Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo
A física moderna, do início do século XX, mudou nossa compreensão do universo. Iniciada com os
estudos de Kirchhoff sobre a radiação em corpos negros, a Mecânica Quântica de Planck e a
dualidade partícula-onda da luz de Einstein mudaram as concepções clássicas. Bohr introduziu níveis
de energia no modelo atômico, desafiando o padrão da época. A teoria da relatividade de Einstein
inovou relacionando espaço, tempo e gravidade, destacando a equivalência massa-energia.
Descobertas na física de partículas mostraram novas partículas fundamentais,desafiando concepções
antigas e as classificando por simetrias. Esses avanços transformaram a compreensão do cosmos,
impulsionando a física para novos horizontes.
1.Introdução
No inicio do século XX, ouve uma revolução intelectual que mudou quase
que completamente nossa compreensão do universo: a Física Moderna. Tudo isso
começou pela necessidade de buscar por respostas a fenômenos complexos,
levando os cientistas a explorar territórios que ainda não haviam sido explorados.
O que iniciou tudo isso foi o trabalho de Robert Kirchhoff, cujas
observações sobre a radiação em corpos negros foram o começo da Mecânica
Quântica. Kirchhoff percebeu que a natureza da radiação era ligada à cor dos
objetos, o que abriu uma porta para uma nova era de questionamentos e
descobertas.
Max Planck, ao introduzir o conceito do quantum de energia, proporcionou
as estruturas para a teoria quântica. Sua constante de Planck não era apenas um
número, mas a chave para entender como a energia se manifesta em unidades
discretas, desafiando a lógica clássica e começando uma era de compreensão que
iria mais além.
Planck e Einstein, juntos propuseram a quantização da luz, o que mostrou
a dualidade entre partícula e onda. O efeito fotoelétrico, explicado por Einstein,
1
2
desafiou as ideias da Física Clássica, mostrando que a luz não somente se propaga
como onda, mas também se comporta como partícula.
Niels Bohr, ao introduzir níveis de energia no modelo atômico, lançou as
bases para uma nova compreensão da estrutura fundamental da matéria. Essa
abordagem também desafiou os conceitos clássicos, o que marcou uma transição
para a visão quântica dos fenômenos atômicos.
As mudanças que a física moderna trouxe não se limitou à escala atômica.
Albert Einstein, com sua Teoria da Relatividade, redefiniu as noções de espaço,
tempo e gravidade. Os postulados fundamentais da relatividade restrita, junto com a
dilatação do tempo e a contração do espaço, mudaram totalmente a percepção da
realidade, acabando com a tradição newtoniana.
A equação E=mc² da equivalência massa-energia, mostrou a conexão entre
essas grandezas fundamentais. A teoria da relatividade geral de Einstein aprofundou
essa compreensão, mostrando a gravidade não como uma força, mas como a
curvatura do espaço-tempo causada pela presença de massa.
A busca por partículas fundamentais na física de partículas conduziu a
grandes descobertas, questionando antigas ideias e criando uma classificação
fundamentada em simetrias e regularidades.
Esses avanços científicos interligados, definiram uma era de
transformações, mudando o entendimento do cosmos e impulsionando a física para
novos horizontes desafiadores.
2.Desenvolvimento
2.1. Física Moderna
A física moderna é um ramo da física do início do século XX, marcada por
diversos estudos que propuseram respostas para perguntas que antes não poderiam
ser respondias. Os físicos modernos procuravam soluções para fenômenos
complexos da natureza que observavam. No início, o objetivo da física moderna era
entender como a radiação se comportava diante de corpos negros.
3. Quantum De Energia
Max Karl Ernst Ludwig Plank foi quem introduziu o conceito do quantum de
energias e revolucionou a física do século XX, Planck resolveu a questão da
emissão da radiação por corpos negros.
Para chegar a essa conclusão, Plank achou que deveria ter um valor
matemático ligado as ondas eletromagnéticas emitidas pelo objeto, então criou uma
padronização, que seriam pequenos pacotes, chamados de quantum,e que
atualmente são chamadas de fótons, que poderiam ser múltiplos dentro de um corpo
criando a teoria de que a radiação é absorvida ou emitida por um corpo aquecido e
não sob formas de ondas.
