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INTRODUÇÃO

Neste trabalho, magnifico e prestigiado que me foi dado pelo docente irei
abordar sobre dois temas de carácter importante para a minha especialidade,
que são Mecânica Quântica e Números Quânticos, porem, sem mais delongas
e para mais compreensão irei descodifica-los dizendo que:

A Mecânica Quântica estuda os sistemas da escala atômica ou


subatômica, como os átomos, as moléculas, os prótons, os elétrons, dentre
outras partículas subatômicas.

Os quatro Números Quânticos são: principal, secundário ou azimutal,


magnético e spin. Eles são usados para identificar cada elétron na eletrosfera
do átomo.
MECÂNICA QUÂNTICA

Os estudos da mecânica quântica possibilitaram o entendimento de


muitos fenômenos antes não explicados pela física, como a radiação de corpo
negro e as órbitas estáveis do elétron.

Além de estudar as partículas atômicas e subatômicas, a mecânica


quântica é usada também para explicar fenômenos macroscópicos, cuja
compreensão só é possível levando em conta que o comportamento
microscópico da matéria é quântico.

Parte dos estudos da Física Moderna, a mecânica quântica também


chamada de Teoria Quântica ou Física Quântica teve sua base teórica e
experimental iniciada no século XX.

A palavra quântica vem do latim quantum que significa quantidade. Em


mecânica quântica, a palavra refere-se a uma unidade que a teoria atribui a
determinadas quantidades físicas, tais como a energia presente em um elétron
de um átomo em repouso.

Os estudos da mecânica quântica se desenvolveram


a partir do século XX. (Foto: Pixabay)

HISTÓRIA DA MECÂNICA QUÂNTICA

A mecânica quântica teve suas bases estabelecidas por descobertas


científicas no final do século XIX e início do século XX, que foram essenciais
para a Física Moderna. Entre as revelações científicas do período estiveram: a
descoberta dos raios catódicos de Michael Faraday, em 1838; o problema da
radiação do corpo negro de Gustav Kirchhoff, em 1859; e a proposição de que
os estados de energia de um sistema físico poderiam ser discretos de Ludwig
Boltzmann, em 1877.

Em 1900, Max Planck formulou a hipótese de que toda a energia é


irradiada e absorvida na forma de elementos discretos chamados quanta. De
acordo com essa teoria, cada um desses quanta tem energia proporcional à
frequência da radiação eletromagnética emitida ou absorvida. A ideia de Planck
foi extremamente revolucionária na época.

Assim, a base de estudo para a mecânica quântica foi se estabelecendo


ao longo do século XX, recebendo contribuições de outros cientistas como:
Albert Einstein, Werner Heisenberg, Max Planck, Niels Bohr, Erwin
Schrödinger, Max Born, John von Neumann, Paul Dirac, Wolfgang Pauli,
Richard Feynman e outros.

No ano de 1925, Bohr e Heisenberg publicaram resultados que


rematavam a teoria quântica. A partir da postulação de Einstein surgiu uma
série de debates, teorias e testes envolvendo todo campo da física quântica,
culminando com a quinta Conferência de Solvay em 1927, que reuniu físicos e
químicos de diversos países do mundo.

Dessa forma, a década de 1920 foi marcada pela evolução da mecânica


quântica, tornando-a a base padrão para a formulação do dos estudos da física
atômica.

Assim a mecânica quântica se tornou a base teórica e experimental de


diversos campos da Física e da Química. Entre as áreas por ela estudada
estão: física da matéria condensada, física do estado sólido, física
atômica, física molecular, química computacional, química quântica, física de
partículas e física nuclear.

Alguns aspectos fundamentais das teorias desenvolvidas a partir século


XX permanecem sob investigação até a atualidade. Com o passar do anos,
muitas teorias foram apresentadas e algumas delas focam nos estudos da
física quântica e da espiritualidade.
No entanto, o seu foco continua sendo os estudos microscópicos e os
fenômenos macroscópicos como a superfluidez e a supercondutividade, cuja
compressão só é possível se levar em conta que o comportamento
microscópico da matéria é quântico.

ALGUNS TEÓRICOS DA MECÂNICA QUÂNTICA

A mecânica quântica se desenvolveu de forma gradual, recebendo


contribuições de vários teóricos. Entre os principais cientistas que colaboraram
para o crescimento e consolidação da área, estão Max Planck, Albert Einstein,
Niels Bohr, e Werner Heisenberg.

