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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
1º CICLO DE ENSINO SECUNDÁRIO

FÍSICA

CONTEÚDOS DO PROFESSOR 8ª CLASSE

Elaborado por: Téc. Amândio Serafim


ÍNDICE GERAL

Tema 1 – Energia, Trabalho e Máquinas Simples


 1.1. Trabalho e Energia
 Noção de Energia
 Formas de energia: Energia cinética e energia potencial
 Transformações e transferências de energia mecânica
 Lei da conservação da energia mecânica
 Trabalho como medida de energia transferida entre sistemas
 1.2. Máquinas simples
 Máquinas simples
 A alavanca. Tipos de alavanca
 A roldana. Tipos de roldana
 Condição de equilíbrio. Vantagem mecânica
 Potência de uma máquina. Unidades de medidas de potência

Tema 2 – Energia Calorífica


 2.1. Temperatura e calor
 Movimento térmico; Transformação da energia mecânica em energia interna
 Temperatura e calor; Termómetro
 Formas de propagação de calor
 2.2. Energia interna dos corpos
 Energia interna dos corpos
 Calor específico ou capacidade térmica mássica; Unidades de medida de calor
específico
 Quantidade de calor; Unidades de medida da quantidade de calor

Tema 3 – Fenómenos Acústicos


 3.1. Produção e propagação do som
 Produção e propagação do som
 Propagação do som em diferentes meios
 Velocidade de propagação do som
 3.2. Qualidades do som
 Qualidades do som
 Características das ondas
 Intensidade, altura e timbre do son
 Ressonância acústica

Tema 4 – Fenómenos Luminosos


 4.1. Propagação da luz
 Fontes e receptores de luz
 Propagação rectilínea da luz
 Triângulo da visão: fonte luminosa, objecto, detector
 4.2. Reflexão da luz
 Reflexão da luz e Leis da reflexão da luz;
 Reflexão total; Prisma de reflexão total e Absorção e reflexão selectiva. Cor;
 Espelhos esféricos, côncavos e convexos e Imagens virtuais.
 4.3. Refracção da luz
 Refracção da luz e Velocidade da luz no vazio;
 Passagem da luz do ar para a agua e vice-versa;

Prof: Amândio Caindji Lucas Serafim


 Dispersão da luz; trajecto da luz através de lâminas de faces paralelas
 Trajecto da luz através do prisma óptico
 Espectro da luz visível e Radiação monocromática e Feixe policromático
 Lentes esféricas concavas e convexas
 Foco e distância focal de uma lente;
 Potência focal de uma lente e Vergência de uma lente. Dioptria

Prof: Amândio Caindji Lucas Serafim


Tema # 1 – Energia, Trabalho e Máquinas Simples
Subtema: 1.1. Trabalho e Energia
Sumário: Noção de Energia

Em Física, considera-se energia, a propriedade ou atributo de um sistema que


pode ser transferido para outro.

A primeira formulação da energia é a de G. W. Leibniz que designou por força


viva (vis viva), o produto da massa de uma partícula pelo quadrado da sua velocidade, da
qual serviu para medir a altura a que um corpo em movimento podia elevar um peso e o
desgaste que provocaria em caso de choque.
𝐄 = 𝐦 × 𝐯2
O termo energia, foi introduzido por Thomas Young em 1807 para substituir a
“força viva”

A energia: é uma grandeza física, representa-se pelo símbolo E, tem como


unidade no S.I: o Joule (J).

A energia provém de (03) horizontes diferentes: Mecânica, Electroquímica e


Engenharia.

Fontes de energia: são conjuntos de sistemas onde provém a energia.


Ex: O Sol, os combustíveis, a electricidade e a queda de água, etc.

Classificação das fontes de energia


As fontes de energia podem ser classificadas em:
a) Fonte de energia primária: é quando ocorre livremente na Natureza.
Ex: A água, o carvão, o urânio, o Sol, o vento e o petróleo bruto, etc.

b) Fonte de energia secundária: quando são obtidas a partir de outras.


Ex: A electricidade, o gás butano, a gasolina e o gasóleo, etc.

Classificação das fontes de energia primária


As fontes de energia primária classificam-se em:
a. Fontes de energia primária renováveis – quando estão em contínua renovação,
podendo ser utilizado constantemente.
Ex: O Sol, o vento e a água, etc.

b. Fontes de energia primária não renováveis – quando demora a sua renovação.


Ex: O petróleo, o gás natural, o carvão, etc.

Cadeia energética: é quando a fonte primária de energia transfere até ao consumidor


final entre os receptores intermédios.

Tipos de energia
Existem vários tipos de energia, tais como: Energia eléctrica, Energia química,
Energia calorífica, Energia potencial gravítica e elástica, Energia nuclear e Energia
mássica.

A energia é muito importante para a vida dos seres vivos.

Prof: Amândio Caindji Lucas Serafim


Conceito de sistema
A palavra sistema, é o conjunto das instituições políticas pelas quais é governado
um estado.

Em Física, designa-se por sistema, a parte do Universo que é conjunto de


princípios coordenados entre sim de maneira a formar um todo científico ou corpo de
doutrina.

Tipos de sistema
Existem três (03) tipos de sistema:
a. Sistema aberto: quando ocorre troca de energia e de matéria com o exterior.

b. Sistema fechado: quando ocorre apenas a troca de energia com o exterior.

c. Sistema isolado: quando não ocorre troca de energia nem da matéria com o
exterior.

Receptores de energia: são sistemas para os quais a energia é transferida.


Ex: Plantas verdes, os automóveis, a panela e a central hidroeléctrica, etc.

Actividades
1. Como se considera a energia em Física?
R: Em Física, considera-se energia, a propriedade ou atributo de um sistema que pode ser
transferido para outro.

2. O que são fontes de energia?


R: Fontes de energia: são conjuntos de sistemas onde provém a energia

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Subtema: 1.1. Trabalho e Energia
Sumário: Formas de energia: Energia cinética e energia potencial

Formas de Energia
É possível identificar (03) formas fundamentais de energia:
a. Energia cinética: é a energia que está associada ao movimento das partículas ou
dos sistemas.
Ex: Uma bola que roda, uma bola em movimento, o vento, etc.

A expressão matemática para calcular a energia cinética é:


𝐦. 𝐯
Ec = 1/2 m.v2  𝐄𝐜 = 𝟐
Ec = (m.v2 )/2
m = (Ec×2)/v2
v = (√Ec×2)/m
v2 = (Ec×2)/m

b. Energia potencial: é a energia que está associada às interacções conservativas


entre sistemas.
Ex: Uma pedra que se levanta sobre o solo, uma mola comprimida.

Para calcular a energia potencial é usada a seguinte expressão matemática:


EP = m . g . h onde: g = 10m/s2
h = Ep/(m.g)
g = Ep/(m.h) Equações para calcular (h, g, m) na energia potencial.
m = Ep/(g.h)

c. Energia radial (radiação): é aquela que é vista como uma onda ou como pacotes
de energia chamada fotões.

Grandezas e respectivas unidades


Grandeza Unidade SI Grandeza Unidade SI
EP – energia potencial Joule (J) m – massa kg
EC - energia cinética J v – velocidade m/s
Em - energia mecânica J h – altura m

Exercício 1 – Calcule a Ec de uma bola de 0,5kg ao movimentar com velocidade de


10m/s.
Ec = (m.v2)/2
Ec = 0,5 . 102/2
Ec = 0,5 . 100/2
50
Ec = 2 = 25J
Exercício 2 – Calcule a Ep de uma pedra que se encontra a uma altura de 15m. Sabendo
que a massa da pedra é de 2kg.
Resolução:
EP = m.g.h
EP = 2 . 10 . 15
Ep = 300J

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Exercício 3 – A energia cinética que foi calculada é de 25J e a velocidade da bola é de
10m/s. Qual será a sua massa?
Resolução:
m = Ec . 2/v2
m = 25 . 2/102
m = 50/100
m = 0,5kg

Exercício 4 – Um livro de massa de 1kg caí de uma altura de 16m em relação ao solo.
Calcule a Ec e Ep depois de 2s da queda.
Resolução:
2
v = h/t Ec = m . v /2 Ep = m . g . h
v = 16/2 Ec = 1 . 82/2 Ep = 1 . 10 . 16
v = 8m/s Ec = 32J Ep = 160J

Exercício 5 – Calcule uma pedra de 5kg que caí por cima do tampo da carteira a uma
distância de 16m em 4s.
Resolução:
v = d/t Ec = m . v2/2
v = 16/4 Ec = 5 . 162/2
v = 4m/s Ec = 5 . 256/2
Ec = 640J

Actividades
1. Quais são as três formas fundamentais da energia?
R: As três formas fundamentais de energia são: energia cinética, potencial e radial.

2. Qual é a relação que existe entre energia cinética e potencial?


R: A relação que existe entre energia cinética e potencial é: Energia cinética: é a energia
que está associada ao movimento das partículas ou dos sistemas; Energia potencial: é a
energia que está associada às interacções conservativas entre sistemas.

3. O que é a energia radial? R: é aquela que é vista como uma onda ou como
pacotes de energia chamada fotões.

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Subtema: 1.1. Trabalho e Energia
Sumário: Transformações e transferências de energia mecânica

Na Física estudamos fenómenos Mecânicos, Térmicos, Luminosos, Eléctricos,


etc. Os corpos que actuam entre si, ou seja, que se atraem ou repelem, possuem energia
potencial.
Ex: Possui energia potencial uma pedra que se levanta sobre o solo, uma mola
comprimida ou esticada, um gás comprimido, etc.