Depois disso, foi capaz de ser criado a Constante de Plank, com o valor de
h = 6,6260700410-34 m2.kg/s, que multiplicado por números inteiros pode dizer a
quantidade de radiação que é emitida por um corpo.
Essa teoria não foi muito bem aceita inicialmente, mas com o tempo outros
físicos se interessaram pela teoria de Planck. Assim físicos como Einstein e Niels
Bohr também formaram teorias que se relacionavam e até reforçavam a teoria de
Planck.
uma partícula na interação com a matéria, e também parte da visão de Plank, onde
a energia carregada pelo quantum de luz é igual a frequência: E=hf, onde h é a
constante de Plank. Então supôs que se tirasse um elétron da superfície de um
metal, o quantum de luz cederia parte da sua energia ao material.
O jeito quântico de pensar sobre a luz é fundamental para entender
diversos fenômenos da física, especialmente na mecânica quântica, onde a divisão
do fóton entre partícula e onda tem um papel enorme e importante.
Depois que Rutherford sugeriu seu modelo atômico, com elétrons orbitando o
núcleo, surgiram questões sobre a trajetória e a energia dessas partículas negativas.
A teoria clássica de Maxwell indicava que os elétrons, ao acelerarem em suas
órbitas, deveriam emitir constantemente ondas eletromagnéticas, perdendo assim
energia. Isso implicaria numa espiral em direção ao núcleo, o que seria instável para
todos os átomos.
Niels Bohr trouxe uma reviravolta ao introduzir a ideia de níveis de energia
ou níveis eletrônicos. Ele propôs que os elétrons se moviam em órbitas estáveis sem
emitir energia, desde que o momento angular fosse um múltiplo inteiro de "h/2π",
onde "h" é a constante de Planck. Se um elétron saltasse entre órbitas, a energia
absorvida ou emitida seria quantizada, seguindo a equação Ef - Ei = hf, com "Ei" e
"Ef" como as energias antes e depois, "f" como frequência e "h" como a constante de
Planck. Bohr fundamentou essas ideias como os postulados de Bohr, rompendo com
parte da física clássica.
Bohr criou um dos modelos que ainda são aceitos atualmente para se
entender como funciona a produção de radiação eletromagnética, quando os
elétrons pulam entre níveis quânticos, emitem ou absorvem a radiação. Quanto mais
a energia muda, maior a sua frequência. Essas mudanças nos átomos geram linhas
de luz, ou radiações infravermelho e ultravioleta. As transições nucleares produzem
linhas de energia mais altas, como raio-X e raios gama.
3.2- Luz Como Partículas
Em 1672, o físico Isaac Newton, apresentou a partir do modelo cinético-
molecular, uma teoria chamada de modelo corpuscular da luz, que explica os
fenômenos da luz.
5
desses valores, menos sabemos sobre o outro. Multiplicando os erros nas medições
desses valores deve resultar em um número igual ou maior que a metade da
constante "h-barra", que é a constante de Planck (h) dividida por 2π.
Para tentar entender isso, um exemplo é como vemos e medimos coisas
no nosso dia a dia. Só é possível ler o que tá escrito porque a luz reflete na tela ou
papel e atinge seus olhos. Observar partículas subatômicas, como os elétrons, não é
tão simples. Tentar medir sua posição ou momentum afeta a partícula por conta da
maneira como a luz interage com ela, causa dúvidas.
O princípio da incerteza é fundamental em coisas que observamos, que a
física clássica não consegue explicar. Como por exemplo no caso dos átomos, onde
elétrons orbitam um núcleo, a lógica clássica acreditaria que eles deveriam colapsar.
No entanto, o princípio da incerteza explica que se soubéssemos com precisão a
posição de um elétron, o erro em sua velocidade seria grande. Essa incerteza
impede que os elétrons colapsem no núcleo.
Então é possível entender que na física quântica, a incerteza não é um
problema, e que na verdade, não chegaríamos aqui se esse princípio não existisse.
5- A Relatividade De Einstein
com uma força que aumenta com suas massas e diminui com o quadrado da
distância entre eles." No entanto, Einstein alegou que a gravidade não é uma força.
