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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
1º CICLO DE ENSINO SECUNDÁRIO

FÍSICA

Conteúdos do Professor 9ª Classe

ELABORADO POR: TÉC. AMÂNDIO SERAFIM


ÍNDICE

Tema 1 – Movimento
1.1. Relatividade do Movimento
 Introdução ao movimento dos corpos;
 Sistemas de referência (referencial)
 A relatividade do movimento.
 Trajectória de um móvel.
 Deslocamento de um corpo

1.2. Movimentos Rectilíneos


 Movimento rectilíneo e uniforme
 Velocidade; Velocidade média e Velocidade instantânea
 Movimento rectilíneo não uniforme.
 Aceleração
 Movimento rectilíneo uniformemente variado
 Velocidade no movimento rectilíneo uniformemente variado
 Representação e Interpretação de gráficos;
 Deslocamento no movimento rectilíneo uniformemente variado
 Velocidade média no movimento rectilíneo uniformemente variado
 Queda livre dos corpos

Tema 2 – Electrostática
2.1. Fenómenos Electrostáticos
 Os fenómenos electrostáticos e a sua importância
 A electrização dos corpos
 Dois tipos de carga. Interacção dos corpos electrizados
 Interpretação dos fenómenos electrostáticos com base na teoria
electrónica; Bons e maus condutores
 O pêndulo eléctrico e o electroscópio
 Estrutura dos átomos. O electrão
 Ideias básicas sobre a estrutura dos condutores, isoladores ou
dieléctricos e semicondutores;
 Electrização por contacto e por influência

Tema 3 – Energia Eléctrica


3.1. Energia eléctrica e suas manifestações
 A energia eléctrica e Fontes de energia eléctrica
 Circuito eléctrico e seus componentes
 Efeitos da corrente eléctrica
 Intensidade da corrente eléctrica; Unidades de medida da corrente
eléctrica
 Medição da corrente eléctrica. O amperímetro
 Diferença de potencial eléctrico. Unidades de medida da diferença de
potencial
 Medição da diferença de potencial eléctrico. O voltímetro
 A corrente eléctrica nos metais, nos electrólitos e nos gases.

3.2. Resistência eléctrica. Lei de Ohm


 Lei de Ohm
 A resistência dos condutores. Unidades de medida da resistência
 Resistência especifica, Factores de que depende a resistência de um
condutor
 Reóstato
 Associação de condutores em série. › Associação de condutores em
paralelo
3.3. Potência e energia eléctrica. Lei de Joule
 Potência eléctrica; Unidade de medida de potência
 A corrente eléctrica e o efeito térmico - efeito Joule. Aplicações da
Lei de Joule
 contador da electricidade”. Os corta - circuitos fusíveis;
 Relação entre as unidades de medida de energia eléctrica e unidades
práticas de energia eléctrica

Tema 4 – Electricidade E Magnetismo


4.1. Efeitos Magnéticos
 A agulha magnética e a bússola. Campo magnético
 Campo magnético de uma corrente eléctrica continua que circula
através de um condutor rectilíneo, através de uma espira circular e
através de uma bobina
4.2. Corrente Eléctrica e os efeitos magnéticos
 Efeitos magnéticos da corrente eléctrica: factores de que depende
 O electroíman e algumas aplicações
 Campo magnético dos ímanes e Campo magnético da terra

4.3. Indução Electromagnética


 Força que o campo magnético exerce sobre um condutor com
corrente; A indução electromagnética como forma de produção de
corrente eléctrica
 Corrente contínua e corrente alternada. Frequência da corrente
alternada
 Geradores industriais de corrente eléctrica. As centrais eléctricas
 Uso da corrente alternada. O transformador
 Rectificador de corrente alternada. O diodo
 Os fenómenos electromagnéticos e o desenvolvimento tecnológico
Tema A – Movimento
Subtema: 1.1. Relatividade do Movimento
Sumário: Introdução ao movimento dos corpos

A Física, em conjunto com outras ciências materiais, estuda as


propriedades objectivas do mundo material que nos rodeia.
Ex: O ar, a água, os corpos celestes, as planta, os animais, etc.

Tudo o que existe realmente no Universo, na Terra e fora dela, tudo o


que podemos ver, apalpar e sentir através dos nossos órgãos sensoriais, é
designado pela ciência como matéria.

Matéria: é tudo aquilo o que actuando sobre os nossos órgãos


sensoriais, produz impressões.

Uma das propriedades mais importantes da matéria é o seu


movimento. Com efeito, à nossa volta vemos uns corpos em movimento e
outros não.
Ex: O edifício da escola parece-nos igual ao que era ontem; os
móveis em nossa casa, as árvores, as estrelas e tantos outros objectos
parecem-nos fixos. Na realidade, tudo o que nos rodeia está em constante
movimento.

A parte da Física que estuda os fenómenos do movimento dos corpos


chama-se Mecânica.

Porém, ela divide-se em três áreas:


a. A clássica – estuda os movimentos do quotidiano;
b. A relativista – estuda os corpos com velocidades próximas à da luz;
c. A quântica – que estuda os movimentos dentro do átomo.

Movimento: é a variação de posição espacial de um objecto ou ponto


material em relação à um referencial no decorrer do tempo.

Tipo de movimento dos corpos


Existem dois tipos de movimentos dos corpos:
a) Movimento progressivo – quando um corpo se desloca em sentido
que coincide com a orientação da trajectória, ou seja, para frente,
então ele terá uma v > 0 e S < 0.

b) Movimento retrógrado – quando o sentido do movimento for


contrário ao sentido da orientação da trajectória, ou seja, para atrás,
então ele terá uma v < 0 e S > 0.
Subtema: 1.1. Relatividade do Movimento
Sumário: Sistema de referência (referencial)

O sistema referencial é um corpo ou corpos escolhidos em relação


aos quais analisa o movimento de um corpo.
Subtema: 1.1. Relatividade do Movimento
Sumário: Relatividade do movimento

 Quando um corpo muda de posição em relação á vizinhança,


dizemos que ele se move.

 Quando um corpo se move, o universo muda de alguma forma,


isto é, ele não é o mais que era antes.

 O sistema de referência dizer que um corpo se move, significa


dizer que se pode verificar os lugares que ele ocupa em relação
a outro corpo ou sistema de corpos.
Ex: Um avião voa horizontalmente e dele se desprende uma peça
que caí ao solo.

 Para o piloto, a peça caí segundo uma linha recta vertical.


 Para uma pessoa em terra, a peça caí segundo uma parábola.

O mesmo movimento aparece de modo diferente para os dois


observadores. Por isso, se diz que o movimento é relativo ao sistema de
referência.
Ex: S2 S1

S = S1 + S2
S
v=
∆t
S1 S2 S1 + S2
v= + =
t t ∆t
𝐯 = 𝐯1 + v2  Equação da soma de velocidade.
S: Distância percorrida pelo corpo (a descolar) com relação ao sistema de
referência fixo.
S1: Distância percorrida pelo corpo (a voar) com relação ao sistema de
referência do móvel
S2: Distância percorrida pelo corpo (no espaço) com relação ao sistema de
referência do móvel.
Subtema: 1.1. Relatividade do Movimento
Sumário: Trajectória de um móvel.

Trajectória: é a linha imaginária que une as diferentes posições que


o corpo ocupa no seu movimento.

Tipos de trajectória
Existe dois tipos de trajectórias, que são: Rectilíneo (uniforme,
acelerado e retardado) e Curvilíneo (uniforme, acelerado e retardado).

1. Trajectória rectilínea
Rectilínea: quando os pontos ocupados pela partícula ao longo do
tempo, definem uma recta.

a) Movimento rectilíneo uniforme – o corpo movimenta-se em linha


recta e sua velocidade nunca muda.

b) Movimento rectilíneo acelerado – o corpo movimenta-se em linha


recta e sua velocidade aumenta com o tempo.

c) Movimento rectilíneo retardado – o corpo movimenta-se em linha


recta e sua velocidade diminui com o tempo.

2. Trajectória curvilínea
Curvilínea: quando os pontos ocupados pela partícula ao longo do
tempo, definem uma curva circular parabólica.
Ex: Um parque, uma rotunda, etc.

a) Movimento curvilíneo uniforme – o corpo não se movimenta em


linha recta e o módulo da sua velocidade nunca muda.

b) Movimento curvilíneo acelerado – o corpo não se movimenta em


linha recta e o módulo da sua velocidade aumenta com o passar do
tempo.

c) Movimento curvilíneo retardado – o corpo movimenta-se em linha


recta e o módulo da sua velocidade diminui com o passar do tempo.
Subtema: 1.1. Relatividade do Movimento
Sumário: Deslocamento de um corpo.

Deslocamento: é a medida feita em linha recta entre o ponto de partida


e o ponto de chegada de um móvel.

No deslocamento o que importa é apenas a posição inicial e final.

O deslocamento é uma grandeza vectorial, e, é representado por um


vector, ou seja, tem origem no ponto de partida e a extremidade é o seu
ponto de chegada.
S = S – S0
x = x0 + x x = x – x0
y = y0 + x y = y – y0

O deslocamento é uma grandeza que é dada por um determinado valor,


uma direcção e um sentido.

Vector: é um segmento de recta orientada que tem uma seta num dos
seus extremos; o segmento de recta indica a direcção, o comprimento do
segmento indica o módulo e a seta indica o sentido.

O módulo do vector deslocamento é calculado por teorema de


Pitágoras, que nos diz: o quadrado da hipotenusa é a igual a soma dos
quadrados do catetos.
Ex: H

C.O
C.A
H
= Cosα
C. A
H
= Senα
C. O

a2 = ax2 + ay2
𝐚𝟐 + 𝐛𝟐 = 𝐜 𝟐 : Teorema de Pitágoras
𝑎 = √𝑎𝑥 2 + 𝑎𝑦2
Exercício 1 – Um carro se desloca do ponto A para o ponto B, sabendo que
o ponto A é igual a 0km e o ponto B é igual a 100km. Qual é o seu
deslocamento?
Resolução
S = S – S0
S = 100km – 0km
S = 100km
Resposta: O deslocamento do ponto A para ponto B é de 100km.

Exercício 2 – Do mesmo modo, o carro poderia ter partido do km 20. A ideia


para calcular seria a mesma.
Resolução
S = S – S0
S = 100km – 20km
S = 80km
Resposta: O deslocamento do ponto A para ponto B é de 80km.

Exercício 3 – Calcule a variação da posição do corpo, cuja coordenada


inicial é de 9m e a coordenada final do corpo é de 15m.
Resolução
x = x – x0
x = 15m – 9m
x = 6m
Resposta: A variação da posição corpo é de 6m.

