Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Módulo 1
Noções Básicas de Electricidade
 Constituição da matéria…………………………………………………..2
 Energia e electricidade……………………………………………………4
 Princípio da conservação da energia……………………………………5
 Carga Eléctrica…………………………………………………………….6
 Potencial absoluto e relativo. A descarga eléctrica……………………7
 Circuito eléctrico. Corrente eléctrica. Geradores………………………8
 Resistência Eléctrica. Resistividade…………………………………...13
 Código de cores das resistências. Noção de tolerância……………..18
 Associação de Resistências…………………………………………….19
 Condensadores…………………………………………………………...22
 Código de cores dos condensadores…………………………………..24
 Associação de condensadores………………………………………….25
 Carga e descarga de condensadores………………………………………..26
 Constante de tempo num circuito RC…………………………………..27
Bibliografia:
Módulo 1
 Constituição da matéria
Pode dizer-se que o se homem apercebeu dos fenómenos eléctricos quando, na Grécia,
verificou que uma resina fóssil, o âmbar, conseguia atrair outros corpos muito leves, desde
que fosse previamente friccionada. Este fenómeno e outros, nomeadamente, o de alguns
minerais atraírem pedaços de ferro, foram estudados por várias individualidades, desde
Tales de Mileto, William Gilbert, Benjamim Franklin, etc. Foi este último que levantou a
questão da natureza de um fluído eléctrico ou de um fluxo de electricidade.
A investigação da natureza da electricidade coincidiu com a investigação da constituição
da matéria que também teve a sua origem na Grécia antiga. O estudo das leis das reacções
químicas levou ao aparecimento da teoria atómica que defende que toda a matéria existente
é constituída por um número imenso de pequeníssimas partículas que têm por nome
átomos. Deste modo, foi possível progredir muito mais na compreensão e no estudo dos
fenómenos eléctricos.
A palavra átomo deriva do grego, que significa uno ou
indivisível, pois na altura pensava-se que não era possível
subdividir mais esta parcela tão pequena de matéria. Para
termos uma ideia do tamanho de um átomo, imaginemos
que os podemos ver numa mesa e que cada átomo é do
tamanho de um grão de areia. Nesta escala de ampliação,
a mesa terá 3500 km de comprimento. Se olharmos à
consistência da mesa, diríamos que o átomo é
extremamente sólido - o que não corresponde à realidade. Fig. 1 – Átomo.
 Electrostática
Átomo
O efeito é idêntico à força que se estabelece entre dois ímans quando se aproximam um
do outro, com os pólos de nome contrário. Por outro lado, os electrões nunca “chocam” uns
com os outros, devido a serem portadores do mesmo tipo de carga, tal como acontece com
os ímans, quando se tenta aproximar um do outro com os pólos do mesmo nome.
Deveria dar-se o mesmo fenómeno entre os protões do núcleo, mas existe uma força
muito superior que contraria a força electromagnética que é a nuclear.
Por último, a outra partícula do núcleo, o neutrão, não possui qualquer tipo de carga
eléctrica, não entrando, por isso, nas forças que se estabelecem entre protões e electrões.
Já vimos que os electrões circulam em órbitas mais ou menos definidas em torno do
núcleo. Estas órbitas são traçadas em função do nível de energia que eles possuem. Uns
circulam mais próximos do núcleo e outros mais afastados. Os que giram mais afastados
têm um nível energético superior aos restantes, e são estes que conseguem fugir à força
atractiva do núcleo e dirigirem-se para outros átomos. Conforme o tipo de átomo, há uns
electrões que o fazem facilmente e outros só se lhes fornecermos energia, quer por
aquecimento, por fricção, por reacções químicas, etc.
Aos electrões que abandonam o átomo para
se dirigirem para outro, dá-se-lhes o nome de
Ião negativo electrões livres.
