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Supercondutividade

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em inglês, cujo título é
«Superconductivity».

A supercondutividade é uma propriedade física de característica


intrínseca de certos materiais que, quando resfriados a temperaturas
extremamente baixas, tendem a conduzir corrente elétrica sem
resistência nem perdas, e os campos de fluxo magnéticos são
expelidos do metal. No entanto, um composto de hidrogênio,
magnésio e lítio pode conduzir eletricidade sem resistência a
temperaturas de até 200 graus Celsius, se for comprimido a uma
pressão extremamente alta, quase 2,5 milhões de vezes a pressão da
atmosfera da Terra.[1]

Esta propriedade foi descoberta em Abril de 1911, pelo físico Supercondutividade


holandês Heike Kamerlingh Onnes em seu laboratório em Leiden.
Guiado por seu brilhante trabalho na fabricação do hélio líquido, o
que possibilitou o avanço necessário para alcançar temperaturas muito baixas, da ordem de 1 K. A
supercondutividade foi pela primeira vez notada enquanto Onnes observava o comportamento do mercúrio
quando resfriado a 4 K (-452,47 °F ou -269,15 °C).

Assim como o ferromagnetismo e as linhas espectrais atômicas, a supercondutividade pode ser entendida como
um fenômeno quântico macroscópico, ou seja, este estado pode ser descrito por uma única função de onda.
Caracteriza-se também por um fenômeno chamado de Efeito Meissner-Ochsenfeld, que é a ejeção de um
campo magnético suficientemente fraco do interior do material que impede que campos externos penetrem no
supercondutor, às vezes confundido como um tipo de diamagnetismo perfeito, assim como as transições no
estado supercondutor. A ocorrência do Efeito Meissner indica que a supercondutividade não pode ser
entendida simplesmente como a idealização de um condutor perfeito como na física clássica.

Para vários metais, a resistividade elétrica aumenta quase que linearmente com a temperatura, mas há sempre
uma região não-linear em temperaturas muito baixas. Essa fuga da linearidade que é apresentada em
temperaturas baixas, acontece pela ocorrência de impurezas e irregularidades nesse metal (mesmo próximo ao
zero absoluto, ainda existe alguma resistividade elétrica). Mas num supercondutor a resistência cai
abruptamente a zero quando o material é resfriado abaixo de sua temperatura crítica. A corrente elétrica fluindo
em um circuito feito de fios supercondutores pode persistir indefinidamente sem qualquer fonte de energia.

Um dos fatores limitantes para aplicação e pesquisa dos supercondutores no passado foi a necessidade de
atingir baixíssimas temperaturas, o que inviabilizou o seu uso em larga escala. Mas em 1986 foram descobertos
alguns materiais cerâmicos chamados de cupratos com estrutura de perovskitas que exibiam temperaturas
críticas próximas de 90 K (-183,15 °C), que é uma temperatura relativamente alta a se atingir, sendo
denominado então como um supercondutor de alta-temperatura (já que supercondutores convencionais
teoricamente não a alcançariam). Os supercondutores de altas-temperaturas renovaram o interesse no estudo e
na possível comercialização em larga escala, viabilizando novas perspectivas de melhoria nos materiais
existentes e no potencial de engenharia na criação de novos materiais supercondutores próximos a temperatura
ambiente.
Os supercondutores são empregados na produção de super imãs, que são implantados em unidades de
ressonância magnética , produzindo imagens de órgãos em alta qualidade sem a necessidade de expor pessoas
a radiação nociva. Por apresentarem resistividade nula, são de grande interesse para aparelhos elétricos, onde
não ocorre a perda de energia, um grande impecílio é que este material tem que ser mantido a temperaturas
baixas, sendo assim, caso algum dia ocorra a descoberta de um supercondutor a temperatura ambiente, seu
impacto na tecnologia será enorme.

