Você está na página 1de 38

A mente que se

abre a uma nova


idéia jamais
voltará ao seu
tamanho
original.
Albert Einstein
INTRODUÇÃO
Por volta de 1900, os cientistas achavam
que a maior parte das descobertas da
Física já teria ocorrido. Era a consolidação
da Mecânica Newtoniana.
• Descrevia corretamente os sistemas
mecânicos do nosso dia-a-dia;
• Aplicada a sistemas muito pequenos,
levou à teoria cinética dos gases;
• Em sistemas gigantescos, como os
planetas, permitiu deduzir as leis de
Kepler e prever movimentos celestes.
No entanto, haviam alguns
fenômenos que permaneciam
sem explicação pelas leis da
física conhecidas:
• EFEITO FOTOELÉTRICO

• RADIAÇÃO DO CORPO NEGRO

• ESTRUTURA ESTÁVEL DO ÁTOMO


PRINCÍPIO DA RELATIVIDADE DE NEWTON
As Leis de Newton e as equações do
movimento de uma partículas são as
mesmas em todos os referenciais inerciais.

Uma queda livre observada de dentro de uma


casa tem as mesmas características quando
observada de dentro de um avião em MRU.
O problema estava na velocidade da luz:
Independente do referencial adotado, a
velocidade da luz no vácuo é sempre a
mesma. C = 3x108 m/s.
A mecânica newtoniana não consegue
explicar essa particularidade da luz.
RELATIVIDADE DE EINSTEIN
TEORIA DA RELATIVIDADE RESTRITA OU
ESPECIAL (1905)
Discute fenômenos que envolvem sistemas
de referência inerciais, propondo a não
existência de um sistema de referência
universal.
POSTULADOS:
1° Postulado - Todas a Leis da Física são as
mesmas para qualquer referencial inercial.
2° Postulado - A velocidade da luz no vácuo
tem o mesmo valor em todos os referenciais
inerciais.
1° Postulado - Todas a Leis da Física são as
mesmas para qualquer referencial inercial.
É inútil alguém tentar detectar o movimento de um
avião, em MRU, por meio de uma experiência dentro
dele. Qualquer experiência é inútil para tentar
detectar nosso movimento absoluto.
2° Postulado - A velocidade da luz no vácuo
tem o mesmo valor em todos os referenciais
inerciais.
Einstein demonstrou que fenômenos que
envolvessem velocidades próximas à velocidade da
luz não se poderiam aplicar as leis da Mecânica
Newtoniana. Dessa forma, verificou-se que, as leis
de Newton só poderiam ser aplicadas para
movimentos com velocidades muitas vezes menores
que a velocidade da luz.
CONSEQUÊNCIAS DOS POSTULADOS DA
TEORIA DA RELATIVIDADE RESTRITA
1. RELATIVIDADE DO TEMPO
O tempo não é absoluto, ele depende do
referencial em relação ao qual é medido.
 t0 é denominado
intervalo de tempo
próprio e é sempre
menor que t.
 t0 – tempo medido pelo
veículo em movimento
 t – tempo medido pelo
observador parado
Paradoxo dos gêmeos

Segundo a teoria da relatividade especial,


os relógios em movimento atrasam, pois
funcionam mais lentamente.
http://fisicanimada.blogspot.com/2008/06/o-paradoxo-dos-gm
eos.html
Exemplo
• José e Pedro são irmãos gêmeos. Há 25
anos, José partiu para uma missão
espacial a bordo de uma astronave,
viajando a uma velocidade de 200 000
km/s. Quando retornou a Terra,
encontrou Pedro com 85 anos de idade.
Qual a idade real de José ao retornar à
Terra?
EXEMPLO
Um foguete parte da Terra com velocidade
u = 0,8c, em relação à Terra, transportando
um astronauta. Em relação ao foguete, a
viagem dura 3 anos. Quanto tempo durou a
viagem em relação a um observador na
Terra?
Δt' 3 3
Δt  Δt 
2
Δt 
u 2
(0,8c) 0,6
1 2 1
c c2