Iões
Ião Positivo
Um átomo, no seu estado normal, é
electricamente neutro, ou seja, o número de
cargas eléctricas negativas (electrões) é em igual
número ao das positivas (protões). Caso isto não
aconteça o átomo toma o nome de ião. Será ião
positivo, átomo electricamente positivo, se o
Fig. 2 – Iões positivos e iões negativos. Corpos número de cargas negativas for inferior às
carregados positivamente (A) e negativamente
(B). positivas. Será ião negativo, átomo electricamente
negativo, se as cargas negativas forem em
número superior às positivas.
Quando se fricciona uma vara de vidro ou uma esferográfica num pano de lã, verificamos
que estes materiais têm a propriedade de atraírem corpos leves. Se friccionarmos uma vara
metálica num pano de lã, o mesmo já não acontece. Isto deve-se ao facto de as cargas
eléctricas se distribuírem nos metais por toda a sua superfície, ao contrário do vidro em que
se concentram apenas na parte friccionada.
Por outro lado, a propagação de electrões depende da estrutura atómica do material em
causa. Como já vimos, existem substâncias que têm mais electrões livres que outras, como
por exemplo, os metais de uma maneira geral. Algumas substâncias, mesmo não possuindo
uma estrutura atómica idêntica aos metais, permitem o fluxo de electrões desde que estejam
envolvidas forças eléctricas suficientemente elevadas para deslocarem os electrões dos
átomos. Outras substâncias, contudo, caracterizam-se por uma elevada força de coesão ou
ligação entre os núcleos e os electrões, de tal forma que, apenas muito dificilmente, é
possível o fluxo de cargas eléctricas no seu seio.
 Energia e electricidade
Quando friccionamos uma vara de vidro num pano de seda, o vidro irá ficar
electricamente positivo e o pano electricamente negativo. Este fenómeno deve-se não ao
facto de termos produzido electricidade, mas por ter havido uma transição de electrões da
vara para o pano. Por outro lado, se friccionarmos uma vara de ebonite com um pano de lã,
acontecerá o inverso, ou seja, a vara ficará electricamente negativa.
Fig. 3 – Electrostática.
Vejamos agora o que acontece quando um corpo electrizado atrai um corpo leve. Desta
vez, vamos recorrer a um instrumento chamado pêndulo eléctrico isolado que é constituído
por uma pequena esfera de medula de sabugueiro ou esferovite suspensa num fio de seda.
Aproximando um corpo electrizado deste pêndulo, verifica-se que a esfera é atraída. Não
havendo contacto entre ambos, não se verificou nenhuma transição de electrões entre os
dois corpos - o que faz concluir que a esfera se manteve electricamente neutra.
Suponhamos que a barra está electricamente negativa - o que vai fazer com que os
electrões dos átomos da esfera sejam repelidos e sejam atraídos os respectivos núcleos.
A influência produzida irá provocar uma assimetria na distribuição das cargas, dizendo-
se então que os átomos ficam polarizados, ou seja, as cargas positivas vão ficar mais perto
da barra electrizada e os electrões mais afastados.
Vamos agora repetir a experiência, mas, neste, caso vamos deixar que uma barra,
electricamente negativa, toque na esfera.
Ao tocarmos na esfera, esta é rapidamente repelida - o que faz concluir que a esfera
também se encontrava negativa. Tal carga, só podia ter sido comunicada aquando do toque
da barra, verificando-se um fluxo de electrões da barra para a esfera. Este fenómeno é
conhecido por electrização por contacto.
Os cientistas chegaram à conclusão que embora a energia possa assumir muitas formas
diferentes que são inter-convertíveis, a energia não pode ser destruída nem criada. Quando
uma forma de energia desaparece, outra forma (de igual grandeza) deve aparecer, e vice-
versa. Admite-se que a quantidade total de energia no Universo permanece constante.
Esta afirmação é geralmente conhecida como a lei da conservação da energia.
 Carga Eléctrica
Fig. 7 – Carga.
