, em seu livro Física Moderna, 3ª edição, LTC: a relação universal entre massa e energia de Albert Einstein.
"Implícita na teoria da relatividade geral está a possibilidade de que
uma massa acelerada emita ondas gravitacionais, da mesma forma E = m  c2
como uma carga elétrica acelerada emite ondas eletromagnéticas." Essa equação nos diz que a massa também é uma forma de
energia e vice-versa. Neste caso, uma parte da massa do explosivo
Resposta da questão 18: [B] utilizado deve ser responsável pela energia da explosão.
Isolando a massa, substituindo os valores e transformando calorias
Substituindo os dados na expressão dada:
para joule, temos:
( )
2
E = m c 2 = 9  10−31 3  108 = 8,1 10−14 J. J
1 1012 cal  4,18
E cal 4,18  1012 J
Convertendo para elétron-volt: m= m= =
c2
( )
2
1 eV → 1,6  10−19 J 3  108 m / s 9  1016 m2 / s2
 −14
 E → 8,1 10 J m = 4,64  10−5 kg
Resposta da questão 23: [A]
 E = 5,0625  105 eV  0,5  106 eV
Dados:
 E = 0,5 MeV. c = 3  108 m s

−19
1eV = 1,6  10 J
Resposta da questão 19: [B]  −31
A expressão da relatividade que relaciona a contração das me = 9,1 10 kg
distâncias é também chamada de contração de Lorentz-Fitzgerald:
me
E=  c2 
v2 2
L = Lp 1 − v
c2 1−  
c
Onde:
L = comprimento da pista no referencial do avião; 9,1 10−31
8  105  1,6  10−19 =  9  1016
Lp = comprimento próprio da pista; v 2
1−
v = velocidade do avião em relação à velocidade da luz; 9  1016
c = velocidade da luz.

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2 Resposta da questão 27: [E]


 2  2
 1− v  = 0,642  1 − v = 0,41 A conservação da Quantidade de Movimento ou do Momento

 9  1016 
 9  1016 Linear é considerada um dos alicerces fundamentais da Física pois
se aplica tanto a Física Clássica quanto à Física Moderna.
v2
 = 0,59  v = 5,31 1016
9  1016 Resposta da questão 28: [C]
1
 v = 2,31 108 m s Dados: γ = ; t 0 = 2  10−6 s; v 2 = 0,998c 2 .
2
v
1− 2
Resposta da questão 24: [D] c
O tempo total t para o referencial da Terra é: Fazendo a correção para o tempo:
s 2  20 al t0 2  10−6 2  10−6
t = + t planeta  t = + 5 a t = 45,04 a t=  t= = =
v 0,999 c
v2 0,998 c 2 20  10−4
1− 2 1−
A equação abaixo expressa a dilatação dos tempos da relatividade: c c2
1 2  10−6 5  10−4
t =  t '  t =   t ' = = =4,5  10−5 s.
v
 
2 2 5  10−2 5
1−  
c A distância (D) percorrida pelo múon é:
Então, o tempo total na visão do viajante, é dado por:
t 40
t ' = + t planeta  t ' = + 5 t ' = 6,79 a D = v t  3  108  4,5  10−5  D = 13,5  103 m.
 22,4

Resposta da questão 25: [A] Resposta da questão 29: [C]


[I] CORRETA. Pela teoria da massa relativística, tem-se que: Transformando a energia do bóson de Higgs para joule:
mo E = 125 GeV = 125  109  1,6  10−19  E = 2  10−8 J.
m=
v2 Da relação massa-energia de Einstein:
1− 2
c E 2  10−8 2  10−8
E = m c2  m = = = 
c2 8 2
( )
16
Se a velocidade do corpo (v) aproximar-se da velocidade da luz 3  10 9  10
(c), pode-se observar que a massa relativística tenderá ao infinito.
m = 2,22  10−25 kg.
[II] INCORRETA. A Teoria da Relatividade Restrita não é Resposta da questão 30: [B]
abrangente, pois quando a velocidade do corpo é muito menor Pela Teoria da relatividade, sabemos que
que a velocidade da luz, as equações da mecânica newtoniana 2 2
são suficientes para representar os movimentos. v  0,6C 
L = L 0 1 −   → L = 50 1 −  
C
   C 
[III] INCORRETA. O Princípio da Impenetrabilidade diz que dois
corpos distintos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao
mesmo tempo. 2
 0,6C 
L = 50 1 −   = 50 1 − 0,36 = 50x08 = 40 cm
 C 
Resposta da questão 26: [A]
Trata-se de uma questão sobre a Teoria da Relatividade, mais
especificamente sobre a dilatação do tempo. Para isto, temos que: Resposta da questão 31: [D]
Aplicação direta da fórmula:
v2
t 2 = t1  1 − 0,36C2
c2 L = 1,5x1011 1 − = 1,5x1011 x0,8 = 1,2x1011m .
2
C
Onde,
t1 → Tempo decorrido para o observador em repouso;
Resposta da questão 32: [D]
t 2 → Tempo decorrido dentro da aeronave; A única que tem a ver com Einstein é a letra D.
v → Velocidade da aeronave.
Resposta da questão 33: [D]
Assim, Como a velocidade é variável, o fenômeno é explicado pela teria da
t 2 5 relatividade especial.
t1 = =
2 0,01
1−
( 0,995  c ) Resposta da questão 34: [B]
2
c
Resposta da questão 35: [A]
t1 = 50 anos
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