Índice
Classificação
História da supercondutividade
Propriedades dos supercondutores
O fenômeno da supercondutividade
Transição de fase supercondutora
O efeito Meissner
O Gap de energia e a teoria BCS
A teoria de Ginzburg-Landau
Supercondutores do Tipo II
O Tunelamento de Josephson
Supercondutividade a altas temperaturas
História
Supercondutor YBCO
Aplicações tecnológicas da supercondutividade
Ver também
Referências
Bibliografia
Ligações externas

Classificação
Não existe apenas uma forma ou critério para classificar os supercondutores. As mais comuns são:

Por suas propriedades físicas: podem ser do Tipo I, o qual tem um único campo crítico, onde
toda a supercondutividade é perdida se acima dele ,e se abaixo, o campo magnético é
completamente expelido do supercondutor. Ou do Tipo II , o qual tem dois campos críticos,
entre os quais permite a penetração parcial do campo magnético através de pontos isolados.
Esses pontos são chamados de vórtices. Além disso, em supercondutores multicomponentes
é possível ter uma combinação dos dois comportamentos. Nesse caso, o supercondutor é do
tipo 1.5.
Pela Teoria que o explica: podem ser convencionais (se podem ser explicados pela Teoria
BCS) ou não convencionais caso contrário;
Pela sua temperatura crítica: podem ser de alta-temperatura (geralmente se atingem o
estado supercondutor a uma temperatura maior que 30K), ou podem ser de baixa-temperatura
(geralmente quando necessitam de temperaturas mais baixas que 30 K para atingir o estado
supercondutor);
Pelo material: podem ser elementos químicos (como o mercúrio e o chumbo), ligas (como a
titânio-nióbio ou germânio-nióbio), cerâmicas (como o YBCO ou o diboreto de magnésio), ou
mesmo supercondutores orgânicos como fulerenos e nanotubos de carbono.

História da supercondutividade
Grandes avanços na área da refrigeração a baixíssimas
temperaturas foram feitos durante o século XIX. A
supercondutividade foi primeiramente retratada em 1911 pelo
físico holandês, Heike Kamerlingh Onnes, cuja grande parte da
sua contribuição científica está no campo da refrigeração a
temperaturas extremamente baixas. Por volta de 1908, em seu
laboratório em Leiden, conseguiu liquefazer o hélio resfriando
algumas amostras a uma temperatura de 1 K. Onnes produziu
apenas poucos milímetros cúbicos de hélio líquido naqueles dias,
mas foi um marco para novas explorações em regiões de
temperaturas nunca antes estudadas. O hélio líquido permitiu a
possibilidade e se alcançar temperaturas próximas ao zero
absoluto, a menor possível de se alcançar.

Ainda em 1911, Onnes começou a investigar as propriedades


elétricas dos metais em temperaturas extremamente frias. Pois já
era conhecido há muitos anos que a resistência elétrica dos metais
tende a diminuir quando resfriados abaixo da temperatura
ambiente, mas não se sabia até que ponto limite a resistência
conseguiria cair com o diminuir da temperatura. Alguns Heike Kamerlingh Onnes e Van der Waals
cientistas, como Lord Kelvin, acreditavam que o fluxo de
elétrons num condutor seria completamente parado quando a
temperatura se aproximasse do zero absoluto. Outros cientistas, inclusive o próprio Onnes, acreditavam que a
resistência elétrica iria se dissipar. Muitos também sugeriram que a resistência diminuiria constantemente
favorecendo a melhor condução de eletricidade.