 Fenómenos Mecânicos: é um ramo da Física. Ex: A queda dos corpos.


 Fenómenos Térmicos: são aqueles que estão relacionados com a emissão e
aborção do calor. Ex: O gelo a derreter.
 Fenómenos Sonoros: ocorre quando uma onda sonora propagando-se em um
meio elástico. Ex: A emissão do som por meio de instrumentos musicais.
 Fenómenos Luminosos: ocorrem quando a luz atinge uma superfície. Ex: Os
relâmpagos.
 Fenómenos eléctrico: são aqueles que consiste conhecer a constituição geral dos
naturais. Ex: A electrização dos corpos.

Diariamente observa-se constantemente na natureza, na técnica e na vida diária,


transformações de um tipo de energia mecânica.
Ex: De energia potencial em energia cinética ou vice-versa.

EPmáx.
EC=0
h1

EP=0.
ECmáx

À medida que caí, a sua energia potencial gravítica diminui e a sua energia cinética
aumenta, porque aumenta a velocidade da bola. Ao subir, a velocidade da bola diminui,
a sua energia cinética enquanto aumenta a bola sobre a mesma altura desde que começa
a cair. Nesta altura, a energia cinética converte-se em energia potencial.

Actividades
1. O que estudamos na Física?
R: Na Física estudamos fenómenos Mecânicos, Térmicos, Luminosos, Eléctricos, etc.

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Subtema: 1.1. Trabalho e Energia
Sumário: Lei da conservação da energia mecânica

Diz-se que uma grandeza se conserva num determinado sistema quando o seu
valor se mantém inalterado durante as transformações que ocorrem nesse sistema. É o
caso da energia. Quando o sistema considerado é, por exemplo, o Universo, esta é
transformado e transferido entre os vários subsistemas que o constituem, degrada-se
durante essas transformações e transferências, mas a sua quantidade permanece constante.

O princípio da conservação de energia, afirma que a energia não pode ser criada
ou destruída, apenas pode ser trocada.

De qualquer modo, pode apresentar-se de uma maneira geral, uma das leis mais
importante no estudo da Mecânica: A Lei da Conservação da Energia Mecânica.

A energia mecânica de um sistema é a energia associada aos estados de repouso


ou de movimento, quando analisados a nível macroscópico.

Energia mecânica (Emec): é a soma de dois tipos de energia: potencial e


cinética.
𝐄𝐦𝐞𝐜 = 𝐄𝐩 + 𝐄𝐜
 No sistema Corpo – Terra
𝟏
𝐄𝐦𝐞𝐜 = 𝐦. 𝐠. 𝐡 + 𝟐 𝒎. 𝒗2

 No sistema corpo – mola


𝟏 𝟏
𝐄𝐦𝐞𝐜 = 𝒌. 𝒙2+ 𝒎. 𝒗2
𝟐 𝟐

Exercício1 – Um corpo de 1kg é lançado para cima de uma altura de 10m, com a
velocidade de 50m/s. Determine:
a) Energia potencial
b) Energia cinética
c) Energia mecânica
Resolução
a) 𝐸 P= m. g. h = 1.10.10 = 100J
1 1
b) Ec= 2 𝑚. 𝑣2= 2 . 1.502= 1250J
1 1
c) Emec = m. g. h + 2 𝑚. 𝑣2= 1.10.10 + 2 . 1.502= 100 + 1250 = 1350J

Exercício2 – No sistema corpo – mola, o corpo tem a massa de 2kg, o comprimento da


mola é 20cm. Quando a velocidade do corpo é 5m/s, o comprimento da mola é 22cm.
Sabendo que a constante elástica da mola é 10N/m. Calcule:
a) Energia potencial
b) Energia cinética
c) Energia mecânica
Resolução
𝑥 = 𝑙 − 𝑙 0= 22 − 20 = 2𝑐𝑚 = 0,02𝑚
1 1
a) Ep= 2 𝑘. 𝑥2= 2 . 100. (0,02)2= 50.0,0004 = 0,02J
1 1
b) Ec= 2 𝑚. 𝑣2= 2 . 2.52= 25J

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c) Emec = Ep + Ec = 0,02 + 25 = 25,02J

Actividades
1. Qual é uma das leis mais importante no estudo mecânica?
R: Uma das leis mais importante no estudo da Mecânica é a Lei da Conservação da
Energia Mecânica.

2. Em que consiste a energia mecânica?


R: A energia mecânica consiste na soma de dois tipos de energia, potencial e cinética.

3. O que é a energia mecânica?


R: A energia mecânica de um sistema é a energia associada aos estados de repouso ou de
movimento.

Exercício 1 – Um corpo de 2kg é lançado vertical para cima de uma altura de 50m, com
a velocidade de 10m/s. Determine:
a) Energia mecânica
1 1
Emec = m. g. h + 2 mv2 = 2.10.50 + 2 . 2.102 = 1000 + 100
Emec = 1100J
b) Altura atingida pelo corpo.
Emec = m. g. h
1100
 1100 = 2.10. h 1100 = 20. h  h = 20 = 55m

c) A velocidade máxima atingida pelo corpo


1
Emec = 2 mv2
1 2
1100 = 2 . 2v2  1100 = 2 v2
 v2 = 1100
 𝑣 = √1100 = 10√11m/s

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Subtema: 1.1. Trabalho e Energia
Sumário: Trabalho como medida de energia transferida entre sistemas

A palavra trabalho, refere-se a qualquer actividade da natureza muscular ou


intelectual.

Em Física, trabalho, é uma medida da energia transferida pela aplicação de uma


força ao longo de um deslocamento.

O trabalho é representado pelo símbolo W. O trabalho é directamente


proporcional a intensidade da força (F) e pela distância (d) percorrida, por isso,
convencionou-se medir o trabalho mecânico multiplicando a força pelo deslocamento.

A expressão matemática para calcular o trabalho é: 𝐖 = 𝐅 × 𝐝

Portanto há duas condições para que uma força realize trabalho:


1. Que haja deslocamento;
2. Que haja força ou componente da força na direcção do deslocamento.

Tipos de trabalho
a) Trabalho nulo: quando o trabalho é igual a zero;
b) Trabalho potente/motor: quando a força e deslocamento estão no mesmo
sentido;
c) Trabalho resistente: quando a força e deslocamento possuem sentidos contrários.
W = - F×d
Unidade de trabalho
A unidade SI de trabalho é o Joule (J), que se define como o trabalho realizado
por uma força de um newton (N) actuando ao longo de um metro (m) na direcção do
deslocamento.

Grandezas e respectivas unidades


Grandeza Unidade SI
W – trabalho J
F – força N
D – deslocamento M

Exercício 1 – Uma força de 20N é aplicado sobre um corpo. Calcule o trabalho da força
F, durante o deslocamento de 10m.
Resolução
a) Dados Fórmula Substituição
F = 20N W = F. d W = 20. 10
d = 10m W = 200J
W=?

Exercício 2 – Uma força de 10N é aplicado sobre um corpo. Calcule o trabalho da força
F, durante o deslocamento de 5m.
Resolução
a) Dados Fórmula Substituição
F = 10N W = F. d W = 10. 5
d = 5m W = 50J

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W=?

Actividades
1. Que diferença existe entre trabalho como grandeza física e trabalho no
âmbito social?
R: A diferença existe entre trabalho como grandeza física e trabalho no âmbito social é:
Trabalho como grandeza física, é a medida da energia transferida pela aplicação de uma
força ao longo de um deslocamento; quanto ao âmbito social é qualquer actividade da
natureza muscular ou intelectual.

Exercício 1 – Uma força de 50N é aplicado sobre um corpo. Calcule o deslocamento da


força F, durante o trabalho de 200J.
Resolução
a) Dados Fórmula Substituição
F = 50N W = F. d d = 200: 50
W = 200m d = W/F d = 4m
d=?

Exercício 2 – Um trabalho de 40J é aplicado sobre um corpo. Calcule a força F, durante


o deslocamento de 10m.
Resolução
a) Dados Fórmula Substituição
W = 40N W = F. d F = 40: 10
d = 10m F = W/d F = 4N
F=?

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Subtema: 1.2. Máquinas simples.
Sumário: Máquinas simples

Desde tempos remotos, a humanidade utilizou máquinas diferentes que


facilitavam, aceleravam e supriam o trabalho do homem.

Máquinas: é todo o dispositivo que serve para transformar a energia e realizar


trabalho.

Na Física, o termo máquinas simples é reservado a pequenos objectos ou


instrumentos que facilitam a execução de diferentes afazeres do dia-a-dia.
Ex: Alavanca, Roldana, Plano inclinado, martelos e machados, Roda e eixo, molas.

Roda e eixo: é um elemento cilíndrico, de pequena espessura, que gira ao redor


de um eixo (real ou virtual) ou de forma solidária a ele.

Molas: são empregadas em amortecedores de carros, em canetas esferográficas e


em portas de vai-e-vem, entre outros objectos.

Planos inclinados: são superfícies planas, rígidas, inclinadas em relação a


horizontal que servem para multiplicar forças, constituindo, portanto, máquinas simples.
Ex: O declive de uma estrada.

As máquinas simples são dispositivos que, apesar de sua absoluta simplicidade,


trouxeram grandes avanços para a humanidade e se tornaram base para todas as demais
máquinas (mais ou menos complexas).

