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O básico de Astronomia

Astronomia é uma ciência natural que estuda corpos celestes


(como estrelas, planetas, cometas, nebulosas, aglomerados de
estrelas, galáxias) e fenômenos que se originam fora da atmosfera
da Terra (como a radiação cósmica de fundo em micro-ondas).
Preocupada com a evolução, a física e a química de objetos
celestes, bem como a formação e o desenvolvimento do universo.

A astronomia é uma das mais antigas ciências. Culturas pré-


históricas deixaram registrados vários artefatos astronômicos,
como Stonehenge, os montes de Newgrange e os menires. As
primeiras civilizações, como os babilônios, gregos, chineses,
Formação estrelar na Grande Nuvem de
indianos, persas e maias realizaram observações metódicas do céu Magalhães, uma galáxia irregular.
noturno. No entanto, a invenção do telescópio permitiu o
desenvolvimento da astronomia moderna. Historicamente, a
astronomia incluiu disciplinas tão diversas como astrometria,
navegação astronômica, astronomia observacional e a elaboração
de calendários. Durante o período medieval, seu estudo era
obrigatório e estava incluído no Quadrivium que, junto com o
Trivium, compunha a metodologia de ensino das sete Artes
liberais.[1]

Durante o século XX, o campo da astronomia profissional dividiu-


se em dois ramos: a astronomia observacional e a astronomia
teórica.[2] A primeira está focada na aquisição de dados a partir da
observação de objetos celestes, que são então analisados
utilizando os princípios básicos da física. Já a segunda é orientada
para o desenvolvimento de modelos analíticos que descrevem Mosaico da Nebulosa do Caranguejo,
objetos e fenômenos astronômicos. Os dois campos se remanescente de uma supernova.
complementam, com a astronomia teórica procurando explicar os
resultados
observacionais, bem com as observações sendo usadas para confirmar (ou não) os resultados teóricos.

Os astrônomos amadores têm contribuído para muitas e importantes descobertas astronômicas. A


astronomia é uma das poucas ciências onde os amadores podem desempenhar um papel ativo,
especialmente na descoberta e observação de fenômenos transitórios.[3][4]

A Astronomia não deve ser confundida com a astrologia, sistema de crença que afirma que os assuntos
humanos, como a personalidade, estão correlacionados com as posições dos objetos celestes. Embora os
dois campos compartilhem uma origem comum, atualmente eles estão totalmente distintos.[5]

História
Inicialmente, a astronomia envolveu somente a observação e a previsão dos movimentos dos objetos no
céu que podiam ser vistos a olho nu. O Rigveda refere-se aos 27 asterismos ou nakshatras associados aos
movimentos do Sol e também às doze divisões zodiacais do céu. Durante milhares de anos, as pessoas
investigaram o espaço e a situação da Terra. No ano 4000 a.C., os
egípcios desenvolveram um calendário baseado no movimento
dos objetos celestes. A observação dos céus levou à previsão de
eventos como os eclipses. Os antigos gregos fizeram importantes
contribuições para a astronomia, entre elas a definição de
magnitude aparente. A Bíblia contém um número de afirmações
sobre a posição da Terra no universo e sobre a natureza das
estrelas e dos planetas, a maioria das quais são poéticas e não
devem ser interpretadas literalmente; ver Cosmologia bíblica. Nos
anos 500, Aryabhata apresentou um sistema matemático que
considerava que a Terra rodava em torno do seu eixo e que os Pôr do sol no dia do equinócio no sítio
planetas se deslocavam em relação ao Sol. pré-histórico de Pizzo Vento em
Fondachelli Fantina, Sicília.
O estudo da astronomia quase parou durante a Idade Média, à
exceção do trabalho dos astrónomos árabes. No final do século IX, o astrónomo árabe ou persa al-
Farghani (Abu'l-Abbas Ahmad ibn Muhammad ibn Kathir al-Farghani) escreveu extensivamente sobre o
movimento dos corpos celestes. No século XII, os seus trabalhos foram traduzidos para o latim, e diz-se
que Dante aprendeu astronomia pelos livros de al-Farghani.