Exercício4 – Um corpo que une a posição inicial da coordenada y é de 15m,


já que a posição final é de 23m. Qual é a variação do corpo no eixo y?
Resolução
y = y – y0
y = 23m – 15m
y = 8m
Resposta: A variação do corpo no eixo y é de 6m.

Exercício 5 – Calcule a medida do lado A de um triângulo rectângulo,


sabendo que o lado B e C mede respectivamente 3m e 4m.
Resolução
𝑎 = √𝑎𝑥 2 + 𝑎𝑦2
𝑎 = √32 + 42
𝑎 = √9 +16
𝑎 = √25
𝑎 = 5m
Resposta: A medida do lado A de um triângulo rectângulo é de 5m.
Exercício 6 – Num triângulo rectângulo a hipotenusa mede 15m e o cateto
maior mede 12m. Quanto mede o cateto menor?
Resolução
𝑏 = √𝑎𝑥 2 − 𝑎𝑦2
𝑏 = √152 − 122
𝑏 = √225 − 144
𝑏 = √81
𝑏 = 9m
Resposta: O cateto menor mede 9m.

Actividades
1. O que é o deslocamento?
R: Deslocamento: é a medida feita em linha recta entre o ponto de partida e
o ponto de chegada de um móvel.

2. O que importa no deslocamento?


R: No deslocamento o que importa é a posição inicial e final.

3. O que nos diz o Teorema de Pitágoras?


R: O Teorema de Pitágoras, que nos diz: o quadrado da hipotenusa é a igual
a soma dos quadrados do catetos.

4 – No momento inicial, o corpo se encontrava no ponto de coordenada


inicial igual a −2m e posição inicial igual a 1m. O corpo deslocou-se
passando a ocupar o ponto de coordenada final igual a 2m e posição final
igual a 4m.
a) Determine a projecção do vector deslocamento sobre os eixos x e y.
b) Represente graficamente este S. Qual será o seu valor modular?
Resolução
Determinação de projecção do vector deslocamento sobre os eixos x e y
Dados Fórmula Substituição
𝑥 0 = −2m Sx = x – x0 Sx = 2 – (−2)
𝑦0 = 1m Sy = y – y0 Sx = 2 + 2 = 4m
x = 2m 2
𝑎 = √𝑎𝑥 + 𝑎𝑦 2 Sy = 4 – 1 = 3m
y = 4m 𝑎 = √32 + 42
S =? 𝑎 = √9 +16
𝑎 = √25 = 5m
Representação gráfica deste S
𝐲

𝟐
𝟏

𝟎 𝟏𝟏 𝟐 𝟑 𝟒 𝐱

O seu valor modular será:


S = Sx – Sy
𝑆 = √𝑠𝑥 2 + 𝑠𝑦2
𝑆 = √32 + 42
𝑆 = √9 +16
𝑆 = √25 = 5m

Exercício 2 – Um corpo em movimento, desloca-se da posição de


coordenada (−𝟏; 𝟑) para a posição (−4; 1). Calcule:
a) O valor da projecção do vector deslocamento.
b) O módulo do vector deslocamento?
Resolução
Valor da projecção do vector deslocamento
Dados Fórmula Substituição
𝑥 0 = −1m Sx = x – x0 Sx = −4 – (−1)
𝑦0 = 3𝑚 Sy = y – y0 Sx = −4 + 1 = 3m
x = −4m 2
𝑎 = √𝑎𝑥 + 𝑎𝑦 2 Sy = 1 – 3 = −2m
y = 1m 𝑎 = √(−3)2 + (−2)2
S =? 𝑎 = √9 +4
𝑎 = √13 = 3,6m
O módulo do vector deslocamento
𝑆 = √𝑠𝑥 2 + 𝑠𝑦2
𝑆 = √(−3)2 + (−2)2
𝑆 = √9 +4
𝑆 = √13 = 3,6m
Subtema: 1.2. Movimentos rectilíneos
Sumário: Movimento rectilíneo uniforme (MRU).

Movimento rectilíneo uniforme – é o movimento que ocorre com


velocidade constante em uma trajectória recta.
Ex: Quando estamos viajando em uma estrada plana e recta e o
velocímetro indica sempre a mesma velocidade.

O movimento rectilíneo uniforme (MRU) é aquele em que um corpo


sofre deslocamentos iguais em intervalos de tempos iguais.
Ex: 𝐱 (𝐦)
𝟓0

𝟒0

𝟑0

𝟐0

𝟏0
𝐭 (𝐬)
𝟎 𝟏 𝟐 𝟑 𝟒 𝟓

Lei das posições no movimento rectilíneo uniforme


𝐱 = 𝐱0+𝐯. 𝐭

𝐱0: Posição inicial (m)


𝐱: Posição final em instante t (m)
𝐯: Velocidade (m/s)

Exercício 1 – Leis das posições de uma partícula no MRU é dado pela


equação seguinte: 𝐱 = 𝟏𝟎 + 𝟓. 𝐭 (𝐦)
a) Indique a posição inicial, a velocidade e o sentido do movimento.
x = x0+v. t
x = 10 + 5. t (m)
Comparando duas equações temos:
x0 = 10m
v = 5m/s
v > 0: O corpo desloca-se no sentido positivo da trajectória.

b) Determine a posição da partícula no instante 𝐭 = 𝟐𝐬.


x = x0+v. t
x = 10 + 5. t
x = 10 + 5.2
x = 10 + 10
x = 20 (m)

Exercício 2 – As leis das posições de uma partícula no MRU é dado pela


equação seguinte: 𝐱 = 𝟓 + 𝟐. 𝐭 (𝐦)
a) Indique a posição inicial, a velocidade e o sentido do movimento.
x = x0+v. t
x = 5 + 2. t (m)
Comparando duas equações temos:
x0 = 5m
v = 2m/s
v > 0: O corpo desloca-se no sentido positivo da trajectória.

b) Determine a posição da partícula no instante 𝐭 = 𝟏𝟎𝐬.

x = x0+v. t
x = 5 + 2.10
x = 5 + 2.10
x = 5 + 20
x = 25 (m)

Exercício 3 – Leis das posições de uma partícula no MRU é dado pela


equação seguinte: 𝐱 = 𝟐𝟎 − 𝟏𝟎𝐭 (𝐦)
a) Indique a posição inicial, a velocidade e o sentido do movimento.
x = x0+v. t
x = 20 − 10t (m)
Comparando duas equações temos:
x0 = 20m
v = −10m/s
v < 0: O corpo desloca-se no sentido negativo da trajectória.

b) Determine a posição da partícula no instante 𝐭 = 𝟏𝐬.

x = x0−v. t
x = 20 − 10.1
x = 20 − 10
x = 10 (m)

c) Em que instante a partícula passa pela posição de 15m?

x = 20 − 10t (m)
t =?
x = 15m  20 − 10t = 15
 10t = 20 − 15
 10t = 5
5
 t = = 0,5 (s)
10
Actividades
Exercício 1– Lei das posições de uma partícula no MRU é dado pela
equação seguinte: 𝐱 = 𝟏𝟎𝟎 − 𝟓𝟎𝐭 (𝐦)
a) Indique a posição inicial, a velocidade e o sentido do movimento.
x = x0+v. t
x = 100 − 50t (m)
Comparando duas equações temos:
x0 = 100m
v = −50m/s
v < 0: O corpo desloca-se no sentido negativo da trajectória.

b) Determine a posição da partícula no instante 𝐭 = 𝟑𝐬.


x = x0−v. t
x = 100 − 50.3
x = 100 − 150
x = −50 (m)
c) Em que instante a partícula passa pela posição de 50m?
x = 100 − 50t (m)
t =?
x = 50m  100 − 50t = 50
50t = 100 − 50
 50t = 50
50
 t = = 1 (s)
50

Exercício 2 – Lei das posições de uma partícula no MRU é dada por: 𝐱 =


𝟏 + 𝟐𝐭 (𝐦)
a) Indique a posição inicial, a velocidade e o sentido do movimento.
x = x0+v. t
x = 1 + 2t (m)
Comparando duas equações temos:
x0 = 1m
v = 2m/s
v < 0: O corpo desloca-se no sentido positivo da trajectória.

b) Determine a posição da partícula no instante 𝐭 = 𝟏𝐬.


x = x0+v. tx = 1 + 2.1
x=1+2
 x = 3 (m)
Subtema: 1.2. Movimentos rectilíneos
Sumário: Velocidade, velocidade média e velocidade instantânea.

A velocidade de um corpo é dada pela relação entre o deslocamento


de um corpo em determinado tempo.

A velocidade do movimento de um corpo é uma grandeza igual á razão


entre o deslocamento do corpo e o tempo em que se efectuou esse
deslocamento.
𝐬
𝐯=
∆𝐭

A velocidade indica-nos o deslocamento que o corpo realiza na


unidade de tempo, então o deslocamento do corpo pode ser caracterizado
pela equação:
𝐒 = 𝐯𝐭
A velocidade divide-se em dois principais tópicos: Velocidade média
e instantânea.

As unidades de velocidade usualmente adoptadas são:


 Metro por segundo (m/s)
 Quilometro por hora (km/h)

Na Física, a velocidade média é uma grandeza que identifica o


deslocamento de um corpo num determinado tempo.

Assim, a velocidade média (vm), mede num intervalo de tempo médio,


a rapidez da deslocação de um corpo.

Para calcular a velocidade média de um corpo num espaço percorrido


em determinado tempo gasto no percurso, utiliza-se a seguinte expressão:
∆𝑺
vm =
∆𝒕
Onde:
vm: velocidade média (m/s)
S: Variação do espaço (m)
t: variação do tempo (s)

Exercício 1 – Um automóvel percorre 600km durante 10h. Calcule a


velocidade média do automóvel?
Resolução
∆𝑆
vm =
𝑡
600𝑘𝑚
vm =
10ℎ
vm = 60𝑘𝑚/h
Resposta: A velocidade média do automóvel é de 60km/h.

Exercício 2 – Um nadador, em nado livre, percorre a distância de 100m em


um tempo de 50s. Considerando sua velocidade constante durante todo o
percurso. Determine a velocidade média.
Resolução
∆𝑆
vm =
∆𝑡
100𝑘𝑚
vm =
50ℎ
vm = 2𝑘𝑚/h
Resposta: A velocidade média do automóvel é de 2km/h.

Exercício 3 – Um avião parte às 15h de São Paulo com destino ao Rio de


Janeiro e previsão de chegada às 21h. Calcule a velocidade média dessa
viagem que dista 450km?