Δt  5 anos
CONSEQUÊNCIAS DOS POSTULADOS DA
TEORIA DA RELATIVIDADE RESTRITA
2. RELATIVIDADE DO COMPRIMENTO
O fato de o tempo depender do referencial
afeta também a distância, que ao
contrário do que diz a mecânica clássica,
também depende do referencial.
Considere uma nave que se move com
velocidade próxima da velocidade da luz entre
duas estações espaciais. As estações possuem
relógios sincronizados entre si. Um tripulante da
nave, acerta seu relógio com o da estação
espacial de origem antes de partir para a outra
estação. Podemos relacionar a velocidade da
nave com a distância entre as estações
espaciais.
PARA UM TRIPULANTE DA NAVE:
Δt'  tempo de percurso ΔS'
V
ΔS'  distância entre as estações Δt'

PARA UM OBSERVADOR EM UMA DAS ESTAÇÕES:


Δt  tempo de percurso ΔS
V
Δt
ΔS  distância entre as estações
Observamos que:
ΔS ΔS'

Δt Δt'
ΔS' Δt'
ΔS'
ΔS   ΔS 
ΔS'Δt Δt' 2 u2
ΔS  u
1 2 1 2
Δt' c c
Se o carro pudesse se deslocar com
velocidade próxima à da luz, o observador
parado na calçada veria o carro mais curto.
O observador no carro veria os quarteirões
mais estreitos.
O comprimento medido no referencial em relação
ao qual um objeto está em movimento é menor do
que o comprimento medido no referencial em
relação ao qual o objeto está em repouso.
A contração do comprimento só se dá na direção do
movimento.
3. RELATIVIDADE DA MASSA
(equivalência com energia)
Considere então a nossa nave descrita no item
anterior, com velocidade u em relação às estações
espaciais estacionárias. Seja m’ a massa de repouso
da nave. Sendo m a massa da nave em relação às
estações, pode-se demonstrar que:

m'
m
u2
1 2
c

O aumento de massa não significa que aumenta o


número de partículas (átomos, moléculas etc) do
corpo, e sim a inércia deste.
Assim, segundo a teoria da relatividade quando a
velocidade de um corpo aumenta, em relação a um
dado referencial, sua massa, para esse mesmo
referencial também aumenta. A variação de sua
energia cinética vai ocorrer devido a variação de
sua velocidade e massa.
2
ΔE  Δm.c
Einstein partiu daí então para a seguinte
generalização: A energia total do corpo também é
diretamente proporcional à sua massa. Sendo E a
energia total de um corpo de massa m, podemos
escrever:
2
E  m.c
Física Clássica
A Física Clássica, é a parte da
Física que analisa o movimento, as
variações de energia e as forças que
atuam sobre um corpo. Ela é dividida em
três partes: A Cinemática, que estuda o
movimento, a Estática, que estuda as
forças atuantes em um corpo, e a
Dinâmica, que estuda as forças
Isaac Newton
conseqüentes da relação entre massa e
aceleração.

<< Anterior Indice Próximo>>


Até o século XIX, A Física Clássica
já havia alcançado um grande
aperfeiçoamento, e estava praticamente
finalizada. As Leis de Newton permitiam o
cálculo exato dos movimentos dos planetas,
e as Leis de Maxwell fundamentavam a
teoria eletromagnética. Porém, no final do
século XIX, começaram a surgir alguns
problemas, principalmente com os corpos
James Clerck Maxwell
microscópicos que não se encaixavam nas
teorias clássicas. Nascia a Física Quântica,
objeto de estudo da próxima seção deste
trabalho.
<< Anterior Indice Próximo>>
Física Quântica
A Mecânica Quântica é a parte da física
que estuda o movimento dos corpos
microscópicos em altas velocidades. As
principais conclusões da Física Quântica são
que, em estados ligados, a energia não se troca
de modo contínuo, mas sim de modo
descontínuo; e que é impossível atribuir ao
mesmo tempo uma posição e uma velocidade
Max Planck
exatas a uma partícula, renunciando ao Pai da Física Quantica
conceito de trajetória, e introduzindo o
conceito de função de onda.
<< Anterior Indice Próximo>>
FÍSICA QUÂNTICA
RADIAÇÃO DE UM CORPO AQUECIDO
TEORIA DOS QUANTA
Para explicar satisfatoriamente a radiação emitida
por um corpo quente, o físico alemão Max Planck
propõe, em 1900, uma hipótese muito estranha
à Física Clássica:

