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Astrofísica
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A astrofísica não deve ser confundida com a cosmologia, pois esta ocupa-se da estrutura geral do
universo e das leis que o regem em um sentido mais amplo. Embora ambas muitas vezes sigam
caminhos paralelos, frequentemente considerado como redundante, há diferenças quanto ao
objeto de estudo.[5]
História
Idade antiga
Mesopotâmia
Na Mesopotâmia, região situada entre os rios Tigre e Eufrates (atual Iraque), surgiram e se
desenvolveram vários povos em meados do século XXXV a.C.. Como os primeiros habitantes da
região, os sumérios estão entre os primeiros a cultivar a prática da observação astronômica.
Inicialmente, suas observações dos astros possuíam um caráter puramente místico, isto é,
astrológico, em que há o entendimento de que os astros regem as relações humanas tanto como
regem os ciclos naturais das estações. Por volta do primeiro milênio antes de Cristo, no entanto,
iniciou-se a prática de observação do céu como um fim próprio, caracterizando as raízes da
astronomia enquanto ciência. Isso acarretou as primeiras aplicações de métodos matemáticos para
exprimir as variações observadas nos movimentos da Lua e dos planetas.[6]
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do Sol pela eclíptica. Além disso, era conhecido o fato de que a velocidade da Lua em seu
movimento ao redor da Terra era variável. Os sumérios eram ainda capazes de prever eclipses e
também verificaram que os planetas são encontrados sempre em uma mesma região do céu.
Nomearam várias constelações, sendo que a maioria delas representava figuras de animais. Daí
surgiu o Zodíaco, cujo significado é círculo de animais.[6]
Grécia antiga
Aristarco de Samos foi o primeiro a propôr, em 270 a.C., que a Terra gira em torno do Sol. Nicolau
Copérnico resgataria o modelo heliocêntrico do sistema Solar quase 2000 anos depois da
proposição de Aristarco.[10]
Usando geometria e trigonometria, Eratóstenes chegou no século III a.C. a uma estimativa de 40
000 km para o perímetro da circunferência terrestre, assumindo-a constante. [11][12]
A astrometria, ramo relacionado à medida precisa da posição e do movimento dos astros, surge
com os primeiros catálogos de estrelas.[13] A partir dos dados coletados em seu observatório na ilha
de Rodes, o astrônomo Hiparco de Niceia catalogou a posição de 850 estrelas, classificando-as
quanto ao seu brilho em seis grupos distintos de 1 a 6, em que 1 é a estrela visível mais brilhante e 6
a menos brilhante.[13] Denominada como sistema de magnitude, essa classificação é usada ainda
hoje.
Idade Moderna
As leis de Kepler
Embora não seja possível datar o início preciso da astronomia, a astrofísica moderna surge no
trabalho do astrônomo Johannes Kepler, que formulou as três leis do movimento planetário
baseando-se em dados empíricos, coletados pelo astrônomo Tycho Brahe, sobre os planetas do
Sistema Solar.[1][14] As três leis enunciam propriedades das órbitas planetárias: a primeira afirma
que tais órbitas são elípticas e contidas em um plano, com o Sol em um dos focos da elipse; a
segunda propõe que áreas descritas na elipse pela trajetórias dos planetas, se iguais, serão
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Formulada pelo físico inglês Isaac Newton e publicada em Philosophiae naturalis principia
mathematica em 1687,[16] a lei da gravitação universal explica teoricamente as três leis
empiricamente constatadas por Kepler no escopo da mecânica clássica e do cálculo diferencial,
[17][18] também formulados por Newton.
Newton percebeu que sua segunda lei do movimento era suficiente para explicar as três leis de
Kepler, contanto que a força gravitacional de atração entre dois corpos fosse proporcional ao
produto de suas massas, e , e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre
eles, resultando na seguinte expressão:
Na expressão acima, é a constante da gravitação universal, determinada entre 1797 e 1798 por
Henry Cavendish em sua famosa experiência.[19]
Idade Contemporânea
Relatividade geral
Após formular a teoria da relatividade restrita, o físico alemão Albert Einstein publicou, em 1915,
sua teoria da relatividade geral.[20][21] Essa nova teoria foi construída para expandir os conceitos
de relatividade restrita a referenciais não inerciais e propôr uma explicação teórica para o
fenômeno da gravidade, anteriormente ausente na lei da gravitação de Newton. [20][21] Segundo
Einstein, a existência de matéria ou energia curva o tecido do espaço-tempo.[21]
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Nucleossíntese estelar
Com o intuito de entender o mecanismo que produz a energia liberada pelo Sol, o astrônomo
Arthur Eddington propôs, em 1920, que a fonte dessa energia seria advinda da fusão nuclear de
elementos mais leves em elementos pesados. Após 12 anos da especulação de Eddington, a fusão de
isótopos do hidrogênio foi produzida em laboratório. Em 1939, o físico alemão Hans Bethe
descreveu detalhadamente o processo de fusão nuclear que ocorre no interior de estrelas,
denominado nucleossíntese estelar.[22]
Lei de Hubble
Divisões
Entre as principais divisões de ramos teóricos e de pesquisa em astrofísica estão as seguintes:
Mecânica celeste
A mecânica celeste estuda o movimento dos astros, que estão submetidos às forças resultantes da
atração gravitacional entre corpos celestes, através das leis da mecânica. Assim, essa área
encarrega-se, dentre outros, de calcular as distâncias e as posições dos astros do Sistema Solar,
determinar massas de estrelas distantes e de outros objetos, calcular órbitas de satélites artificiais
em torno da Terra e determinar as trajetórias de sondas espaciais enviadas a outros astros do
Sistema Solar.[25]
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Dinâmica estelar
Outras divisões
▪ Evolução estelar
▪ Formação e evolução de galáxias
▪ Astrofísica de partículas
▪ Planetologia
▪ Remanescentes estelares
▪ Cosmologia
▪ Matéria escura
▪ Energia escura
Técnicas analíticas
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o astrônomo holandês Willem de Sitter demonstrou teoricamente através da relatividade geral que
o Universo se expandia, faltando apenas a comprovação "prática".[carece de fontes?]
Na mesma época foi constatado que em sua imensa maioria, as galáxias têm um desvio para o
vermelho que aumenta progressiva e proporcionalmente à distância.
Espectrometria
Ver também
▪ Big Crunch ▪ Espaço-tempo
▪ Aceleradores de
partículas ▪ Big Splash ▪ Estrela de nêutron
▪ Aglomerado estelar ▪ Buraco negro ▪ Expansão do universo
▪ Aglomerado estelar ▪ Caudas cometárias ▪ Galáxia
aberto ▪ Ciclo solar ▪ Lei de Hubble-Homason
▪ Análise espectrográfica ▪ Cinturão de Kuiper ▪ Nuvens de Magalhães
▪ Big Bang ▪ Cometa ▪ Universo
▪ Cosmologia ▪ Via Láctea
Referências
1. Silva Júnior, Joab Silas da. «Astrofísica» (http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica
/astrofisica.htm). Mundo Educação
2. Silva Júnior, Joab Silas da. «Astrofísica» (https://brasilescola.uol.com.br/fisica/astrofi
sica.htm). Brasil Escola
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Ligações externas
▪ «Observatório Nacional/MCT» (http://www.on.br/)
▪ «Astronomia e Astrofísica» (http://astro.if.ufrgs.br/)
▪ «Astrofísica para Iniciantes» (http://astrophysicablog.wordpress.com/)
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