No final do século X, um observatório enorme foi construído perto de Teerã, Irã, pelo astrônomo al-
Khujandi, que observou uma série de trânsitos meridianos do Sol, que permitiu-lhe calcular a obliquidade
da eclíptica, também conhecida como a inclinação do eixo da Terra relativamente ao Sol. Como sabe-se
hoje, a inclinação da Terra é de aproximadamente 23°34', e al-Khujandi mediu-a como sendo 23°32'19".
Usando esta informação, compilou também uma lista das latitudes e das longitudes de cidades principais.

Omar Khayyam (Ghiyath al-Din Abu'l-Fath Umar ibn Ibrahim al-Nisaburi al-Khayyami) foi um grande
cientista, filósofo e poeta persa que viveu de 1048 a 1131. Compilou muitas tabelas astronômicas e
executou uma reforma do calendário que era mais exato do que o Calendário Juliano e se aproximava do
Calendário Gregoriano. Um feito surpreendente era seu cálculo do ano como tendo 365,24219858156
dias, valor esse considerando a exatidão até a sexta casa decimal se comparado com os números de hoje,
indica que nesses mil anos pode ter havido algumas alterações na órbita terrestre.

Durante o Renascimento, Copérnico propôs um modelo


heliocêntrico do Sistema Solar. No século XIII, o imperador
Hulagu, neto de Gengis Khan e um protetor das ciências,
havia concedido ao conselheiro Nasir El Din Tusi autorização
para edificar um observatório considerado sem equivalentes
na época. Entre os trabalhos desenvolvidos no observatório
de Maragheh e a obra "De Revolutionibus Orbium
Caelestium" de Copérnico, há algumas semelhanças que
levam os historiadores a admitir que este teria tomado
conhecimento dos estudos de Tusi, através de cópias de
trabalhos deste existentes no Vaticano.

O modelo heliocêntrico do Sistema Solar foi defendido,


desenvolvido e corrigido por Galileu Galilei e Johannes
Kepler. Kepler foi o primeiro a desenvolver um sistema que Atualmente, sabemos que o Universo é
descrevesse corretamente os detalhes do movimento dos dominado por estruturas de gás, poeira,
planetas com o Sol no centro. No entanto, Kepler não estrelas e galáxias, como visto neste
compreendeu os princípios por detrás das leis que descobriu. esquema logarítmico, onde várias imagens
Estes princípios foram descobertos mais tarde por Isaac do telescópio Hubble e outros estão
incluídas.
Newton, que mostrou que o movimento dos planetas se podia explicar pela Lei da gravitação universal e
pelas leis da dinâmica.

Constatou-se que as estrelas são objetos muito distantes. Com o advento da Espectroscopia provou-se que
são similares ao nosso próprio Sol, mas com uma grande variedade de temperaturas, massas e tamanhos. A
existência de nossa galáxia, a Via Láctea, como um grupo separado das estrelas foi provada somente no
século XX, bem como a existência de galáxias "externas", e logo depois, a expansão do universo dada a
recessão da maioria das galáxias de nós. A Cosmologia fez avanços enormes durante o século XX, com o
modelo do Big Bang fortemente apoiado pelas evidências fornecidas pela Astronomia e pela Física, tais
como a radiação cósmica de micro-ondas de fundo, a Lei de Hubble e a abundância cosmológica dos
elementos.