A radiação seria emitida em


pequenos “pacotes”, com
energia bem definida,
denominada quântum , (fóton)
de energia. (plural: quanta).
ENERGIA DO QUANTUM

E  h.f
E - energia do fóton.
f - frequência do fóton.
h - constante de Planck.
( h = 6,63.10-34 J.s )
Ou um elétron absorve (ou emite)
um quantum E =h.f ou nada.
Max Planck recebeu o Nobel em 1918 pela
descoberta da quantização da energia.
EFEITO FOTOELÉTRICO
LUZ

- -
Placa metálica.
-
O efeito, descoberto por Hertz em 1887, só
ficou suficientemente explicado por Einstein,
em 1905. Einstein ganhou o Nobel de 1922,
pela sua teoria do efeito fotoelétrico.
FUNÇÃO TRABALHO ()
É a menor quantidade de energia para
que o elétron escape do metal
correspondente.
Ao receber a energia adicional (h.f) do
fóton incidente, esta deve ser suficiente
para superar a função trabalho do metal
para que o elétron possa escapar; o
excesso de energia é conservado pelo
elétron na forma de energia cinética.

h  f    EC ( máx )  EC ( máx )  h  f  
EC ( máx )  h  f  
Energia
2 mínima para
mv máx
 h f  retirar o
2 elétron.

Energia com que Energia recebida


o elétron escapa. do fóton.

Equação fotoelétrica de Einstein.


FREQUENCIA DE CORTE (f0)
É a mínima frequência do fóton necessária
para que o elétron escape do metal, sem
adquirir energia cinética.
2
m  v máx
 h f  0  h  f0  
2

ECmax
  h  f0

f0 f

TESTE DE SALA
(UFBA-2ªFase) Em 1905, Albert Einstein explicou
teoricamente o efeito fotoelétrico e, em carta a um
amigo, reconheceu ser esse “um trabalho
revolucionário”. Atualmente esse efeito é muito
utilizado em alarmes de raios laser e no acendimento
automático da iluminação pública, dentre outras
aplicações.
A equação que, segundo Einstein, explica esse efeito é
escrita como Ecinética = hf – U, na qual:
• Ecinética é a energia cinética máxima dos elétrons
arrancados da superfície;
• f é a freqüência da onda eletromagnética incidente;
• h é uma constante universal proposta, pela
primeira vez, pelo físico alemão Max Planck;
• U é a função trabalho.
A função trabalho é a quantidade mínima de
energia necessária para arrancar um elétron da
superfície. A quantidade hf representa a energia de
uma “partícula de luz” –– um fóton. Estava, então,
colocada a dualidade onda-partícula.
Um experimento, para determinar a constante de Planck,
pode ser realizado, usando-se a equação de Einstein. Em
um capacitor de placas paralelas, no vácuo, os elétrons são
arrancados da placa positiva, fazendo-se incidir nela uma
onda eletromagnética, luz ou radiação ultravioleta. O
aparecimento de uma corrente elétrica indica o fluxo
desses elétrons entre as placas do capacitor. Uma
diferença de potencial Vo aplicada entre as placas do
capacitor é ajustada o suficiente para fazer com que a
corrente desapareça e, nesse caso, tem-se que e.Vo =
Ecinética, em que e é a carga do elétron.
Um experimento, para determinar a constante de Planck, pode
ser realizado, usando-se a equação de Einstein. Em um capacitor
de placas paralelas, no vácuo, os elétrons são arrancados da
placa positiva, fazendo-se incidir nela uma onda eletromagnética,
luz ou radiação ultravioleta. O aparecimento de uma corrente
elétrica indica o fluxo desses elétrons entre as placas do
capacitor. Uma diferença de potencial Vo aplicada entre as
placas do capacitor é ajustada o suficiente para fazer com que a
corrente desapareça e, nesse caso, tem-se que e.Vo = Ecinética, em
que e é a carga do elétron.
O resultado desse experimento realizado em uma superfície de
cobre é expresso na tabela.
Com base nessas informações e
nos dados da tabela, determine a
constante de Planck, h, e a função
trabalho, U, do cobre,
considerando e = 1,6.10-19 C.
O ÁTOMO DE BOHR

