Você está na página 1de 7

Professor: Pedro Paulo Rosas

Itinerário/componente curricular: Física


Aluno: Asafe Lopes, Eduardo Martins, Izabelly Cristine, Júlio Vinícius, Kevyn Câmara,
Pedro Miranda, Silvio Alves,
Turma: 2º EMB - Augusto Montenegro.

Belém – PA
2023
O Que É Física Moderna

A Física Moderna é uma área da física que se desenvolveu a partir do início do século
XX e revolucionou nossa compreensão do universo em escalas muito pequenas e muito
grandes. Ela é caracterizada por duas teorias fundamentais: a mecânica quântica e a
relatividade. A mecânica quântica lida com o comportamento das partículas subatômicas,
enquanto a relatividade, em particular a Relatividade Geral de Einstein, trata da gravidade
e das interações em escalas cósmicas.

Gravidade e Movimento

Gravidade:

Muito conhecida no nosso dia a dia, a força da gravidade consiste de uma força de atração
sobre corpos, quando esses presentes em um campo gravitacional. É ela que faz os
planetas girarem em torno do Sol, a sua caneca favorita cair da sua mão na direção da
Terra e até manter os gases formando atmosferas dos planetas. Toda a estrutura com
massa gera um campo gravitacional, no entanto a intensidade desse campo depende do
quão massivo é o corpo. Essa força origina uma aceleração sobre os corpos presentes em
seu campo, sendo chamada de aceleração da gravidade. A aceleração na Terra vale
aproximadamente 9,807 m/s², já aceleração da gravidade da Lua vale 1,622 m/s². Apesar
de ser facilmente notada, ela é a força mais fraca de todas, e seu Bóson (chamado de
Gráviton) nunca foi detectado.
Quando se trata de objetos muito massivos, como planetas, nuvens densas de poeira,
estrelas e buracos negros, a gravidade pode agir de modo um tanto inusitado. Ela faz a
poeira se aglutinar até que se transformem em rochas, torce o caminho percorrido pela
luz e, em alguns casos, faz com que determinados corpos sejam ejetados de suas órbitas.

Movimento:

Em física, movimento é entendido como a mudança de posição que um corpo experimenta


no espaço em um determinado período de tempo. Todo movimento depende do sistema
de referência a partir do qual é observado.

Relatividade Clássica

De acordo com a teoria da relatividade especial, relógios e réguas que se movem em


relação a um referencial inercial comportam-se de maneira diferente daqueles que se
encontram em repouso em relação a este mesmo referencial. Relógios em movimento
funcionam mais devagar e réguas se encolhem ao longo da direção do movimento.
Enquanto que na física clássica espaço e tempo fornecem, em cada teoria ou experimento,
um alicerce absoluto e imutável de qualquer processo físico, na teoria especial este
alicerce depende do sistema de referência no qual um processo físico particular é medido
e, na teoria geral, ele depende até mesmo da distribuição de massa e energia no universo.
Mas a mudança dos conceitos de espaço e tempo já na teoria especial contradiz nossas
experiências do dia-a-dia. No entanto, foi apenas através desta mudança que foi possível
a Einstein reconciliar dois princípios que, em função de uma longa história, haviam se
mostrado irrefutáveis: o princípio da relatividade e o princípio da constância da
velocidade da luz.
Experimento de Michelson-Morley

A experiência de Michelson-Morley objetivava detectar o movimento uniforme da Terra


em relação ao éter através de um experimento realizado na própria Terra e, por essa razão,
contradizia o próprio Princípio da Relatividade. A utilização do experimento consiste em
dividir um feixe de luz em dois caminhos (diferentes comprimentos de onda ou materiais),
refleti-los de volta e recombiná-los em um anteparo, produzindo um padrão de
interferência. O instrumento pode ser usado também para medir comprimentos de onda
com grande precisão.

O que levou Albert Einstein a criar as teorias da relatividade

Albert Einstein foi motivado por sua busca por uma teoria que fosse válida para todos os
observadores, independentemente de suas velocidades. Essa busca levou à formulação da
Relatividade Especial em 1905, que estabeleceu que as leis da física são as mesmas para
todos os observadores em movimento relativo uniforme.

Albert Einstein desenvolveu a Teoria da Relatividade devido a uma série de questões e


observações que surgiram no final do século XIX e início do século XX. Essa teoria
revolucionou nossa compreensão do espaço, do tempo e da gravidade. Aqui estão alguns
dos principais motivos que levaram Einstein a criar a Teoria da Relatividade:

Contradições na Física Clássica: Na época de Einstein, a física clássica, formulada


principalmente por Isaac Newton, era a teoria dominante para descrever o movimento dos
corpos e a gravidade. No entanto, havia algumas contradições entre as previsões da física
clássica e os resultados de experimentos e observações.

Experiência de Michelson-Morley: Em 1887, a experiência de Michelson-Morley tentou


medir a velocidade da Terra através do éter, um meio hipotético que se acreditava ser
necessário para a propagação das ondas eletromagnéticas. No entanto, os resultados do
experimento não mostraram evidência da existência do éter, o que foi um desafio para a
física da época.

Paradoxo do Tempo: Einstein ficou intrigado com as ideias sobre o tempo que surgiram
das equações de James Clerk Maxwell para o eletromagnetismo. Essas equações
sugeriam que a velocidade da luz era constante em relação a qualquer observador,
independentemente da velocidade de sua fonte. Isso levantou questões sobre como o
tempo e o espaço funcionavam.