Resolução
∆𝑆
vm =
∆𝑡
450𝑘𝑚 450
vm = =
21ℎ−15ℎ 6
vm = 75𝑘𝑚/h
Resposta: A velocidade média do avião é de 75km/h.

Exercício 4 – Um voo saiu de Luanda às 8h e chega a Benguela, que dista


174km da capital às 11h. No trecho de Bengo á Cabinda, de
aproximadamente 45km, a sua velocidade foi constante e igual a 90km/h.
Calcule a velocidade média no trajecto de Luanda á Benguela e o tempo
gasto entre Bengo á Cabinda?

Dados Fórmula Substituição


𝑆−𝑆. 147−0 147
S = 147km vm = vm = = = 58𝑘𝑚/h
𝑡−𝑡. 11−8 3
S0 = 0km ∆𝑆
t = 11h vm = ∆𝑆 45
𝑡
vm =  90 =
t0 = 8h 𝑡 𝑡
Vm =? 45
 90t = 45  𝑡 =
90
t = 0,5h

Resposta: A velocidade média no trajecto de Luanda á Benguela é de


58km/h e o tempo gasto entre Bengo á Cabinda é de 0,5h.
Velocidade instantânea
A velocidade instantânea é a velocidade medida em um determinado
momento.

A velocidade instantânea: é o valor da velocidade para um intervalo


de tempo extremamente pequeno.

Quando falamos da velocidade instantânea, devemos lembrar que em


MRU a velocidade é constante, portanto, a velocidade é sempre a mesma.

Para calcular a velocidade instantânea de um corpo, utiliza-se a


seguinte expressão:
𝐯 = 𝐯0 + 𝐚𝐭
Onde:
𝑣: velocidade final (m/s)
v0: velocidade inicial (m/s)
a: aceleração (m/s2)
t: tempo (s)

Exercício 1 – Um veículo trafega com aceleração constante de 10 m/s2. Qual


é a velocidade do veículo após 8s, sabendo que a v0 do mesmo é de 4m/s?
Resolução
𝐯 = 𝐯0 + 𝐚𝐭
v = 4 + 8.10
v = 4 + 80 = 84 m/s
Resposta: A velocidade do veículo após 84m/s
Exercício 2 – Um veículo obedece a seguinte função da velocidade: v =
5 + 6t. Sabendo disso, calcule a velocidade desse veículo no instante t =
12s.
Resolução
𝐯 = 𝐯0 + 𝐚𝐭
v = 5 + 6.12
v = 5 + 72 = 77 m/s
Resposta: A velocidade do veículo após 77m/s.
Exercício 3 – Calcule a velocidade que um automóvel passa pelo radar,
sabendo que quando avistou o radar e pisou no freio, a velocidade do veículo
era de 35m/s e que sofreu desaceleração de 2m/s2. Após accionar os freios,
o veículo gastou 6s para passar o radar.
Resolução
𝐯 = 𝐯0 − 𝐚𝐭
v = 35 − 2.6
v = 35 − 12 = 23 m/s
Resposta: A velocidade do veículo após 23m/s.
Subtema: 1.2. Movimentos rectilíneos
Sumário: Movimento rectilíneo não uniforme (MRU)

No movimento rectilíneo não uniforme (MRU), a velocidade é


constante no decorrer do tempo (não varia em módulo, sentido ou direcção),
portanto, a aceleração é nula.

Movimento rectilíneo não uniforme (MRU) – é descrito como


movimento de um móvel em relação a um referencial, movimento este ao
longo de uma recta de forma uniforme, ou seja, com velocidade constante.
S = vt
Onde:
S: deslocamento do corpo (m)
v: velocidade (m/s)
t: tempo (s)

Exercício 1 – Um móvel se desloca sobre uma linha recta, conforme o


diagrama a seguir. O instante t = 10s, em que a posição do móvel é de 20m.
Calcule a velocidade do móvel?
Resolução:
S = vt
20 = v.10
v = 20/10
v = 2m/s
Resposta: A velocidade do móvel é de 2m/s.

Exercício 2 – Um móvel se desloca sobre uma linha recta, conforme o


diagrama a seguir. O instante t = 5s, em que a posição do móvel é de 10m.
Calcule a velocidade do móvel?
Resolução:
S = vt
10 = v.5
V = 10/5
V = 2m/s
Resposta: A velocidade do móvel é de 2m/s.
Subtema: 1.2. Movimentos rectilíneos
Sumário: Aceleração de um corpo

Em Física, a aceleração, é a taxa de variação em função do tempo, ou


seja, é a grandeza física em que relaciona a mudança da velocidade em
relação ao tempo.

Chama-se aceleração de um corpo em movimento á uma grandeza


que é igual ao quociente da variação do corpo pelo intervalo de tempo no
decorrer do qual esta variação ocorre; tem como unidade no Sistema
Internacional (S.I): metro por segundo ao quadrado (m/s2).

A aceleração é fundamentalmente grandeza vectorial, por ser


definida por seu módulo, sentido e sua direcção.

Desaceleração: é a aceleração que diminui o valor absoluto da


velocidade.

Para calcular a aceleração de um corpo, utiliza-se a seguinte expressão


matemática:
𝐯 − 𝐯.
𝐚=
𝐭
Onde:
a: aceleração (m/s2)
𝑣: velocidade final (m/s)
v0: velocidade inicial (m/s)
t: tempo (s)

Tipo de Aceleração
1- Aceleração acelerado: é o movimento em que há aumento da
velocidade (a > 0);
2- Aceleração retardado: é o movimento no qual ocorre a diminuição
da velocidade (a < 0).

Exercício 1 – Durante uma arrancada, a chita consegue atingir a velocidade


de 104km/h em um intervalo de tempo de aproximadamente 9,6s. Determine
a aceleração do animal durante a sua arrancada.
Resolução
Dados
104000m
v = 104km/h = = 28,9m/s
3600s
v0 = 0m/s
t = 9,5s
a =?
v − v.
a=
t
28,9−0 28,9
a= = = 3m/s2
9,6 9,6

Exercício 2 – Determine a velocidade final de um móvel que inicia um


processo de frenagem que dura 8s, com desaceleração constante de 2,5m/s2.
Sabendo que a velocidade inicial era de 20m/s.
Resolução
v − v.
a=
t
𝑣−20
 − 2,5 =
8
 − 20 = v – 20
 v = − 20 + 20
 v = 0 m/s
Actividades
1. O que é a aceleração?
R: A aceleração é a grandeza física em que relaciona a mudança da
velocidade em relação ao tempo.

2. Quantos tipos de aceleração existe?


R: Existe dois tipos de aceleração que são acelerado e retardado.

Exercício 1 – Considere as seguintes funções da velocidade: v1 = 90 + 3t


e v2 = 180 + 0t. Calcule o instante t em que as velocidades são iguais.
Resolução
𝑣1 = 𝑣2
 90 + 3t = 180 + 0t
 3t – 0t = 180 – 90
 3t = 90
90
t=
3
 t = 30s
Subtema: 1.2. Movimentos rectilíneos
Sumário: Movimento rectilíneo uniformemente variado (MRUV)

O Movimento rectilíneo uniformemente variado (MRUV) é o


movimento no qual a velocidade escalar varia uniformemente no decorrer do
tempo.

O Movimento rectilíneo uniformemente variado (MRUV): é


aquele em que a velocidade varia de quantidades iguais em intervalos de
tempos iguais.

O Movimento rectilíneo uniformemente variado “MRUV”, é


directamente proporcional ao intervalo de tempo em que se verifica essa
variação.
O Movimento rectilíneo uniformemente variado, ocorre quando um
corpo se desloca ao longo de uma trajectória rectilínea e com uma aceleração
constante. Quer dizer que, a velocidade do corpo apresenta sempre a mesma.

Para calcular o Movimento rectilíneo uniformemente variado de um


corpo, usa-se a expressão da velocidade instantânea: 𝐯 = 𝐯0 + 𝐚𝐭

O Movimento rectilíneo uniformemente variado pode ser: acelerado


e retardado.

a) MRUV acelerado: ocorre quando um corpo cuja velocidade e


aceleração têm o mesmo sinal (v > 0 e a > 0).

b) MRUV retardado: ocorre quando um corpo cuja velocidade e


aceleração têm sinais opostos (v < 0 e a < 0).

1. Lei das posições no MRUV


𝒂
𝐱 = 𝐱0+𝐯0𝐭 + 𝒕2
𝟐

x0: posição inicial


v0: velocidade inicial

 Se a, v têm o mesmo sinal: movimento é acelerado.


 Se a, v têm sinais contrários: movimento é retardado.

Exercício 1 – A lei das posições de uma partícula no MRUV é dada por:


𝐱 = 𝟓 + 𝟐𝐭 + 𝐭2 (m)
a) Determine a posição inicial, a velocidade inicial, a aceleração do
movimento e o tipo de movimento.
Expressão geral da equação
𝑎 2
x = x0+v0t + 𝑡
2
x = 5 + 2t + t2 (m)

Comparando as duas equações temos:


x0 = −4m x0 = −4m
𝑣0 = 4m/s 𝑣0 = 4m/s
𝑎
=1 a = 2m/s2
2

Se a, v têm sinal contrário do movimento é rectilíneo no sentido da


trajectória.

b) Calcula a posição no instante t = 5s.


𝑎
x = x0+v0t + 𝑡2
2
x = 5 + 2t + t2 (m)
x = −4 + 4.5 + 52
x = −4 + 20 + 52
x = −4 + 20 − 25
x = −4 − 5 = −9m

c) Calcule em que instante a partícula passa pela posição de −1m.


𝑎
x = x0+v0t + 𝑡2
2
x = 5 + 2t + t2 (m)
x = −1m  −4 + 4t − t2 = −1
 −t2 +4t − 4 + 1 = 0
 −t2 +4t − 3 = 0
∆= 𝑏2 – 4ac
∆= 42 – 4. (−1). (−3)
∆= 16– 12
∆= 4
√4 = 2

−𝑏+√∆ −4+√4 −4+2 −2


t1= = = = = 1𝑠
2𝑎 2.(−1) −2 −2

−𝑏−√∆ −4−√4 −4−2 −6


t1= = = = = 3𝑠
2𝑎 2.(−1) −2 −2
R: Podemos concluir que em instante t = 1s ou t = 3s a partícula passa
pela posição de −1m.

Exercício 2 – A lei das velocidades de uma partícula no MRUV é dada


por: 𝐯 = 𝟐 + 𝟐𝐭 (m/s)
a) Indique a velocidade inicial, a aceleração e o tipo de movimento.
4m
𝑣0 = 𝑣0 = 4m/s
s
𝑎
=2 a = 4m/s2
2

b) Sabendo que a posição inicial 𝑥 0 = 3m, estabeleça a equação das


posições.
𝑎
x = x0+v0t + 𝑡2 (m)
2
𝑥 0 = 3m; x = 3 + 2t + t2 (m)

c) Representa graficamente as velocidades em função do tempo.