Ee - Ei = h.f
FE
Ee - energia da
órbita mais
externa.
Ei Ei - energia da
órbita mais
Ee interna.
As órbitas permitidas são aquelas em
que o momento angular orbital do
h
elétron é um múltiplo inteiro de  .
2

Desse modo m.v.r  n.  (com n = 1, 2, 3,...).


2
k.e.e v
FE  FC  2  m 
rB rB

rB  2
m.k.e Demais estados:
o
2
rB  0,53 A rn  n  rB
Raio de Bohr.
É possível ainda, calcular a energia do
elétron quando ele se encontra em
determinada órbita através da expressão:
13,6
En   2
n

Com a energia medida em elétron-volt (eV).

1 eV = 1,6.10-19J
TESTE DE SALA
O elétron do átomo de hidrogênio, ao emitir
um fóton, passa do primeiro estado
estacionário excitado para o estado
fundamental. Sendo h = 4,14 x 10–15 eV.s, a
constante de Planck, determine a energia e a
freqüência do fóton emitido.
Biografias dos Físicos
Albert Einstein
Albert Einstein (1879 - 1955)
foi o físico que propôs a teoria da
relatividade. Ganhou o Prêmio Nobel da
Física de 1921 pela correta explicação
do efeito fotoelétrico. Nos seus últimos
anos, a sua fama excedeu a de qualquer
outro cientista na história. Foi um dos
maiores gênios da Física, tendo seu QI Albert Einstein

estimado em cerca de 240.


<< Anterior Indice Próximo>>
Max Karl Ernst Ludwig Planck

Max Karl Ernst Ludwig Planck


(1858 - 1947) foi um físico alemão
considerado o pai da teoria quântica.
Como consequência do nascimento da
física quântica, foi premiado em 1918
com o Prêmio Nobel de Física. Durante a
Segunda Guerra Mundial, Planck tentou
convencer Hitler a dar liberdade aos
cientistas judeus. Morre em 4 de outubro Max Planck

de 1947 em Göttingen.

<< Anterior Indice Próximo>>


Louis de Broglie

Louis Victor Pierre


Raymond, Sétimo Duque de
Broglie, geralmente conhecido
por Louis de Broglie (1892 -
1987) foi um físico francês.
Recebeu o Prêmio Nobel de Física
em 1929 pela descoberta da
natureza ondulatória dos
Louis de Broglie
elétrons, evidenciada na
dualidade onda-corpúsculo.

<< Anterior Indice Próximo>>


Thomas Young

Thomas Young (1773 - 1829)


foi um físico e médico britânico. É
famoso pelo experimento da dupla
fenda, que possibilitou a determinação
do carácter ondulatório da luz. Young
exerceu a Medicina durante toda a sua
vida mas ficou conhecido por seus
trabalhos em Óptica, onde ele explica o
Thomas Young
fenômeno da interferência; e em
Mecânica, pela definição do Módulo de
Young.
<< Anterior Indice Próximo>>

Você também pode gostar