As máquinas simples são dispositivos capazes de alterar forças, ou simplesmente


de mudá-las de direcção e sentido.

Na máquina simples estão associadas dois elementos principais:


1. Força potente ou potência (P) – é toda força capaz de produzir ou de acelerar o
movimento (produz trabalho motor)

2. Força resistente ou resistência (R) – é toda força capaz de se opor ao movimento


(produz trabalho resistente).

A ideia de uma máquina simples foi criada pelo filosofo grego Arquimedes no século III
a. C, que estudou as máquinas Arquimedianas.

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Subtema: 1.2. Máquinas simples.
Sumário: A alavanca. Tipos de alavanca

Na Física, a alavanca é um objecto rígido que é usado com um ponto fixo


apropriado para multiplicar a força mecânica que pode ser aplicada a um outro objecto.

As alavancas podem ser divididas em três classes:


a) A alavanca interfixa: é quando o ponto de apoio (N) está entre a aplicação da
força potente (A) e a aplicação da força resistente (B).

b) A alavanca inter-resistente: é quando a aplicação da força resistente (R) está


entre a aplicação da força potente (P) e o ponto de apoio (N).

c) A alavanca interpotente: é quando a aplicação da força potente (A) está entre a


aplicação da força resistente (B) e o ponto de apoio (N).

A equação fundamental das alavancas é: Fr × 𝐁𝐏 = 𝐅𝐫 × 𝐁𝐑.


Onde:
Fp: é a força que vai provocar o movimento
Fr: é a força potente do centro de apoio
BP: é a distância da força potente
BR: é a distância da força resistente do centro de apoio.

Actividades
1. O que entendes por uma alavanca?
R: Uma alavanca é um objecto rígido que é usado com um ponto fixo apropriado para
multiplicar a força mecânica que pode ser aplicada a um outro objecto.

2. Como podem ser divididas as alavancas?


R: As alavancas podem ser divididas em três classes: a alavanca interfixa, a alavanca
inter-resistentee alavanca interpotente

3. Qual é a equação fundamental das alavancas?


R: A equação fundamental das alavancas é Fr ×BP=Fr×BR.

4. O que é a alavanca inter-resistente?


R: A alavanca inter-resistente: é quando a aplicação da força resistente (R) está entre a
aplicação da força potente (P) e o ponto de apoio (N).

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Subtema: 1.2. Máquinas simples.
Sumário: A roldana. Tipos de roldana

Roldana ou polia: é um disco (mmadeira, plástico ou de metal) que girar em torno


de um eixo que passa por seu centro.

Roldana ou polia: são dispositivos mecânicos usados para tornar mais cômodo
ou reduzir a força necessária para deslocar objectos com grande peso. As roldanas foram
usadas pela 1ª vez por Arquimedes (287 a. C – 212 a. C) para deslocar um navio.

Tipos de roldana
Na prática, é muito comum utilizar a associação de dois tipos de roldanas:
a) Roldana fixa: somente altera a direcção e o sentido da força.
Fn = Fr.
Ex: Determine o valor da força motora necessária para levantar um corpo a uma altura
de 10cm, utilizando uma roldana fixa. Considere que o peso do corpo é igual a 100N.
Resolução:
Fn = Fr
Fn = 100 . 0,01
Fn = 1N

b) Roldana móvel: divide a força resistente entre o ponto de fixação da corda e a


força potente.
Fr = Fr/2.
Ex: Determine o valor da força motora necessária para levantar um corpo a uma altura
de 10cm, utilizando uma roldana fixa associada a uma roldana móvel. Considere que o
peso do corpo é igual a 100N.
Resolução:
Fr = Fr/2
Fr = 100 . 0,01/2
Fr = 0,5N

Actividades
1. O que são roldanas ou polias?
R: Roldanas ou polias: são dispositivos mecânicos usados para tornar mais cômodo ou
reduzir a força necessária para deslocar objectos com grande peso.

2. Quantos tipos de roldana ou polia existe?


R: Existe dois tipos de roldana ou polia que são: fixa e móvel

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Subtema: 1.2. Máquinas simples.
Sumário: Condição de equilíbrio. Vantagem mecânica

Estática é o ramo da Mecânica que se dedica ao estudo das condições de


equilíbrio, indicando os factores necessários para que uma estrutura ou corpo qualquer
esteja equilibrado.

1ª Condição de equilíbrio: a soma das forças.


A 1ª condição necessária para que um determinado corpo esteja em equilíbrio é
que a soma de todas as forças que actuam sobre ele deve ser nula.

Como a força é nula e o objecto possui velocidade constante, diz-se que o corpo
está em equilíbrio dinâmico.

2ª Condição de equilíbrio: a soma dos torques (momento de força)


Esta grandeza é definida pelo produto da força aplicada perpendicularmente em
determinado ponto do sistema pelo braço de alavanca, que corresponde á distância entre
o ponto de aplicação da força e o eixo de rotação.
T = F.x

Para que um sistema esteja em equilíbrio, é necessário que não haja rotação,
portanto, a soma dos torques que actuam sobre o sistema deve ser nula.

Vantagem mecânica
Em Física, definimos a vantagem mecânica (VM) de uma ferramenta, ou de uma
máquina, como a intensidade da força resistente dividida pela intensidade da força de
acção.
VM = FR/Fa

Por essa razão, vamos definir a vantagem mecânica da chave de roda, por
exemplo, com base nas grandezas associadas á estrutura da ferramenta ou do parafuso.

Essa expressão pode ser utilizada para determinar a vantagem mecânica em


chaves de boca, alicates e chaves de fenda, etc.

Actividades
1. O que é a vantagem mecânica?
R: A vantagem mecânica é a intensidade da força resistente dividida pela intensidade da
força de acção.

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Subtema: 1.2. Máquinas simples
Sumário: Potência de uma máquina. Unidades de medidas de potência.

Em Física, potência é a grandeza que determina a quantidade de energia


concedida ou consumida por uma fonte por unidade de tempo.

Potência: é a capacidade de fornecer a energia, ou seja, é a grandeza física cujo


valor é o quociente do trabalho realizado pelo tempo que durou a energia.

Potência de uma máquina é medida pela razão entre o trabalho realizado (W) e
o intervalo de tempo gasto para realiza-lo (∆t).
𝐖
𝐏=
𝐭
Adapta-se como unidade de trabalho o Joule (J) e como unidade de tempo o
segundo (s); a potência terá uma unidade chamada Watt (w), em homenagem engeneiro
escocês James Watt (1736 – 1819)

Na técnica, emprega-se unidades de potência maior como o 𝐪𝐮𝐢𝐥𝐨𝐰𝐚𝐭𝐭 (𝐤𝐖),


𝐦𝐞𝐠𝐚𝐰𝐚𝐭𝐭 (𝐦𝐖) e 𝐜𝐚𝐯𝐚𝐥𝐨 − 𝐯𝐚𝐩𝐨𝐫 (𝐜. 𝐯).
𝟏 𝐤𝐢𝐥𝐨𝐰𝐚𝐭𝐭 = 𝟏𝟎𝟎𝟎𝐰𝐚𝐭𝐭
𝟏 𝐦𝐞𝐠𝐚𝐰𝐚𝐭𝐭 = 𝟏 𝟎𝟎𝟎 𝟎𝟎𝟎𝐰𝐚𝐭𝐭
𝟏 𝐜𝐚𝐯𝐚𝐥𝐨 − 𝐯𝐚𝐩𝐨𝐫 = 𝟕𝟑𝟔𝐰𝐚𝐭𝐭

Conhecida a potência de um motor, pode-se calcular o trabalho que esta realiza


em qualquer intervalo de tempo, multiplicando a potência pelo tempo.
𝐖=𝐏×𝐭

Coeficiente de rendimento de um mecanismo

Rendimento: é a razão entre a potência útil e a potência total.

Rendimento é uma importante variável para o estudo de sistemas não


conservativos, isto é, que apresentam perdas de energia, como nos casos não ideais do
nosso dia a dia. Todas as máquinas e aparelhos que conhecemos são sistemas incapazes
de aproveitar toda a potência fornecida a eles. Assim, “desperdiçam” parte da potência
em outras formas de energia menos úteis, como calor, vibração e ruídos.

Uma das definições mais gerais de rendimento pode ser dada pela divisão da
potência útil pela potência total recebida durante algum processo:

Legenda:
η – rendimento
PU – potência útil (W)
PT – potência total (W)

O rendimento das máquinas térmicas mede sua eficiência energética, ou seja, a


porcentagem de energia que essas máquinas são capazes de aproveitar para realizar
trabalho útil (τ). Todas as máquinas térmicas operam de maneira semelhante: recebem
calor de uma fonte quente (Qq) e rejeitam parte desse calor, dissipando-o para uma fonte

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fria (Qf). Podemos calcular o rendimento de uma máquina térmica qualquer a partir da
𝐖u
seguinte fórmula: η = 𝐖

Legenda:
η – rendimento da máquina térmica
τ - trabalho da máquina térmica (J)
Qq – calor cedido pela fonte quente (J)

O coeficiente de rendimento de um mecanismo, não tem unidade (adimensional)


e exprime-se em percentagem (%):

Exercício1 – Um guindaste realiza um trabalho de 2000J em 10s. Determine:


a) Potência do guindaste.
Resolução
Dados Fórmula Substituição
W 2000J
W = 2000J P= P= = 200watts
∆t 10𝑠
t = 10s

b) O funcionamento do guindaste que é necessária uma potência de 200watts.