𝒗 = 𝟐 + 𝟐𝐭 (m/s)
𝑡 0 1 𝑥 (m)

𝑥 2 4 4
1
𝒗 = 𝒗0+𝐚𝐭 3
𝑣 = 4 − 2.0 = 4m/s
𝑣 = 4 − 2.2 = 0m/s 2

1 2 3 4 𝑡 (s)

d) Em que instante a partícula passa pela posição de 6m.


x = 3 + 2t + t2 (m)
x = 6m  6 = 3t + t2
 6 − 3 − 2t − t2 = 0
 −t2 −2t + 3 = 0
Subtema: 1.2. Movimentos rectilíneos
Sumário: Velocidade no movimento rectilíneo uniformemente variado.

O MRUV, demonstra que a velocidade varia uniformemente em razão


ao tempo. Diz-se que a velocidade do móvel sofre variações iguais em
intervalos de tempos iguais. No MRUV, a aceleração média assim como a
sua aceleração instantânea são iguais.

Para o cálculo da velocidade no MRUV, utiliza-se as seguintes


equações:
v = v0 + at (1)
v−v.
a= (2)
t

v = at (3)  Equação da velocidade no MRUV


𝑎𝑡 2
S = S0 + v0 + (4)
2
v2 – v2 = 2aS (5) Equação de Torricelli

Exercício 1 – A velocidade de uma partícula varia de acordo com a função:


𝑣 = 4 + 8t (m/s). Determine:
a) V0 da partícula
b) Aceleração da partícula
c) Velocidade da partícula no instante t = 2s.
d) A variação de velocidade nos primeiros 4s.
Resolução
a) Com v = v0 + at, temos: 𝑣 = 4 + 8t, então v0 = 4m/s.
b) A aceleração da partícula é constante característica do MRUV, então
a = 8m/s
c) 𝑣 = 4 + 8.2 = 4 + 16 = 20 m/s
d) 𝑣 = 4 + 8.4 = 4 + 32 = 36 m/s, então v = v4 – v0 = 36 – 4 =
32m/s

Exercício 2 – Um determinado veículo em certo instante, possui uma


velocidade de 20m/s. a partir deste instante, o condutor do veículo acelera
seu carro constantemente em 4m/s2. Qual é a velocidade que o automóvel
terá após ter percorrido 130m?
Resolução
v – v2 = 2aS
2
 v2 – 202 = 2.4.130
 v2 – 400 = 1040
 v2 = 1040 −400
 v2 = 640
 𝑣 = √640 = 25,2 m/s

Exercício 3 – Determine a v0, S0 e a aceleração do móvel, uma vez que o


mesmo encontra-se em MRUV, segundo a função: S = 20 – 2t + t2.
Resolução
𝑎𝑡 2
Com S = S0 + v0 + , temos: v0 = −2m/s; S0 = 20m e a = 1.2 = 2m/s2
2

Relação entre espaço e velocidade no MRUV – Equação de Torricelli


A equação de Torricelli foi descoberta por Torricelli para encontrar a
velocidade final de um corpo em MRUV sem conhecer o intervalo de tempo
em que este permaneceu em movimento.
𝑣 = 𝑣0+at (1)
𝑎
x = x0+v0t + 𝑡2 (2)
2
da 1ª 𝑣 = 𝑣0+at  𝑣 = 𝑣0−at
v−v.
t=
a
(𝑣−𝑣.) 𝑎 (𝑣−𝑣.)
Substituindo a 2ª x = x0+v0 + ×
𝑎 2 𝑎
(𝑣−𝑣.) 𝑎 (𝑣−𝑣.)
x − x0= v0 + ×
𝑎 2 𝑎

(𝑣−𝑣.) (𝑣−𝑣.)
x − x0= v0 +
𝑎 2𝑎

(𝑣−𝑣.)
x − x0=  Equação de Torricelli
2𝑎

𝑣−𝑣.
S=  𝑣2 – 𝑣02 = 2as
2𝑎

Exercício 1 – Um corpo desloca-se numa estrada rectilineo aumenta a sua


velocidade de 10m/s para 20m/s em 2s. Determine:
a) A aceleração do movimento.
𝑣−𝑣. 20−10 10
a= = = = 5m/s2
𝑡 2 2

b) O deslocamento percorrido.
𝑣 − 𝑣. 20 − 10 400 − 100 300
S= = = = = 30m
2𝑎 2.5 10 10
Exercício 2 – Um corpo desloca-se numa estrada rectilineo aumenta a sua
velocidade de 10m/s em 2s. Determine:
a) A aceleração do movimento.
𝑣−𝑣. 10−0 10
a= = = = 2m/s2
𝑡 5 5

b) O deslocamento percorrido quando o corpo atinge 20m/s de


velocidade.
𝑣 − 𝑣. 20 − 0 400 − 0 400
S= = = = = 100m
2𝑎 2.2 4 4

c) A velocidade quando o corpo atinge 100m de deslocamento.


𝑣 – 𝑣 02 = 2as
2

 𝑣2 – 02 = 2.2.100
 𝑣2 = 4.100
 𝑣 = √400 = 20m/s
Subtema: 1.2. Movimentos rectilíneos
Sumário: Representação e Interpretação de gráficos.

No MRUV a velocidade é constante e o gráfico da velocidade em


função do tempo (v.t) é uma recta constante paralela ao eixo das abcissas.

A função que determina a velocidade de um móvel em qualquer


instante é a seguinte e é uma função do 1º grau: 𝐯 = 𝐯0 + 𝐚𝐭.

Como se trata de uma função do 1º grau, o seu gráfico é uma recta que
pode assumir diferentes formas de acordo com o sinal da aceleração (a> 0 ou
a <0).

A velocidade tem os seguintes aspectos gráficos:


1. Se a aceleração for positiva (a> 0)
v

V0

0 t
Velocidade inicial positiva
v

0 t

Velocidade inicial nula


v
0 t
v0
Velocidade inicial negativa

2. Se a aceleração for negativa (a <0), o gráfico da velocidade em


função do tempo, pode assumir a seguinte forma:
v

v0

00 t
Subtema: 1.2. Movimentos rectilíneos
Sumário: Deslocamento no movimento rectilíneo uniformemente
variado.

No estudo da cinemática (estuda os movimentos dos corpos),


encontramos corpos que se deslocam, objectos que giram e também aqueles
que produzem movimentos.

No MRUV o deslocamento aumenta ou diminui conforme alteramos


as variáveis.

Para o cálculo do deslocamento no MRUV, utiliza-se as seguintes


equações:
v = v0 + at
v = v0 − at
𝑎𝑡 2
S = S0 + v0t +
2
v2 – v2 = 2aS
v = √2aS

Exercício 1 – Uma tartaruga caminha em linha recta a 40m/s, por um


tempo de 15s e 30m de distância. Qual é a distância percorrida, sabendo
que a aceleração é de 4m/s2?
Resolução
𝑎𝑡 2
S = S0 + v0t +
2
4.152
S = 30 + 40.15 +
2
900
S = 30 + 600 +
2
S = 630 +450
S = 1080m.

Exercício 2 – Uma tartaruga caminha em linha recta a 20m/s, por um tempo


de 5s e 10m de distância. Qual é a distância percorrida, sabendo que a
aceleração é de 2m/s2?
Resolução
S = S0 + v0t +(at2)/2
S = 10 + 20. 5 +(2. 52)/2
S = 10 + 100 +50/2
S = 110 +25
S = 135m.

Subtema: 1.2. Movimentos rectilíneos


Sumário: Velocidade média no movimento rectilíneo uniformemente
variado.

Velocidade média no MRUV: é igual a semi-soma da velocidade


inicial e da velocidade final.
𝑣. +𝑣
V𝑚 =
2
Onde:
𝑣0: velocidade inicial (m/s)
𝑣: velocidade final (m/s)
𝑣m: velocidade média (m/s)

Exercício 1 – Um automóvel parte do repouso em MRUV e ao fim de 10s,


já percorreu 100m. Do décimo segundo em diante, a aceleração deixa de agir.
A velocidade média do móvel durante os primeiros segundo era 30m/s.
Resolução
𝑣. +𝑣
V𝑚 =
2
0 + 30
V𝑚 =
2
30
V𝑚 =
2
V𝑚 = 15 m/s
Resposta: A velocidade média do móvel durante os primeiros segundo é de
15m/s.

Exercício 2 – Um automóvel parte do repouso em MRUV e ao fim de 20s,


já percorreu 300m. Do décimo segundo em diante, a aceleração deixa de agir.
A velocidade média do móvel durante os primeiros segundo era 40m/s.
Resolução
Vm = (v0+v)/2
Vm = (0+40)/2
Vm = 40/2
Vm = 20 m/s
Subtema: 1.2. Movimentos rectilíneos
Sumário: Queda livre dos corpos.

Queda livre é um movimento vertical, em que um corpo é abandonado


no vácuo ou em uma região onde a resistência do ar é desprezível.

Queda livre: é um movimento de um corpo que não enfrenta


obstáculo, apenas a acção da força de gravidade.

No movimento de queda livre, a trajectória é rectilínea e a aceleração


constante.

Trata-se de MRUV e as suas funções descrevem o movimento de


queda livre é as mesmas que descrevem o MRUV com a diferença que a
queda livre ocorre sempre no eixo vertical das ordenadas.

Características da queda livre


 A direcção da queda é vertical;
 O sentido da queda livre é de cima para baixo;
 A queda livre é o MRU acelerado na direcção e sentido da força do
peso.