Campos
Por ter um objeto de estudo tão vasto, a astronomia é dividida
em muitas áreas. Uma distinção principal é entre a
astronomia teórica e a observacional. Observadores usam
vários meios para obter dados sobre diversos fenômenos, que
são usados pelos teóricos para criar e testar teorias e
modelos, para explicar observações e para prever novos
resultados. O observador e o teórico não são necessariamente
pessoas diferentes e, em vez de dois campos perfeitamente
delimitados, há um contínuo de cientistas que põem maior ou
menor ênfase na observação ou na teoria. Nebulosa planetária de Formiga. A ejecção
de gás da estrela no centro da imagem tem
Os campos de estudo podem também ser categorizados padrões de simetria diferentes dos padrões
quanto: caóticos esperados para uma explosão
ordinária.
ao assunto: em geral de acordo com a região do espaço
(ex. Astronomia galáctica) ou aos problemas
por resolver (tais como formação das estrelas ou cosmologia);
à forma como se obtém a informação (essencialmente, que faixa do espectro eletromagnético é
usada).

Enquanto a primeira divisão se aplica tanto a observadores como também a teóricos, a segunda se aplica
a observadores, pois os teóricos tentam usar toda informação disponível, em todos os comprimentos de
onda, e observadores frequentemente observam em mais de uma faixa do espectro.

Astronomia observacional

Na astronomia, a principal forma de obter informação é através da detecção e análise da luz visível ou
outras regiões da radiação eletromagnética. Mas a informação é adquirida também por raios cósmicos,
neutrinos, e, no futuro próximo, ondas gravitacionais (veja LIGO e LISA).

Uma divisão tradicional da astronomia é dada pela faixa do espectro eletromagnético observado.
Algumas partes do espectro podem ser observadas da superfície da Terra, enquanto outras partes só são
observáveis de grandes altitudes ou no espaço.

Radioastronomia
A radioastronomia estuda a radiação com comprimento de
[6]
onda maior que aproximadamente 1 milímetro. A
radioastronomia é diferente da maioria das outras formas de
astronomia observacional pelo fato de as ondas de rádio
observáveis poderem ser tratadas como ondas ao invés de
fótons discretos. Com isso, é relativamente mais fácil de
[6]
medir a amplitude e a fase das ondas de rádio.

Apesar de algumas ondas de rádio serem produzidas por


objetos astronômicos na forma de radiação térmica, a maior
parte das emissões de rádio que são observadas da Terra são
vistas na forma de radiação síncrotron, que é produzida
quando elétrons ou outras partículas eletricamente carregadas
descrevem uma trajetória curva em um campo magnético.[6]
Adicionalmente, diversas linhas espectrais produzidas por gás Astronomia extragaláctica: exemplo de lente
interestelar, notadamente a linha espectral do hidrogênio de gravitacional. Esta imagem, captada pelo
21 cm, são observáveis no comprimento de onda de rádio.[6] telescópio espacial Hubble, mostra vários
[7] objetos azuis em forma de espiral que, na
verdade, são imagens múltiplas de uma
Uma grande variedade de objetos são observáveis no mesma galáxia. A imagem original da galáxia
comprimento de onda de rádio, incluindo supernovas, gás é multiplicada pelo efeito de lente
gravitacional causado pelo aglomerado de
interestelar, pulsares e núcleos de galáxias ativas.[6][7]
galáxias elípticas e espirais de cor amarela
que aparecem no centro da fotografia. A lente
Astronomia infravermelha gravitacional deve-se ao campo gravitacional
gerado pelo aglomerado, que curva e distorce
A astronomia infravermelha lida com a detecção e análise da a luz de objetos mais distantes.
radiação infravermelha, cuja frequência é menor do que a da
luz vermelha. Exceto por comprimentos de onda mais
próximas à luz visível, a radiação infravermelha é na maior
parte absorvida pela atmosfera, e a atmosfera produz emissão
infravermelha numa quantidade significante. Consequentemente, observatórios de infravermelho
precisam estar localizados em lugares altos e secos, ou no espaço.