Na figura, temos dois tanques de água que abastecem as respectivas casas. Um tem
uma capacidade de 500 litros e outro de 1000 litros. Ambos estão à mesma altura - o que
significa que a pressão da água será a mesma nos dois casos. Obviamente, que se o
consumo for constante, o tanque A ficará sem água mais depressa que o B, visto a sua
capacidade ser menor. Analogamente, em electrotecnia
quanto maior for a quantidade de electricidade disponível,
mais tempo teremos, por exemplo, um pequeno rádio a
pilhas a funcionar.
As pilhas da figura, muito comuns nos dias de hoje, têm
ambas a mesma tensão aos seus terminais, 1,5 volts, (os
depósitos A e B estão à mesma altura), mas têm
quantidades de carga diferentes (o depósito A tem 500 litros
e o B 1000 litros) - o que resultará num maior tempo de
Fig. 8 – Pilhas de 1,5 volt.
utilização, caso a descarga tenha o mesmo valor em
ambas.
Nas baterias de automóveis (acumuladores), a quantidade de carga existente mede-se
no tempo em que elas podem debitar uma determinada corrente durante uma hora, por
exemplo, 25Ah, 40Ah, etc..
Sendo a corrente de electrões I dada por: I = Q/t, então deduz-se que a carga é Q=Ixt
Q = 25 A x 1h (3600 s)
Q = 25 x 3600 = 90 000 C
Para melhor compreensão dos fenómenos eléctricos, é costume fazer-se uma analogia
ou um paralelo com os sistemas hidráulicos.
Observe-se a figura junto, onde dois reservatórios com água a níveis diferentes estão
ligados por um tubo, onde urna torneira controla o fluxo de água. No depósito A, a água está
a um nível mais
elevado que em B - o
que resultará num
A B fluxo de água de A
h para B. Abrindo a
torneira, ambos os
reservatórios ficarão
ao mesmo nível, mas
com quantidades de
água diferentes.
Fig. 9 – h - diferença de potencial.
A B
h
Caso se abra a torneira, ambos os depósitos ficarão com a mesma quantidade de água e
ao mesmo nível.
Se ligarmos ambos por fio metálico, haverá passagem de cargas, uma descarga
eléctrica, de A para B, até que ambos fiquem ao
mesmo potencial, ou seja, com a mesma quantidade
de cargas.
U=UAB=UA-UB
Na figura da página anterior, temos então, dois reservatórios, um com água a um nível
superior ao outro, uma bomba que aspira a água de B para A, mantendo o desnível e, no
tubo que une os dois tanques, uma turbina que roda consoante o fluxo de água,
transformando a energia cinética em energia mecânica.
Quanto maior for o desnível de água dos dois tanques, maior será o fluxo a circular no
cano e, consequentemente, maior será a velocidade de rotação da turbina. Em termos de
electricidade, diremos, então, que os dois tanques com água a níveis diferentes e a bomba
que os mantêm, constituem o gerador, enquanto que a turbina que aproveita o fluxo de
água, será, por exemplo, um motor.
Podemos, então, definir corrente eléctrica como sendo um fluxo ou um movimento
orientado de cargas eléctricas (electrões). Logicamente para que uma corrente se
mantenha, temos que ter uma diferença de potencial constante.
A corrente eléctrica, ao passar por uma substância, pode provocar vários efeitos,
dependendo estes da própria substância.
Por exemplo, quando ligamos uma lâmpada normal de incandescência, a energia que se
liberta no filamento leva a que a sua temperatura se eleve extraordinariamente, ficando
incandescente e libertando energia sob a forma de calor e sob a forma de luz. O facto de o
bolbo estar preenchido com um gás inerte evita a combustão do filamento que se queimaria
rapidamente se estivesse em contacto com o ar. A energia transformada em luz é muito
pequena, da ordem dos 2%. A restante é transformada em calor - o que facilmente se pode
comprovar se tocarmos numa lâmpada acesa. No caso das lâmpadas, esta transformação é
completamente desnecessária, porque o que queremos realmente é luz. Mas outros casos
há em este facto é necessário, como, por exemplo, nos aquecedores, sejam eles secadores
de cabelo ou torradeiras. A quantidade de calor libertado depende do filamento (resistência)
e da intensidade de corrente eléctrica que por ele passa.