1- A lei da velocidade da queda livre


𝐯 = 𝐠. 𝐭

2- O deslocamento percorrido na queda livre


𝟏
𝑺 = 𝐠𝐭2
𝟐
𝐡 = 𝐡𝐪 – 𝐒

Para calcular a queda livre de um corpo, utiliza-se as seguintes


expressões matemática:
𝐯 = 𝐯0 + 𝐠𝐭
𝐠𝒕𝟐
y = y0 + v0t +
𝟐
𝐯2 – 𝐯.2 = 𝟐𝐠𝐲
𝐠𝒕𝟐
h=
𝟐

Relação de equações do MRU e MRUV na queda livre


a) Equação da velocidade instantânea
𝐯 = 𝐯0 + 𝐚𝐭---------------------------------------------------- 𝐯 = 𝐯0 + 𝐠𝐭

b) Equação da distância
𝐚𝒕𝟐 𝐠𝒕𝟐
S = v0t + ------------------------------------------------ h = v0t +
𝟐 𝟐

c) Equação da posição final


𝐚𝒕𝟐 𝐠𝒕𝟐
x = x0 + v0t + ----------------------------------------------- y = y0 + v0t +
𝟐 𝟐

d) Equação de Torricelli
𝐯 – 𝐯.2 = 𝟐𝐚𝐒---------------------------------------------------- 𝐯2 – 𝐯.2 = 𝟐𝐠𝐲
2

Exercício 1 – Um corpo é abandonado em queda livre de uma determinada


h e leva 6s para chegar a superfície. Com qual velocidade o corpo chega ao
solo, considerando g = 10m/s2?
Resolução
v = g. t
v = 10.6
v = 60 m/s
Exercício 2 – Um tijolo caí de um edifício em construção e chega ao solo
com uma velocidade de 30m/s. Calcule a h do edifício e o tempo da queda
do tijolo, considerando g = 10m/s2?
Resolução
𝐯 = 𝐠. 𝐭
 30 = 10. t
30
 t = = 3s
10
g𝑡 2
h =
2
10.32
h =
2
10.9 90
h = = = 45 m
2 2
Exercício 3 – Um corpo é lançado verticalmente para cima, com uma
velocidade de 25m/s. Qual será a sua velocidade depois de 4s e que
deslocamento realiza o corpo neste intervalo de tempo?
Resolução
v = 25 + (−10).4
v = 25 − 40
v = −15 m/s
g𝑡 2
h = v0t +
2
(−10).42
h = 25.4 +
2
(−160)
h = 100 +
2
h = 100 −80
h = 20m

Tema 2 – Electrostática
Subtema: 2.1. Fenómenos Electrostáticos
Sumário: Os fenómenos electrostáticos e a sua importância.

Electrostática: é o ramo da electricidade que estuda as propriedades


e o comportamento de cargas eléctricas em repouso.

A electrostática é dividida em três partes: atrito, contacto e indução.

Princípio da electrostática
Existem dois importantes princípios da electrostática:
a) Princípio da atracção e repulsão: são cargas eléctricas de mesmo
sinal se repelem e de sinal contrário se atraem.
Ex:
+ −

+ +

b) Princípio da conservação das cargas eléctricas: é um sistema


isolado electricamente, a soma das cargas eléctricas continua
constante.

Os fenómenos electrostáticos e sua importância


Embora os primeiros avanços científicos na área remontam aos
séculos XVII e XVIII, os fenómenos eléctricos têm sido estudados desde a
antiguidade, e, tardaria até ao final do século XIX, para que os engenheiros
fossem capazes de disponibilizá-la ao uso industrial e residencial,
possibilitando assim seu uso generalidade.

Fenómenos eléctricos: são todos aqueles que envolvem cargas


eléctricas em repouso ou movimento.

A sua importância advém essencialmente da possibilidade de


transformar-se a energia da corrente eléctrica em outra forma de energia
mecânica, térmica, luminosa, etc.
Subtema: 2.1. Fenómenos Electrostáticos
Sumário: A electrização dos corpos

A electrização: é a notificação que um átomo pode sofrer sem que


haja reacções de alta liberação ou absorção de energia (perda ou ganho de
electrões).

Um corpo electrizado negativamente tem maior número de electrões


do que de protões, fazendo com que a carga eléctrica sobre o corpo seja
negativa.

Um corpo electrizado positivamente tem maior número de protões do


que de electrões, fazendo com que a carga eléctrica sobre o corpo seja
positiva.

Podemos definir a carga eléctrica de um corpo (Q) pela relação:


𝐐 = 𝐧 . 𝐞.

Onde:
Q: carga eléctrica (C)
𝐧: quantidade de cargas elementares (𝐧 = 𝟏, 𝟐, 𝟑, 𝟒, …)
𝐞: carga eléctrica elementar (𝐞 = 𝟏, 𝟔. 𝟏𝟎-19C).

Processo de electrização
Existem três processos de electrização dos corpos:
a) Electrização por atrito – quando dois corpos inicialmente neutros
são atritados, se electrizam, um corpo ficará com carga positiva (+) e
o outro com carga negativa (−)

b) Electrização por contacto – quando dois corpos (um electrizado e


outro inicialmente neutro) entram em contacto, o corpo com a mesma
carga do electrizado.

c) Electrização por indução – é quando a electrização de um corpo


inicialmente neutro (induzido) acontece por simples aproximação de
um corpo carregado (indutor) sem que haja contactos entre corpos.
Subtema: 2.1. Fenómenos Electrostáticos
Sumário: Dois tipos de cargas. Interacção dos corpos electrizados.

Carga eléctrica: é uma propriedade física fundamental que determina


as interacções electromagnéticas.

Tipos de cargas
Convenciona-se a existência de dois tipos de cargas:
a) Cargas eléctricas positivas – são dois corpos que se repelem
mutuamente.
Ex: + −

b) Cargas eléctricas negativas – são dois corpos de sinais contrários se


atraem mutuamente.
Ex:
− +

Interacção dos corpos electrizados


Quando se fala de cargas eléctricas em repouso, torna-se necessário
contemplar suas interacções com outras cargas eléctricas.

Estas interacções correm a distância sem contacto físico entre os


corpos carregados.

O mais comum é por atrito, processo no qual acontece a interacção


entre átomos de modo que alguns da superfície de um dos objectos acaba se
deslocando para o outro objecto, de modo que um deles fica carregado
positivamente, se cedeu electrões e outro fica carregado negativamente, se
ganhou electrões.

Já no processo de contacto, geralmente, envolvendo metais, os corpos


em contacto trocam electrões até atingirem o potencial electrostático
mínimo, ou seja, o equilíbrio electrostático.
No processo por indução, um corpo carregado se aproxima de um
condutor neutro. Ao ligar um terra no corpo neutro, estas cargas se deslocam
pelo terra e, após desligar o terra, o condutor fica carregado com cargas
opostas do corpo indutor.

Determinar o nº de electrões
Para determinar o número de electrões é necessário o cálculo de
partículas atómicas para indicar a quantidade de protões (no núcleo),
electrões (na electrosfera) e neutrões (no núcleo) presentes em um átomo
ou ião qualquer.

Para realizá-lo, é fundamental conhecer as seguintes características:


1. Número atómico (Z) – é um código matemático, posicionado no lado
esquerdo inferior da sigla de um átomo.
Zx
Onde:
Z: quantidade de electrões.
x: quantidade de protões

2. Número de massa (A) – é um código matemático que corresponde a


soma do número de protões (p) e de neutrões (n). a equação que
representa o número de massa é dada por: 𝐀 = 𝐩 + 𝐧; 𝐀 = 𝐙 + 𝐧
e 𝐧 = 𝐀 – 𝐙.
Onde:
A: número de massa
p: protões
n: neutrões
Z: número de atómico.
Exercício 1 – Determine o número de protões, neutrões e electrões do átomo
14x29. Foram dados os seguintes valores referentes ao átomo x.
Resolução
Protões (p) = 14
A = p + n
 29 = 14 + n
 29 – 14 = n
 n = 15
e = 14
Exercício 2 – Determine o número de protões, neutrões e electrões do ião
x+3, sabendo que o seu número de massa e atómico são respectivamente 51
e 23.
Resolução
O ião x é positivo (+3), logo é um catião que perdeu três electrões e o número
de electrão é 20.
Protão (p) = 23.
A = p + n
 51 = 23 + n
 51 – 23 = n
 n = 28
Subtema: 2.1. Fenómenos Electrostáticos
Sumário: Interpretação dos fenómenos electrostáticos com base na
teoria electrónica; Bons e maus condutores.

Como certos átomos são forçados a ceder electrões e outros a receber


electrões, é possível produzir uma transferência de electrões de um corpo
para outro.

Quando isso ocorre, a distribuição igual das cargas positivas e


negativas em cada átomo deixa de existir. Um corpo com mais electrões que
protões apresenta carga com polaridade negativa (−), já com mais protões
que electrões, o corpo apresenta carga com polaridade positiva (+).

Quando um par de corpos contém a mesma carga, isto é, ambas


positivas ou negativas, dizem-se que eles apresentam cargas desiguais ou
opostas.

Bons e maus condutores


Condutores eléctricos: são todos os materiais que são os metais cuja
corrente eléctrica passa e não entre eles.

Corpos maus condutores da corrente eléctrica – são todos os


materiais onde as cargas se conservam no lugar onde eles surgem.
Ex: Vidro, plásticos, borracha, etc.

Corpos bons condutores da corrente eléctrica – são todos os


materiais onde as cargas se espalham imediatamente.
Ex: Os metais.
Subtema: 2.1. Fenómenos Electrostáticos
Sumário: O pêndulo eléctrico e o Electroscópio.

Electroscópio: é um aparelho que se destina a indicar a existência de


cargas eléctricas, ou seja, um corpo está electrizado.
Ex:

Tipo de electroscópio
Existem dois tipos de electroscópio que são mais comuns:
a) Pêndulo electrostático – é aquele que é formado por um suporte,
uma base isolada que não conduz corrente eléctrica e por um fio de
ceda com uma esfera metálica pendurada.
Ex: A bola electrizada positivamente, aproxima-se dela o material
desconhecido. Se esta esfera atrair-se para o outro, esta estará electrizada
negativamente.

b) Electroscópio de folhas – é composto por uma garrafa


transparente isolada, fechada por uma rolha igualmente isolante. O
electroscópio de folhas é dividido em duas áreas:
 Na parte de cima, uma esfera metálica;
 No interior, duas finíssimas folhas metálicas (ouro e alumínio)

Funcionamento do electroscópio
O electroscópio funciona da seguinte maneira:
 Aproxima-se um material electrizado da esfera condutora, pelo
processo de indução, as cargas do mesmo sinal do material electrizado
são repelidas para as duas folhas metálicas;
 Como as folhas ficam carregadas com cargas de mesmo sinal, elas
tendem a se afastar, ou seja, cargas de mesmo sinal se repelem.

Características do electroscópio
Este aparelho possui duas características essenciais para poder ser
electroscópio:
 Deve estar isolado electricamente na terra.
 Precisa demonstrar de forma visível quando está neutro e carregado
electricamente.

Importância do electroscópio
O electroscópio é de grande importância no meio científico desde
fenómenos radioactivos até a aplicação na indústria e as de papéis.
Subtema: 2.1. Fenómenos Electrostáticos
Sumário: Estrutura dos átomos. O electrão

Estrutura do átomo
Os átomos: são partículas infinitamente pequenas que constituem toda
matéria no Universo.

