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GOVERNO DO ESTADO DO ACRE

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES


ESCOLA CARLOS CASAVECCHIA

APOSTILA 2o ANO

Aluno: _______________________________________________________

Tuma_____________________________ Turno: _____________________

Professor (a): Luis Gustavo

Esocola: ______________________________________________________

2021
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Geocentrismo e Heliocentrismo
Ao longo da história surgiram duas teorias que explanavam sobre a ordenação
do sistema solar, sendo elas o geocentrismo e heliocentrismo.
O interesse sobre a ordenação do Sistema Solar proporcionou muitos anos de
observações, estudos e debates. Ao longo da história, as duas teorias mais
conhecidas são: a do Geocentrismo, desenvolvida pelo astrônomo grego Cláudio
Ptolomeu; e a teoria do Heliocentrismo, formulada por Nicolau Copérnico. Veja
as características de cada uma dessas teorias.

Modelo Geocêntrico
A teoria Geocêntrica, também chamada de sistema ptolomaico, foi elaborada
pelo astrônomo grego Claudio Ptolomeu no início da Era Cristã, defendida em
seu livro intitulado Alma gesto. Conforme essa teoria, a Terra está no centro do
Sistema Solar, e os demais astros orbitam ao redor dela. Os astros estariam
fixados sobre esferas concêntricas e girariam com velocidades distintas.

Ptolomeu afirmava que o Sol, a Lua e os planetas giravam entorno da Terra na


seguinte ordem: Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno. O
Geocentrismo foi defendido pela Igreja Católica, pois apresentava aspectos de
passagens bíblicas.
No entanto, após 14 séculos, a teoria Geocêntrica foi contestada por Nicolau
Copérnico, que elaborou uma outra estrutura do Sistema Solar, o
Heliocentrismo.

Modelo Heliocêntrico
O Heliocentrismo consiste num modelo teórico de Sistema Solar desenvolvido
pelo astrônomo e matemático polonês, Nicolau Copérnico (1473-1543).
Conforme Copérnico, a Terra e os demais planetas se movem ao redor de um
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ponto vizinho ao Sol, sendo este, o verdadeiro centro do Sistema Solar. A


sucessão de dias e noites é uma consequência do movimento de rotação da
Terra sobre seu próprio eixo.

O modelo, também chamado de sistema copernicano, não foi aceito pela Igreja
Católica, que adotava a teoria do Geocentrismo, elaborada por Ptolomeu. A
teoria Heliocêntrica foi aperfeiçoada e comprovada por Galileu Galilei, Kepler e
Isaac Newton. Atualmente, é a mais aceita entre a comunidade científica.

Atividade
1) Marque a alternativa correta a respeito do modelo astronômico proposto por Cláudio
Ptolomeu.
a) O modelo ptolomaico propunha que o Sol girava ao redor da Terra e todos os outros
planetas giravam ao redor do Sol.
b) Nicolau Copérnico no século XVI propôs que a Terra era o centro do sistema
planetário, proposta que era contrária à de Ptolomeu.
c) O sistema planetário proposto por Ptolomeu trazia a ideia de que a Terra era o centro
do Universo e os demais astros giravam ao seu redor.
d) A proposta de Ptolomeu era a de um universo simples, por isso, o Sol deveria ser o
centro e os demais planetas girariam ao seu redor.
e) O modelo planetário proposto por Ptolomeu não foi aceito por muito tempo porque
confrontava as ideias da Igreja.
2) Analise as proposições a seguir sobre as principais características dos modelos de
sistemas astronômicos.
I. Sistema dos gregos: a Terra, os planetas, o Sol e as estrelas estavam incrustados em
esferas que giravam em torno da Lua.
II. Ptolomeu supunha que a Terra se encontrava no centro do Universo e os planetas
moviam-se em círculos, cujos centros giravam em torno da Terra.
III. Copérnico defendia a ideia de que o Sol estava em repouso no centro do sistema e
que os planetas (inclusive a Terra) giravam em torno dele em órbitas circulares.

Assinale a alternativa correta.


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a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.


b) Somente a afirmativa II é verdadeira.
c) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
d) Somente a afirmativa III é verdadeira.
e) Somente a afirmativa I é verdadeira.
Leis de Kepler
Leis de Kepler sobre o movimento planetário foram desenvolvidas entre 1609 e
1619 pelo astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler. As três leis de
Kepler, usadas para descrever as órbitas dos planetas do Sistema Solar, foram
construídas com base em medidas astronômicas precisas, obtidas pelo
astrônomo dinamarquês Tycho Brahe.

Introdução às leis de Kepler


As contribuições deixadas por Nicolau Copérnico na área da astronomia
romperam com a visão do geocentrismo do Universo, derivada do modelo
planetário de Claudio Ptolomeu. O modelo sugerido por Copérnico, embora
complexo, permitiu a previsão e a explicação das órbitas de diversos planetas,
entretanto, apresentava algumas falhas, sendo a mais dramática delas uma
explicação satisfatória para a órbita retrógrada de Marte durante alguns períodos
do ano.
A resolução dos problemas inexplicáveis pelo modelo planetário de Copérnico
veio somente no século XVII, pelas mãos de Johannes Kepler. Para tanto,
Kepler admitiu que as órbitas planetárias não eram perfeitamente circulares, mas
sim elípticas. Em posse de dados astronômicos extremamente precisos,
realizados por Brahe, Kepler estabeleceu duas leis que regem o movimento dos
planetas, 10 anos depois, publicou uma terceira lei, que permite estimar o
período orbital ou até mesmo o raio da órbita dos planetas que giram em torno
do Sol.
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Por meio das leis de Kepler é possível determinar a forma das órbitas planetárias

Leis de Kepler
As leis do movimento planetário de Kepler são conhecidas como: lei das órbitas
elípticas, lei das áreas e lei dos períodos. Juntas estas explicam como funciona
o movimento de qualquer corpo orbitando algum astro massivo,
como planetas ou estrelas.

1ª lei de Kepler: lei das órbitas


A primeira lei de Kepler afirma que a órbita dos planetas que giram em torno do
Sol não é circular, mas sim elíptica. Além disso, o Sol sempre ocupa um dos
focos dessa elipse. Apesar de elípticas, algumas órbitas, como a da Terra,
são muito próximas de um círculo, pois são elipses que apresentam
uma excentricidade muito pequena. A excentricidade, por sua vez, é a medida
que mostra o quanto uma figura geométrica difere-se de um círculo e pode ser
calculada pela relação entre os semieixos da elipse.
“A órbita dos planetas é uma elipse em que o Sol ocupa um dos focos.”
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A figura (fora de escala) mostra que a órbita da Terra é elíptica e que o Sol está em um dos focos.