O espectro infravermelho é útil para estudar objetos que são muito frios para emitir luz visível, como os
planetas e discos circunstrelares. Comprimentos de onda infravermelha maior podem também penetrar
nuvens de poeira que bloqueiam a luz visível, permitindo a observação de estrelas jovens em nuvens
[8]
moleculares e o centro de galáxias. Algumas moléculas radiam fortemente no infravermelho, e isso
pode ser usado para estudar a química no espaço, assim como detectar água em cometas.[9]

Astronomia óptica

Historicamente, a astronomia óptica (também chamada de astronomia da luz visível) é a forma mais
antiga da astronomia.[10] Imagens ópticas eram originalmente desenhadas à mão. No final do século XIX
e na maior parte do século XX as imagens eram criadas usando equipamentos fotográficos. Imagens
modernas são criadas usando detectores digitais, principalmente detectores usando dispositivos de cargas
acoplados (CCDs). Apesar da luz visível estender de aproximadamente 4 000 Å até 7 000 Å (400 nm até
700 nm),[10] o mesmo equipamento usado nesse comprimento de onda é também usado para observar
radiação de luz visível próxima a ultravioleta e infravermelho.

Astronomia ultravioleta
A astronomia ultravioleta é normalmente usada para se referir a observações no comprimento de onda
ultravioleta, aproximadamente entre 100 e 3 200 Å (10 e 320 nm).[6] A luz nesse comprimento de onda é
absorvida pela atmosfera da Terra, então as observações devem ser feitas na atmosfera superior ou no
espaço.

A astronomia ultravioleta é mais utilizada para o estudo da radiação térmica e linhas de emissão espectral
de estrelas azul quente (Estrela OB) que são muito brilhantes nessa banda de onda. Isso inclui estrelas
azuis em outras galáxias, que têm sido alvos de várias pesquisas nesta área. Outros objetos normalmente
observados incluem a nebulosa planetária, remanescente de supernova, e núcleos de galáxias ativas.[6]
Entretanto, a luz ultravioleta é facilmente absorvida pela poeira interestelar, e as medições da luz
ultravioleta desses objetos precisam ser corrigidas.[6]

Astronomia de raios-X

A astronomia de raio-X é o estudo de objetos astronômicos no comprimento de onda de raio-X.


Normalmente os objetos emitem radiação de raio-X como radiação síncrotron (produzida pela oscilação
de elétrons em volta de campos magnéticos), emissão termal de gases finos (chamada de radiação
Bremsstrahlung) maiores que 107 kelvin, e emissão termal de gases grossos (chamada radiação de corpo
7 [6]
negro) maiores que 10 kelvin. Como os raio-X são absorvidos pela atmosfera terrestre todas as
observações devem ser feitas de balões de grande altitude, foguetes, ou naves espaciais.

Fontes de raio-X notáveis incluem binário de raio X, pulsares, remanescentes de supernovas, galáxias
elípticas, aglomerados de galáxias e núcleos galácticos ativos.[6]

Astronomia de raios gama

A astronomia de raios gama é o estudo de objetos astronômicos que usam os menores comprimentos de
onda do espectro eletromagnético. Os raios gama podem ser observados diretamente por satélites como o
[6]
observatório de raios Gama Compton ou por telescópios especializados chamados Cherenkov. Os
telescópios Cherenkov não detectam os raios gama diretamente mas detectam flashes de luz visível
produzidos quando os raios gama são absorvidos pela atmosfera da Terra.[11]

A maioria das fontes emissoras de raio gama são na verdade Erupções de raios gama, objetos que
produzem radiação gama apenas por poucos milissegundos a até milhares de segundos antes de
desaparecerem. Apenas 10% das fontes de raio gama são fontes não transcendentes, incluindo pulsares,
estrelas de nêutrons, e candidatos a buracos negros como núcleos galácticos ativos.[6]

Campos não baseados no espectro eletromagnético

Além da radiação eletromagnética outras coisas podem ser observadas da Terra que se originam de
grandes distâncias.