Observações Astronômicas: Einstein também levou em consideração as observações


astronômicas, como a órbita anômala de Mercúrio, que não podia ser explicada
completamente pela física clássica. Havia uma necessidade de uma teoria mais precisa da
gravidade.

Princípio da Equivalência: Um insight crucial que Einstein teve foi o Princípio da


Equivalência, que sugeria que a gravidade e a aceleração eram indistinguíveis. Isso o
levou a questionar as ideias convencionais sobre espaço e tempo.
Com base em todas essas questões e observações, Einstein desenvolveu a Teoria da
Relatividade Especial em 1905 e, posteriormente, a Teoria da Relatividade Geral em
1915. A Teoria da Relatividade Especial revolucionou nossa compreensão do espaço e
do tempo, introduzindo conceitos como a dilatação do tempo e a contração do espaço. A
Teoria da Relatividade Geral reformulou a gravidade, descrevendo-a como a curvatura
do espaço-tempo devido à presença de massa e energia. Essas teorias foram fundamentais
para avanços posteriores na física e continuam sendo uma parte central da física moderna.

Espaço-Tempo (Dilatação do Tempo e Contração do Espaço)

O espaço é uma ordem de coexistências e o tempo uma ordem de sucessões, na precisa


definição de Leibniz (1715).

O espaço é um componente da existência material e o tempo, a seqüência das


transformações da matéria. Assim, o espaço e o tempo passam a ser concepções
indissociáveis com formas e grandezas derivadas das formas e grandezas da matéria e de
suas transformações, movimentos e energia. Pode-se considerar dois grandes momentos
na concepção do espaço e do tempo: a teoria clássica e a teoria da relatividade. Na
concepção newtoniana o tempo era considerado uma unidade linear, independente do
espaço. Na teoria da relatividade de Einstein, o tempo e o espaço formam uma unidade
cósmica indissociável.

Relatividade Restrita

Relatividade restrita

No século XIX, as pessoas consideravam que as ondas eletromagnéticas se propagaram


no éter (meio material) com a velocidade da luz 3.10⁸m/s

Foram feitas diversas experiências e a mais famosa foi produzida por Michelson e
Morley, tentando calcular a velocidade relativa do éter a partir de um interferômetro, mas
todas as tentativas foram falhas. Foi aí que em 1905 Einstein publicou a famosa teiloria
da relatividade restrita, que se baseava em dois postulados básicos:

1. As leis da física são as mesmas em relação a qualquer referêncial inercial.


2. A velocidade da luz no vácuo é constante e possui o mesmo valor em todos os
referenciais.

Os postulados possuem exatamente 3 consequências:

1. O tempo é relativo: significa que o tempo pode passar mais rápido ou mais devagar
dependendo da velocidade em que o corpo referencial se encontra. *Dilatação do tempo:
Explica que em altas velocidades o tempo passa mais devagar. Mas o fenômeno só em
considerado em velocidades próximas a velocidade da luz. Que equivale a 3.10⁸m/s. A
teoria antigamente era chamada de paradoxo dos gêmeos (duas crianças nascendo ao
mesmo tempo, uma delas seria colocada em uma nave com velocidade próxima à da luz
e quando voltasse a terra as duas crianças teriam idades diferentes.)

2.contração do espaço:
En altas velocidades, o cumprimento de um corpo se contrai na direção em que ele se
movimenta. Conforme um corpo se movimenta em certa direção, o espaço se contrai na
mesma direção

3. Massa relativística:
Em altas velocidades/ velocidades próximas a da luz, a massa de um corpo aumenta.

A teoria da relatividade restrita proíbe corpos massivos de atingir a velocidade da luz, a


sua massa aumenta e é preciso de cada vez mais energia para aumentar a sua velocidade.

Relatividade Geral
A teoria geral foi apresentada por Einstein 10 anos após a teoria restrita. Ela amplia a
abrangência daquela estendendo a descrição dos fenômenos físicos para sistemas
acelerados (não inerciais).
A ideia básica da teoria é que a presença de matéria encurva o espaço-tempo. Assim,
quanto maior for a massa do corpo, mais ele encurvará o espaço-tempo ao seu redor.
Curvatura do espaço-tempo
A massa encurva o espaço-tempo
O Princípio da Equivalência, postula que um sistema de referência uniformemente
acelerado é fisicamente equivalente a um campo gravitacional uniforme.
Ao incluir campos gravitacionais, a teoria descreve os movimento de objetos não mais
como ação de forças, mais sim como trajetórias sobre a superfície espaço-tempo.
A partir dessa nova concepção foi possível explicar o comportamento anômalo da órbita
de Mercúrio (precessão do periélio de Mercúrio).
A teoria previa que a luz deveria também acompanhar a curvatura da superfície espaço-
tempo gerada por campos gravitacionais intensos. O que foi posteriormente comprovado.
Foi previsto ainda que a medida do tempo também sofreria a influência dos campos
gravitacionais. Quanto mais intenso o campo, mais lentamente passaria o tempo.
Essa previsão também foi confirmada. Fazendo com que o Sistema de Posicionamento
Global por Satélite (GPS), para funcionar corretamente, seja necessário fazer correções.
Referências:
Brasil Escola
Toda Matéria
Física.Net
Mundo Educação

Você também pode gostar