2ª lei de Kepler: lei das áreas


A segunda lei de Kepler afirma que a linha imaginária que liga o Sol aos planetas
que o orbitam varre áreas em intervalos de tempo iguais. Em outras palavras,
essa lei afirma que a velocidade com que as áreas são varridas é igual, isto
é, a velocidade aureolar das órbitas é constante.
“A linha imaginária que liga o Sol aos planetas que o orbitam varre áreas iguais
em intervalos de tempos iguais.”

De acordo com a lei das áreas, para o mesmo intervalo de tempo, as áreas A1 e A2 são iguais.

3ª lei de Kepler: lei dos períodos ou lei da harmonia


A terceira lei de Kepler afirma que o quadrado do período orbital (T²) de um
planeta é diretamente proporcional ao cubo de sua distância média ao Sol (R³).
Além disso, a razão entre T² e R³ tem exatamente a mesma magnitude para
todos os astros que orbitam essa estrela.
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“A razão entre o quadrado do período e o cubo do raio médio da órbita de um


planeta é constante.”

A expressão usada para o cálculo da terceira lei de Kepler é mostrada a seguir,


confira:

T – Período orbital
R – Raio médio da órbita

ATIVIDADE

1) Com base nos seus conhecimentos acerca da Primeira Lei de Kepler, assinale
a alternativa correta.

a) A velocidade de translação de um planeta que orbita o Sol é sempre constante


ao longo da órbita.

b) A razão entre o quadrado do período orbital dos planetas que orbitam a


mesma estrela e o cubo do raio médio de suas órbitas é constante.

c) A órbita dos planetas em torno do Sol é elíptica e tem o Sol em um de seus


focos.

d) A linha imaginária que liga a Terra até o Sol varre áreas iguais em períodos
iguais.
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e) A velocidade de translação dos planetas depende da distância em que o


planeta se encontra do Sol.

2) Descreva a segunda lei de Kepler.

3) Descreva a terceira lei de Kepler.

Galileu e a Revolução Científica


O que entendemos hoje por “ciência” remete a um conjunto de fatores, mas os
principais são: 1) aplicação técnica (o que chamamos de tecnologia) e 2)
formulação teórica. Essa concepção de ciência começou a ser elaborada desde
o fim da Idade Média, mas só atingiu sua primeira configuração sólida no século
XVII, principalmente com Galileu Galilei. Esse momento da história do
pensamento científico é chamado por alguns pesquisadores de Revolução
Científica do século XVII.

Para se entender o motivo de o século XVII ter sido tão revolucionário para a
história do pensamento científico (tal como foi o século XX com
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a mecânica quântica), é necessário saber o que se entendia por “ciência” até


então e quais foram os elementos que apareceram na Modernidade e que
contribuíram para tal revolução.

Pois bem, na Grécia Antiga e durante uma boa parte da Idade Média, a ciência
(que os gregos denominavam de episteme) era um tipo de conhecimento
voltado para a descrição dos fenômenos terrestres e para a identificação da
relação entre eles e os fenômenos de ocorrência nas esferas celestes, ou o
“cosmos harmônico”. Havia ainda a preocupação com a relação entre esses
fenômenos com os princípios metafísicos, dispostos sob os conceitos de
“substância”, “ato”, “potência”, “acidente”, entre outros.

A partir da Alta Idade Média, mas, sobretudo, nos séculos XV e XVI, quando
emergiu na Europa o Renascimento Cultural, uma nova concepção de mundo ou
de “cosmos” passou a surgir. Essa nova concepção, nos termos em que o
historiador da ciência Alexandre Koyré se expressa, não é mais aquela do
“cosmos harmônico e fechado” das esferas celestes, elaborado por Aristóteles,
mas o Universo Infinito, que seria explicado por Kepler, Galileu, Titcho Brahe e
Newton.

O universo encarado como algo que pode ser explicado, e mais, explicado
matematicamente, era algo completamente radical para a época. O papel de
Galileu na sistematização dessa concepção revolucionária foi decisivo, já que
ele foi um dos primeiros a aperfeiçoar instrumentos técnicos, como o telescópio,
para melhor observação dos fenômenos. Foi Galilei também que deu um novo
rumo às pesquisas sobre o movimento, com a elaboração da lei da inércia, e
recuperou as teses de Copérnico sobre a translação terrestre. Essa última
investida de Galileu comprometeu-o, já que, católico, teve que explicar sua teoria
a um tribunal da Inquisição.

A junção entre observação, experimentação e formulação de uma explicação


teórica e matemática explicação essa que pode resultar na construção de
artefatos tecnológicos capazes de medir e calcular o fluxo dos fenômenos
naturais e também manipular a própria natureza, constitui o alicerce da ciência
moderna, que se forjou sob o signo da Revolução Científica do século XVII.
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Acima, quadro representando o julgamento de Galileu a propósito da tese referente ao movimento da Terra em torno do Sol

ATIVIDADE:
1) Sobre a chamada Revolução Científica, marque a afirmativa INCORRETA:
a) A lei da gravitação universal foi formulada por Newton, a partir da teoria
heliocêntrica e da teoria do movimento dos astros.
b) O método da observação e da experimentação, aliado a razão matemática,
contribuiu para o desenvolvimento das ciências modernas.
c) A Revolução Científica foi um movimento de legitimação do poder absoluto
monárquico e de aumento do poder eclesiástico.
d) As novas descobertas científicas possibilitaram as grandes navegações e a
ascensão da burguesia.
e) As ideias racionalistas de Descartes e a física newtoniana influenciaram o
pensamento iluminista do século XVIII.
2) No contexto da Revolução Científica, levada a cabo no século XVII, as
pesquisas de Galileu Galilei foram decisivas. A respeito da vida e obra de
Galilei, assinale a única alternativa que não está correta:
a) Galileu desenvolveu o telescópio a partir do aperfeiçoamento de lunetas e
lentes.
b) Galileu elaborou teorias consistentes sobre o movimento dos corpos, sendo a
Lei da Inércia uma expressão dessas teorias.
c) Galileu foi submetido ao tribunal da Inquisição para esclarecer suas opiniões
a respeito do movimento do planeta Terra em torno do Sol.
d) Galileu colaborou diretamente com Isaac Newton na elaboração do livro
“Philosophiae naturalis principia mathematica (1678).
e) Galileu conseguiu observar, por meio do telescópio, as imperfeições da Lua,
como as crateras que nela existem.