Só nos séculos XVIII e XIX é que foi estabelecida a explicação física


para esta ideia, ao se ter verificado que havia um limite físico a partir do qual
não era possível dividir determinadas substâncias através de métodos
químicos.

Durante o final do século XIX e o início do século XX, foram


descobertos vários componentes subátomicas e estruturas no interior do
átomo.

A estrutura do átomo é formada pelo núcleo, que é constituída por


duas partículas (protões e neutrões) e pela electrosfera que detém os
electrões.

1. Núcleo – é uma região maciça, compacta e densa que fica no centro


do átomo.
a) Protões: são partículas carregadas positivamente com carga relativa
igual a +1 e sua massa relativa é de 1.
b) Neutrões: são partículas neutras, isto é, não possuem carga eléctrica.

2. Electrosfera – é uma região periférica ao redor do núcleo onde os


electrões ficam girando em volta deste núcleo do átomo.
a) Electrões: são partículas carregadas negativamente, cuja carga
relativa é de -1 e sua carga em coulombs é igual a 𝟏, 𝟔 × 𝟏𝟎-191C

O electrão
O electrão (do grego élekton, âmbar, do símbolo 𝑒– ou 𝛽–), foi a
primeira partícula subátomicas descoberta pelo J. J. Thomson em 1897.
O electrão desempenha um papel essencial em muitos fenómenos
físicos, tais como: a electricidade, o magnetismo e a condutividade
térmica. Também importante em muitas aplicações tecnológicas, tais como:
a electrónica, a soldagem, os tubos de raios catódicos, a microscopia
electrónica, etc.

O electrão é sujeito a acção de três interacções fundamentais da


natureza: a gravidade, a força electromagnética e a força fraca.
Subtema: 2.1. Fenómenos Electrostáticos
Sumário: Ideias básicas sobre a estrutura dos condutores, isoladores ou
dieléctricos e dos semicondutores.

Para entender a classificação dos elementos como condutores,


isolantes e semi-condutores, é preciso saber que a condutividade eléctrica se
estabelece pela facilidade que os electrões contidos na última camada de
cada átomo têm em passar para a partícula vizinha.

Condução eléctrica: é uma das propriedades específicas dos


elementos.
Ex: O plástico é um mau condutor eléctrico e que o metal
apresenta uma boa condução de electrão.

A característica que permite caracterizar um elemento como bom


condutor de electricidade é facto de seus electrões de valência, ou seja,
aqueles que se encontram na última camada atómica, terem uma fraca
ligação com os átomos.

Desta forma, eles se deslocam mais facilmente quando submetidos a


uma diferença de potencial. Entre os materiais que conduzem a electricidade
estão: cobre, alumínio, ferro, soluções aquosas e ar seco.

Os elementos que são maus condutores eléctricos, são aqueles cujos


electrões contidos na camada de valência estão intensamente ligados aos
átomos.

Embora seja possível encontrar diversos elementos simples que


apresentem electrões presos com rigidez ao átomo, identifica-se uma
resistividade muito mais alta em substâncias que combinem elementos.
Ex: Telefone, borracha, mica, papel, plástico, vidro, madeira e
cerâmica, entre outros. Todos esses materiais citados são compostos que
possuem isolamentos de correntes eléctricas
Um semi-condutor também será capaz de conduzir electricidade
quando uma luz de cor apropriada incidir sobre o material.
Ex: Uma placa de selénio puro, normalmente faz um bom
isolamento, ou seja, qualquer carga eléctrica que for projectada sobre sua
superfície permanecerá por ali por um extenso período, desde que o ambiente
esteja escuro.

Subtema: 2.1. Fenómenos Electrostáticos


Sumário: Electrização por contacto e por influência

Electrização por contacto


Considere duas esferas condutoras A e B, uma electrizada A e outra
neutra B.

Ao colocarmos a esfera A positivamente carregada em contacto com


a esfera B, aquela atrai parte dos electrões B. Assim, A continua electrizada
positivamente, mas com uma carga menor, e, B que estava neutra, fica
electrizada com carga positiva.

De acordo com o princípio da conservação das cargas, podemos


escrever: QA + QB = QA + QB

Na electrização por contacto, a troca das cargas depende das


dimensões dos condutores.
𝐐𝐀 + 𝐐𝐁
𝐐=
𝟐
Onde:
Q: é a carga do equilíbrio electrostático, ou seja, a carga comum dos dois
corpos após o contacto.

Electrização por influência


Suponhamos que um condutor A carregado com carga Q atinge o
potencial V. Se aproximarmos dele um outro corpo electrizado, por exemplo,
positivamente, em A aparecerão por indução, cargas electricamente positivas
(+q) e negativas (-q). As cargas induzidas têm sinais opostos, mas têm valor
absoluto.
𝐐+𝐪−𝐪=𝐐

Onde:
+𝐪: a carga aumentou a densidade eléctrica da região em que apareceu.
−𝐪: a carga diminuiu a densidade eléctrica da região em que apareceu.
𝐐: carga total.

Tema 3 – Energia Eléctrica


Subtema: 3.1. Energia eléctrica e suas manifestações
Sumário: A energia eléctrica. Fontes de energia eléctrica.

Energia eléctrica: é uma forma de energia baseada na geração de


diferenças de potencial eléctrico entre dois pontos que permitem estabelecer
uma corrente eléctrica.

A energia eléctrica é uma das formas que a humanidade mais utiliza


na actualidade, graça a sua facilidade de transporte, baixo índice de perda
energética durante conversões.

A energia eléctrica é obtida principalmente de termoeléctrica, usinas


hidroeléctricas, usinas eólicas e usinas termonucleares.

Ao estudarmos situações onde as partículas electricamente carregadas,


deixam de estar em equilíbrio electrostático, passamos á situação onde há
deslocamento destas cargas para uma determinada direcção e em
determinado sentido, este deslocamento chamamos de corrente eléctrica.

Corrente eléctrica: é o movimento dirigido e ordenado das partículas


carregadas.
Formas de corrente eléctrica
1- Sentido real – é uma corrente eléctrica no fio com sentido oposto ao
campo eléctrico.
2- Sentido convencional – é a corrente eléctrica com mesmo sentido do
campo eléctrico, o qual não altera em nada seus efeitos (Efeito Hall).

Tipos de corrente eléctrica


O modo como os electrões se movem, determina o tipo de corrente
eléctrica, que são:
a) Corrente eléctrica contínua: é o fluxo de electrões que passa pelo
fio, sempre no mesmo sentido e não convencional.
𝐝𝐝𝐩 = VA – VB
b) Corrente eléctrica alternada: é aquela cuja sentido e a intensidade
variam periodicamente.

Importância da energia eléctrica na vida e no dia-a-dia


A energia eléctrica é muito importante nos dias de hoje, pois é ela que
proporciona o conforto, bem-estar, segurança e lazer para a sociedade. A
energia permite o funcionamento de bancos, hospitais, indústrias, escolas,
semáforos e todo o sistema de comunicação.
Subtema: 3.1. Energia eléctrica e suas manifestações
Sumário: Fontes de corrente eléctrica

As fontes de corrente eléctrica são extremamente necessárias, pois,


todo aparelho electrónico exige de uma fonte geradora de energia para ser
eficiente em seu funcionamento.

As fontes de corrente eléctrica são precisas graças à reacção invisível


dos electrões que produzem a energia necessária de acordo com a sua função
do equipamento.

Fontes de corrente eléctrica: é um dispositivo eléctrico que mantém


uma corrente eléctrica constante entre os seus terminais independente da
tensão.

As fontes de corrente eléctrica são classificadas em:


a. Fonte de tensão: é a voltagem constante independente da corrente
consumida pela carga aplicada dentro de limites.

b. Fonte de corrente ideal: é a corrente menos constante independente


para a carga da tensão nos terminais da fonte, também dentro de
limites.

As fontes de tensão e de corrente ideal são fontes que fornecem os


valores determinados de tensão ou de corrente independentemente de carga
á qual forem ligadas.
Subtema: 3.1. Energia eléctrica e suas manifestações
Sumário: Circuito eléctrico e os seus componentes.

O estudo dos circuitos eléctricos na Física é de grande importância


para o avanço tecnológico que podemos visualizar nos dias de hoje.

Circuito eléctrico: é o conjunto de elementos que possuem algumas


funções variadas para que se possa obter o fim desejado.

Os circuitos eléctricos são utilizados para ligar dispositivos eléctricos


e electrónicos de acordo com as suas especificações de funcionamento
referentes à tensão eléctrica de operação e a corrente eléctrica.

Os circuitos eléctricos são representados por esquemas, que podem ser


bastante complexos, caso não saibamos identificar alguns dos seus
elementos básicos:
1- Nós: pontos do circuito que ligam dois ou mais ramos. A corrente
eléctrica é sempre a mesma, antes e após sua passagem por eles.

2- Ramos: caminhos entre dois nós consecutivos. A corrente eléctrica ao


longo de um ramo é constante.

3- Malhas: caminhos fechados formados pelos ramos de um circuito, no


qual pode haver malhas internas e externas.

Os circuitos eléctricos podem ser formados por diversos elementos de


acordo com a função desejada, entre os componentes mais utilizados nos
circuitos são:
1- Resistores – são dispositivos eléctricos com alta resistência eléctrica.
Ex:
2- Geradores – são elementos responsáveis por fornecer energia para os
circuitos eléctricos.
Ex: +

3- Corrente eléctrica – é um circuito sempre que percorrerá os


geradores no sentido do pólo negativo para o pólo positivo.

4- Interruptores: são dispositivos de segurança que servem para abrir


ou fechar um circuito eléctrico.
Ex:

5- Fusíveis: são dispositivos de segurança que intervém a passagem de


corrente eléctrica nos circuitos caso exceda uma margem de
segurança.
Ex:

6- Capacitores: são utilizados para o armazenamento de cargas


eléctricas em um circuito.
Ex:

7- Receptores: são dispositivos que transformam a energia eléctrica


presente em um circuito em outras formas de energia, como a energia
cinética.
Ex: +

Subtema: 3.1. Energia eléctrica e suas manifestações
Sumário: Efeitos da corrente eléctrica

Efeitos da corrente eléctrica


A passagem da corrente eléctrica por um condutor pode provocar
diferentes efeitos, que variam de acordo com a natureza do condutor e a
intensidade da corrente eléctrica que o percorre.