Calcule o rendimento do guindaste.
Resolução
Dados Fórmula Substituição
Wu 200
W = 20watts R= 𝑊 R = 20 = 10%
Wu = 200watts

Exercício2 – Uma máquina consome uma potência total de 1000watts e possui um


rendimento de 80%. Determine:
a) A potência da máquina.
Resolução
R = Pu/Pt
 80 = 1000/Pt
 Pt = 1000/80
Pt = 125watts
b) O trabalho que a máquina realize em 20s.
Resolução
W
P=
∆t
W
 800 = 20
 W = 800.20 = 16000J

Actividades

Exercício 1 – Uma máquina consome uma potência total de 1500watts e realiza um


trabalho de 12kJ em 10s. Calcule:
a) A potência da máquina.
Resolução

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W 12000
P= = = 1200watts
∆t 10

b) A potência dissipada
Resolução
Pt = Pd + Pu
Pd = Pt − Pu  Pd = 1500 − 1200 = 300watts

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TEMA # 2 – Energia Calorífica
SUBTEMA: 2.1. Temperatura e calor
SUMÁRIO: Movimento térmico; Transformação da energia mecânica em energia
interna

Temperatura: é a grandeza física que se mede utilizando o termómetro.

Calor: é a energia térmica transferida entre dois corpos que se encontra a


temperatura diferente.

Movimento térmico; Transformação da energia mecânica em energia interna


A matéria é constituída por corpúsculos atómico, moléculas ou iões em constante
movimento. O movimento de cada um deles, isoladamente, é um movimento mecânico.
Podemos imaginar como ela choca com outra molécula do corpo.

Movimento térmico: é o movimento desordenado das moléculas relacionada com


a temperatura do corpo.
Ex:

Assim sendo, quanto maior for a temperatura, maior será a agitação dos
corpúsculos ou moléculas.

O movimento das moléculas no seu conjunto é um movimento muito complexo


com 1cm3 de gás, há aproximadamente 𝟐, 𝟓 × 𝟏𝟎19 moléculas. Além disso, cada molécula
é uma trajectória muito complexa.

A transformação da energia mecânica em energia interna, é quando dois objectos


postos em contacto e em movimento com sentidos contrários, entre suas superfíficies há
atrito. Este atrito faz com que a energia mecânica que está sendo utilizada pelos objectos
para se movimentarem não se conserve, pois está sendo transformada em energia interna.

Actividades
1. O que é o movimento térmico?
R: O Movimento térmico: é o movimento desordenado das moléculas relacionada com a
temperatura do corpo.

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Subtema: 2.1. Temperatura e calor
Sumário: Temperatura e calor; Termómetro

Temperatura e calor são conceitos fundamentais da Termologia, que é a área da


Física que estuda os fenómenos associados ao calor, com a temperatura, dilatação,
progapagação de calor, comportamento dos gases, entre outros.

Temperatura: é uma grandeza física utilizada para medir o grau de agitação ou a


energia cinética das moléculas de uma determinada quantidade de matéria.

O aparelho utilizado para fazer medidas de temperatura é o termómetro, que pode


ser encontrado em (3) escalas: Celsius, Kelvin e Fahrenheit.

Essa temperatura foi definida no século XIX, pelo cientista inglês Willian
Thompson, mas conhecido como Lord Kelvin.

Calor (energia térmica): corresponde à energia em trânsito que se transfere de


um corpo para outro em razão da diferença de temperatura.
Relação entre Calor e Temperatura
Diferenças Calor Temperatura
Trânsito de energia cinética molecular Nível de agitação de moléculas e
Características dos corpos mais quentes para os mais átomos em sua relação com o estado
frios. térmico.
Os termómetros medem a temperatura
Cálculo sobre o Trânsito de energia
Como medir? gerada a partir da movimentação das
térmica entre corpos ou sistemas.
moléculas e dos átomos
ºC (graus Celsius)
Cal (Caloria)
Unidades de medida ºF (graus Fahrenheit)
J (Joule)
K (Kelvin)

Actividades
1. O que é a termologia?
R: A Termologia, que é a área da Física que estuda os fenómenos associados ao calor,
com a temperatura, dilatação, progapagação de calor, comportamento dos gases, entre
outros.
2. Como se chama o aparelho utilizado para fazer medidas de temperatura?
R: O aparelho utilizado para fazer medidas de temperatura é o termómetro.

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Subtema: 2.1. Temperatura e calor
Sumário: Formas de propagação de calor

Propagação por condução: é a energia interna como qualquer outro tipo de


energia, pode transmitir de um corpo para outro.
Ex: Ao aquecermos a ponta de uma barra de ferro, o calor é conduzido e, em pouco
tempo, toda a barra estará aquecida.

Propagação por conveção: é o processo de transferência de calor que se faz de


corpúsculos a corpúsculos.
Ex: Uma panela com água no fogão cria zonas de convecção, a água mais quente sobe
criando um movimento, aquecendo todo o líquido.

Propagação por radiação: é um processo de transferência de corpo, por meio de


ondas electromagnéticas que se propaga no mesmo vácuo, pois necessita de qualquer
meio natural.
Ex: O Sol, mesmo nem estar em contacto com a Terra, irradia calor em forma de ondas
electromagnéticas. Essas ondas viajam pelo espaço e são responsáveis pela temperatura
do planeta.

O calor chega a nós por meio de ondas electromagnéticas que não precisam de
qualquer meio material para se propagar.

Actividades
1. Quais são as formas de propagação de calor?
R: As formas de propagação de calor são: Propagação por condução, propagação por
convicção e ropagação por radiação.

2. De que meio chega o calor até a nós?


R: O calor chega a nós por meio de ondas electromagnéticas que não precisam de
qualquer meio material para se propagar.

3. O que é a propagação por conveção?


R: A propagação por conveção: é o processo de transferência de calor que se faz de
corpúsculos a corpúsculos.

4. O que entendes de propagação por radiação?


R: Entendo de propagação por radiação é um processo de transferência de corpo, por
meio de ondas electromagnéticas que se propaga no mesmo vácuo, pois necessita de
qualquer meio natural.

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Subtema: 2.2. Energia interna dos corpos
Sumário: Energia interna dos corpos

Todos os corpos possuem o que chamamos energia interna, que é a soma de todas
as energias das moléculas no seu interior.

A energia interna é composta pela energia cinética da agitação molecular e dos


átomos dentro das moléculas e pela energia potencial existente devido às forças entre
essas moléculas.

A quantidade de energia interna que o corpo ganha ou perde durante a termo-


transferência chama-se quantidade de calor.

Chama-se quantidade de calor do valor de energia interna que recebe ou perde,


o corpo durante a termo-transferência.

Conclusão: Deste modo, concluímos que a quantidade de calor a um corpo


durante o aquecimento, depende da natureza do material de que é feito o corpo da massa
do mesmo e da variação de temperatura pretendida.

Assim, qualquer outro tipo de energia, a energia interna deve medir-se em Joule
(J).

Na prática, é usada para medição da quantidade de calor, a sua unidade especial é


caloria (Cal).

Caloria: é a quantidade de calor necessário para elevar a temperatura de 1g de


água à 1ºC. Também podemos dizer que a caloria é a quantidade de calor que perde 1g
de água ao arrefecer 1ºC.

Na técnica utiliza-se geralmente uma unidade de quantidade de calor muito maior,


ou seja, a quilo caloria (Kcal).

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Subtema: 2.2. Energia interna dos corpos
Sumário: Calor específico ou capacidade térmica mássica; Unidades de medida de
calor específico.

Calor específico: é uma grandeza física intensiva que define a variação térmica
de determinada substância ao receber determinada quantidade de calor

O calor específico (c), também chamado de capacidade térmica mássica, é uma


grandeza física que está relacionada com a quantidade de calor recebida e a sua variação
térmica.

Para calcular o calor específico das substâncias, utiliza-se a sequinte equação:


c = Q/m.(∆t) ou c = C/m

Onde:
c: calor específico (cal/g ºC ou J/kg.K)
Q: quantidade de calor (cal ou J)
m: massa (g ou kg)
∆t: variação de temperatura (ºC ou K)
C: capacidade térmica (cal/ºC ou J/K)

Unidades de medida de calor específico


No Sistema Internacional (SI), o calor específico é medido em J/kg.K.

O calor específico de algumas substâncias é indicado na tabela seguinte:


Substâncias c (cal/gºC
Alumínio 0,219
Água 1,000
Álcool 0,590
Cobre 0,093
Chumbo 0,031
Estanho 0,055
Ferro 0,119
Gelo 0,550
Mercúrio 0,033
Ouro 0,031
Prata 0,056
Vapor de água 0,480
Zinco 0,093

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Subtema: 2.2. Energia interna dos corpos
Sumário: Quantidade de calor; Unidades de medida da quantidade de calor

Quantidade de calor: é a transferência de energia térmica entre corpos com


temperaturas diferentes.
Q = c.m.(t2 – t1)
Onde:
Q – quantidade de calor sensível (Cal/J)
c – calor específico da substância que constituí o corpo (Cal/gºC ou J/kgºC)
m – massa do corpo (g/kg)
∆t – variação de temperatura (ºC)

Para relacionarmos um valor numérico, qual denominaremos quantidade de


calor (Q), a esse fluxo de energia, vamos convencionar o seguinte:
 Q > 0 – quando o corpo ganha calor
 Q < 0 – quando o corpo cede calor.