Na Astronomia de neutrinos, astrônomos usam laboratórios especiais subterrâneos como o SAGE,


GALLEX e Kamioka II/III para detectar neutrinos. Esses neutrinos se originam principalmente do Sol,
mas também de supernovas.[6]

Raios cósmicos consistindo de partículas de energia muito elevada podem ser observadas chocando-se
com a atmosfera da terra.[12] No futuro, detectores de neutrino poderão ser sensíveis aos neutrinos
produzidos quando raios cósmicos atingem a atmosfera da Terra.[6]
Foram construídos alguns observatórios de ondas gravitacionais como o Laser Interferometer
Gravitational Observatory (LIGO) mas as ondas gravitacionais são extremamente difíceis de detectar. [13]
No final de 2015, pesquisadores do projeto LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave
Observatory) observaram "distorções no espaço e no tempo" causadas por um par de buracos negros com
trinta massas solares em processo de fusão.[14][15][16][17]

A astronomia planetária tem se beneficiado da observação direta pelos foguetes espaciais e amostras no
retorno das missões. Essas missões incluem fly-by missions com sensores remotos; veículos de
aterrissagem que podem realizar experimentos no material da superfície; missões que permitem ver
remotamente material enterrado; e missões de amostra que permitem um exame laboratorial direto.

Astrometria e mecânica celeste

Um dos campos mais antigos da astronomia e de todas as ciências, é a medição da posição dos objetos
celestiais. Historicamente, o conhecimento preciso da posição do Sol, Lua, planetas e estrelas era
essencial para a navegação celestial.

A cuidadosa medição da posição dos planetas levou a um sólido entendimento das perturbações
gravitacionais, e a capacidade de determinar as posições passadas e futuras dos planetas com uma grande
precisão, um campo conhecido como mecânica celestial. Mais recentemente, o monitoramento de
Objectos Próximos da Terra vai permitir a predição de encontros próximos, e possivelmente colisões,
com a Terra.[18]

A medição do paralaxe estelar de estrelas próximas provêm uma linha de base fundamental para a
medição de distâncias na astronomia que é usada para medir a escala do universo. Medições paralaxe de
estrelas próximas provêm uma linha de base absoluta para as propriedades de estrelas mais distantes,
porque suas propriedades podem ser comparadas. A medição da velocidade radial e o movimento próprio
mostra a cinemática desses sistemas através da Via Láctea. Resultados astronômicos também são usados
[19]
para medir a distribuição de matéria escura na galáxia.

Durante a década de 1990, as técnicas de astrometria para medir as stellar wobble foram usados para
detectar planetas extrasolares orbitando a estrelas próximas.[20]

Subcampos específicos

Astronomia solar

Localizada a uma distância de aproximadamente de oito minutos-luz da Terra, a estrela mais


frequentemente estudada é o Sol, uma típica estrela anã da sequência principal da classe estrelar G2 V,
com idade de aproximadamente 4,6 Gyr. O Sol não é considerado uma estrela variável, mas passa por
mudanças periódicas em atividades conhecidas como ciclo solar, que se caracteriza por uma flutuação de
cerca de 11 anos no número de mancha solares. Manchas solares são regiões de temperatura abaixo da
média que estão associadas a uma intensa atividade magnética.[21]

O Sol tem aumentado constantemente de luminosidade no seu curso de vida, aumentando em 40% desde
que se tornou uma estrela da sequência principal. O Sol também passa por mudanças periódicas de
luminosidade que podem ter um impacto significativo na Terra.[22] Por exemplo, se acredita que o
mínimo de Maunder tenha causado a Pequena Idade do Gelo.[23]
A superfície externa visível do Sol é chamada
fotosfera. Acima dessa camada há uma fina região
conhecida como cromosfera. Essa é envolvida por
uma região de transição de temperaturas cada vez
mais elevadas, e então pela superquente corona.