Os principais efeitos da corrente eléctrica são:


a) Efeito térmico: designado de efeito Joule, surge dos inúmeros
choques de um condutor quando ele é percorrido por uma corrente
eléctrica. Esse efeito é aplicado nos aquecedores em geral.
Ex: Os chuveiros eléctricos.

b) Efeito químico: ocorre em determinadas reacções químicas quando


elas são percorridas por uma corrente eléctrica.
Ex: Recobrimento de metais.

c) Efeito magnético: manifesta-se quando há o aparecimento de um


campo magnético na região próxima de onde se aplica a corrente
eléctrica.
d) Efeito fisiológico: quando a passagem de corrente eléctrica pelo
organismo dos seres vivos.
Ex: Sistema nervoso, fazendo com que o corpo tenha contracções
musculares, configurando aquilo que conhecemos como choque eléctrico.

Efeito químico e mecânico. Definir e explicar


1- Efeitos químicos – são reacções químicas que ocorrem mediante a
passagem de corrente eléctrica em meios electrolíticos.

2- Efeito mecânico – é movimentos de compressão, tracção,


estiramento, pressão e fricção.
Ex: Os tecidos.
Subtema: 3.1. Energia eléctrica e suas manifestações
Sumário: Intensidade da corrente eléctrica. Unidades de medida da
corrente eléctrica.

A intensidade de corrente eléctrica: é a razão entre o módulo da quantidade


de Q que atravessa uma certa secção transversal do condutor em um
intervalo de variação do tempo t.
𝐐
𝐈=
𝐭

A intensidade de corrente é medida com medida com aparelhos que se


designam amperímetros que podem ser analógicos ou digitais.

A unidade adoptada para a intensidade da corrente no S. I. é o ampère (A),


em homenagem ao físico e matemático francês Jeane André Ampère (1775
– 1836) e designa coulomb por segundo (C/s) sendo alguns dos seus
múltiplos:

Nome do Múltiplo Símbolo Valor em A


Ampère A 1
Deciampère dA 10-1
Centiampère cA 10-2
Miliampère mA 10-3
Microampère A 10-6
Nanoampère nA 10-9
Picoampère pA 10-12
Subtema: 3.1. Energia eléctrica e suas manifestações
Sumário: Medição da corrente eléctrica. Amperímetro.

É de vital importância em electricidade, a utilização de aparelho de medidas


eléctricas: o amperímetro.

Amperímetro: é um aparelho utilizado para medir a intensidade de corrente


eléctrica que passa por um fio.
Ex: + −

A
Subtema: 3.1. Energia eléctrica e suas manifestações
Sumário: Diferença de potencial eléctrico. Unidades de medida da
Diferença de potencial.

A diferença de potencial (ddp) ou tensão eléctrica (V): é uma


grandeza física que está intimamente ligada ao conceito de corrente eléctrica.

A unidade adoptada para a diferença de potencial no S. I. é o volts (V),


em homenagem ao físico Italiano Alessandro Volta.

A potência eléctrica: é a quantidade de energia consumida em função


do tempo e é determinada matematicamente como o produto da ddp (U) pela
corrente eléctrica (I).
P=I.U
Onde:
P: potência eléctrica (V)
I: intensidade da corrente eléctrica (A)
U: tensão eléctrica

Exercício 1 – Um chuveiro tenha potencial eléctrica de 5500W, a tensão


eléctrica residencial é de 110V. Calcule a intensidade da corrente eléctrica?
Resolução:
P=I.U
 5500 = 110.I
 I = 5500W/110V
 I = 50 A

Exercício 2 – Um chuveiro tenha potencial eléctrica de 5500W, a tensão


eléctrica residencial é de 220V. Calcule a intensidade da corrente eléctrica?
Resolução:
P=I.U
 5500 = 220.I
 I = 5500W/220V
 I = 25 A

Subtema: 3.1. Energia eléctrica e suas manifestações


Sumário: Medição da diferença de potencial eléctrico. O voltímetro.

Para medir a diferença de potencial eléctrica, utiliza-se um


instrumento capaz chamado voltímetro.

Voltímetro: é um aparelho utilizado para a diferença de potencial


entre dois pontos (paralelo e série).
Ex:

A diferença de potencial (ddp), multiplicada pelo módulo da carga,


corresponde ao trabalho que serve ser feito sobre cada portador de carga que
seja movimentado por um circuito eléctrico.
𝐔 = 𝐑 .𝐈
Onde:
U: tensão eléctrica (V)
R: resistência ()
I: intensidade da corrente (A)
Subtema: 3.1. Energia eléctrica e suas manifestações
Sumário: Corrente eléctrica nos metais, electrólitos e gases.

Toda corrente eléctrica é constituída pelo movimento de iões ou


electrões. Mas, por uma questão didáctica, costuma-se considerar três casos
de condução:
1. Corrente eléctrica nos metais
Nos metais, a corrente eléctrica é constituído pelo movimento de
electrões que vão passando de um átomo a outro com grande facilidade.

Podemos então dizer que nos metais, a corrente eléctrica é constituído


pelo movimento de electrões que se deslocam em sentido oposto ao do
campo e os metais são chamados condutores da primeira classe.

2. Corrente eléctrica nos electrólitos


É aquela que se verifica nas soluções de ácidos, bases ou sais em água
e nos sais fundidos. Nestes condutores, a corrente é constituída pelo
deslocamento de iões que resultam da dissociação de moléculas.

Os iões positivos, chamados de catiões se deslocam no sentido do


campo e os negativos, chamados aniões se deslocam em sentido oposto. A
corrente eléctrica é constituída pelo movimento de iões nos dois sentidos.
Estes condutores são chamados electrólitos ou condutores da segunda classe.

3. Corrente eléctrica nos gases


Nos gases, a corrente eléctrica é constituída pelo movimento de catiões
num sentido e de aniões em sentido oposto. Esses catiões e aniões provêm
de ionização das moléculas do gás.

A corrente eléctrica começa em geral, com o movimento de electrões


livres; esses electrões chocam-se com as moléculas do gás, arrancam
electrões dessas moléculas e as ionizam e são chamados condutores da
terceira classe.
Subtema: 3.2. Resistência eléctrica. Lei de Ohm.
Sumário: Leis de Ohm para uma porção do circuito.

As leis de Ohm, postulado pelo físico alemão Georg Simon Ohm


(1787 – 1854), em 1827, determinam a resistência eléctrica dos condutores.

As leis de Ohm permitem calcularmos importantes grandezas físicas,


como a tensão, a corrente eléctrica e a resistência eléctrica dos mais
diversos elementos com um circuito.

No entanto, essas leis são duas e só podem ser aplicadas a resistências


óhmicas:
a) 1ª Lei de Ohm
A resistência constante mantido à temperatura, a intensidade de
corrente eléctrica (A) será proporcional á diferença de potencial aplicada
entre suas extremidades, ou seja, sua resistência eléctrica é constante. Ela é
representada pela seguinte forma:
Ex:

R U

𝐔
𝐑= ou 𝐔 = 𝐑. 𝐈
𝐈
Onde:
R: resistência ()
U: diferença de potencial eléctrico (V)
I: intensidade de corrente eléctrica (A)
b) 2ª Lei de Ohm
Esta lei estabelece que a resistência eléctrica de um material é
directamente proporcional ao seu comprimento e inversamente proporcional
à sua área de secção transversal e é representada pela seguinte fórmula: 𝐑 =
𝐋
𝐩 .
𝐀
Onde:
R: resistência ()
P: resistividade do condutor (depende do material e de temperatura) – ((.m)
L: comprimento (m)
A: área de secção transversal (mm2)

Exercício1 – Calcule a resistência eléctrica de um resistor que apresenta 10


A de intensidade da corrente e 200V de diferença de potencial.
Resolução
200
R=
10
R = 20 
Exercício2 – Calcula a resistividade de um condutor com ddp de 100V, a
intensidade de 10 A, comprimento de 80m e a área de secção é de 0,5mm2.
Resolução
Primeiramente, vamos passar (converter) a área de secção para metro ao
quadrado.
A = 0,5.(103m)2
A =0,5.106m2
A = 5.106m2
100
R=
10
R = 10 
L
R=p
A
80
10 = p
5.10
 50.10 = P.80
6
5.10
P= = 6,25.107.m
80
Subtema: 3.2. Resistência eléctrica. Lei de Ohm
Sumário: A resistência dos condutores. Unidades de medida da
resistência.

A resistência de um condutor, cujo símbolo é R, consiste na oposição


que um material oferece à passagem de uma corrente elétrica, convertendo
parte da sua energia em calor. A resistência R de um condutor depende da
sua secção A, do seu comprimento L e da resistividade do material de que é
formado ρ, fatores que se encontram relacionados pela fórmula R = ρL/A.

A unidade SI de resistência de um condutor é o ohm (Ω) em


homenagem ao físico alemão Georg Simon Ohm (1787-1854).

Resistência eléctrica: é a capacidade de um corpo qualquer se opor á


passagem de corrente eléctrica mesmo quando existe uma diferença de
potencial aplicada. O seu cálculo é dado pela 1ª lei de Ohm, e, segundo o S.
I. de unidade é medido em Ohm ().

Entre a resistência eléctrica de um condutor, existe duas relações


seguintes:
1- A resistência de um condutor homogéneo é directamente
proporcional ao seu comprimento.
É para demonstrá-la tomando diversos condutores, todos de mesmo
material, mesma área de secção e a mesma temperatura, mas de
comprimentos diferentes.
R1 R2 Rn
= =⋯=
L1 L2 Ln

2- A resistência de um condutor homogéneo é inversamente


proporcional á a área de sua secção transversal.
Para demonstrá-la, consideramos diversos condutores, todos de
mesmo material, mesmo comprimento e a mesma temperatura, mas com
áreas de secções transversais diferentes.
R1S1 = R2S2 = ⋯ RnSn

Essas duas leis podem ser expressas por uma única fórmula.
Representado por respectivamente a resistência, o comprimento e a área de
𝐥
secção transversal de um condutor, temos: 𝐑 = 𝐩 .
𝐒

Subtema: 3.2. Resistência eléctrica. Lei de Ohm


Sumário: Resistência específica. Factores de que dependem a resistência
de um condutor.

A resistência específica ou resistividade depende do material de que


é feito o condutor.. É uma das características de cada condutor, como a
massa específica, condutividade térmica, etc, o são.

Para se fazer resistores comercias, usam-se ligas especiais - tais como


níquel-cromo, constantan etc.

Os factores de que depende a resistência de um condutor são:


 A resistência de um condutor é tanto maior quanto maior for seu
comprimento;
 A resistência de um condutor é tanto maior quanto menor for a área
de sua secção transversal, isto é, quanto mais fino for o condutor;
 A resistência de um condutor depende da resistividade do material de
que ele é feito.
Subtema: 3.2. Resistência eléctrica. Lei de Ohm
Sumário: Reóstato.