Num ponto onde a temperatura era baixíssima, os cientistas perceberam que havia um nivelamento no
comportamento do material onde a resistência praticamente desaparecia. O grupo de Onnes tentou então
atravessar uma corrente elétrica por uma amostra muito pura de mercúrio em forma de fio, e mediu a variação
da sua resistência elétrica em função da temperatura. A 4,2 K a resistência simplesmente sumiu, e para
surpresa dos cientistas, havia uma corrente fluindo através do fio de mercúrio e nada impedia seu fluxo — a
resistência era zero. De acordo com Onnes, "O mercúrio havia passado para um novo estado, e que em
virtude das suas extraordinárias propriedades elétricas deveria ser chamado de estado supercondutor". Os
resultados experimentais não deixavam dúvidas sobre o desaparecimento da resistência elétrica e abriram as
portas para uma nova área de pesquisa batizada pelo próprio Onnes de supercondutividade.

Foi reconhecida a importância desta descoberta na comunidade científica pelo seu potencial econômico e
comercial. Pois num condutor elétrico sem resistência teoricamente poderia transportar correntes sem perdas,
não importando a distância a ser percorrida. O grupo de Onnes descobriu que fios supercondutores
atravessados por uma corrente em "loop" mesmo depois de anos ligados não apresentavam perda no fluxo
podendo permanecer ativos por um tempo inestimável, chamando esse fenômeno de correntes persistentes. Por
seus esforços, Onnes, foi contemplado com o prêmio Nobel em 1913.
Em 1933, os cientistas Walther Meissner e Robert Ochsenfeld concluíram que os supercondutores eram mais
que apenas condutores de eletricidade perfeitos, eles descobriram uma interessante propriedade magnética
intrínseca nos supercondutores que excluía de certa forma o campo magnético exterior. Um supercondutor não
permite que campos magnéticos adentrem seu interior, isso faz com que as correntes fluindo gerem um campo
magnético dentro do supercondutor que balanceia o campo que outrora deveria ter penetrado o material.

Este efeito, chamado de Efeito Meissner, em uma de suas aplicações é muito popular na demonstração da
supercondutividade, chamada de levitação magnética. O Efeito Meissner somente acontece quando o campo
magnético externo é suficientemente pequeno, pois se o campo começa a aumentar este penetra no interior do
material, e consequentemente o material perde sua supercondutividade.

Em 1950, a teoria fenomenológica de Ginzburg-Landau sobre a supercondutividade combinou a já consagrada


teoria de Landau acerca das transições de fase de segunda ordem com a equação de onda de Schrödinger, e
obteve sucesso ao explicar as propriedades macroscópicas dos supercondutores. Em particular outro cientista,
Alexei Abrikosov mostrou que a teoria de Ginzburg-Landau prediz a divisão dos supercondutores em dois
grupos distintos, os do tipo I e os do tipo II. Abrikosov e Ginzburg receberam um premio Nobel em 2003 pelo
seu trabalho, e Landau já havia recebido um Nobel em 1962 por outro trabalho.

Ainda em 1950, Maxwell e Reynolds descobriram que a temperatura crítica de um supercondutor depende da
massa isotrópica dos elementos constituintes. Essa descoberta foi importante, pois apontou a interação eletron-
fônon como mecanismo microscópico responsável pela supercondutividade.

Mas apenas em 1957 os cientistas começaram a desvendar realmente os mistérios da supercondutividade de


fato. Três cientistas americanos da Universidade de Illinois, John Bardeen, Leon Cooper e Robert Schrieffer,
desenvolveram um modelo que começou a mostrar como é o comportamento real dos supercondutores. Este
modelo foi construído com alicerces nas ideias da mecânica quântica, e sugere que os elétrons de um
supercondutor tendem a se condensar formando pares de Cooper, constituindo um estado quântico de baixa
energia onde conseguem fluir coletivamente e de forma coerente. Os três físicos ganharam o prêmio Nobel em
1972, e sua teoria hoje é conhecida como teoria BCS, a inicial de seus respectivos nomes.