Movimentos da Terra
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O planeta Terra não é estático no universo, assim como acontece com todos os
corpos celestes. Ele realiza uma série de movimentos envolvendo a órbita em
torno de si mesmo, ao redor do sol, em conjunto com a Via Láctea e com o
próprio universo. Portanto, estudar esses movimentos significa entender uma
parte da dinamicidade do espaço sideral.
Os principais movimentos da Terra, isto é, aqueles que possuem um efeito direto
mais notório em nossas vidas, são a rotação e a translação.

A rotação é o movimento que a Terra realiza em torno de si mesma, circulando


ao redor do seu eixo imaginário central durante um período aproximado de 24
horas, com uma velocidade de 1.666 km/h. A rotação ocorre no sentido anti-
horário, ou seja, de oeste para leste, o que faz com que o movimento aparente
do sol seja de leste (nascente) para oeste (poente). A principal consequência
desse movimento é a sucessão dos dias e das noites.

A translação é o movimento elíptico que a Terra executa ao redor do sol, com


uma duração de 365 dias, 5 horas e 48 minutos em uma velocidade de 107.000
km/h. Quando a Terra termina uma volta completa em relação ao sol, dizemos
que se passou um ano. A principal consequência desse movimento é a origem
das estações do ano, que ocorrem pelo fato de o eixo do planeta apresentar uma
inclinação de 23º27', ocasionando a sucessão dos solstícios e dos equinócios.
O movimento de translação também é chamado de revolução.
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Movimento de translação terrestre

Além desses dois movimentos principais, a Terra possui outros três importantes
movimentos que não possuem uma influência muito notória sobre a humanidade,
mas que são importantes por originarem outros movimentos. Essas variações
são a precessão, a nutação e o deslocamento do periélio.
A precessão ou precessão dos equinócios é o movimento giratório realizado
pela projeção de eixo de rotação terrestre no sentido horário, com uma duração
cíclica de 25.770 anos. A principal consequência é a antecipação dos equinócios
e a mudança da posição aparente dos astros celestes no céu.
A nutação é uma pequena variação periódica no eixo rotacional terrestre que
ocorre a cada 18,6 anos em função da influência da gravidade da Lua sobre a
Terra. Não há consequências relevantes.
O deslocamento do periélio é a variação da órbita terrestre ao redor do sol.
Como sabemos, o periélio é o ponto da órbita em que o planeta se encontra mais
próximo ao corpo solar. Assim, essa diferença varia ao longo do tempo em
função da influência da órbita de outros planetas, com uma repetição cíclica de
21 mil anos.
Além desses cinco movimentos apresentados, a Terra realiza outros nove
movimentos de menor importância que envolvem derivações desses ciclos e
transformações ocorridas em conjunto com o universo.
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Mapa Mental: Movimentos da Terra

Um desses movimentos é a obliquidade da eclíptica, que é a variação entre o


plano da órbita da Terra e o plano da Linha do Equador, ou seja, a variação do
eixo de inclinação. Esse movimento possui um ciclo de 42 mil anos e faz com
que o ângulo desse eixo varie entre 22º e 24º30'.
Há também a variação da excentricidade da órbita, em que o eixo de translação
da Terra ora é mais circular, ora é mais elíptico, possuindo uma duração cíclica
de 92 mil anos. Há indícios de que esse movimento seja o responsável pelas
grandes glaciações da Terra.
Já o movimento do centro de massa Terra-Lua indica a órbita que o centro de
massa do sistema Terra-Lua realiza ao redor do sol. Da mesma forma,
o movimento em torno do centro de massa do Sistema Solar é o movimento
realizado pela Terra ao redor do centro de massa do sol e todos os planetas que
circundam ao seu redor.
Outro movimento interessante é o movimento das marés, em que há uma
contração e uma descontração cíclicas do globo terrestre por influência da
gravidade da Lua. A mais conhecida influência desse movimento é a variação
das marés.
A Terra também realiza alguns movimentos imprevisíveis, com pequenas
variações em suas órbitas, fenômeno ocasionado pela influência dos demais
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planetas solares, notadamente Vênus e Júpiter. Esses movimentos são


chamados de perturbações planetárias.
Como o Sol também se desloca, observa-se que, concomitante ao movimento
de translação, a Terra também realiza um movimento helicoidal em direção ao
próprio sol.
Da mesma forma ocorre em relação à Via Láctea, que apresenta um giro ao
redor de seu centro com duração de 250 milhões de anos. A Terra, assim como
todo o sistema solar, faz parte dessa movimentação, que é chamada de rotação
junto com a galáxia. No entanto, como o universo continua expandindo-se, a
galáxia também se movimenta, levando todos os seus corpos celestes consigo,
o que faz com que seja considerado o movimento de translação junto com a
galáxia.

Imagem da Via Láctea


Em resumo, os 14 movimentos da Terra são:

1) Rotação
2) Translação

3) Precessão
4) Nutação

5) Deslocamento do periélio
6) Obliquidade da eclíptica

7) Variação da excentricidade da órbita


8) Movimento de centro de massa Terra-Lua
9) Movimento em torno do centro de massa do Sistema Solar

10) Movimento das Marés


11) Pertubações Planetárias
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12) Movimento Helicoidal

13) Rotação junto com a galáxia


14) Translação junto com a galáxia

ATIVIDADE:
1) O movimento de rotação, ou seja, o movimento realizado pela Terra em
torno do seu próprio eixo ocorre na direção:
A) noroeste para norte.
B) leste para oeste.
C) oeste para leste.
D) norte para sul.
E) nordeste para sudeste.
2) O movimento de translação consiste na:
A) ocorrência do processo de movimentação da Terra ao redor de si mesma ao
longo do dia.
B) deslocação da Terra ao redor de si mesma ao longo de 24 horas.
C) trajetória que a Terra faz ao redor do Sol durante 360 dias terrestres.
D) movimentação que a Terra realiza em torno do Sol ao longo de
aproximadamente 365 dias.
E) atuação do eixo de inclinação da Terra na divisão das zonas climáticas da
superfície terrestre.