Então, foi preciso criar um novo jeito de explicar como a gravidade funciona e como
ela influencia os movimentos dos objetos afetados que ela afeta.
A Teoria da Relatividade Restrita foi onde a Mecânica de Newton não
conseguia. Essa nova teoria mostrava que, para objetos se movendo em
velocidades muito altas, quase tão rápidas quanto a luz, as explicações de Newton
já não eram suficientes.
Foi surpreendente a descoberta de que nada no Universo pode ir mais
rápido que a luz, que chega a cerca de 300 mil quilômetros por segundo. Além
disso, essa velocidade é igual para qualquer observador que não esteja acelerado.
Isso implicava que seria possível o tempo se esticar e o espaço se contrair. Mesmo
assim Einstein ainda parecia não estar completamente satisfeito.
A Relatividade Restrita só era válida para observadores em repouso ou em
velocidade constante, o que fez Einstein perceber que a teoria não estava completa.
Ele queria algo mais geral, que valesse também para observadores com velocidades
variáveis ao longo do tempo, ou seja, acelerados. Assim, ele foi em busca de mais
conhecimento, diferente de tudo que a humanidade estudou nos mais de 3 mil anos
de conhecimento científico.
Em 1915 depois de dez anos, com a Teoria da Relatividade Geral, Einstein
surpreendeu ao explicar uma das quatro forças fundamentais da natureza: a
gravidade. Isso desafiou novamente Newton e sua Lei da Gravitação Universal. A lei
de Newton é válida, mas existia uma teoria mais completa que conectava a
presença de matéria e luz no cosmos com a geometria do espaço e do tempo.
Resumindo, Einstein descobriu que quando há matéria presente, o espaço-
tempo se curva ao redor do objeto, seja ele uma estrela, planeta, pessoa, carro,
entre muitos outros. Quanto mais massa, maior é essa curvatura. Nas palavras de
outro físico, John Wheeler: "A matéria diz ao espaço como se curvar. E o espaço diz
à matéria como se mover".
Dessa forma é possível entender a "força" da gravidade considerando essas
curvaturas no espaço-tempo. As soluções para as equações da Relatividade Geral
9
explicam desde planetas orbitando estrelas, estrelas em si, galáxias, buracos negros
e até buracos de minhoca.
A Relatividade Geral também permite equações para a cosmologia,
descrevendo as diferentes eras do Universo desde uma singularidade, como
proposto na Teoria do Big Bang. Essa teoria já foi confirmada várias vezes por meio
de observações experimentais e não é mais apenas uma teoria.
Considerações Finais
A física moderna, que surgiu início do século XX, desencadeou uma mudança
drástica nos conceitos tradicionais. Desde o começo da teoria quântica de Planck até as
inovações de Einstein com a relatividade, o entendimento da natureza se transformou de
maneira muito significativa. A descoberta da massa-energia e a visão de Einstein sobre a
gravidade como curvatura no espaço-tempo redefiniram a até então compreensão do
cosmos. A busca por mais partículas fundamentais levou a avanços na compreensão da
matéria. Assim, a física moderna moldou uma visão com mais profundidade e complexidade
do universo, desafiando paradigmas e aumentando os horizontes do conhecimento humano.
13
Referências
ELIAS, Kauane. Física Moderna: o que é, o que estuda e contribuições. In.:
Estratégia Vestibulares. Disponível em:
https://vestibulares.estrategia.com/portal/materias/fisica/fisica-moderna/
Hexag Educacional. O que é a Física Moderna e quais são os seus resultados. In.:
Hexag Medicina. Disponível em: https://cursinhoparamedicina.com.br/blog/fisica/o-que-e-
a-fisica-moderna-e-quais-sao-os-seus-resultados/
FOGAÇA, Jennifer. Teoria de Max Planck. In.: Brasil Escola. Disponível em:
https://m.brasilescola.uol.com.br/amp/quimica/teoria-max-planck.htm
DOS SANTOS, Carlos Alberto. O físico e o fóton. In.: Ciência Hoje. Disponível em:
https://cienciahoje.org.br/coluna/o-fisico-e-o-foton/
MARQUES, Domiciano. Luz como partícula. In.: Brasil Escola. Disponível em:
https://m.brasilescola.uol.com.br/amp/fisica/luz-como-particula.htm