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Física – Licenciatura
Conceitos de Relatividade e Cosmologia – 7º semestre
Origens da Teoria da
Relatividade Especial
Albert Einstein em 1905 – Ano
da Publicação de seu trabalho
sobre Relatividade.
Profa. Maryleide Ventura
e-mail: maryleide.ventura@gmail.com
Motivações para uma nova teoria
FÍSICA, 30 ano
Relatividade
1686 1905
A mecânica de Isaac Newton estava bem ... surge então a necessidade de ver a
estabelecida nas suas três leis e, mecânica de uma nova forma, e Albert
juntamente com a eletrodinâmica e a Einstein cria a Teoria da Relatividade
termodinâmica, a física parecia completa. Especial (ou restrita) em 1905, propondo
Entretanto, existiam problemas que a assim, novos conceitos sobre espaço e
mecânica não conseguia explicar... tempo, sendo este último tratado agora
como uma nova dimensão.
Motivações para uma nova teoria
FÍSICA, 30 ano
Relatividade
Motivações para uma nova teoria
FÍSICA, 30 ano
Relatividade
❑ “Sobre o movimento de partículas suspensas em fluídos em repouso, como postulado pela teoria
molecular do calor.”
Movimento browniano.
Einstein publicava em média 5 artigos por ano até receber o prêmio Nobel.
Em 1921 – Ganha o prêmio Nobel pelo efeito fotoelétrico.
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Relatividade
o As leis de Newton sugerem que não existem coisas tais como movimento absoluto,
apenas importando o movimento relativo. Mas as equações de Maxwell pareciam
sugerir que o movimento é absoluto.
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FÍSICA, 30 ano
Relatividade
o O custo para obter esta visão unificada das leis da natureza é uma revolução total na
maneira como entendemos o espaço e o tempo.
o Einstein mostrou que quando as forças entre as cargas elétricas são afetadas pelo
movimento, as próprias medições de espaço e tempo são também afetadas pelo
movimento. Todas as medições de espaço e de tempo dependem do movimento
relativo.
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FÍSICA, 30 ano
Relatividade
o Sempre foi senso comum que mudamos nossa posição no espaço ao nos movermos,
mas Einstein desconsiderou o senso comum e estabeleceu que, quando estamos em
movimento também alteramos a taxa com que seguimos para o futuro – ou seja, o
próprio tempo é alterado.
o Parecia justo esperar que as pequenas nuvens visíveis no horizonte estivessem logo
dissipadas. Felizmente, tal expectativa não foi satisfeita. Cada pequena nuvem
desenvolveu-se em poderosa tormenta e após um quarto de século o panorama da
física estava radicalmente alterado.
o A teoria da relatividade restrita, que foi desenvolvida antes – e que será tratada
aqui – estuda apenas referenciais inerciais, com movimentos relativos retilíneos e
uniformes.
1. Princípio da relatividade - que afirma que as leis básicas da física são as mesmas em
todos os referenciais inerciais em movimento relativo uniforme. Seu conteúdo físico pode
ser descrito de outra forma: os fenômenos físicos que ocorrem em um sistema isolado não
dependem de sua velocidade e, portanto, não se pode medir a velocidade de um sistema
por experiências puramente internas. Em particular, não se pode medir a velocidade da
Terra utilizando apenas observações terrestres.
2. Princípio da constância da velocidade da luz - que afirma que a velocidade da luz (ou
qualquer outra radiação eletromagnética) não depende da velocidade de sua fonte. Por
exemplo: a luz emitida por uma lâmpada parada tem a mesma velocidade que a luz emitida
por uma lâmpada com alta velocidade.