A Conferência Solvay reuniu cientistas de diversas partes


do mundo para discutir mecânica quântica. (Foto: Wikipedia)

Max Planck

Considerado o pai da física quântica, o físico alemão Max Planck


desenvolveu estudos sobre as radiações eletromagnéticas, com a criação de
uma das mais importantes constantes da física, a Constante de Planck.

Nela, Planck determina a energia contida em um fóton através da


equação E=h .v, onde E é a energia do fóton, também conhecida como
quantum de energia; h é a constante de Planck; e v é a frequência da radiação.
Essa equação é usada para indicar a energia e a frequência das radiações
eletromagnéticas.

Albert Einstein

Os estudos do físico alemão Albert Einstein sobre tempo e espaço foram


fundamentais para a concepção moderna do campo da Física. Ao lado de
Planck, foi um dos maiores teóricos da mecânica quântica.
Einstein desenvolveu a Teoria da Relatividade, que enfoca os conceitos
de massa e de energia, na qual, a relação de equivalência massa-energia é
expressa pela fórmula E = mc2, onde é E = energia, m = massa, c = a
velocidade da luz no vácuo.

Niels Bohr

O físico dinamarquês Niels Bohr também deixou sua contribuição para os


estudos da mecânica quântica. Ele preencheu a lacuna deixada por Rutherford,
propondo uma nova teoria atômica, além disso desenvolveu estudos sobre a
radiação.

Bohr propôs uma teoria a partir da descoberta de que a eletricidade


passa através do átomo, o elétron pula para a órbita maior e seguinte, voltando
depois à sua órbita usual. Assim, o modelo atômico ficou conhecido como
modelo Rutherford-Bohr.

Werner Heisenberg

O estudo do físico alemão Werner Heisenberg foram fundamentais para


a evolução dos estudos da mecânica quântica. Ele foi responsável pela criação
de um modelo quântico para o átomo, desenvolvendo teorias relacionadas com
os átomos, raios cósmicos e partículas subatômicas.

Os elétrons são representados pelo seu conteúdo de energia, indicado


pelos números quânticos
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O Princípio da Incerteza de Werner Heisenberg (1901-1976), criado em 1926,


estabeleceu que não é possível calcular a posição e a velocidade de um
elétron em um mesmo instante, ou seja, quanto maior for a precisão da
determinação da medida da posição do elétron, menor será a precisão da
medida de sua velocidade e vice-versa.

Por isso, os cientistas passaram a adotar o conceito de “orbital”, que se refere


à região no espaço ao redor do núcleo do átomo onde é maior a probabilidade
de se encontrar determinado elétron. No modelo de orbitais, o elétron tem
característica dual, isto é, como onda-partícula que se desloca no espaço, mas
que está dentro de uma região (orbital) ao redor do núcleo, como uma nuvem
eletrônica.

Esse movimento do elétron passou a ser descrito por Erwin Schrödinger por
meio de uma equação matemática que associava a natureza corpuscular do
elétron, ou seja, sua natureza como partícula, sua energia, carga e massa.
Durante o processo algébrico da solução da equação de Schrödinger, surgiram
naturalmente códigos matemáticos relacionados com a energia do elétron, que
são denominados de números quânticos. Existem quatro números
quânticos: número quântico principal (n), número quântico secundário ou
azimutal (l), número quântico magnético (m ou ml) e número quântico spin (s ou
ms).

O conjunto de números quânticos nunca se repete para dois elétrons em um


átomo. Portanto, esse conjunto de números quânticos serve para identificar
cada elétron na eletrosfera de um átomo. Então, vejamos como determinar
cada um:

1. Número quântico principal (n): Refere-se ao nível de energia do elétron.

Segundo o modelo atômico de Rutherford-Bohr, os elétrons movimentam-se ao


redor do núcleo em órbitas circulares com quantidades de energia bem
definidas e características, sendo, portanto, chamadas de níveis de energia ou
camadas eletrônicas. Para os elementos conhecidos até o momento, a
quantidade máxima de níveis de energia são sete, sendo representados pelas
letras K, L, M, N, O, P e Q, indo da camada mais próxima ao núcleo para a
mais distante. Essas camadas correspondem respectivamente aos números 1,
2, 3, 4, 5, 6 e 7.

Assim, os valores de n variam de 1 a 7, de acordo com o nível de energia do


elétron. Quanto maior o número quântico principal, maior é a energia do
elétron.
Relação entre o nível de energia e o número quântico principal

2. Número quântico secundário ou azimutal (l): Refere-se ao subnível de


energia do elétron.