3) O movimento de rotação tem uma duração aproximada de 24 horas. Esse


movimento é responsável pelo:
A) processo de sucessão dos anos.
B) aumento das marés.
C) surgimento das estações do ano.
D) horário de verão.
E) movimento aparente do Sol.
4) A ocorrência das estações do ano é um processo natural que tem origem na
A) formação dos equinócios e no movimento de rotação da Terra.
B) inclinação do eixo terrestre e no movimento de translação da Terra.
C) distribuição das zonas climáticas e no movimento de translação da Terra.
D) influência de satélites naturais e no movimento de nutação da Terra.
E) faixa de latitude da Terra e no movimento de rotação da Terra.
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Movimento uniforme
O movimento uniforme ocorre quando um móvel se desloca em linha reta e com
velocidade constante. No movimento uniforme, o móvel percorre espaços iguais
em intervalos de tempo iguais.
Imagine a seguinte situação: um veículo que se move em movimento uniforme,
com velocidade de 20 km/h, terá se deslocado de sua posição inicial em 10 km,
em um intervalo de tempo de 0,5 h (30 minutos). Em 1h, esse mesmo veículo
terá se distanciado de sua posição inicial em 20 km.
Todos os movimentos uniformes devem ocorrer em linha reta, já que nesse tipo
de movimento não há aceleração. Entenda: para que um móvel sofra uma
alteração em sua direção de deslocamento, é necessário que uma força atue
sobre ele, imprimindo-lhe uma aceleração e fazendo com que o móvel ganhe
uma nova componente de velocidade.

Fórmulas do movimento uniforme


Confira algumas fórmulas utilizadas para descrever o movimento uniforme e
entenda o significado de cada uma de suas variáveis:

S — posição final do móvel


S0 — posição inicial do móvel
v — velocidade do móvel
t — intervalo de tempo

v — velocidade média
ΔS — deslocamento
Δt — intervalo de tempo

Referenciais e classificação do movimento


Para definirmos corretamente o movimento de um corpo, é necessário escolher
um referencial. Na Física, entendemos que referencial é a posição em que o
observador se encontra. A figura abaixo mostra alguns veículos que se movem
em diferentes sentidos ao longo da direção horizontal.
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O referencial adotado na figura (marcado pelo ponto 0) é onde o observador se


encontra. Segundo esse referencial, os carros, à esquerda, encontram-se em
posições negativas, enquanto os carros, à direita, encontram-se em posições
positivas.

O referencial indica o sentido dos movimentos.


É importante perceber que a escolha de outro referencial implicaria a mudança
das posições iniciais de cada veículo e também a classificação dos seus
movimentos. A figura abaixo mostra o que o referencial escolhido percebe: para
ele, o carro laranja e o carro prata, à esquerda, afastam-se, enquanto o carro
prata, à direita, aproxima-se dele.

Dizemos que, quando um móvel se aproxima do seu referencial, seu movimento


é regressivo. Caso o móvel afaste-se do seu referencial, seu movimento é
progressivo. Além disso, atribuímos ao movimento progressivo o sinal positivo
para a velocidade. Para o movimento regressivo, utilizamos o sinal negativo,
indicando que a distância entre o móvel e seu referencial diminui com o tempo.

Unidades de medida da velocidade


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A unidade de medida da velocidade, de acordo com o Sistema Internacional (SI),


é o metro por segundo (m/s). Porém, existem outras unidades comuns, como
o quilômetro por hora (km/h). É fácil convertermos metros por segundo em
quilômetros por hora. Para fazê-lo, basta multiplicarmos ou dividirmos o módulo
da velocidade pelo fator 3,6, como mostra a figura a seguir:

Exemplos:
72 km/h / 3,6 = 20 m/s
108 km/h /3,6 = 30 m/s

Mapa Mental: Movimento Uniforme


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ATIVIDADE:
1) Na pista de testes de uma montadora de automóveis, foram feitas medições
do comprimento da pista e do tempo gasto por um certo veículo para
percorrê-la. Os valores obtidos foram, respectivamente, 1030 m e 25,0 s.
Levando-se em conta a precisão das medidas efetuadas, é correto afirmar
que a velocidade média desenvolvida pelo citado veículo foi, em m/s, de:
a) 4,10
b) 41
c) 41,2
d) 41,20
e) 41,200
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2) No instante de tempo t0, um corpo encontra-se na posição 3 m com relação


a um sistema de referência, movendo-se com uma velocidade de 10 m/s. A
alternativa que representa corretamente a função horária da posição desse
móvel é:
a) S = 3 + 10t
b) S =10 + 3t
c) S = 3t + 5t²
d) S = 10t + 3t²
3) Com relação a um corpo que descreve um movimento retilíneo e uniforme,
assinale a alternativa correta.
a) Um corpo em MU percorre espaços cada vez maiores a cada intervalo de
tempo posterior.
b) Um corpo em MU percorre distâncias iguais em intervalos de tempos iguais.
c) Um corpo em MU move-se com aceleração constante.
d) Um corpo em MU permanece em uma posição constante em todos os
instantes de tempo.

Movimento uniformemente variado


Movimento uniformemente variado (MUV) trata-se de um movimento no qual a
mudança de velocidade, chamada de aceleração, ocorre a uma taxa constante.
O movimento uniformemente variado é um caso particular
do movimento variado. Neste, a velocidade apenas varia, enquanto naquele
a velocidade varia de maneira constante, isto é, sua magnitude sofre
acréscimos ou reduções iguais, a cada segundo.

Introdução sobre o movimento uniformemente variado


Quando algum móvel desenvolve um movimento uniformemente variado, a sua
velocidade aumentará ou diminuirá de forma constante, a cada segundo.
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Quando essa velocidade aumenta, dizemos que o seu movimento


é acelerado; quando diminui, dizemos que seu movimento é retardado.
O movimento uniformemente variado pode ser descrito por meio
de funções horárias, similares àquelas usadas para o movimento uniforme,
sendo mais gerais. Além disso, para resolver alguns exercícios relacionados a
esse tipo de movimento, é necessário compreender o significado por trás dos
gráficos de posição e velocidade. Por isso, vamos estudar as diferentes funções
horárias do MUV bem como as suas respectivas representações gráficas.
Primeiramente, trataremos da função horária da velocidade, que também pode
ser escrita no formato da fórmula usada para o cálculo da aceleração média,
confira:

vF e v0 - velocidades final e inicial (m/s)


a - aceleração (m/s)
t - intervalo de tempo (s)

A fórmula mostra que a velocidade de um móvel varia de forma linear com a sua
aceleração, ou seja, supondo que um corpo tenha uma aceleração de 3 m/s², a
sua velocidade aumentará em 3 m/s, a cada segundo.
Além da função horária da velocidade, o MUV utiliza funções horárias da
posição. Estas são funções de segundo grau, uma vez que o deslocamento de
um móvel em MUV é proporcional ao intervalo de tempo elevado ao quadrado.
Confira agora as equações da posição e do deslocamento para o MUV:

SF - posição final
S0 - posição inicial
v0 - velocidade inicial
ΔS - deslocamento

Equação de Torricelli
A equação de Torricelli é bastante útil quando precisamos resolver algum
problema relacionado ao movimento uniformemente variado e não sabemos em
qual intervalo de tempo ele ocorreu. Essa equação pode ser facilmente obtida
com base nas funções horárias da posição e da velocidade.
Confira como é a fórmula da equação de Torricelli:
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Onde:

Vf = velocidade final(m/s);
V0 = velocidade inicial (m/s);
= variação da posição (m);

a = aceleração (m/s²).