Ao receber calor, por exemplo, a temperatura dos corpos tende aumentar. Mas,
para substâncias puras, quando atingidas determinadas temperaturas, o ganho de calor
pode acarretar uma mudança de estado físico.
Ex: Uma pedra de gelo a 0 ºC que começa a derreter ao receber calor do ambiente.

Unidades de medida da quantidade de calor


A unidade de quantidade de calor no SI é o Joule (J). Portanto, a quantidade de
calor mede-se nas seguintes unidades: Joule (J), quilo caloria (Kcal) e caloria (Cal).

Na prática é muito usada uma outra unidade de quantidade de calor, a Caloria


(cal), que é definida como a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de
1g de água de 14,5 ºC para 15,5 ºC sob pressão de 1atm.

Relação entre essas duas unidades:


1cal = 4,18J;
1 Kcal = 1000 cal
Exercício 1: Qual a quantidade de calor sensível necessária para aquecer uma barra de
ferro de 2kg de 20 ºC para 200 ºC?
Resolução:
Q = c.m.(t2 – t1)
Q = 0,119 . 2 .(200 – 20)  Q = 0,238 . 180  Q = 42,82J

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TEMA # 3 – Fenómenos Acústicos
SUBTEMA: 3.1. Produção e propagação do som
SUMÁRIO: Produção e propagação do som

Acústica: é a parte da Física que estuda os fenómenos do som.

Para estudar os fenómenos acústicos, utiliza-se o diapasão.

O som é uma onda capaz de propagar-se pelo ar e por outros meios a partir da
vibração de duas moléculas.
Ex: O ar ou a água, o bater do martelo, os sons musicais provenientes de diversos
instrumentos, a fala ou o canto, etc.

Sendo uma onda, o som apresenta propriedades, como:

A velocidade (v) do som depende do meio no qual ele é propagado, meios físicos
de maior elascticidade tendem a propagar o som com mais facilidade, em razão da
proximidade entre as suas moléculas.

Podemos calcular a velocidade do som se conhecermos a sua frequência e o seu


comprimento de onda. Portanto, basta fazermos o seguinte cálculo: 𝐕 = 𝛄𝐟.
A tabela abaixo apresenta a velocidade de propagação do som em alguns meios
conhecidos, confira:
Meio Velocidade do som
Ar (21 ºC) 344m/s
Água 1480m/s
Concreto 3400m/s
Alumínio 5150m/s
Vidro 5200m/s
O comprimento de onda (𝛄) do som é o espaço necessário para que a onda sonora
prozuza uma oscilação completa.
A frequência (f) de uma onda sonora é medida em Hz.
A amplitude (A) da onda sonora define a sua intensidade, ou a quantidade de
energia que essa onda carrega consigo.

Produção do som
O som é o resultado de uma vibração, que se transmite ao meio de propagação,
provocando zonas de maior compressão de partícula e zonas de menor compressão (zonas
de rarefação) de partículas, originando uma onda sonora.

O homem consegue produzir sons, fazendo vibrar as cordas vocais.

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SUBTEMA: 3.1. Produção e propagação do som
SUMÁRIO: Propagação do som em diferentes meios.

O som necessita de um meio material, sólido, líquido ou gasoso, que propague


as vibrações provocadas pela fonte sonora até ao receptor sonoro.

Para que esta propagação ocorra, é necessário que aconteçam compressões e


rarefações em propagação do meio. Estas ondas se propagam de forma longitudinal.

A propagação do som em meios gasosos depende fortemente da temperatura do


gás, é possível inclusive demonstrar que a velocidade do som em gases é dada por:
𝐯 = √𝐤. 𝐓

Onde:
k: constante que depende da natureza do gás
T: temperatura absoluta do gás (em Kelvim)

Os corpos moles e porosos são maus condutores de som. Para isolar um local
qualquer da penetração de sons exteriores, coloca-se nas paredes, no chão e no tecto
camadas de materiais que absorvem o som, tais materiais podem ser:
 feltro
 cortiça prensada
 pedras porosas
 chumbo, etc.

Os líquidos são os melhores condutores do som. Os peixes, por exemplo, ouvem


as vozes e passos nas margens. Isto é, conhecido experimentalmente pelos pescadores.

As ondas sonoras propagam-se nos corpos sólidos, líquidos e gasosos, mas não
podem propagar-se no vazio. A velocidade de propagação do som é diferente é diferente
em materiais diferentes.

De forma geral: a velocidade som (sólidos)> velocidade som (líquidos)>


velocidade som (gases). No ar, o som propaga-se com velocidade de valor igual a
340m/s.

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Subtema: 3.1. Produção e propagação do som
Sumário: Velocidade de propagação do som.

A velocidade de propagação do som: é a velocidade de propagação de uma onda


sonora.

A velocidade de propagação do som depende da densidade e do módulo da


elasticidade volumétrica do meio.

A velocidade de propagação do som, representa a velocidade com que se


propagam as ondas sonoras. É um vector perpendicular à frente de onda.

Assim, a velocidade de propagação do som depende da temperatura do ar.

Na tabela abaixo, apresentamos o valor da velocidade do som para diferentes


meios:
Sólidos
Vidro (20 ºC) 5130 m/s
Alumínio (20 ºC) 5100 m/s
Líquidos
Glicerina (25 ºC) 1904 m/s
Água do mar (25 ºC) 1533 m/s
Água salgada (25 ºC) 1493 m/s
Mercúrio (25 ºC) 1450 m/s
Gases
Hidrogénio (0 ºC) 1286 m/s
Hélio (20 ºC) 972 m/s
Ar (0 ºC) 343 m/s

Nota bem: De forma geral, as ondas sonoras propagam-se mais rapidamente nos sólidos
do que nos líquidos, e mais rapidamente nos líquidos do que nos gases.

Actividades
1. O que é a velocidade de propagação do som?
R: A velocidade de propagação do som é a velocidade de propagação de uma onda
sonora.

2. De que depende a velocidade de propagação do som?


R: A velocidade de propagação do som depende da densidade e do módulo da elasticidade
volumétrica do meio.

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Subtema: 3.2. Qualidades do som
Sumário: Qualidades do som.

O nosso aparelho auditivo – a nossa orelha, possui a capacidade de reconhecer e


identificar os mais variados sons.

Em relação às características do som, vamos destacar (3) qualidades: altura,


intensidade e timbre.

a) Altura
A altura é uma qualidade do som relacionada à frequência, que permite dizer se
ele é um som grave (som de baixa frequência) ou agudo (som de alta frequência). Quanto
maior for a frequência, mais alto será o som.

b) Intensidade
A intensidade de um som está associada à amplitude da onda. Quanto maior for
a amplitude de uma onda sonora, mais intenso será o som.

Com em sua intensidade, o som é classificado como forte (alta intensidade) ou


fraco (baixa intensidade).

c) Timbre
O timbre de um som é a qualidade que permite diferenciar dois sons de mesma
frequência e da mesma intensidade emitidos por fontes diferentes.
Ex: A mesma nota musical tocada simultaneamente por um violino e por um
piano, graças ao timbre do som emitido pelos instrumentos.

Actividades
1. De acordo a intensidade do som, como pode ser classificado?
R: De acordo a intensidade do som pode ser classificado como forte (alta) e fraco (baixa).

2. Quais são as características da qualidade do som?


R: Às características do som, vamos destacar três (3) qualidades: altura, intensidade e
timbre.

3. O que é a intensidade?
R: A intensidade de um som está associada à amplitude da onda.

4. O que entendes por timbre? R: Entendo por O timbre de um som é a qualidade


que permite diferenciar dois sons de mesma frequência e da mesma intensidade
emitidos por fontes diferentes.
Subtema: 3.2. Qualidades do som
Sumário: Características das Ondas

Onda: é um pulso energético que se propaga através do espaço ou de um meio


(líquido, sólido ou gasoso), com velocidade definida.

Todas as ondas tem as seguintes características:

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1. Comprimento de onda (c.d.o.): é a distância entre duas partículas consecutivas
na mesma fase de vibrações e simboliza-se por 𝛄 (lambda) e exprime-se em
metros (m).
𝛄

𝛄´

𝛄 = 𝐯. 𝐓
𝟐𝛑
𝐤=
𝛌

2. Frequência: é o número de vibrações completas efectuadas por qualquer partícula


numa unidade de tempo. Simboliza-se por 𝐟 e exprime-se em hertz, (Hz) ou
vibrações por segundo. Também são usados os múltiplos quilohertz (kHz) e
megahertz (MHz)
1kHz = 1000Hz
1MHz = 1.000.000Hz
f =1/T
No mesmo meio, o comprimento de ondas e a frequência é inversamente
proporcional:
a) Quando o comprimento é grande, a frequência é pequena.
b) Quando o comprimento é pequena, a frequência é grande.

3. Período: é o tempo necessário para que qualquer partícula efectua uma vibração
concreta. Simboliza-se por 𝐓 e exprime-se em segundo (𝐬).
𝟏
𝐓=𝐟
Nota bem: Verificando-se que o período e a frequência são grandezas físicas
inversamente proporcionais.

3. Amplitude: é a distância máxima entre uma crista ou um ventre e a posição de


equilíbrio; simboliza-se por 𝐀 e exprime-se em metro.
𝐝
𝐀=
𝐟
A: Amplitude (m)
d: Distância (m)
f: Frequência
Ex:

Classificação das ondas


As ondas estão classificadas em: transversais e longitudinais.
a) Ondas transversais: se a direcção de propagação de ondas é perpendicular á
direcção em que se deu a perturbação.

