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Apostila de Física 46 – Relatividade Especial

1.0 Definições
Relatividade na física clássica – A velocidade é relativa, depende do referencial
inercial.
Velocidade da luz:
Não obedece à relatividade.
Em qualquer referencial inercial, sua velocidade será sempre a mesma -
300.105 Km/s.
Princípio da simultaneidade – O instante de tempo lido num referencial é o
mesmo em outro.
As leis da Mecânica são idênticas em relação a qualquer referencial inercial.

2.0 Experiência de Michelson-Morley


Final do século XIX.
Acreditava-se que as ondas eletromagnéticas necessitavam de um meio material
para se propagarem.
Meio elástico, onipresente e invisível – Éter.
Michelson e Morley fizeram uma experiência para provar a existência do éter:
Se um espaço sideral estivesse preenchido por um ‘mar de éter’ imóvel e a
luz fosse realmente propagada através dele, a velocidade desta deveria ser
afetada pela ‘correnteza do éter’ resultante do movimento de translação da
Terra – O raio de luz lançado no sentido do movimento da Terra deveria
sofrer um retardamento.
Aparelho utilizado:
Interferômetro.
Registra variações de até frações de quilômetros por segundo da
velocidade da luz.
Procedimento:
O raio de luz enviado se divide em 2 trajetórias ao atingir a
superfície da lâmina de vidro parcialmente espelhada e
posteriormente volta a unir-se no anteparo.
Um raio de luz faz uma trajetória na direção da hipotética correnteza
do éter, enquanto outro raio de luz descreve outra trajetória
perpendicularmente à velocidade do éter.
Objetivo – Provar a existência do éter, encontrando valores diferentes para
os intervalos de tempo de chegada dos raios de luz.
Conclusão:
Não houve diferença entre os 2 intervalos de tempo.
Não há razão de supor a existência do éter.
Surgimento da Física Moderna.
3.0 Teoria da Relatividade Especial de Albert Einstein
Discute fenômenos que envolvem sistemas de referência inerciais, propondo a
não existência de um sistema de referencial universal.

3.1 Postulados da Teoria da Relatividade Especial

Primeiro postulado:
As leis da Física são idênticas em relação a qualquer referencial inercial.
Como não há um referencial universal, não há diferença entre sistemas
referenciais estacionários ou em movimento.
Não há como provar se um sistema está em repouso ou se deslocando em
MRU.
Segundo postulado:
A velocidade da luz no vácuo é uma constante universal:
É a mesma em qualquer referencial inercial.
Não depende do movimento da fonte de luz.
Tem valor igual em todas as direções.
Velocidade limite no universo.

4.0 Dilatação do Tempo


Os intervalos de tempo são afetados por Einstein – Contraria a simultaneidade
de eventos, proposta por Galileu.
O atraso só é considerado quando as velocidades são comparáveis à luz.
Dedução da fórmula:
Uma fonte de luz, situada no corpo em movimento, emite um feixe vertical
que atinge o teto depois de percorrer uma distância d, em relação a um
referencial R’.
Em relação ao referencial R, fixado no solo, a luz percorre uma distância x
com a mesma velocidade.

Referencial R: Referencial R’:


Está em repouso. Está em MRU.
Vê a luz se movendo obliquamente. Vê a luz se movendo verticalmente.

Corpo que carrega a fonte de luz:


Está em MRU.
Está com velocidade v (não é a velocidade da luz).

ΔT’ – Intervalo de tempo próprio.


5.0 Contração do Comprimento
A contração do comprimento só ocorre na direção do movimento.
O comprimento medido do referencial ao qual um objeto está em movimento é
menor do que o comprimento medido ao referencial em relação ao qual o objeto está em
repouso.
Dedução da fórmula:
Considere um corpo em repouso em relação ao referencial R’, se
movimento com velocidade constante V, relativamente ao referencial R.
O comprimento L da barra medido pelo observador R é menor que o
comprimento L’ medido pelo observador R’.

Referencial R: Referencial R’:


Está em repouso. Está em MRU.
Vê o objeto se movendo em MRU. Vê o objeto em repouso.

L = v.ΔT L’ = v.ΔT’

L’ = v.ΔT’
6.0 Massa Relativística
A massa do corpo é maior quando em movimento do que quando em repouso.
Aumento de massa não significa aumento de partículas do corpo, e sim da
inércia deste.
Se o corpo atingisse a velocidade da luz, nenhuma força seria capaz de acelerá-
lo:
Velocidade limite.
A inércia do corpo seria infinita – A massa seria infinita.
A massa é uma forma de energia – A energia possui inércia.
A massa e a energia são 2 manifestações diferentes da mesma coisa.
Massa relativística:

7.0 Energia
Equivalência entre massa e energia:

E = mc²

Partículas que possuem massa de repouso nula possuem energia e quantidade


movimento (fótons):

E = mc²

E = mc.c

E = Q.c

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