Introdução
FÍSICA, 30 ano
Relatividade
“ [...] as tentativas sem sucesso de verificar que a Terra se move em relação ao “meio
luminoso” [éter] levaram à conjetura de que, não apenas na mecânica, mas também na
eletrodinâmica, não há propriedades observáveis associadas à ideia de repouso absoluto,
mas as mesmas leis eletrodinâmicas e ópticas se aplicam a todos os sistemas de
coordenadas nos quais são válidas as equações da mecânica [...]. Elevaremos essa conjetura
(cujo conteúdo será daqui por diante chamado de “princípio da relatividade”) à posição de
um postulado; e, além disso, introduziremos um outro postulado que é apenas
aparentemente inconsistente com o primeiro, a saber, que a luz no espaço vazio sempre se
propaga com uma velocidade definida V que é independente do estado de movimento do
corpo que a emite. ” (EINSTEIN, 1905, pp. 891-2)
Introdução
FÍSICA, 30 ano
Relatividade
✓ Contração dos objetos - Se dois objetos têm o mesmo tamanho quando estão parados
um em relação ao outro, e um deles é colocado em movimento em relação ao outro,
seus comprimentos já não serão mais iguais. Cada um deles parecerá menor (mais
curto), quando medido de um referencial parado em relação ao outro. Essa diferença
só afeta as dimensões paralelas ao movimento (não as perpendiculares). Esse efeito
pode ser representado pela equação (1) abaixo, onde 𝒗 é a velocidade de um
referencial em relação ao outro, 𝒄 é a velocidade da luz no vácuo, 𝑳𝟎 é o comprimento
do objeto parado em relação ao referencial e 𝑳 é o comprimento do objeto em
movimento.
𝑇0
𝑇=
𝑣2 (2)
1− 2
𝑐
Introdução
FÍSICA, 30 ano
Relatividade
(4)
Introdução – Transformação de Lorentz
FÍSICA, 30 ano
Relatividade
o A teoria da relatividade especial pode também ser descrita de uma outra forma,
considerando-se que o tempo é uma quarta dimensão análoga às três dimensões do
espaço, porém com uma característica imaginária (no sentido matemático). As quatro
coordenadas do espaço-tempo são x, y, z e ict, onde i é a unidade imaginária (raiz
quadrada de -1).
∆𝑆 = ∆𝑥 2 + ∆𝑦 2 + ∆𝑧 2 − 𝑐 2 ∆𝑡 2 (5)
Introdução – Transformação de Lorentz
FÍSICA, 30 ano
Relatividade
∆𝑆 = ∆𝑥 2 + ∆𝑦 2 + ∆𝑧 2 − 𝑐 2 ∆𝑡 2
o Esse intervalo relativístico ∆𝑺 é invariante, ou seja, ele tem o mesmo valor em relação
a todos os referenciais.
✓ Aumento da massa com a velocidade - Se dois objetos têm a mesma massa quando
estão parados um em relação ao outro, e um deles é colocado em movimento em
relação ao outro, suas massas já não serão mais iguais. Cada um deles parecerá ter
aumentado de massa, quando medido de um referencial parado em relação ao outro.
Esse efeito pode ser representado pela equação (6) abaixo, onde 𝒎𝟎 é a massa do
objeto parado em relação ao referencial e 𝒎 é a massa do objeto em movimento.
𝑚0
𝑚=
𝑣2 (6)
1− 2
𝑐
Introdução – Transformação de Lorentz
FÍSICA, 30 ano
Relatividade
𝐸 = 𝑚𝑐 2 (7)
Introdução – Transformação de Lorentz
FÍSICA, 30 ano
Relatividade
* Costumamos representar a segunda lei de Newton pela equação F = ma, que estabelece uma
proporcionalidade entre força e aceleração. Na verdade, Newton nunca escreveu nada parecido
com isso. A segunda lei do movimento, conforme proposta por Newton, afirma que a variação da
quantidade de movimento é proporcional à força. Isso pode ser representado pela seguinte
equação: F = dp/dt, onde p representa a quantidade de movimento (ou, momento linear) e t
representa o tempo. Essa forma da segunda lei de Newton continua a ser válida, na teoria da
relatividade especial. A outra forma (F = ma) não é utilizada atualmente, embora tenha sido
empregada por Einstein e outros autores, no início do século XX.