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b) Ondas longitudinais: se a direcção de propagação de ondas coincide com a
direcção em que se deu a perturbação.

Propriedades físicas
Todas as ondas tem as seguintes propriedades físicas:
 Reflexão: quando uma onda volta para a direcção de onde veio, devido à batida
em matrial reflexivo.

 Refracção: é a mudança das ondas, devido a entrada em outro meio.

 Difracção: é o espalhamento de ondas.

 Dispersão: é a separação de uma onda em outras de diferentes frequências.

Exercício 1 – A corda vibrante de uma viola executa 30 vibrações em cada segundo:


a) Indica qual é a frequência da onda sonora emitida pela corda.
Resolução:
f =1/T
f = 1/30
f = 0,03 Hz

b) Calcula o período de tempo para que seja efectuada uma vibração completa.
Resolução:
T = 1/f  T = 1/0,03  T = 33,3s
Exercício 2 – Um movimento ondulatório tem uma frequência de 20𝐻𝑧
a) Calcula o seu período.
Resolução:
T = 1/f
T = 1/20
T = 0,05s

Exercício 3 – Há ondas cujo período é de 5𝑠.


a. Determine qual a sua frequência.
Resolução:
f =1/T
f = 1/5
f = 0,2Hz

Actividades
1. O que é uma onda?
R: Uma onda é um pulso energético que se propaga através do espaço ou de um meio
(líquido, sólido ou gasoso), com velocidade definida.

2. Mencione as principais características das ondas.


R: As principais características das ondas são frequência, comprimento de onda e
amplitude.

Exercício 1 – A corda vibrante de uma viola executa 20 vibrações em cada segundo:


a) Indica qual é a frequência da onda sonora emitida pela corda.
Resolução:

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f =1/T
f = 1/20
f = 0,2 Hz

b) Calcula o período de tempo para que seja efectuada uma vibração completa.
Resolução:
T = 1/f
T = 1/0,2  T = 5s

Exercício 2 – Há ondas cujo período é de 10s.


a) Determine qual a sua frequência.
Resolução:
f =1/T
f = 1/10
f = 0,1Hz

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Subtema: 3.2. Qualidades do som
Sumário: Ressonância Acústica

Ressonância: é um fenómeno físico que ocorre quando uma força é aplicada sobre
um sistema com frequência igual ou muito próxima da frequência fundamental desse
sistema.

O fenómeno da ressonância pode ser observado nas oscilações mecânicas de


qualquer frequência e, como um caso particular, também nas ondas sonoras: consiste em
ampliar e tornar o som mais alto.

Para melhor compreensão deste fenómeno, deve realizar-se a seguinte


experiência:
 Colocamos dois diapasões iguais (A e B), um ao lado do outro, com os ofícios das
caixas à quais estão fixos um em frente do outro. Batendo com um martelo de
borracha no diapasão A fazemo-lo vibrar e, depois, apertando-o com os dedos,
ouviremos o som emitido pelo diapasão B, que responde às vibrações do diapasão
A.

Tipos de ressonância
Existem diversos tipos de ressonância:
 Ressonância mecânica: aplicação de forças em um balanço oscilatório, fazendo-
o oscilar com amplitudes cada vez maiores.

 Ressonância sonora: produção de harmónicos por instrumentos musicais.

 Ressonância eléctrica: circuitos eléctricos usados em televisões, rádios e


celulares (telefones) utilizam capacitores e indutores que podem ser ajustados para
entrar em ressonância com as frequências de rádio.

 Ressonância magnética: esse tipo de ressonância surge quando se aplica um


campo magnético estáctico e de alta intensidade aos núcleos atómicos.

 Ressonância óptica: surge em cavidades reflectoras e pode ser utilizada para


aumentar a amplitude da luz, produzindo feixes luminosos de alta intensidade,
como o laser.

A ressonância é muito utilizada nos instrumentos musicais para reforçar o som.

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Tema # 4 – Fenómenos Luminosos
Subtema: 4.1. Propagação da luz
Sumário: Fontes e receptores de luz.

Fenómenos luminosos: são todos àqueles que ocorrem quando a luz atinge uma
superfície.

Os fenómenos luminosos podem ser: reflexão, refração, difusão e absorção.

Propagação da luz
Luz: é uma forma de radiação electromagnética cuja frequência é visível ao olho
humano.

A luz se propaga em linha recta, possui uma consequência importante.

A luz, durante sua propagação, obedece a uma série de princípios, descobertos


inicialmente de forma empírica, ou seja, através da observação.

A luz é também utilizada pelo Homem para comunicar.


Ex: Publicidade e semáforos, farol, televisão, etc.

Características da luz
Entre as características da luz, podemos ressaltar algumas das mais importantes:
 Intensidade: A intensidade da luz mede a quantidade de energia que ela irradia,
a cada segundo, por unidade de área.
 Frequência: A frequência da luz mede a quantidade de oscilações que ela sofre a
cada segundo.
 Polarização: A polarização é determinada pelo ângulo de vibração do campo
eléctrico que forma a luz.

Fontes e receptores de luz


Fonte de luz: é todo o corpo que emite a luz. Todos os corpos que emitem luz
designam-se por corpos ou fontes luminosas.

Qualquer corpo capaz de emanar luz, pode ser considerado uma fonte de luz.
Existem fontes de luz primárias e secundárias.

1. Primárias: são capazes de produzir a sua própria luz, também são chamados de
Corpo luminoso.
Ex: O Sol, fósforo aceso, a lâmpada acesa, etc.
2. Secundárias: são capazes de apenas reflectirem a luz que incide sobre elas,
também são conhecidas como corpos iluminados.
Ex: Parede iluminada, nuvens, pessoas, etc.

Assim, a fonte de luz (corpo luminoso), o receptor de luz (corpo iluminado –


livro) e o detector de luz (olhos) constituem o triângulo de visão.
Fonte de luz

Detector de luz Receptor de luz

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Actividades
1. O que são fenómenos luminosos?
R: Fenómenos luminosos são todos àqueles que ocorrem quando a luz atinge uma
superfície.

2. Como podem ser os fenómenos luminosos?


R: Os fenómenos luminosos podem ser: reflexão, refração, difusão e absorção.

3. O que é a luz?
R: A luz: é uma forma de radiação electromagnética cuja frequência é visível ao olho
humano.

4. O que é a fonte de luz?


R: A fonte de luz é todo o corpo que emite a luz. Todos os corpos que emitem luz
designam-se por corpos ou fontes luminosas.

5. Quais são características da luz?


R: As características da luz, são: Intensidade, Frequência e Polarização.

6. Mencione as fontes de luz que você aprendeu?


R: As fontes de luz que eu aprendi são: primária e secundária.

7. Define as fontes de luz primárias e dê exemplo.


R: Primárias: são capazes de produzir a sua própria luz. Ex: O Sol, fósforo aceso, a
lâmpada acesa, etc.

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Subtema: 4.1. Propagação da luz
Sumário: Propagação rectilínea da luz.

Hoje sabemos que os raios de luz são compostos por partículas chamadas de
fótons e sempre se propagam rectilineamente a partir da fonte emissora de luz.

A propagação da luz em linha recta é um facto estabelecido desde a mais remota


antiguidade e sobre ele escreveu Euclides, o fundador da Geometria.

a. Meios transparentes – permitem os raios de luz que os atravessam de maneira


ordenada e através deles os corpos são vistos de liquidez.
Ex: O ar, o vidro polido, papel olofone, etc.

b. Meios translúcidos – a luz também se propaga, mas de maneira desordenada.


Através deles, os corpos são vistos sem liquidez.
Ex: Vidro frescuro, plástico, etc.

c. Meios opacos – são aqueles que impedem a propagação da luz no seu interior,
não permitem que os corpos sejam através deles.
Ex: Paredes, superfícies metálicas, porta de madeira, ser humano, etc.

Princípios
1. Princípios da propagação rectilínea da luz: a luz propaga-se em linha recta (a
sombra e penumbra)
 Quando um objecto está sendo iluminado por pequena fonte de luz, chamado
ponto 𝐀, ou pontiforma a sombra que ele projecta é bem líquida definida;
 Aproximando a fonte de luz ao objecto à sombra vai tornando-se mais ténue e
perde a sua liquidez, pois a fonte em relação ao objecto, deixa de ser o ponto 𝐀,
então considerada uma fonte extensa da luz.
Ex:

2. Princípio da reversidade dos raios de luz: o caminho seguido pela luz independe
do sentido de propagação.
Ex:

3. Princípio da independência dos raios de luz: um raio, ao cruzar com outro, não
interfere na sua propagação.
Ex:

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4. Chama-se raio luminoso, a linha imaginária que representa a direcção pela qual
a luz se propaga.
Ex:
M

Actividades
1. Quem é o fundador da geometria?
R: O fundador da geometria é o Euclides.

2. O que chamamos de raio luminoso?


R: Chamamos de raio luminoso, a linha imaginária que representa a direcção pela qual a
luz se propaga.

3. Quais são os princípios da propagação rectilínea da luz?


R: Os princípios da propagação rectilínea da luz são: sombra e penumbra; princípio da
reversidade dos raios de luz; Princípio da independência dos raios de luz e raio luminoso.

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Subtema: 4.1. Propagação da luz
Sumário: Triângulo da visão: fonte luminosa, objecto, detector.