Anos mais tarde, enquanto trabalhavam nos laboratórios da IBM em Zurique, em 1986 Georg Bednorz e Alex
Muller fizeram experimentos com uma classe particular de óxidos metálicos cerâmicos com a estrutura de
perovskitas. Eles pesquisaram centenas de diferentes tipos de compostos óxidos, trabalhando com cerâmicas
de lantânio, bário, cobre e oxigênio. Concluindo que cupratos apresentavam supercondutividade a 35 K, e
posteriormente em 1987 foi descoberta outra cerâmica com estrutura de perovskita que apresentava
temperatura crítica próxima a 90 K. Neste período, vários pesquisadores do mundo inteiro começaram a
trabalhar com os novos tipos de supercondutores, pois o grande empecilho para viabilizar o uso dos
supercondutores em larga escala era a necessidade de se obter baixíssimas temperaturas, mas próximos a 90 K
os materiais poderiam ser resfriados com nitrogênio líquido, que é mais barato e acessível que o hélio líquido.
Assim nasceram os supercondutores da segunda geração, os Supercondutores de Altas-Temperaturas. A partir
daí os cientistas começaram a experimentar novos compostos com base nas perovskitas alcançando
temperaturas críticas de acima de 130 K. Levando os governos, as corporações e as universidades a investir
grandes quantias na pesquisa, conseqüentemente influenciando no aumento dos esforços para o
desenvolvimento de novos materiais e aperfeiçoamento na teoria existente sobre o comportamento dos
supercondutores em temperaturas elevadas.

Espera-se agora um desenvolvimento prático das aplicações com supercondutores de altas-temperaturas,


aumentando a confiabilidade das máquinas e equipamentos eletrônicos, principalmente visando o decréscimo
do custo com resfriamento dos dispositivos a temperaturas da ordem de 20 K. Mas o certo é que a história no
entendimento e aplicações dos supercondutores esteja só começando.
Prêmios Nobel relacionados à supercondutividade
Ano Premiados Contribuição
Propriedades da matéria em baixas temperaturas, incluindo a
1913 Heike K. Onnes
descoberta da supercondutividade e a liquefação do hélio
Jonh Bardeen,Leon Desenvolvimento da teoria microscópica da supercondutividade, hoje
1973
Cooper, Robert Schrieffer conhecida como Teoria BCS
Predição teórica do tunelamento dos pares de Cooper através de uma
1973 Brian Josephson
barreira isolante de supercondutores
Karl Muller, Georg Descoberta da supercondutividade a altas temperaturas num cuprato
1983
Bednorz de lantânio e bário
Vitaly Ginzburg, Alexei Desenvolvimento da Teoria Fenomenológica da supercondutividade e
2003
Abrikosov Descoberta dos supercondutores do tipo II

Propriedades dos supercondutores

O fenômeno da supercondutividade

O que Kamerlingh Onnes observou foi que a resistência


elétrica de alguns metais como o mercúrio, chumbo e
estanho desapareciam completamente quando resfriados
abaixo de uma temperatura crítica que é característica a
cada tipo de material assim como a capacidade térmica.

O método mais simples de medir a resistência elétrica de


algum material é colocá-lo em série num circuito elétrico
com uma fonte de corrente determinada por I e medir a
tensão elétrica V que atravessa o material. A resistência
elétrica do material pode ser dada pela Lei de Ohm, na
qual R=V/I. Se a tensão é igual a zero, isso significa que
a resistência é também zero, e o material usado está no Um ímã levitando sobre um material supercondutor
estado supercondutor. refrigerado a nitrogênio líquido, cuja temperatura é
de aproximadamente -196 °C ou 77 K.
Supercondutores são capazes de manter a corrente que os
atravessa fluindo mesmo sem a aplicação de nenhuma
tensão, propriedade essa explorada no estudo dos supercondutores eletromagnéticos como os encontrados nas
máquinas MRI (imagem por ressonância magnética). Experimentos demonstraram que as correntes fluindo por
anéis supercondutores podem persistir por anos sem decaimento algum. Evidências experimentais mostram
que o tempo médio de existência da corrente chega a 100 mil anos. Já estimativas teóricas estimam que o
tempo de duração destas correntes possa ser comparado ao tempo de existência do universo, dependendo da
geometria e temperatura do fio supercondutor.

