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A Teoria da Relatividade Geral, proposta pelo físico alemão Albert Einstein, é uma
generalização da Teoria da Relatividade Restrita, também de sua autoria. A Relatividade Geral
leva em conta os aspectos fundamentais da Relatividade Restrita, mas também trata do efeito
dos campos gravitacionais sobre o espaço e o tempo.
De acordo com a Relatividade Geral, grandes massas alteram a curvatura do espaço, produzindo
a gravidade
De acordo com a Relatividade Geral, grandes massas alteram a curvatura do espaço, produzindo
a gravidade
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Com a Relatividade Restrita, Einstein provou que os fenômenos físicos acontecem de forma
diferente para observadores que se movem com velocidades relativas constantes e que a
velocidade da luz é a mesma para todos esses observadores. Mostrou-se, além disso, uma
equivalência entre tempo e espaço. Em termos práticos, essa teoria indica que eventos que
ocorrem simultaneamente para um observador podem ser assíncronos para outro. Por exemplo:
a duração de um evento, como a queda de um corpo, quando medida por uma pessoa no planeta
Terra, pode ser diferente se medida por um observador externo que se move com uma
velocidade comparável à velocidade da luz.
1 - Princípio da Equivalência
2 - A gravidade e a geometria do espaço e tempo
Princípio da Equivalência
A Relatividade Geral, por sua vez, é baseada no Princípio da Equivalência. Esse princípio indica
que, por meio de um experimento realizado localmente, não é possível afirmar se a aceleração
sofrida por um corpo é decorrente da gravidade ou da aplicação de uma força externa de outra
natureza que não a gravitacional, já que seus efeitos serão similares. Imagine a seguinte
situação: uma pessoa deixa um objeto cair sob a ação do campo gravitacional terrestre (esse
objeto cairá com aceleração de aproximadamente 9,8 m/s²). Isso também aconteceráf se um
objeto for solto no interior de uma astronave acelerando verticalmente para cima a 9,8 m/s², sem
a influência de qualquer campo gravitacional. Assim, não será possível afirmar se a queda do
objeto ocorreu devido a um campo gravitacional ou em função de sua própria inércia.
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Uma das grandes consequências do Princípio da Equivalência é que, mesmo que uma região do
espaço esteja acelerada pela aplicação de uma força, se nesse local houver um campo
gravitacional que anule essa aceleração, o observador não será capaz de discernir se é ou não
um referencial inercial (com velocidade constante).
Einstein foi ainda mais longe e conseguiu descrever, por meio da Relatividade Geral, o
fenômeno da gravidade como uma alteração na geometria do espaço, uma curvatura em seu
formato. Grandes massas são capazes de distorcer o espaço e, consequentemente, o tempo. Uma
vez que a luz se propaga pelo espaço, sendo ele curvo, ela demorará tempos diferentes para
observadores que se encontrem em regiões com diferentes acelerações gravitacionais.
Einstein (em 1905) compreendeu que a constância da velocidade da luz é necessária para
garantir que as equações das ondas electromagnéticas de Maxwell fossem as mesmas para
qualquer observador no universo, tornando a teoria electromagnética compatível com o
princípio da relatividade. Desistir do postulado da constância da velocidade da luz implicaria
desistir das equações das ondas electromagnéticas de Maxwell ou do postulado do movimento
uniforme. E, por isso, deu um salto intuitivo brilhante e sugeriu que as transformações de
Lorentz não deviam ser entendidas como transformações de objectos físicos mas sim como
transformações do espaço e do tempo em si. E que o carácter absoluto do espaço e do tempo
introduzido por Newton devia ser abandonado.
Desde Galileu e Newton, que se sabia que medidas laboratoriais de processos mecânicos nunca
podiam mostrar diferenças entre um equipamento em repouso e um outro que estivesse em
movimento com velocidade constante em linha recta: o princípio da relatividade. De acordo
com a teoria electromagnética de Maxwell (refinada por Lorentz) a luz não devia obedecer a
este princípio e devia mostrar o efeito do movimento. No entanto, isso não se verificava.
Einstein, na sua Teoria da Relatividade Restrita, estendeu o princípio da relatividade à teoria
electromagnética, propondo que a velocidade da luz é constante; a sua velocidade é sempre a
mesma para qualquer observador em movimento ou não! A Teoria da Relatividade Restrita é
baseada em dois postulados:
Para que isso faça sentido, é necessário que as distâncias medidas por um observador móvel
sejam mais pequenas do que as medidas por um observador em repouso - um efeito que
aumenta com a velocidade e só é aparente para velocidades perto da velocidade da luz. É a
chamada contracção das distâncias. E, para um observador em movimento, o tempo será
dilatado. (De facto, nos aceleradores de partículas, onde se atingem velocidades até 99.999 % da
da luz, observa-se que para algumas destas partículas, que têm normalmente uma vida muito
breve - de menos de 1 segundo, se observa uma vida que pode ser de muitas horas!)