Triângulo da visão: é quando uma luz incide num objecto e está novamente
emitida em várias direcções, podendo chegar até ao observador, cujo os olhos são
detectores de luz.

O triângulo da visão descreve o trajecto desde a fonte de luz até ao detector de luz.

O triângulo da visão implica a existência de (3) aspectos fundamentais que são: a


fonte luminosa, o objecto e um detector de luz.

Fonte luminosa
As fontes luminosas emitem feixes de raios luminosos, que se podem classificar
como:
a. Convergentes: o feixe de luz converge (concentra-se) num ponto.
Ex:

b. Divergentes: o feixe de luz diverge a partir de um ponto da fonte.


Ex:

c. Paralelos: o feixe de luz propaga-se sempre com os raios paralelos entre si.
Ex:

Objecto
Os objectos que habitualmente utilizamos no nosso dia-a-dia, comporta-se de
forma diferente perante a luz, que são:
a) Objectos transparentes – deixam-se atravessar quase pela totalidade da luz que
neles incide.
b) Objectos translúcidos – deixam-se atravessar parcialmente pela luz que neles
incide.
c) Objectos ópacos – não se deixam atravessar pela luz que neles incide.

Detector de luz
O ser humano tem dois detectores que lhe permitem captar a luz – os olhos. É
através dos olhos que conseguimos ver o mundo que nos rodeia.

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Subtema: 4.2. Reflexão da luz
Sumário: Reflexão da luz e Leis da reflexão da luz

No nosso dia-a-dia estamos habituados a ver reflexos. Quando observamos o


reflexo de uma imagem na água, ou quando vemos a nossa imagem num espelho, tais
imagens resultam do facto de a luz ter a capacidade de se reflectir em determinadas
superfícies.

Reflexão da luz: é o fenómeno que se dá quando a luz, depois de incidir na


superfície de separação de meios ópticos, regressa ao meio de onde se propagava.
Ex:

A reflexão pode ser:


Reflexão regular: quando a luz é reflectida numa superfície lisa e polida, ela
reflecte-se numa só dircção.
Ex: Quando vemos a nossa imagem num espelho.

Reflexão irregular (difusão da luz): quando a luz é reflectida em direcções


diferentes, devido ao facto da superfície de reflexão ser rugosa.
Ex: Quando observamos uma imagem reflectida na água, em que a superfície da água não
está completamente lisa.

Leis da Reflexão
Existem duas leis para a reflexão da luz:
1ª Lei – O raio incidente, o raio reflectido e a normal ao espelho no ponto de
incidência estão no mesmo plano.

2ª Lei – O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão.

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Subtema: 4.2. Reflexão da luz
Sumário: Reflexão total; Prisma de reflexão total e Absorção e reflexão selectiva.
Cor.

No nosso cotidiano, observamos vários fenómenos ópticos.


Ex: Quando um feixe de luz incide sobre uma superfície, podem ocorrer reflexão,
absorção ou refracção da luz.

A reflexão total é um fenómeno óptico que ocorre quando a luz incide sobre uma
superfície que separa dois meios, no sentido do maior para o menor índice de refracção.
Ex:

Prisma: é qualquer sólido transparente, limitado por faces planas e paralelas.

Prisma de reflexão total: são aqueles nos quais ocorre o fenómeno da reflexão
total em uma ou mais faces.
Ex:

Em Física, absorção é a parcela de energia que persiste em um corpo após incidir


sobre ele.

Absorção: é a parte da luz que se transforma em outro tipo de energia.


Ex: Nos aquecedores solares presentes em algumas residências.

Reflexão selectiva: são misturas de cores ao reflexo da luz.


Ex: O arco-íres é uma reflexão selectiva.

A cor é uma reflexão da luz de um objecto que chega aos nossos olhos, sendo
decodificada em nosso cérebro, interpretando como uma cor.

Classificação das cores


As cores são divididas em primárias e secundárias.
As cores primárias: são as encontradas na natureza e incapazes de se
decomporem.
Ex: Amarelo, vermelho e azul.

As cores secundárias são as que se decompõem, podendo então se misturar com


outras.
Ex: Verde, laranja e violeta.

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Actividades
1. O que é a reflexão total?
R: A reflexão total é um fenómeno óptico que ocorre quando a luz incide sobre uma
superfície que separa dois meios, no sentido do maior para o menor índice de refracção.

2. O que entendes por prisma?


R: Entendo por prisma como qualquer sólido transparente, limitado por faces planas e
paralelas.

3. O que chamamos de prisma de reflexão total?


R: Chamamos de Prisma de reflexão total são aqueles nos quais ocorre o fenómeno da
reflexão total em uma ou mais faces.

4. O que é reflexão selectiva?


R: A reflexão selectiva é misturas de cores ao reflexo da luz.

5. O que é a cor?
R: A cor é uma reflexão da luz de um objecto que chega aos nossos olhos, sendo
decodificada em nosso cérebro, interpretando como uma cor.

6. Como se classifica as cores?


R: As cores são classificadas em primárias e secundárias.

a) Define as cores primárias e secundárias.


R: As cores primárias: são as encontradas na natureza e incapazes de se decomporem.
As cores secundárias são as que se decompõem, podendo então se misturar com outras.

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Subtema: 4.2. Reflexão da luz
Sumário: Espelhos esféricos, côncavos e convexos e Imagens virtuais

Espelho esférico é toda e qualquer superfície espelhada (reflectora), na forma de


uma calota esférica.

O espelho esférico pode ser côncavo e convexo, dependendo da face onde se


encontra a superfície reflectora.
Côncavo – é a parte interna do espelho.
Ex:

Convexo – é a parte externa do espelho. Também são utilizados nos espelhos


retrovisores de carros.
Ex:

Diferença entre as imagens virtuais e reais


As imagens virtuais e reais diferem quanto à direcção de propagação da luz após
sua reflexão ou refracção em sistemas ópticos.
Ex: Lentes e espelhos.

Imagens virtuais é aquelas produzidas por um sistema óptico capaz de espalhar


os raios de luz em direcções opostas.
Ex:

Imagens reais é toda imagem produzida por um feixe de luz que converge sobre
algum ponto após ter sido refratada por uma lenta convexa.
Ex:

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Subtema: 4.3. Refracção da luz
Sumário: Refracção da luz e Velocidade da luz no vazio

Refracção da luz é um fenómeno que ocorre nas ondas electromagnéticas que


são transmitidas através de algum meio translúcido ou transparente.
C
n=
v
Onde:
n: índice de refracção
C: velocidade da luz no vácuo (c = 3,0.108 m/s)
v: velocidade da luz em outros meios

A refracção da luz é determinada pela diminuição em sua velocidade de


propagação.
Ex:

A velocidade da luz no vácuo é uma constante física importante, cujo o seu valor
é de aproximadamente 3,0.108 km/s, representa-se pela letra c, que quer dizer rapidez.

Velocidade da luz para diferentes meios ópticos


A velocidade da luz depende de uma propriedade dos meios ópticos chamada
refrigerência.

Na tabela abaixo, encontramos os valores da velocidade quando a luz se propaga


em diferentes meios transparentes:
Meio Velocidade da luz (m/s)
Ar (1 atm) 299 102 547
Gelo (0 ºC) 228 849 204
Água (20 ºC) 225 407 863
Álcool Etílico 220 435 631
Glicerina 203 940 448
Vidro 199 861 638
Quartzo 194 670 427
Diamante 123 881 180

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Subtema: 4.3. Refracção da luz
Sumário: Passagem da luz do ar para a agua e vice-versa

O ar é o único meio transparente que permite a propagação regular da luz, há


também muitos outros como a água, o vidro, a glicerina, o diamante, etc.

No ar, a luz propaga-se a uma velocidade muito maior do que na água ou no vidro.

Desde o século XIX, já se sabia que a luz é uma forma de onda que se propaga
com alta velocidade. Mas, essa velocidade depende do meio por onde a luz está se
propagando. No ar, a velocidade da luz é quase 300.000 km/s.

Quando passa do ar para água, sofre um abrandamento na sua velocidade de


propagação e pode sofrer uma mudança de direcção, consoante o ângulo de incidência na
superfície de separação entre os dois meios:

Quando a luz incide perpendicularmente à superfície de separação entre dois


meios, ocorre refracção mas não ocorre mudança de direcção da luz:

O raio incidente é o raio que atinge determinada superfície e raio reflectido é o


que a superfície consegue reflectir. As consequências dessa passagem são a mudança da
velocidade de propagação da luz e, nas incidências oblíquas, um desvio na sua trajectória.
Ex: O facto de, quando olhamos para o fundo de uma piscina com água, esse fundo estar
aparentemente mais próximo se comparado com a piscina vazia.

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Subtema: 4.3. Refracção da luz
Sumário: Dispersão da luz; trajecto da luz através de lâminas de faces paralelas

Dispersão da luz
Nos dias chuvosos sempre vemos a formação de arco-íris. Este fenómeno se dá
pelo facto de a luz sofrer refracção nas góticulas de água suspensas na atmosfera.

Na Física Óptica, a dispersão é definida como a separação da luz em vários


componentes espectrais, com diferentes frequências.

A dispersão é um fenómeno óptico em que a luz é seperada em suas diferentes


cores quando reflectada através de algum meio transparente.
Ex: O arco-íris, o prisma e a lente fotográfica.

Dispersão da luz é o nome dado ao fenómeno no qual uma luz policromática, ao


se refractar, decompõe-se nas cores componentes. Este fenómeno se deve ao facto de que
o índice de refracção de qualquer meio material depende da cor da luz incidente.