Num condutor normal, a corrente elétrica pode ser comparada a um fluido de elétrons se movendo por uma
pesada rede iônica. Os elétrons estão em constante choque com os íons da rede, e durante cada colisão parte da
energia carregada pelo elétron é absorvida pela rede e convertida em calor, que na verdade é chamada de
energia cinética vibracional dos íons da rede. Assim a energia carregada pela corrente é constantemente
dissipada, chamamos esse fenômeno de resistência elétrica.

Essa situação é diferente nos supercondutores. Num supercondutor convencional, o problema do fluido
eletrônico não pode ser resolvido para elétrons individuais, mas sim para pares de elétrons, conhecidos como
pares de Cooper. Esse pareamento é causado por uma força atrativa entre os elétrons pela troca de fônons.
Assim como na Mecânica Quântica, o espectro de energia desse par de Cooper possui um gap de energia, que
aqui significa o mínimo de energia ΔE que precisa ser aplicado para excitar esse fluido eletrônico. Esse valor
de energia ΔE é maior que a energia térmica da rede dada por kT, em que k é a constante de Boltzmann e T é a
temperatura, assim o fluido não é espalhado pela rede. Concluindo que o par de Cooper é um superfluido,
significando que pode fluir sem dissipação de energia.

Existe ainda outra classe de supercondutores, conhecidos como supercondutores do tipo II, que incluem todos
os supercondutores de altas-temperaturas. Uma pequena resistividade aparece em temperaturas não tão mais
baixas do que a temperatura crítica para a transição supercondutora quando um campo elétrico é aplicado em
conjunto com um campo magnético forte, que pode ser causado pela corrente elétrica. Isso pode ser
comparado ao movimento de vórtices no superfluido eletrônico, que dissipa um pouco da energia carregada
pela corrente elétrica. Se a corrente é relativamente pequena, esses vórtices se tornam estacionários, e a
resistividade desaparece. A resistência provocada por esse efeito é pequena se comparada com a dos materiais
não supercondutores, mas precisam ser levadas em conta nos experimentos. Entretanto, quando a temperatura
cai suficientemente abaixo da temperatura de transição supercondutora, esses vórtices podem ficar parados
dentro de uma fase desordenada, porém estacionária conhecida como vortex glass. Abaixo dessa temperatura
de transição, a resistência desses materiais se torna realmente zero.

Transição de fase supercondutora

Nos materiais supercondutores, a característica da


supercondutividade aparece quando a temperatura é
abaixada até uma temperatura crítica (Tc). Esse valor
de temperatura varia de material para material. Por
convenção, supercondutores geralmente têm
temperaturas críticas por volta de 20 K e até menores que
1 K. O mercúrio sólido, por exemplo, tem uma
temperatura crítica de 4,2 K. Até 2009, a maior
temperatura crítica encontrada para um supercondutor
usual era de 39 K para o Diboreto de Magnésio (MgB2 ).

Supercondutores de cupratos podem exibir temperaturas Comportamento da Capacidade Térmica (cv , azul)
críticas muito maiores: e da Resistividade (ρ, verde) na transição de fase
supercondutora
YBa2 Cu3 O7 , um dos primeiros cupratos
supercondutores a ser descoberto, tem uma temperatura
crítica da ordem de 92 K, e cupratos com base no mercúrio podem atingir temperaturas críticas próximas de
130 K. A explicação para o comportamento desses supercondutores para altas temperaturas ainda continua
desconhecido. O pareamento entre elétrons e fônons explica a supercondutividade nos supercondutores
convencionais, mas não explicam o comportamento dos supercondutores mais novos com temperaturas críticas
mais altas.