ATIVIDADE:
1) Um ponto material parte do repouso em movimento uniformemente variado
e, após percorrer 12 m, está animado de uma velocidade escalar de 6,0 m/s.
A aceleração escalar do ponto material, em m/s, vale:

a) 1,5

b) 1,0

c) 2,5

d) 2,0

e) n.d.a.

2) Um automóvel parte do repouso e atinge a velocidade de 100 km/h em 8s.


Qual é a aceleração desse automóvel?

Lançamento Vertical
O lançamento vertical é um movimento unidimensional no qual se desconsidera
o atrito com o ar. Esse tipo de movimento ocorre quando um corpo é lançado na
direção vertical e para cima. O movimento descrito pelo projétil é retardado pela
aceleração da gravidade até que ele atinja a sua altura máxima. Após essa
altura, o movimento passa a ser descrito como uma queda livre.
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Fórmulas do lançamento vertical


As leis que explicam o movimento dos corpos que sem movem na direção
vertical foram descobertas e enunciadas pelo físico italiano Galileu Galileu. Na
ocasião, Galileu percebeu que corpos de massas diferentes devem cair com
o mesmo tempo e com aceleração constante em direção ao solo. Essa situação
só não será possível caso a força de resistência do ar atue sobre esses corpos,
dissipando sua velocidade.

O lançamento vertical é um caso particular de movimento uniformemente


variado (MUV), já que ocorre sob a ação de uma aceleração constante. Nesse
caso, a aceleração da gravidade opõe-se à velocidade de lançamento do projétil,
que tem sentido positivo.

As equações que regem esse tipo de movimento são as mesmas utilizadas para
os casos gerais do MUV, sujeitas a pequenas alterações de notação. Confira:

Essas são as três equações mais úteis para a descrição do lançamento vertical: funções horárias da
velocidade e da posição e equação de Torricelli.
Nas equações acima, vy é a altura final atingida pelo projétil para um dado
instante de tempo t. A velocidade inicial v0y é a velocidade com que o projétil é
lançado, podendo ser positiva, caso o lançamento seja para cima, ou negativa,
caso o lançamento seja para baixo, ou seja, a favor da gravidade. As
alturas final e inicial do lançamento são chamadas, respectivamente,
de y e y0. Por fim, g é a aceleração da gravidade no local do lançamento.

É importante lembrar que as equações acima são definidas de acordo com


o Sistema Internacional de Medidas (SI), portanto, as velocidades são dadas em
m/s; a gravidade, em m/s²; e o tempo, em segundos.
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Etapas do movimento de lançamento vertical e da queda livre de uma bola


As equações acima podem ser usadas para resolver problemas envolvendo o
lançamento vertical de projéteis. O referencial escolhido para essas equações
adota como positivo o sentido para cima e como negativo o sentido para baixo.

Função horária da velocidade


A primeira das equações mostradas é a função horária da velocidade para o
lançamento vertical. Nela, temos a velocidade final ( vy), a velocidade de
lançamento do projétil (v0y), a aceleração da gravidade (g) e o tempo (t):

Por meio da equação acima, podemos determinar o tempo de subida do projétil.


Para tanto, devemos lembrar que, ao atingir a sua altura máxima, a velocidade
vertical (vy) é nula. Além disso, o movimento muda de sentido, passando a
descrever uma queda livre. Assumindo que a velocidade vertical (v y) é nula no
ponto mais alto do lançamento vertical, teremos a seguinte igualdade:
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Função horária da posição


A segunda equação mostrada na imagem é chamada de função horária da
posição. Essa equação permite encontrar em qual altura (y) um projétil estará
em um determinado instante de tempo (t). Para isso, devemos saber de qual
altura o projétil foi lançado (H) e com qual velocidade ocorreu o lançamento (v0y).
Se substituirmos o tempo de subida nas variáveis t nessa equação, é possível
estabelecer uma relação entre a altura máxima atingida e a velocidade de
lançamento do projétil (v0y). Veja:

O mesmo resultado mostrado acima pode ser obtido se utilizarmos a equação


de Torricelli. Para isso, basta substituirmos o termo da velocidade final por 0,
uma vez que, como dito anteriormente, no ponto mais alto do lançamento
vertical, essa velocidade é nula.

Queda livre
Quando um projétil lançado verticalmente atinge sua altura máxima, inicia-se o
movimento de queda livre. Nesse movimento, o projétil cai em direção ao solo
com aceleração constante. Para definirmos as equações desse tipo de
movimento, é interessante definir um referencial favorável à aceleração da
gravidade. Para isso, adotamos o sentido para baixo como positivo e
consideramos que a posição inicial do movimento de queda livre é 0. Dessa
forma, as equações para a queda livre tornam-se mais simples. Observe:
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ATIVIDADE:
1) Um garoto, na sacada de seu apartamento, a 20 metros de altura, deixa cair um
biscoito, quando tem então a ideia de medir o tempo de queda desse biscoito.
Desprezando a resistência do ar e adotando g = 10m/s², determine o tempo gasto
pelo corpo para chegar ao térreo.

2) Abandonando um corpo do alto de uma montanha de altura H, este corpo


levará 9 segundos para atingir o solo. Considerando g = 10 m/s², calcule a
altura da montanha.

3) Um ponto material, lançado verticalmente para cima, atinge a altura de 20 m.