Introdução – Transformação de Lorentz
FÍSICA, 30 ano
Relatividade
o Se existisse alguma área da Física (por exemplo, o estudo dos fenômenos térmicos)
que não obedecesse à teoria da relatividade, seria possível medir a velocidade
absoluta da Terra através do estudo de fenômenos térmicos.
o Bem, essas são algumas das ideias centrais da teoria da relatividade restrita.
o Vamos agora ver como tudo isso surgiu, ao longo de uma extensa história ...
Dificuldades com a Física Clássica
Dificuldades com nossas ideias sobre tempo
O píon (p+ ou p-) é uma partícula que pode ser criada em aceleradores de partículas de altas energias.
É uma partícula muito instável; observa-se que píons criados em repouso decaem com uma vida
média de apenas 26,0 ns. Em uma experiência, foram criados píons em movimento com v = 0,913c.
Nessa experiência observou-se que os píons percorriam no laboratório uma distância D = 17,4 m
antes de decair, o que levou à conclusão de que eles decaem em um tempo de 63,7ns. Este efeito,
chamado dilatação do tempo, sugere que alguma coisa referente ao movimento relativo entre o píon e
o laboratório dilatou o intervalo de tempo medido por um fator de 2,5. Tal efeito não pode ser
explicado pela Física Newtoniana, em que o tempo é uma coordenada universal tendo valores
idênticos para todos os observadores.
Dificuldades com a Física Clássica
Dificuldades com nossas ideias de comprimento
Suponha que um observador no laboratório referido acima coloque sinais nas posições de formação e
de decaimento do píon. A distância medida entre os dois sinais é de 17,4 m. Agora considere a
situação do ponto de vista de outro observador que se move na mesma direção e sentido que o píon,
com velocidade v = 0,913c. Este observador, para quem o píon parece estar em repouso, mede para
tempo de vida dessa partícula o valor 26,0 ns, característico de píons em repouso. Para este
observador, a distância entre os sinais, que marcam as formação e o decaimento do píon é 7,1 m.
Portanto, dois observadores em movimento relativo medem valores diferentes para o mesmo
comprimento. Isto é também inconsistente com a Física Newtoniana, na qual as coordenadas
espaciais são absolutas e devem ter o mesmo valor para todos os observadores.
Dificuldades com a Física Clássica
Dificuldades com nossas ideias sobre velocidade.
✓ A lança uma bola para B. A bola é mais veloz do que a luz
e, portanto, está à frente do sinal de luz que mostra A
jogando a bola.
✓ Por isso, a detecção do meio no qual estes campos oscilam quando a luz se propaga e a
medida da velocidade com que a Terra se move neste meio, passaram a ser objetivos
importantes dos físicos experimentais no fim do século XIX.
O Experimento de Michelson - Morley
Experimento de Michelson - Morley:
https://www.youtube.com/watch?v=vdq3PpOOKRQ
https://www.youtube.com/watch?v=IP2Z0Qd56GY
O Experimento de Michelson - Morley
O Movimento da Terra
De maneira resumida: temos uma fonte que emite um feixe de luz concentrado,
no qual é dividido em dois, no divisor de feixe. Eles seguem direções
perpendiculares, onde são refletidos por espelhos, chegando ao detector.
O Experimento de Michelson - Morley
o A Terra e o interferômetro movendo-se juntos
através do éter com velocidade u são equivalentes a
um interferômetro em repouso enquanto o éter
sopra com velocidade constante – u.
o A analogia entre uma onda luminosa em um suposto éter e um barco movendo-se na água,
que parecia tão evidente em 1881, está simplesmente incorreta. Mesmo assim, foram
feitos grandes esforços teóricos no fim do século XIX para tentar explicar como isto
poderia ocorrer.
o Se existisse o éter, haveria uma diferença no tempo de percurso dos feixes. Entretanto,
observou-se que não! A partir disso desprezou-se a ideia da existência do éter