Reóstato é um resistor variável que é usado para controlar a corrente


que flui em um circuito.

O reóstato é um dispositivo utilizado para variar a resistência de um


circuito e, assim, aumenta-se ou diminui-se a quantidade de energia elétrica
que será transformada em térmica por exemplo (no caso de chuveiros ou
coisas do gênero).

Com a variação da resistência total do circuito, o valor da corrente


elétrica deste circuito também sofrerá variação. Dessa forma, é possível
utilizar o reóstato quando deseja-se fazer o controle de corrente elétrica de
um circuito, como por exemplo no controle de excita…

Um reóstato é o dispositivo de um circuito eléctrico que permite


modificar a respectiva resistência. Através do movimento de um cursor ou
de um eixo, o reóstato permite variar o nível da corrente.

Fora o que foi exposto acima, convém saber que basicamente se


podem encontrar dois tipos, consoante o desenho que tiverem:
-Os reóstatos deslizantes, que se identificam porque são compostos por uma
alavanca que se move para cima e para baixo, sendo a responsável por
deslizar o pertinente contacto.

Um reostato é um resistor variável que é usado para controlar a


corrente. Eles são capazes de variar a resistência em um circuito sem
interrupção. A construção é muito semelhante à construção de um
potenciômetros. Ele usa apenas duas conexões, mesmo quando 3 terminais
(como em um potenciômetro) estão presentes.
O reostato é um resistor variável, que é usado para controlar o fluxo
de corrente elétrica, aumentando ou diminuindo manualmente a resistência.

O desenvolvimento do reostato às vezes é creditado a Charles


Wheatstone, um inventor britânico do século XIX que contribuiu com várias
descobertas relacionadas à eletricidade para as ciências, entre muitas outras
coisas. Wheatstone certamente trabalhou com circuitos elétricos e aprendeu
muito sobre resistência e as maneiras em que ele poderia ser manipulado no
processo. Os modelos de reostatos básicos desenvolvidos durante este
período continuam a ser utilizados hoje em dia.

Tipos de reostatos
Existem vários tipos de reostatos.
O tipo rotativo é o mais usado em aplicações de controle de potência.
Na maioria das vezes estes reostatos estão usando uma construção aberta,
mas tipos fechados também estão disponíveis.

Reostatos slides também estão disponíveis e, muitas vezes usado


para a educação e em ambientes de laboratório.

Os tipos lineares ou deslizantes são construídos de arame resistivo


enrolado em um cilindro isolante. Um contato deslizante é usado para
aumentar ou diminuir a resistência.

Reostato rotatório e Reostato linear.


Subtema: 3.2. Resistência eléctrica. Lei de Ohm
Sumário: Associação de condutores em série

Associação de condutores
Um condutor é representado por um dos dois modos indicados na
figura 122. Os condutores podem ser associados de dois modos: em série, e
em paralelo (ou em derivação).

Associação em série
É aquela na qual os condutores são ligados de maneira que o fim de
cada um coincida com o início do seguinte (fig.123).

Sejam as resistências dos condutores; as diferenças de potencial entre


seus extremos e V a diferença de potencial entre os extremos da associação.

As características da associação em série são as seguintes:


1ª Intencidade de corrente
A intensidade de corrente que passa por todos os condutores num dado
instante é a mesma. Não pode haver aumento nem diminuição da intensidade
ao passar do condutor AB para BC, por exemplo, por causa do princípio da
conservação da energia.

2ª Diferença de potencial
Sendo a diferença de potencial entre os extremos do primeiro
condutor e i a intensidade de corrente, a potência dissipada nesse primeiro
condutor

3ª Resistência condutor equivalente


Chama-se condutor equivalente à associação a um condutor capaz de
substituir a associação, isto é, que suportando a diferença de potencial V que
a associação suporta é percorrido pela mesma corrente i que a associação
(fig.124).
Conclusão
Numa associação em série de condutores, a diferença de potencial
entre os extremos da associação é igual à soma das diferenças de potencial
entre os extremos dos condutores. Sendo R a resistência do condutor
equivalente, pela lei de Ohm temos:
A lei de Ohm, aplicada ao primeiro condutor, dá:
A lei de Ohm, aplicada ao segundo condutor, dá:
A lei de Ohm, aplicada ao ene-ésimo condutor, dá:
Somando-se membro a membro:

Conclusão

Condutores associados em série equivalem a um condutor único cuja


resistência é igual à soma das suas resistência.

Existem vários casos cotidianos em que é preciso fazer uso de uma


resistência maior ou menor do que a fornecida por um resistor. Porém, um
único resistor às vezes não tem a capacidade de suportar a intensidade de
corrente elétrica que deve atravessá-lo. Nesses casos, faz-se o uso de vários
resistores ligados simultaneamente ao mesmo circuito. A esse conjunto de
resistores assim interligados dá-se o nome de associação de resistores.
Existem, basicamente, duas formas possíveis de conectar mais de um resistor
em um circuito, são elas: em série e em paralelo.
Em uma associação em série, dois ou mais dispositivos são ligados de forma
que a corrente elétrica tenha um único caminho a seguir. Abaixo veremos
algumas propriedades da associação de resistores em série.
Mas, primeiramente, vamos considerar uma associação em série de n
resistores com resistências elétricas R1, R2, R3 ... Rn, cujos terminais A e B
estão submetidos à ddp UAB, conforme mostra a ilustração abaixo. Seja i a
intensidade de corrente elétrica que atravessa cada resistor da associação.

Seguintes propriedades:
1 – Todos os resistores contidos no circuito serão percorridos pela mesma
corrente elétrica. Isso acontece pelo fato de a corrente elétrica dispor somente
de um caminho para fluir através do circuito. Sendo assim, para a corrente
elétrica da associação em série, temos:
i1= i2=i3=⋯=in=i
2 – A diferença de potencial nos terminais da associação em série é igual à
soma das diferenças de potencial medidas entre os terminais de cada um dos
resistores associados, isto é, a ddp total aplicada através de um circuito em
série divide-se entre os dispositivos elétricos individuais, de modo que a
soma das quedas de voltagem nos resistores individuais é igual à ddp total
mantida pela fonte.
UAB= U1+U2+U3+⋯+Un
3 – A corrente elétrica que atravessa o circuito enfrenta a resistência do
primeiro dispositivo resistivo, a resistência do segundo, a do terceiro, e assim
por diante, de modo que a resistência total do circuito à corrente é a soma
das resistências individuais que existem ao longo do circuito. Assim,
podemos dizer que a resistência equivalente a uma associação em série de
resistores é igual à soma das resistências dos resistores associados.
Requivalente = R1+R2+R3+⋯+Rn

Subtema: 3.2. Resistência eléctrica. Lei de Ohm


Sumário: Associação de condutores em paralelo.

Subtema: 3.3. Potência eléctrica. Lei de Joule.


Sumário: Potência eléctrica. Unidade de medida de potência.

A potência elétrica de qualquer dispositivo mede a quantidade de


energia elétrica que o aparelho é capaz de transformar em outras formas de
energia a cada segundo. Por exemplo, um liquidificador de 600 W é capaz
de transformar 600 J de energia elétrica a cada segundo em energia cinética,
transmitindo calor, vibração e ondas sonoras para suas pás.

Como sabemos, de forma geral, a potência pode ser calculada por meio
da razão entre o trabalho realizado e o intervalo de tempo decorrido durante
sua realização. Portanto, utilizaremos aqui a definição de trabalho realizado
pela força elétrica:

A definição de potência média é dada pelo trabalho realizado em função da


variação de tempo:
𝐖
𝐏=
𝐭

Legenda:
P – potência média (W)
τ – trabalho (J)
Δt – intervalo de tempo (s)

A potência elétrica funciona da seguinte forma: quando ligamos um


aparelho na tomada, forma-se uma diferença de potencial (ΔU) entre seus
terminais. Quando uma diferença de potencial (ΔU) é aplicada sobre um
material condutor, uma quantidade de trabalho (τFel) é realizada sobre as
cargas elétricas (q) nos circuitos do aparelho, fazendo com que essas cargas
movam-se, ou seja, atribuindo-lhes energia cinética. A movimentação das
cargas em uma direção preferencial é chamada de corrente elétrica (i). A
potência elétrica (P), por sua vez, é a medida da quantidade de trabalho (τFel)
que foi realizada pelas cargas a cada segundo (Δt) de funcionamento do
dispositivo.

Potência é uma grandeza física escalar medida em watts (W). Pode ser
definida como a taxa de realização de trabalho a cada segundo ou como o
consumo de energia por segundo.

A unidade de medida da potência adotada pelo SI é o watt (W),


unidade equivalente ao joule por segundo (J/s). A unidade watt foi adotada
a partir de 1882 como forma de homenagem aos trabalhos desenvolvidos por
James Watt, que foram de extrema relevância para o desenvolvimento das
máquinas a vapor.

A potência elétrica é uma importante medida que deve ser analisada


ao adquirirmos algum eletrodoméstico.

Tipos de potência elétrica


Nos circuitos de corrente alternada, corrente elétrica e tensão elétrica
se comportam de maneiras distintas dos circuitos de corrente contínua.
Podemos citar como diferenças entre circuitos CC e CA a potência elétrica,
porque em sistemas alternados existem três tipos de potência elétrica, que
são:
a) Potência ativa: é a potência que realiza trabalho útil em uma
determinada carga, onde a sua unidade de medida é o watt (W).

b) Potência reativa: Podemos dizer que potência reativa representa a


parte da potência que é aplicada para as cargas capacitivas e indutivas,
esta potência não realiza trabalho efetivo. Sua unidade de medida é
volt ampère reativo (VAr). Está potência é uma pequena parte da
potência total consumida pelos motores de indução, que por exemplo
é necessária para gerar campo eletromagnético. Se o consumo de
potência reativa for acima dos valores permitidos pela concessionária
de energia elétrica uma multa é cobrada ao consumidor.

c) Potência aparente: é definida como a potência total que uma


determinada fonte é capaz de fornecer, ou seja, a potência ativa na
verdade é a “soma vetorial” da potência ativa com a potência reativa.
A unidade de medida da potência aparente é o volt ampère (VA).

Subtema: 3.3. Potência eléctrica. Lei de Joule.


Sumário: A corrente eléctrica e o efeito térmico – Efeito Joule;
-Aplicação da Lei de Joule.

Subtema: 3.3. Potência eléctrica. Lei de Joule.


Sumário: O contador da electricidade. “Os corta-circuitos fusíveis”

Subtema: 3.3. Potência eléctrica. Lei de Joule.


Sumário: Relação entre as unidades de medida de energia eléctrica e
unidades práticas de energia eléctrica.

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