Qual a velocidade de lançamento? Adote g = 10m/s²
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Introdução à Dinâmica
Estudo do movimento e suas causas

A Dinâmica é parte da mecânica responsável por analisar as causas do


movimento e os seus possíveis efeitos. Ela estuda o comportamento dos corpos
e a ação das forças que produzem ou modificam os movimentos. Essa parte da
divisão da mecânica clássica nasceu com as teorias de Isaac Newton. Baseado
nas contribuições de estudos dos cientistas Galileu Galilei e Johannes Kepler,
Newton propôs as três leis da física.
As teorias de Newton são os pilares fundamentais da Dinâmica. Através delas é
possível compreender as relações entre a massa do corpo e o seu movimento,
bem como analisar como ocorrem as interações entre os corpos e qual a origem
dos movimentos.
Princípios da dinâmica

Os princípios da Dinâmica tal qual se conhece hoje foram desenvolvidos por


Isaac Newton. No entanto, nasceram com as teorias de Aristóteles sobre o
movimento, que diziam que a velocidade estava diretamente relacionada à força
que agia de modo contínuo sobre um corpo.
Galileu Galilei também deixou sua contribuição para a Dinâmica ao desenvolver
a teoria da inércia. Essa teoria mostrava que a velocidade podia ser mantida
mesmo sem a aplicação de uma força. A teoria da inércia foi desenvolvida por
Isaac Newton anos depois. E, para além da lei da inércia, Newton criou mais dois
princípios fundamentais para explicar a Dinâmica.
Esses princípios, denominados Leis de Newton, permitiram a compreensão das
interações entre os corpos e a origem dos movimentos. Portanto, para entender
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a Dinâmica, faz-se necessário compreender cada uma das leis da física


propostas por Isaac Newton.
Primeira Lei de Newton

A Primeira Lei de Newton é chamada princípio da inércia. Ela diz que um corpo
em repouso tende a permanecer em repouso e um corpo em movimento tende
a permanecer em movimento, desde que nenhuma força atue sobre ele.

Isaac Newton criou a base da mecânica clássica.

(Foto: Wikipédia).

Portanto, conclui-se que um corpo apenas muda o seu estado de inércia se


houver a aplicação de uma força sobre ele. Compreender o princípio da inércia
implica entender que a massa é algo intrínseco do corpo e que através dela
determina-se o seu valor numérico.
Segunda lei de Newton

A Segunda Lei de Newton é conhecida como princípio fundamental da Dinâmica.


Esse princípio diz que a força é sempre diretamente proporcional ao produto de
sua massa pela aceleração adquirida. A fórmula matemática para calcular a
força é a seguinte:
F = m.a
F = resultado de todas as forças que agem sobre o corpo

m = massa do corpo que as forças atuam


a = aceleração adquirida
Terceira lei de Newton

A Terceira Lei de Newton é princípio da ação e reação. Segundo esse princípio,


toda vez que um corpo exerce uma força sobre outro, o segundo reage
exercendo no primeiro uma mesma força de mesma intensidade e direção,
porém em sentido contrário.
Força
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A força é um dos conceitos fundamentais da mecânica clássica. Ela tem a função


de modificar os efeitos estáticos e os efeitos dinâmicos dos corpos nos quais
atua. Sendo assim, a força é uma grandeza vetorial que possui módulo, direção
e sentido.

Força é um dos conceitos fundamentais da mecânica clássica.

(Foto: Wikipedia)

Força é a interação entre dois corpos que pode causar aceleração quando muda
a sua velocidade ou deformação quando altera o seu formato. A força é
fundamental para manter o corpo em movimento. É a partir do estudo das forças
atuantes sobre um corpo que é possível fazer uma análise dinâmica.
À medida em que se aplica mais de uma força sobre um corpo surge a força
resultante, que é a soma de todas as forças aplicadas. As forças se classificam
em força de contato, aquelas que agem sobre os corpos apenas quando ocorre
um contato entres eles e força de campo, aquelas que atuam sobre os corpos
sem que haja contato, através do campo magnético.
Tipos de Força

Força peso: esse tipo de força é exercido através do campo gravitacional da


Terra sobre todos os corpos.
Força elástica: é aquela força exercida sobre um corpo que possui elasticidade,
provocando a deformação do mesmo.
Força gravitacional: trata-se de uma força de atração exercida a partir da
interação entre dois corpos. Esse tipo de força depende da massa dos corpos
envolvidos, pois quanto maior for a massa, maior será a atração e vice-versa.
Força de atrito: é a força que atua entre duas superfícies que estão em contato,
trata-se de uma força oposta à tendência do movimento. Nesse sentido, quanto
maior for a asperidade dos corpos, maior será a força de atrito.
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Força centrípeta: essa é a força exercida por um corpo em um movimento


circular, no qual o corpo é puxado para o centro da trajetória em um movimento
circular ou curvilíneo.
Força magnética: esse tipo de força atua mesmo que os corpos não estejam
em contato. Trata-se da força de atração e repulsão que existe entre os objetos
magnéticos.
Força normal: a força normal também é denominada de força de apoio. Essa
força é exercida entre duas superfícies em contato, quando uma superfície
precisa sustentar um objeto depositado sobre ela.

Equilíbrio estático e dinâmico


Um corpo está em equilíbrio quando a somatória de todas as forças que atuam
sobre ele for nula, ou seja, igual a zero. De acordo com a Primeira Lei de Newton,
quando a resultante das forças que atuam sobre um corpo é nula, o corpo
permanece em seu estado de repouso ou em movimento retilíneo uniforme.
Portanto, um objeto em equilíbrio pode estar em repouso ou em movimento
retilíneo uniforme.
O equilíbrio pode ser classificado como:
Equilíbrio estático: Quando o objeto está em repouso;
Equilíbrio dinâmico: Quando o corpo está em movimento retilíneo uniforme.
Além disso, ele pode ser de três tipos: estável, instável ou indiferente.
No equilíbrio estável, quando o corpo realiza um pequeno deslocamento em
relação a sua posição de equilíbrio ao ser abandonado, ele retorna à posição
inicial.
Quando o equilíbrio é instável, ao retirar o objeto da sua posição de equilíbrio,
ele tende a se afastar ainda mais dela quando abandonado.
No equilíbrio indiferente, ao ser deslocado, o objeto permanece em equilíbrio em
uma nova posição.
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Objetos em equilíbrio estático


ATIVIDADE:
1) Marque a alternativa correta a respeito da Terceira lei de Newton.
a) A força normal é a reação da força peso.
b) Ação e reação são pares de forças com sentidos iguais e direções opostas.
c) A força de ação é sempre maior que a reação.
d) Toda ação corresponde a uma reação de mesma intensidade e sentido.
e) Toda ação corresponde a uma reação de mesma intensidade, mas sentido
oposto.
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2) Sobre a segunda lei de Newton, é correto afirmar que


a) a força resultante em uma massa puntiforme é proporcional a sua aceleração.
b) a força entre duas massas puntiformes é proporcional à distância entre elas.
c) a força entre duas massas puntiformes é proporcional ao quadrado da
distância entre elas.
d) a força resultante em uma massa puntiforme é inversamente proporcional a
sua aceleração.