Conforme explicado no texto Distribuição eletrônica, os elétrons distribuem-se


nas camadas eletrônicas de acordo com subníveis de energia, que são
identificados pelas letras s, p, d, f, que aumentam de energia nessa ordem.
Cada nível comporta uma quantidade máxima de elétrons distribuídos nos
subníveis de energia.

Para os elementos até então conhecidos, temos apenas quatro tipos de


subníveis:
Tabela da relação entre o subnível de energia e o número quântico secundário

Isso significa que, para um número quântico principal n, o número quântico


secundário será l = n - 1.

3. Número quântico magnético (m ou ml): Refere-se à orientação dos orbitais


no espaço.

O orbital do tipo s possui forma esférica e, portanto, só há uma orientação


possível para ele. Desse modo, só haverá um valor possível para o número
quântico magnético, que será igual a 0:

Representação do orbital s

Veja que o orbital é representado por um quadrado.


Em relação ao subnível do tipo p, conforme a figura abaixo indica, existem três
orientações espaciais possíveis, porque ele apresenta-se na forma de um
duplo ovoide. Então, para o subnível p, há três números magnéticos possíveis,
-1, 0, +1, que são representados por três quadradinhos:

Representação dos orbitais p

Já o subnível d possui cinco orientações espaciais possíveis, sendo que o


número magnético pode apresentar os seguintes valores: -2, -1, 0, +1, +2:

Representação dos orbitais d

Por fim, o subnível f possui sete orientações espaciais possíveis, sendo que o
número magnético pode apresentar os seguintes valores: -3, -2, -1, 0, +1, +2,
+3:
Representação dos orbitais f*

Desse modo, temos as seguintes possibilidades:

Tabela da relação entre orbitais e o número quântico magnético

Esses orbitais costumam ser representados de acordo com um diagrama


energético, como o mostrado a seguir, em que cada “escada” corresponde ao
nível e cada “degral” corresponde ao subnível.
Diagrama energético indicando o número quântico magnético

4. Número quântico spin (s ou m s): Refere-se ao sentido da rotação (no


inglês, spin significa rotação) do elétron.

Dois elétrons conseguem ficar em um mesmo orbital e não se repelirem porque


eles giram em sentidos opostos, o que causa uma força magnética de atração.
Assim, o magnetismo em razão do spin de um elétron é anulado pelo
magnetismo do spin oposto, ficando um sistema estável.

É por isso que cada orbital possui no máximo dois elétrons com spins opostos,
que são simbolizados por setas. Isso é dito pelo Princípio da Exclusão de Pauli.

Por convenção, adotamos o seguinte: a seta para cima corresponde a m s= -1/2,


e a seta para baixo corresponde a ms= +1/2.

ms = -1/2 ou +1/2
ms = ↑ ou ↓

Segundo a Regra de Hund ou Regra de máxima multiplicidade, o


preenchimento dos orbitais de um subnível deve ser feito de uma forma que
contenha o maior número possível de elétrons desemparelhados (isolados).
Por isso, temos que preencher primeiro os orbitais (quadradinhos), colocando
somente as setas para cima, e depois voltamos preenchendo as setas para
baixo.

Vejamos um exemplo:

Indique os quatro números quânticos para o elétron mais energético do Cobre


(Z = 29):

Resolução:

Primeiro realizamos a distribuição eletrônica no Diagrama de Pauling dos 29


elétrons do cobre:

Distribuição eletrônica do cobre no diagrama de Pauling

Veja que o subnível mais energético é o último a ser preenchido, ou seja, o 3d 9.

Subnível mais energético do cobre e sua relação com os números quânticos

*O nível é o M, ou seja, o número principal é: n =3.


*O subnível é o d, então, o número quântico secundário é: l = 2.
* Visto que são nove (9) elétrons e queremos saber o do nono elétron, que foi o
último a ser preenchido e que é o mais energético, vamos realizar a distribuição
deles nos orbitais para descobrir o número quântico magnético e o spin.
Lembrando que primeiro vamos preencher com todas as setas para cima e
depois preencher com as setas para baixo:

Distribuição eletrônica nos orbitais do subnível mais energético do cobre

A última seta a ser preenchida, que é o elétron mais energético, ficou no +1,
então, o valor do número quântico magnético é: ml = +1.

*Visto que a seta está para baixo, por convenção, adotamos que o número
quântico spin é: ms = +1/2.

* Crédito da imagem: Autor: CK-12 Foundation/ Extraído de: Wikimedia


Commons.

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