Mesmo com a temperatura fixa abaixo da temperatura crítica, materiais supercondutores cessam sua
supercondutividade quando um campo magnético externo, maior que o campo magnético crítico, é aplicado.
Isso acontece porque a Energia Livre de Gibbs da fase supercondutora aumenta quadraticamente com o campo
magnético enquanto a energia livre de uma fase normal é independente do campo magnético. Se o material é
supercondutor na falta de um campo, então a fase supercondutora da energia livre é menor do que a energia na
fase normal, e para valores finitos de campo magnético (proporcionais à raiz quadrada da diferença das
energias livres num campo magnético nulo) as duas energias livres serão iguais a transição para fase normal
ocorrerá. Generalizando, quanto maiores às temperaturas e os campos magnéticos, menor é a fração de
elétrons na banda supercondutora e consequentemente leva a uma maior penetração de London de correntes e
campos magnéticos externos. A profundidade de penetração tende ao infinito na transição de fase.
O início da supercondutividade num material é acompanhada por uma abrupta mudança em várias das
propriedades físicas, que é o fator marcante na transição de fase. Por exemplo, a capacidade térmica eletrônica
é proporcional à temperatura num regime normal, mas na transição supercondutora sofre um salto descontínuo
e deixa de ser linear. A baixas temperaturas, esta variação é dada por e-α/T, o comportamento exponencial é
uma das evidencias da existência do gap de energia.

A ordem da transição da fase supercondutora foi uma questão amplamente debatida. Experimentos indicaram
que a transição é de segunda ordem, isso significa que não há calor latente. No entanto na presença de um
campo magnético externo há calor latente, isso acontece pelo fato de que na fase supercondutora a entropia é
menor abaixo da temperatura crítica do que na fase normal. Como consequência disso, quando o campo
magnético atinge valores maiores que o campo crítico, a transição de fase leva a uma diminuição na
temperatura do material supercondutor.

O efeito Meissner
Walther Meissner e Robert Ochsenfeld
concluíram que supercondutores quando
colocados imersos em um campo
magnético externo e resfriados abaixo da
sua temperatura de transição, tendem a
ejetar todo o campo magnético aplicado.
Esse fenômeno é chamado de Efeito
Meissner, mas não se resume apenas na
ejeção do campo magnético por parte do
supercondutor, pois na verdade o campo Efeito Meissner.
externo tende a penetrar o supercondutor
mas apenas até uma certa profundidade
definida por um parâmetro λ, denominado parâmetro de penetração de London, decaindo exponencialmente a
zero na maior parte do material supercondutor. O efeito Meissner é uma característica primordial da
supercondutividade, e para a maioria dos supercondutores λ é da ordem de 100 nm.

Muitas vezes o feito Meissner é erroneamente confundido com um tipo de diamagnetismo perfeito. Mas de
acordo com a lei de Lenz quando promovemos uma mudança no campo magnético aplicado ao condutor e
esse induz a criação de uma corrente elétrica que se opõe ao campo magnético. Em um condutor perfeito, uma
corrente arbitrariamente grande pode ser induzida enquanto o campo resultante cancelaria o campo aplicado.

O efeito Meissner é de fato distinto, pois se observa a expulsão espontânea e abrupta do campo magnético
interno que ocorre na transição supercondutora quando o material é resfriado abaixo da sua temperatura crítica,
o que não seria de se esperar com base na lei de Lenz.

A explicação fenomenológica para o efeito Meissner foi dada pelos irmãos Heiz e Fritz London, que
demonstraram que a energia eletromagnética livre em um supercondutor pode ser minimizada pela equação de
London:

onde H é o campo magnético e λ é a profundidade de penetração de London.

