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1.

Intruduçao
A gravitação é um fenômeno fundamental que desempenha um papel crucial na compreensão
do universo e dos movimentos dos corpos celestes. Ao longo da história, a descoberta da
gravitação e as discussões em torno do centro do universo têm sido elementos-chave na
evolução do nosso conhecimento sobre o cosmos. Essas questões complexas têm sido
debatidas e investigadas por cientistas, filósofos e astrônomos, resultando em avanços
científicos significativos que revolucionaram nossa compreensão do lugar que ocupamos no
universo.
No passado, acreditava-se que a Terra era o centro do universo, um conceito conhecido como
geocentrismo. Essa visão predominante, baseada em observações aparentes dos movimentos
dos corpos celestes, influenciou profundamente as concepções antigas sobre a estrutura do
cosmos e nosso lugar nele. No entanto, no século XVI, o astrônomo e matemático Nicolau
Copérnico desafiou essa concepção estabelecida ao propor o modelo heliocêntrico.
O modelo heliocêntrico de Copérnico sustentava que o Sol ocupava o centro do sistema solar,
enquanto a Terra e os outros planetas orbitavam ao seu redor. Essa ideia revolucionária
provocou um intenso debate, questionando a visão tradicional do lugar da humanidade no
cosmos e estimulando uma investigação científica mais profunda sobre a natureza dos
movimentos celestes.
Foi com Isaac Newton, no século XVII, que a gravitação começou a ser compreendida de
forma mais abrangente. Suas leis da gravitação universal forneceram uma descrição
matemática precisa da atração mútua entre os corpos celestes. Essas leis não apenas
explicavam os movimentos dos planetas, mas também desvendaram fenômenos como as
marés e as órbitas de satélites naturais. A obra de Newton revolucionou a física,
estabelecendo as bases para a astronomia moderna e redefinindo nossa compreensão do
universo.
2. Desenvolvimento
O modelo heliocentrico
O modelo heliocêntrico é uma concepção cosmológica em que o Sol está localizado no centro
do sistema solar, enquanto os planetas, incluindo a Terra, orbitam ao seu redor. Essa visão
contrasta com o modelo geocêntrico, que defendia que a Terra era o centro do universo.

A ideia do heliocentrismo remonta à antiguidade, com filósofos e astrônomos gregos, como


Aristarco de Samos, que propôs pela primeira vez um modelo heliocêntrico por volta do
século III a.C. No entanto, a visão predominante na época era a do geocentrismo, defendida
por Ptolomeu e baseada em observações aparentes dos movimentos dos corpos celestes.
Foi no século XVI que o astrônomo e matemático polonês Nicolau Copérnico formulou e
defendeu novamente a ideia do heliocentrismo em sua obra "De revolutionibus orbium
coelestium" ("Das Revoluções das Esferas Celestes"). Copérnico propôs que a Terra era um
dos planetas em órbita ao redor do Sol, e essa concepção desafiou a visão tradicionalmente
aceita da Terra como o centro do universo.
O modelo heliocêntrico de Copérnico apresentava várias vantagens em relação ao
geocentrismo, como a explicação das variações aparentes das posições dos planetas no céu, a
explicação das fases da Lua e a simplificação das órbitas planetárias. No entanto, a aceitação
generalizada do heliocentrismo demorou a ocorrer, devido a fatores religiosos, filosóficos e
científicos da época.
Johannes Kepler
Johannes Kepler, um astrônomo e matemático alemão do século XVII, desenvolveu suas leis
do movimento planetário através de uma combinação de observações detalhadas e análises
matemáticas. Kepler dedicou grande parte de sua vida ao estudo das órbitas dos planetas, e
suas descobertas revolucionaram nossa compreensão dos movimentos celestes.
Para obter suas leis, Kepler utilizou os dados observacionais precisos coletados por Tycho
Brahe, um astrônomo dinamarquês renomado da época. Esses dados foram fundamentais para
a formulação das leis do movimento planetário
As tres leis de Kepler:
1 lei: lei das orbitas
A primeira lei de Kepler afirma que cada planeta descreve uma órbita elíptica ao redor do
Sol, sendo o Sol localizado em um dos focos da elipse.

A elipse é uma figura geométrica em forma de oval, caracterizada por dois pontos especiais
chamados focos.
A trajetória do planeta é definida pela curva da elipse, e o Sol não está localizado exatamente
no centro, mas em um dos focos.