A esta libertação de calor que se dá devida à passagem de corrente por uma resistência
dá-se o nome de efeito térmico da corrente ou também efeito de Joule.
Este efeito verificado por Joule designa a transformação energética devida aos choques
que ocorrem entre os electrões livres e as moléculas dos condutores.
A lei de Joule estabelece o seguinte: «Sempre que um condutor, com uma resistência R,
é percorrido por uma corrente de intensidade I, durante um intervalo de tempo t, liberta-se
nele energia calorífica W cujo valor é directamente proporcional a R, a t e ao quadrado de I».
A lei de Joule pode ainda ser analisada em termos de quantidade de calor libertado por uma
resistência.
Assim, esta lei é traduzida através das expressões:
W= R I2 T
ou
Q=0,24 R I2 T
P=R I2
Vejamos um exemplo.
Calcular a energia térmica e a quantidade de calor desenvolvidas por uma resistência de
um termoacumulador, com uma potência de 3000 W, durante 15 minutos.
W=?
Q=?
W = R I2 T = 3000x 900 = 2700 000J = 2,7x 106 J
Q = 0,24 R I2 T = 0,24W =
Q = 0,24x2,7x 106 = 648 KCal
Por último, o receptor tem por fim transformar a energia eléctrica noutra forma de
energia. A lâmpada, por exemplo, transforma a energia eléctrica em energia luminosa.
Se repararmos na figura, vemos que um tanque tem água a um nível mais elevado do
que outro. Este desnível permite que haja uma “corrente” de água de um tanque para outro,
caso a torneira seja aberta.
Podemos medir, em metros, a diferença que existe entre os dois níveis de água. Em
electricidade, a esta diferença de níveis, dá-se nome de diferença de potencial ou tensão.
Se a água estiver ao mesmo nível nos dois tanques, obviamente que não teremos uma
corrente de água a circular no tubo. Analogamente, para que possamos ter corrente
eléctrica, precisamos de criar uma diferença de estados eléctricos entre dois corpos, ou
seja, uma diferença de potencial (d.d.p.) ou tensão eléctrica.
A B
h
A tensão, representa-se pela letra (V) maiúscula, e tem por unidade no Sistema
Internacional, o VOLT.
Além da unidade, é costume utilizar-se os múltiplos e submúltiplos. Assim temos:
- microvolt µV 1 mV = 0,000001V = 10-6V
- milivolt mV 1 mV = 0,001V = 10-3V
- quilovolt kV 1kV = 1000V = 103V
- megavolt MV 1 MV = 1 000 000 V = 106V
A tensão mede-se com um aparelho chamado voltímetro que se coloca em paralelo com
a carga a medir.
Dois cuidados, além do já referido, há que ter quando se faz uma medida de tensão:
escolher um alcance do aparelho que seja suficiente para a tensão a medir e ter em atenção
as polaridades no caso de a medida ser em corrente contínua.
Q
I=
t
1C
1A =
1s
• rádios - dezenas de mA
• cromagem electrolítica - podem atingir 1000 A
• lâmpadas de incandescência - de 0,1 a 10 A
• soldadura por arco - 10 a 500 A
• descargas atmosféricas - 25 kA a 200 kA
U
R=
I
em que:
R×s
ρ=
l
em que:
ρ é a resistividade em Ω.mm2/m
R a resistência em
s a secção em mm
l o comprimento do condutor em m;
R2 = R1 [ 1+ α (t2 - t1)]
em que:
Condutores e
Cobre Cobre 0,0172 0,00393
contactos
Cobre +
Cobre duro 0,01 79 0,0039 Linhas aéreas
estanho / silício
Cabos e linhas
Alumínio Alumínio 0,0282 0,0040
aéreas
Cobre + níquel +
Mailhechort 0,30 0,0003 Reóstatos
zinco
Resistências
Cromo-níquel Níquel + crómio 1,09 0,00004
aquecimento
O condutor mais utilizado é, de facto, o cobre. O alumínio tem nas linhas áreas de
transporte de energia a sua grande aplicação. A prata, devido à sua ductibilidade, é muito
utilizada quando é necessário reduzir a chapas o material condutor, tornando, no entanto, os
equipamentos relativamente caros.