Um supercondutor com pouco ou nenhum campo magnético em sue interior está no estado de Meissner, mas
perde rapidamente esse estado quando o campo magnético externo aplicado é muito grande. Nos
supercondutores do tipo I, a supercondutividade é abruptamente destruída quando a força do campo magnético
ultrapassa um valor crítico Hc. Nos supercondutores do tipo II, quando o campo externo é aumentado até um
valor crítico Hc1 leva a um estado intermediário (estado de vórtice), em que uma quantidade crescente de fluxo
magnético penetra no material, mas sem apresentar resistência ao fluxo de corrente elétrica atingindo um valor
crítico Hc2 onde a supercondutividade é destruída. O estado intermediário é causado pela passagem de vórtices
no superfluido eletrônico, e às vezes são chamados de flúxions, pois o transporte por esses vórtices é
quantizado.

O Gap de energia e a teoria BCS


Um grande passo na evolução dos conhecimentos sobre os
supercondutores é o estabelecimento da existência de um gap de
energia Δ, da ordem de kTc, entre o estado fundamental e as
excitações das quasi-partículas do sistema. Esse conceito já havia
sido sugerido por Daunt e Mendelssohn na tentativa de explicar a
ausência de efeitos termoelétricos. Mas as primeiras evidências
quantitativas e experimentais vieram com as medidas precisas do
calor específico dos supercondutores feitas por Corak. Estas
médias mostraram que o calor específico eletrônico é definido
por uma dependência exponencial com: Reproduzir conteúdo
Vídeo demonstrando a levitação por
supercondutividade.

onde o estado normal do calor específico eletrônico é dado por Cen ≈γTc, e a e b são constantes numéricas.

A Teoria BCS foi proposta por John Bardeen, Leon Cooper, e John Robert Schrieffer e explica o fenômeno
da supercondutividade.

A Teoria afirma principalmente que os elétrons em um material quando no estado supercondutor se agrupam
em pares chamados pares de Cooper. Os pares de Cooper são elétrons condensados em estados de menor
energia. Esta formação de pares de Cooper depende da microestrutura do material e da forma da rede
cristalina, já que este par de elétrons se move de forma acoplada com a rede.

Independentemente e ao mesmo tempo, este fenômeno de supercondutividade foi explicado por Nikolay
Bogoliubov por meio das então chamadas transformações de Bogoliubov.

Em muitos supercondutores, a interação atrativa entre elétrons (necessariamente aos pares) é conduzida
aproximada e indiretamente pela interação entre os elétrons e a estrutura do cristal em vibração (os fônons).

Um elétron que se move através de um condutor atrairá cargas positivas próximas na estrutura. Esta
deformação da estrutura faz com que outro elétron, com “spin” oposto, mova-se na região de uma densidade
de carga positiva mais elevada. Os dois elétrons são mantidos unidos então com alguma energia de ligação. Se
esta energia de ligação é mais elevada do que a energia fornecida por impulsos dos átomos de oscilação no
condutor, então os pares de elétrons conseguem se manter juntos e resistem aos impulsos, não experimentando
resistência.

A teoria BCS foi desenvolvida em 1957 e recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1972.

Partindo da suposição que existe alguma atração entre elétrons, a qual pode suplantar a repulsão de Coulomb.
Na maioria dos materiais (em supercondutores a baixa temperatura), esta atração é conduzida
aproximadamente de maneira indireta pelo acoplamento dos elétrons à estrutura cristalina. As extensões da
teoria de BCS existem para descrever outros casos, embora sejam insuficientes para descrever completamente
as características observadas da supercondutividade de alta temperatura, mas é hábil para dar uma aproximação
para o estado mecânico quântico do sistema de elétrons (atrativamente interagindo) dentro do metal. Este
estado é sabido agora como de "o estado BCS". No estado normal de um metal, os elétrons movem-se
independente, visto que no estado BCS, são ligados em pares de Cooper pelas interações atrativas.

Desde que os elétrons sejam limitados em pares de Cooper, uma quantidade finita de energia é necessária para
separar estes dois elétrons independentes. Isto significa que há um gap de energia para a "excitação de
partícula única", ao contrário dos metais normais (onde o estado de um elétron pode ser mudado adicionando
arbitrariamente uma pequena quantidade de energia). Esta abertura de energia é mais alta a baixa temperatura,
mas desaparece na temperatura de transição quando supercondutividade cessa de existir.