2 lei: lei das areas


Kepler notou que, à medida que um planeta se move ao longo de sua órbita elíptica, ele varre
áreas iguais em tempos iguais. De acordo com essa lei, a área percorrida pelo raio vetor que
liga um planeta até o Sol durante um intervalo de tempo é constante e recebe o nome de
velocidade areolar.
Essa lei significa que a velocidade do planeta em sua órbita não é constante. Quando o
planeta está mais próximo do Sol, ele percorre uma área maior em um determinado intervalo
de tempo. À medida que se afasta do Sol, ele percorre uma área menor em um intervalo de
tempo equivalente. Em outras palavras, a velocidade orbital do planeta é maior em pontos
próximos ao Sol e menor em pontos mais distantes.
Essa relação entre velocidade e posição orbital pode ser explicada pela conservação do
momento angular (L=I*v/r). À medida que o planeta se aproxima do Sol, sua velocidade
aumenta para manter o momento angular constante, e quando se afasta, sua velocidade
diminui.
Assim podemos observar que no perifelio (ponto mais proximo do sol) a velociadade é
maxima e no afelio (ponto mais afastado do sol) a velocidade é minima.
3 lei: lei dos periodos
Essa lei estabelece uma relação matemática entre o período orbital de um planeta e a
distância média entre o planeta e o Sol.
A terceira lei de Kepler pode ser expressa matematicamente da seguinte maneira: o quadrado
do período orbital de um planeta é proporcional ao cubo do semieixo maior da elipse que
descreve sua órbita.
O período orbital é o tempo necessário para um planeta completar uma volta ao redor do Sol.
Ele é medido em unidades de tempo, como anos terrestres. O semieixo maior é metade do
maior eixo da elipse, representando a distância média entre o planeta e o Sol.
Essa relação entre o período orbital e a distância média pode ser resumida pela seguinte
fórmula:
T² = k * R³
Onde:
 T é o período orbital do planeta,
 R é o semieixo maior da órbita,
 k é uma constante que varia de acordo com a unidade de medida utilizada.

Essa lei indica que quanto maior a distância média de um planeta ao redor do Sol (ou
qualquer objeto central), maior será o período orbital desse planeta. Em outras palavras,
planetas mais distantes levam mais tempo para completar uma volta ao redor do Sol.

Um exemplo que ilustra essa lei é a comparação entre a órbita da Terra e a órbita de Júpiter.
A Terra está mais próxima do Sol e tem um período orbital de aproximadamente 365 dias. Já
Júpiter, que está mais distante, tem um período orbital de cerca de 12 anos. Essa diferença
nos períodos orbitais está relacionada às suas distâncias médias ao Sol, conforme previsto
pela terceira lei de Kepler.

Gravitaçao
Após a observação meticulosa dos movimentos celestes, os cientistas foram confrontados
com uma pergunta intrigante: o que impelia os objetos a cair em direção à Terra ou a Terra
a orbitar o Sol?
Essa busca pela compreensão das causas dos movimentos planetários e gravitacionais
marcou o início da investigação científica sobre a gravitação. Durante séculos, diversas
teorias e modelos foram propostos para explicar esses fenômenos, mas foi com as
contribuições revolucionárias de cientistas como Johannes Kepler e Isaac Newton que a
compreensão moderna da gravitação começou a se consolidar.
Isac Newton e a maça
Uma história frequentemente associada a Newton e à gravitação é a famosa anedota da
maçã caindo de uma árvore. Segundo a lenda, enquanto Newton estava em seu jardim, uma
maçã caiu em sua cabeça, despertando sua curiosidade sobre a força que puxava a maçã em
direção à Terra. Embora seja incerto se essa história é totalmente verdadeira, é fato que
Newton se inspirou em suas observações cotidianas para investigar a natureza da gravidade.

A lei da Gravitaçao universal


Newton percebeu que a mesma força que fazia a maçã cair em direção ao solo também era
responsável pela atração entre a Lua e a Terra, assim como pelos movimentos planetários.
Ele formulou a lei da gravitação universal, que descreve a força de atração entre duas
massas.
De acordo com a lei da gravitação universal, a força gravitacional entre duas massas é
diretamente proporcional ao produto das massas e inversamente proporcional ao quadrado
da distância entre elas. Essa relação pode ser matematicamente expressa da seguinte
forma:
F = G * (m1 * m2) / r²
Onde:
 F é a força gravitacional entre os corpos,
 G é a constante gravitacional universal (G=6,67.10-11 Nm²/kg²),
 m1 e m2 são as massas dos corpos envolvidos,
 r é a distância entre os centros de massa dos corpos.
A constante gravitacional universal (G) é uma constante que determina a intensidade da
força gravitacional. Seus valores são determinados experimentalmente e dependem do
sistema de unidades utilizado.
A lei da gravitação universal de Newton demonstra que todos os corpos com massa exercem
uma força gravitacional uns sobre os outros. Essa força atua ao longo da linha que conecta
os centros de massa dos corpos e é sempre de atração, ou seja, tende a puxar os corpos um
em direção ao outro.

O campo gravitacional g

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