3) De acordo com a Primeira Lei de Newton:


a) Um corpo tende a permanecer em repouso ou em movimento retilíneo
uniforme quando a resultante das forças que atuam sobre ele é nula.
b) Um corpo permanece em movimento apenas enquanto houver uma força
atuando sobre ele.
c) Quando a resultante das forças que atuam sobre um corpo é igual a zero, esse
corpo somente pode estar em repouso.
d) A inércia de um objeto independe de sua massa.
e) Uma partícula tende a permanecer em aceleração constante.

Conservação da energia mecânica


A conservação da energia mecânica é uma das leis da mecânica que decorrem
do princípio de conservação da energia. De acordo com a lei da conservação da
energia mecânica, quando nenhuma força dissipativa atua sobre um corpo, toda
a sua energia relativa ao movimento é mantida constante. Isso equivale a dizer
que a energia cinética e a energia potencial do corpo nunca mudam.
A compreensão da lei da conservação da energia mecânica é imprescindível
para a resolução de um grande número de situações da Física que se aproximam
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de situações ideais, por isso esse é um dos assuntos mais cobrados no âmbito
da Mecânica nas provas do Enem.

O que é conservação da energia mecânica?


A conservação da energia mecânica afirma que toda a energia relacionada ao
movimento de um corpo é mantida constante quando não atuam sobre ele
quaisquer forças dissipativas, tais como as forças de atrito e arraste.
Quando dizemos que a energia mecânica é conservada, isso significa que a
soma da energia cinética com a energia potencial é igual em todos os instantes
e em qualquer posição. Em outras palavras, nenhuma porção da energia
mecânica de um sistema é transformada em outras formas de energia, como
a energia térmica.
Diante do exposto, de acordo com a lei da conservação da energia mecânica,
em um sistema não dissipativo, podemos afirmar que as energias mecânicas em
duas posições distintas são iguais.

EM – energia mecânica
EC – energia cinética
EP – energia potencial
Para que possamos compreender melhor o conceito da conservação da energia
mecânica, é necessário saber o que é energia cinética e energia potencial, por
isso explicaremos brevemente cada um desses conceitos nos tópicos a seguir.

De acordo com a conservação da energia, a energia mecânica do carro na figura é constante em todos os pontos.

Fontes de energia
As fontes de energia são recursos naturais ou artificiais utilizados pela sociedade
para produção de algum tipo de energia. A energia, por sua vez, é utilizada para
propiciar o deslocamento de veículos, gerar calor ou produzir eletricidade para
os mais diversos fins.
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As fontes de energia também possuem relação com questões ambientais, pois,


dependendo das formas de utilização dos recursos energéticos, graves impactos
sobre a natureza podem ser ocasionados.
Conforme a capacidade natural de reposição de recursos, as fontes de energia
podem ser classificadas em renováveis e não renováveis.
Fontes renováveis de energia
As fontes renováveis de energia, como o próprio nome indica, são aquelas que
possuem a capacidade de serem repostas naturalmente, o que não significa que
todas elas sejam inesgotáveis. Algumas delas, como o vento e a luz solar, são
permanentes, mas outras, como a água, podem acabar, dependendo da forma
como são usadas pelo ser humano. Vale lembrar que nem toda fonte renovável
de energia é limpa, ou seja, está livre da emissão de poluentes ou de impactos
ambientais em larga escala.
Energia eólica
O vento é um recurso energético renovável e, portanto, inesgotável. Em algumas
regiões do planeta, sua frequência e intensidade são suficientes para geração
de eletricidade por meio de equipamentos específicos para essa função.
Basicamente, os ventos ativam as turbinas dos aerogeradores, fazendo com
que os geradores convertam a energia mecânica produzida em energia elétrica.
Atualmente, a energia eólica não é tão difundida no mundo em razão do alto
custo de seus equipamentos. Todavia, alguns países, como Estados Unidos,
China e Alemanha, já vêm adotando esse recurso substancialmente. As
principais vantagens dessa fonte de energia são a não emissão de poluentes na
atmosfera e os baixos impactos ambientais.

Mapa Mental: Fontes Alternativas de Energia


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Energia solar
A energia solar é o aproveitamento da luz do sol para gerar eletricidade e
aquecer a água para uso. É também uma fonte inesgotável de energia, haja vista
que o Sol – ao menos na sua configuração atual – existirá por bilhões de anos.
Há duas formas de aproveitamento da energia solar: a fotovoltaica e a térmica.
Na primeira forma, são utilizadas células específicas que empregam o “efeito
fotoelétrico” para produzir eletricidade. A segunda forma, por sua vez, utiliza o
aquecimento da água tanto para uso direto quanto para geração de vapor, que
atuará em processos de ativação de geradores de energia. É importante lembrar
que podem ser utilizados também outros tipos de líquidos.
Em razão dos elevados custos, a energia solar ainda não é muito utilizada.
Todavia, seu aproveitamento vem crescendo gradativamente, tanto com a
instalação de placas em residências, indústrias e grandes empreendimentos
quanto com a construção de usinas solares especificamente voltadas para a
geração de energia elétrica.
Energia hidrelétrica
A energia hidrelétrica corresponde ao aproveitamento da água dos rios para
movimentação das turbinas de eletricidade. No Brasil, essa é a principal fonte de
energia elétrica, ao lado das termoelétricas, haja vista o grande potencial que o
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país possui em termos de disponibilidade de rios propícios para a geração de