As ligas resistentes caracterizam-se pela sua elevada resistividade, baixo coeficiente de
temperatura e grande resistência mecânica.
Um outro facto físico conhecido é o de a resistividade de certos metais e ligas condutoras
decrescer com o abaixamento da temperatura e, subitamente, anular-se quando esta se
aproxima do zero absoluto.
A este tipo de condutores dá-se o nome de supercondutores ou supracondutores e o seu
estudo é ainda uma tecnologia de ponta. Facilmente se percebe das vantagens da aplicação
destes materiais quer no transporte da energia quer em máquinas industriais. As perdas por
efeito de Joule que se verificam actualmente deixaram de existir, revolucionando, deste
modo, o mundo da electrotecnia e o da sociedade em geral.
Isolantes
Os materiais isolantes têm por função impedir a passagem da corrente por caminhos ou
trajectos não desejáveis ou, de outra maneira, evitar curto-circuitos nas instalações, proteger
as pessoas contra choques eléctricos, evitar fugas de corrente, etc. Devem, por isso, ter
uma grande resistividade, 108 Ω.cm2/cm ou superior.
Existem três tipos de isoladores: os sólidos, os líquidos e os gasosos.
As principais propriedades dos isolantes são:
a) a resistividade eléctrica;
b) a rigidez dieléctrica (mede-se pela tensão de disrupção, ou seja, tensão de perfuração
do dieléctrico);
c) estabilidade térmica;
e) temperatura máxima de utilização;
f) factor de perdas;
g) versatilidade.
Tipos de Resistências
Este tipo de resistências tem um variado leque de aplicações tais como reóstatos ou
potenciómetros.
ii) Resistências VDR ou Varistores são resistências cujo valor depende da tensão
aplicada.
iii) Resistências LDR ou Foto-resistências têm um valor óhmico que decresce à medida
que aumenta a intensidade luminosa.
Resistências
Não lineares Electrónica Potência (bobinadas)
CTP- coeficiente de temperatura positivo Bobinadas Reóstatos
CTN- coeficiente de temperatura negativo De carvão compacto Potenciómetros
VDR- variável com a tensão De película de carvão De manivela (de pontos)
LDR- variável com a luz De película metálica De absorção (por resistências)
De óxidos metálicos De absorção (por lâmpadas)
Potenciómetros e reóstatos
a) resistência nominal - é o valor que serviu de base à sua construção e que é marcado
no respectivo corpo, expresso em ohms.
b) tolerância - é a percentagem de incerteza sobre o seu valor nominal. Significa que o
seu valor real pode situar-se acima ou abaixo do valor nominal. 10%, 5%, 2%, 1 %, 0,5%
são valores usuais.
c) potência nominal - é a potência que a resistência pode dissipar a uma dada
temperatura ambiente. 1/4 W, 1/2 W, 1W, 5W são valores normalizados.
d) tensão máxima - é o valor da tensão máxima a aplicar à resistência, valor este que é
limitado pela rigidez dieléctrica dos isolantes utilizados.
e) coeficiente de temperatura - é a variação do valor da resistência, para um grau
centígrado de elevação de temperatura.
4º ANEL 5ºANEL
COR 1ºANEL 2ºANEL 3º ANEL
(multiplicador) (tolerância)
PRETO - 0 0 x1
CASTANHO 1 1 1 x10 +/- 1%
VERMELHO 2 2 2 x100 +/- 2%
LARANJA 3 3 3 x1 000
AMARELO 4 4 4 x 10 000
VERDE 5 5 5 x 100 000 +/- 0,5%
AZUL 6 6 6 x 1000 000 +/-0,1%
VIOLETA 7 7 7 x 10 000 000 +/- 0,01%
CINZENTO 8 8 8
BRANCO 9 9 9
PRATEADO 0,01 +/- 10%
DOURADO 0,1 +/- 5%
A tabela acima tem a correspondência de cores para o caso das resistências de 5 cores.