Esse fenómeno é denominado dispersão da luz, acontece em razão da diferença


de incidência de refracção e da velocidade de propagação do feixe de luz.

Trajecto da luz através de lâminas de faces paralelas


A lâmina de faces paralelas é um sistema de três meios homogêneos e
transparentes separados dois a dois através de superfícies planas e paralelas.

Dos três meios, normalmente o segundo meio é a lâmina de faces paralelas.

Onde:
l1 – ponto de incidência na 1ª face
l2 – ponto de incidência na 2ª face
n1 - índice de refracção do meio onde está imersa a lâmina
n2 - índice de refracção do material que constituí a lâmina

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d – desvio lateral sofrido pelo raio
e – espessura da lâmina

Actividades
1. O que vemos nos dias chuvosos?
R: Nos dias chuvosos sempre vemos a formação de arco-íris.

2. O que é a dispersão?
R: A dispersão é um fenómeno óptico em que a luz é seperada em suas diferentes cores
quando reflectada através de algum meio transparente.

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Subtema: 4.3. Refracção da luz
Sumário: Trajecto da luz através do prisma óptico

Um prisma é um sólido geométrico formado por uma face superior e uma face
inferior, paralelas e de bases ligadas por arestas.

Em óptica, definimos prisma como um conjunto de três meios homogêneos e


transparentes separados por duas superfícies planas e não paralelas.
Ex: Ar, vidro, etc.

Prisma óptico é qualquer sólido transparente, limitado por faces planas, não
paralelas, capaz de separar em feixes coloridos, um feixe de luz branca nele incidente, ou
capaz de desviar a luz.

Tipos de prisma
 Prismas dispersivos: são usados para separar a luz em suas cores de espectro.
 Prismas reflectivos: são usados para reflectir a luz.
 Prismas polarizados: aqueles que podem dividir o feixe de luz em componentes
de variadas polaridades.

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Subtema: 4.3. Refracção da luz
Sumário: Espectro da luz visível. Radiação monocromática e Feixe policromático

Espectro da luz visível: é a porção do espectro electromagnético cuja radiação é


composta por fótons capazes de sensibilizar o olho humano de uma pessoa normal.

O espectro da luz visível pode ser dividido em subfaixas de acordo com a cor, com
vermelho nos comprimentos de onda longos violeta para os comprimentos de onda mais
curtos.
Cores do espectro da luz visível
Cor Comprimento de onda Frequência
Vermelha 625 – 740 m 480 – 405 THz
Laranja 590 – 625 m 510 – 480 THz
Amarela 565 – 590 m 530 – 510 THz
Verde 500 - 565 m 600 – 530 Thz
Azul 440 - 485 m 680 – 620 THz
Violeta 380 – 440 m 790 – 680 THz

Espectro electromagnético é a distribuição das ondas electromagnéticas, visíveis


e não visíveis, de acordo com a frequência e o comprimento de onda característico de
cada radiação.

Radiação monocromática e Feixe policromático


Radiação monocromática: aquela que é caracterizada por uma única cor.
Ex: A luz amarela emitida por lâmpadas de sódio.

Feixe policromático: aquela que é composta por uma combinação de duas ou


mais cores monocromáticas.
Ex: A luz branca emitida pelo Sol ou por lâmpadas comuns.

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Subtema: 4.3. Refracção da luz
Sumário: Lentes esféricas concavas e convexas

Lentes esféricas: são dispositivos ópticos que funcionam por refracção da luz e
são muito utilizadas nos dias de hoje.
Ex: Os óculos, as lupas, as câmaras fotográficas e telescópios, o plástico.

De acordo com a curvatura, as lentes esféricas podem ser classificadas em:


concavas e convexas
a) Lentes esféricas concavas: são aquelas que possuem as bordas mais grossass,
que a parte central.
Ex:

b) Lentes esféricas convexas: são lentes de bordas delgadas (finas), a parte central
é mais grossa.
Ex:

Diferença entre côncavo e convexo


A maior diferença entre côncavo e convexo está em sua forma. Côncavo é usado
para descrever qualquer superfície que se curva para outro. Por outro lado, convexo é
utilizado para descrever uma superfície com um cpmtorno ou superfície que se curva para
fora.
Ex: Côncavo Convexo

Relação entre Lentes esféricas côncavas e convexas


Côncavo Convexo
Côncavo é um adjectivo que descreve uma Convexo descreve uma superfície que se
Características
superfície que se curva para dentro, ou que curva para fora, ou é mais espessa no meio
é mais fina do meio que nas bordas. do que nas bordas.
Um espelho côncavo é um espelho esférico Um espelho convexo é um espelho esférico
em que a superfície reflectiva e o centro da no qual a superfície reflectiva e o centro da
Espelho
curvatura estão mesmo lado do espelho. curvatura estão em lados opostos do
espelho.
O retrovisor lateral dos carros, a lente dos As lentes de câmaras, lupas e lentes de
Exemplos
binóculos. telescópios.

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Propriedades da Lentes esféricas côncavas e convexas
Posição do objecto (em relação
Tipo de lentes
à lente) Características da imagem obtida
Côncavo ou
Divergente Qualquer Virtual, direita e menor do que o objecto
Além da dupla distância focal
Real, invertida e menor do que o objecto
Na dupla distância focal Real, invertida e do mesmo que o objecto
Convexo ou Entre a distância focal e o foco
Coonvergente Real, invertida e maior do que o objecto
Características indeterminadas (imagem no
No foco infinito)
Entre o foco e o vértice Virtual, direita e maior do que o objecto

Actividades
1. Qual é a maior diferença côncavo e convexo?
R: A maior diferença entre côncavo e convexo está em sua forma. Côncavo é usado para
descrever qualquer superfície que se curva para outro. Por outro lado, convexo é utilizado
para descrever uma superfície com um cpmtorno ou superfície que se curva para fora.

2. O que são lentes esféricas?


R: Lentes esféricas: são dispositivos ópticos que funcionam por refracção da luz e são
muito utilizadas nos dias de hoje.

3. De acordo com a curvatura, as lentes esféricas podem ser classificadas?


R: De acordo com a curvatura, as lentes esféricas podem ser classificadas em: concavas
e convexas

4. Define:
a) Lentes esféricas concavas: são aquelas que possuem as bordas mais grossass,
que a parte central.

b) Lentes esféricas convexas: são lentes de bordas delgadas (finas), a parte central
é mais grossa.

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Subtema: 4.3. Refracção da luz
Sumário: Foco e distância focal de uma lente.

Foco: é um ajuste que serve para dar mais nitidez ao assunto da foto.

Uma lente possui um par de focos principais: foco principal objecto (F) e foco
principal imagem (F´).
a) Foco objecto (F): é o ponto ocupado pelo foco objecto, podendo ser real
ou virtual.
b) Foco imagem (F´): é o ponto ocupado pelo foco imagem, podendo ser real
ou virtual.

Distância focal (f): é a distância entre o centro de uma lente e o seu foco.
Ex:

Para a determinação da distância focal de uma lente esférica, fazemos o uso da


equação de Gauss que é a seguinte:
1 1 1
= +
𝑓 𝑝 𝑝´
Em que:
f – é a distância focal da lente
p – é a distância do objecto à lente
p´ - é a distância da imagem à lente esférica.

Essa igualdade também é válida para as regras de sinais, portanto, analisando as


distâncias focais, temos de fazer o seguinte uso:
 f >0: a lente esférica é do tipo convergente;
 f <0: a lente esférica é do tipo divergente.

Exercício 1 - Suponhamos que um objecto é colocado a 60cm de uma lente esférica do


tipo convergente. Sabendo que a distância focal igual a 20cm. Calcule a distância da
imagem à lente?
Resolução
1 1 1
= 60 + 𝑝´ → 𝑝´ = 30cm
20
Aplicando a equação do aumento linear, temos:
𝑝´ (+30) 1
𝑑=− →𝐴=− →𝐴=−
𝑝 60 2

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Subtema: 4.3. Refracção da luz
Sumário: Potência focal de uma lente e Vergência de uma lente. Dioptria.

Potência focal de uma lente: é o conjunto de lente que tem a capacidade de convergir
ou divergir raios de luz.

É possível determinar a potência focal de uma lente para que possamos comparar o
efeito exercido por diferentes lentes:
 Quanto maior o valor da potência focal de uma lente convergente, maior a
capacidade que essa lente tem de fazer convergir (aproximar) os raios da luz;

 Quanto maior o valor da potência focal de uma lente divergente, maior a


capacidade que essa lente tem de fazer divergir (afastar) os raios da luz.

𝟏
A potência focal de uma lente calcula-se da seguinte forma: 𝐏 = 𝐟 .

A potência focal de uma lente tem como unidade a Dioptria (D), enquanto que a
distância focal (distância da lente ao foco) tem como unidade o metro (m).

Vergência (V) de uma lente


As lentes podem caracterizar-se através das respectivas distâncias focais.

A vergência de uma lente é medida através do inverso da sua distância focal. Para
𝟏
calcular a vergência de uma lente é: 𝐕 = 𝐟 .

Exercício 1 – Qual a potência focal de uma lente convergente de distância focal de


0,10m?
P = 1/f
P = 1/0,10
P = 10D

Exercício 2 – Qual a potência focal de uma lente divergente de distância focal de 0,20m?
P = 1/f
P = 1/-0,20
P = -5D

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