No centro do Sol está a região do núcleo, um volume


com temperatura e pressão suficientes para uma fusão
nuclear ocorrer. Acima do núcleo está a zona de
radiação, onde o plasma se converte o fluxo de Astronomia planetária ou ciências planetárias: um
energia através da radiação. As camadas externas "dust devil" (literalmente, demônio da poeira)
formam uma zona de convecção onde o gás material marciano. A fotografia foi captada pela NASA Global
transporta a energia através do deslocamento físico Surveyor em órbita à volta de Marte. A faixa escura e
do gás. Se acredita que essa zona de convecção cria a longa é formada pelos movimentos em espiral da
atividade magnética que gera as manchas solares.[21] atmosfera marciana (um fenómeno semelhante ao
tornado). O "dust devil" (o ponto preto) está a subir a
Um vento solar de partículas de plasma corre encosta da cratera. Os "dust devils" formam-se quando
constantemente para fora do Sol até que atinge a a atmosfera é aquecida por uma superfície quente e
heliosfera. Esse vento solar interage com a começa a rodar ao mesmo tempo que sobe. As linhas
magnetosfera da Terra para criar os cinturões de Van no lado direito da figura são dunas de areia no leito da
Allen, assim como a aurora onde as linhas dos cratera.
campos magnéticos da Terra descendem até a
atmosfera da Terra.[24]

Ciência planetária
Ciência planetária: Estuda os planetas.
Planetologia: Estudo dos planetas do Sistema Solar e exoplanetas.

Astronomia estelar
Astronomia estelar: Estudo das estrelas, em geral.
Formação de estrelas: Estudo das condições e dos processos que conduziram à formação das estrelas
no interior de nuvens do gás, e o próprio processo da formação.
Evolução estelar: Estudo da evolução das estrelas, de sua formação a seu fim como um remanescente
estelar.
Formação estelar: Estudo das condições e processos que levam à formação de estrelas no interior de
nuvens de gás.

Astronomia galáctica
Astronomia galáctica: Estudo da estrutura e componentes de nossa galáxia, seja através de dados
relativos a objetos de nossa galáxia, seja através do estudo de galáxias próximas, que podem ser
observadas em detalhe e que podem ser usadas para comparação com a nossa.
Formação e evolução de galáxias: Estudo da formação das
galáxias e sua evolução ao estado atual observado.

Astronomia extragaláctica
Astronomia extragaláctica: Estudo de objetos (principalmente
galáxias) fora de nossa galáxia.
Uranografia: Estudos das constelações e asterismos. Nome
atual de Uranometria.

Cosmologia Estrutura dos braços espirais da Via


Láctea.
Cosmologia: Estuda a origem e a evolução do universo.
Astronomia teórica

Tópicos estudados pelos astrônomos teóricos são: dinâmica e evolução estelar; formação e evolução de
galáxias; estrutura em grande escala da matéria no Universo; origem dos raios cósmicos; relatividade geral
e cosmologia física, incluindo Cosmologia das cordas e física de astropartículas.

Campos interdisciplinares

A astronomia e astrofísica desenvolveram links significantes de interdisciplinaridade com outros grandes


campos científicos. Arqueoastronomia é o estudo das antigas e tradicionais astronomias em seus
contextos culturais, utilizando evidências arqueológicas e antropológicas. Astrobiologia é o estudo do
advento e evolução os sistemas biológicos no universo, com ênfase particular na possibilidade de vida
fora do planeta Terra.

O estudo da química encontrada no espaço, incluindo sua formação, interação e destruição, é chamada de
Astroquímica. Essas substâncias são normalmente encontradas em nuvens moleculares, apesar de
também terem aparecido em estrelas de baixa temperatura, anões marrons, e planetas. Cosmoquímica é o
estudo de compostos químicos encontrados dentro do Sistema Solar, incluindo a origem dos elementos e
as variações na proporção de isótopos. Esses dois campos representam a união de disciplinas de
astronomia e química.

Referências
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ncia.br/comciencia/?section=8&edicao=27&id=316). ComCiência, 10 de agosto de 2007;
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Ligações externas
Sociedade Astronômica Brasileira (http://www.sab-astro.org.br/)

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