Porém as resistências podem ter apenas 4 cores e para isso usa-se a mesma tabela,
eliminando a terceira coluna.
Considera-se o primeiro anel, aquele que estiver mais próximo de uma das
extremidades. Vejamos agora um exemplo. Suponhamos que as cores da resistência de 4
cores são:
 Associação de Resistências.
1. associação em série;
2. associação em paralelo;
3. associação mista.
I1= I2 = I3 = In
Vt= V1 + V2 + V3
Problema de aplicação:
V1 = 5 x 0,5 = 2,5 V
V2 = 2 x 0,5 = 1 V
Vt = 3,5 V
Rt = R1 + R2
Rt = 5 + 2 = 7 Ω
Esta forma de ligação é a mais utilizada quer nas instalações industriais quer nas
domésticas, pois se qualquer receptor se deteriorar, os restantes continuarão em
funcionamento, porque alimentação é independente para cada um deles.
It= I1 + I2 + In
V1= V2 = V3 = Vn
Problema de aplicação:
1 1 1
= +
Rt R1 R2
1 1 1 2 5 7
= + = + = = 1,428Ω
Rt 5 2 10 10 10
3,5 3,5
I1 = = 0,7 A I1 = = 1,75 A I t = 0,7 + 1,75 = 2,45 A
5 2
O cálculo quer de tensões quer de correntes depende do circuito em si, não havendo
uma fórmula estilizada. Em todas associações referidas pode sempre calcular-se uma
resistência cujo valor seja equivalente às restantes e que as substitua sem alterar o
funcionamento de conjunto. A esta resistência dá-se o nome de resistência equivalente ou
resistência total, O interesse em conhecer o valor desta resistência consiste em simplificar
os respectivos cálculos. Assim, para o circuito em série a resistência equivalente determina-
se pela seguinte fórmula:
Rt = R1 + R2
Como se pode ver, basta somar todas as resistências para encontrar a Rt. Para a
associação em paralelo será:
1 1 1
= +
Rt R1 R2
Para o caso da associação mista não existe uma fórmula para o cálculo da Rt devendo o
seu cálculo ser efectuado por etapas sucessivas até a encontrar.
Problema de aplicação:
1 1 1 2+3 5
= + = = ⇔ Rt = 12Ω e para Rt temos: Rt = R1 + R2 =10 + 12 = 22 Ω
Rt 20 30 60 60
 Condensadores.
Em face destas características, é fácil concluir que existe uma grande gama de
condensadores e, obviamente, uma grande diversidade de aplicações.
Quanto à sua natureza, os condensadores classificam-se em:
a) Vácuo;
b) Gasoso: ar atmosférico, gás carbónico, etc;
c) Líquido: óleo mineral ou sintético;
d) Sólido: papel, mica, cerâmica plástico, porcelana, etc;
e) Especiais: condensadores electrolíticos polarizados e não polarizados, de óxidos
produzidos por electrólise.
Este último tipo de condensador é o único em que se deve ter em conta a sua
polaridade, ou seja, um dos seus terminais deve ser ligado ao pólo + e o outro pólo -.
A primeira faixa (A) é a que está mais próxima de um das extremidades, geralmente do
lado oposto aos terminais; entre a faixa (D) e a última (E), deve de haver uma faixa com
largura dupla das anteriores, ou então a faixa (D) ter um tamanho maior que as restantes.
- Um condensador fixo com a capacidade de 27 000 pF, de tolerância de +/- 10% e 250V
de tensão, deverá ter as seguintes cores impressas no corpo:
A- vermelho
B- violeta
C- laranja
D- branco
E- vermelho
 Associação de condensadores.
U= U1+U2
Q1=Q2
1 1 1
= +
Ct C1 C2
U= U1=U2
Qt=Q1+Q2
Ct=C1+C2
Q=CV
τ = R×C