hidreletricidade.
Nas usinas hidrelétricas, constroem-se barragens no leito do rio para
represamento da água que será utilizada no processo de geração de
eletricidade. Nesse caso, o mais aconselhável é que as barragens sejam
construídas em rios que apresentem desníveis em seus terrenos a fim de
diminuir a superfície inundada. Por isso, é mais recomendável a instalação
dessas usinas em rios de planalto, embora também seja possível instalá-las em
rios de planícies, porém com impactos ambientais maiores.
Biomassa
A utilização da biomassa consiste na queima de substâncias de origem orgânica
para produção de energia. Ocorre por meio da combustão de materiais como
lenha, bagaço de cana e outros resíduos agrícolas, restos florestais e até
excrementos de animais. É considerada uma fonte de energia renovável, porque
o dióxido de carbono produzido durante a queima é utilizado pela própria
vegetação na realização da fotossíntese. Isso significa que, desde que seja
controlado, seu uso é sustentável por não alterar a macro composição da
atmosfera terrestre.
Os biocombustíveis, de certa forma, são considerados um tipo de biomassa, pois
também são produzidos a partir de vegetais de origem orgânica para geração de
combustíveis. O exemplo mais conhecido é o etanol produzido da cana-de-
açúcar, mas podem existir outros compostos advindos de vegetais distintos,
como a mamona, o milho e muitos outros.
Energia das marés (maremotriz)
A energia das marés ou maremotriz é o aproveitamento da subida e da descida
das marés para produção de energia elétrica. Funciona de forma relativamente
semelhante à de uma barragem comum. Além das barragens, são construídos
eclusas e diques que permitem a entrada e a saída de água durante as cheias e
as baixas das marés, propiciando a movimentação das turbinas.

As fontes renováveis de energia são recursos energéticos que se regeneram a curto prazo .
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Fontes não renováveis de energia


As fontes não renováveis de energia são aquelas que poderão esgotar-se em
um futuro relativamente próximo. Alguns recursos energéticos, como o petróleo,
possuem seu esgotamento estimado para algumas poucas décadas, o que eleva
o caráter estratégico desses elementos.
Combustíveis fósseis
A queima de combustíveis fósseis pode ser empregada tanto para o
deslocamento de veículos quanto para a produção de eletricidade em
estações termoelétricas. Os três tipos principais são petróleo, carvão
mineral e gás natural, mas existem muitos outros, como a nafta e o xisto
betuminoso.
Os combustíveis fósseis são as fontes de energia mais importantes e disputadas
pela humanidade no momento. Segundo a Agência Internacional de Energia,
cerca de 81,63% de toda a matriz energética global advém dos três principais
combustíveis fósseis citados acima. Essas fontes representam 56,8% da matriz
energética brasileira. Assim, muitos países dependem da exportação desses
produtos, enquanto outros tomam medidas geopolíticas para consegui-los.
Outra questão bastante discutida a respeito dos combustíveis fósseis refere-se
aos altos índices de poluição gerados por sua queima. Muitos estudiosos
apontam que eles são os principais responsáveis pela intensificação do efeito
estufa e pelo agravamento dos problemas vinculados ao aquecimento global.
Energia nuclear (atômica)
Na energia nuclear – também chamada de energia atômica –, a produção de
eletricidade ocorre por intermédio do aquecimento da água, que se transforma
em vapor e ativa os geradores. Nas usinas nucleares, o calor é gerado em
reatores a partir da fissão nuclear do urânio-235, um material altamente
radioativo.
Embora as usinas nucleares sejam menos poluentes do que outras estações
semelhantes, como as termoelétricas, são alvo de muitas polêmicas, pois o
vazamento do lixo nuclear produzido e a ocorrência de acidentes podem gerar
graves impactos e muitas mortes. No entanto, com a emergência da questão
sobre o aquecimento global, seu uso vem sendo reconsiderado por muitos
países.
Cada tipo de energia apresenta suas vantagens e desvantagens. No momento,
não há nenhuma fonte que se apresente absolutamente mais viável que as
demais. Algumas são baratas e abundantes, mas geram graves impactos
ambientais; outras são limpas e sustentáveis, mas inviáveis financeiramente. O
mais aconselhável é que exista, nos diferentes territórios, uma diversidade nas
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matrizes energéticas para que se atenuem os problemas. No entanto, isso não


acontece no Brasil e em boa parte dos demais países.

As fontes não renováveis de energia, como os combustíveis fósseis, correspondem aos recursos energéticos que podem
esgotar-se na natureza.

As diferentes fontes de energia, tanto as renováveis como as não renováveis, apresentam


vantagens e desvantagens.

Fontes de energia no Brasil


Cerca de 42% da produção da matriz energética brasileira é proveniente de
fontes renováveis de energia, como uso de biomassa, etanol, recursos hídricos,
energia solar e energia eólica. Sendo assim, a matriz energética brasileira é mais
renovável que a matriz mundial, que se baseia, principalmente, no uso de
combustíveis fósseis para produção de energia. Dessa forma, pode-se dizer que,
se comparado aos outros países, o Brasil emite menos gases de efeito estufa.
Existem, hoje, no Brasil, 536 usinas eólicas, nas quais funcionam cerca de 6,6
mil cataventos, número que coloca o Brasil como líder na América Latina nesse
tipo de produção de energia. Contudo, a principal fonte de energia do Brasil ainda
é proveniente das usinas hidrelétricas, que representam, aproximadamente,
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64% do potencial elétrico do país. A produção de energia proveniente do uso de


biomassa corresponde a cerca de 9,2% da matriz energética brasileira, já a
eólica representa em torno de 8,5% da matriz.

ATIVIDADE:
1) Em usinas hidrelétricas, a queda d’água move turbinas que acionam
geradores. Em usinas eólicas, os geradores são acionados por hélices
movidas pelo vento. Na conversão direta solar-elétrica, são células
fotovoltaicas que produzem tensão elétrica. Além de todos produzirem
eletricidade, esses processos têm em comum o fato de:
a) não provocarem impacto ambiental.
b) independerem de condições climáticas.
c) a energia gerada poder ser armazenada.
d) utilizarem fontes de energia renováveis.
e) dependerem das reservas de combustíveis fósseis.

2) Deseja-se instalar uma estação de geração de energia elétrica em um


município localizado no interior de um pequeno vale cercado de altas
montanhas de difícil acesso. A cidade é cruzada por um rio, que é fonte de
água para consumo, irrigação das lavouras de subsistência e pesca. Na
região, que possui pequena extensão territorial, a incidência solar é alta o
ano todo. A estação em questão irá abastecer apenas o município
apresentado. Qual forma de obtenção de energia, entre as apresentadas, é
a mais indicada para ser implantada nesse município de modo a causar o
menor impacto ambiental?
a) Termelétrica, pois é possível utilizar a água do rio no sistema de refrigeração.
b) Eólica, pois a geografia do local é própria para a captação desse tipo de
energia.
c) Nuclear, pois o modo de resfriamento de seus sistemas não afetaria a
população.
d) Fotovoltaica, pois é possível aproveitar a energia solar que chega à superfície
do local.
e) Hidrelétrica, pois o rio que corta o município é suficiente para abastecer a
usina construída.
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