A teoria BCS corretamente prediz que a variação do gap com a temperatura. Igualmente dá uma expressão que
mostra como este gap cresce com a força da interação atrativa e a (fase normal) da partícula única na densidade
dos estados na energia de Fermi. Além disso, descreve como a densidade dos estados é mudada ao incorporar
o estado supercondutor, onde não há qualquer estado eletrônico na energia de Fermi. O gap de energia é
observada o mais diretamente em experiências de tunelamento e na reflexão das micro-ondas de
supercondutor.

A teoria de Ginzburg-Landau
Embora boa parte deste trabalho siga a formato da teoria BCS, substancialmente predizendo vários processos
como a relaxação nuclear e a atenuação ultrassônica em que o gap de energia e o espectro de excitação têm um
papel essencial. A teoria de Ginzburg-Landau se concentra inteiramente no comportamento supercondutivo
dos elétrons ao invés das excitações, e foi proposta em 1950, 7 anos antes da teoria BCS. Ginzburg e Landau
introduziram uma pseudo-função de onda ψ complexa como um parâmetro dentro da teoria geral de Landau
das transições de fase de segunda ordem. Esse ψ descreve os elétrons supercondutores, e a densidade local de
elétrons supercondutores (definida pelas equações de London)

Então, usando um princípio variacional e trabalhando para assumir uma expansão em séries da energia livre
em função de ψ e de ψ com a expansão dos coeficientes α e β, eles derivaram a seguinte equação diferencial
para ψ:

a equação acima é análoga a equação de Schrödinger para uma partícula livre, mas com um termo não linear.
E a equação correspondente para a super-corrente elétrica fica:

que é na verdade uma expressão da corrente a partir mecânica quântica para partículas de carga e* e massa
m*. Com esse formalismo os cientistas foram capazes de tratar dois problemas, com ajuda da [teoria de
London]:

Efeitos não lineares dos campos fortes o suficiente para mudar ns ou |ψ|²
A variação espacial de ns .

A grande contribuição desta teoria foi tratar do estado intermediário de alguns supercondutores, onde o estado
normal e o supercondutor coexistem na presença de um campo magnético H~Hc.
Quando foi proposta, a teoria pareceu mais fenomenológica, e não foi dada a devida importância,
especialmente na literatura ocidental. Mas de qualquer forma em 1959, Gor'kov foi capaz de mostrar que a
teoria de Ginzburg-Landau era, de fato, uma forma da teoria BCS microscópica.

Supercondutores do Tipo II
Em 1957, o cientista russo Alexei Abrikosov publicou um artigo significativo onde investigava o que
aconteceria caso a razão κ= λ/ξ da teoria de Ginzburg-Landau fosse grande ao invés de pequeno, se ξ<λ e não
o contrário, o que levaria a uma energia de superfície negativa. Abrikosov concluiu que existiam dois tipos
distintos de comportamento e chamou de supercondutores do tipo II os que apresentavam tal característica. Ele
mostrou que o ponto exato de separação entre os dois regimes era quando κ=1/2. E para materiais com κ>1/2
ele descobriu que ao invés do desaparecimento descontinuo da supercondutividade na transição de primeira
ordem em Hc, havia uma penetração contínua no fluxo começando com um campo crítico pequeno Hc1
alcançando B=H num campo crítico Hc2 . Essa propriedade foi responsável por permitir magnetos
supercondutores de altos campos.

Outro resultado importante na análise de Abrikosov foi que em um estado misto, também chamado de fase de
Schubnikov, entre os valores críticos de Hc1 e Hc2 o fluxo pode não penetrar nos domínios laminares, mas
num arranjo de fluxo tubular, cada um carrega um fluxo quântico.

Em cada célula unitária do arranjo com formato triangular (menor energia livre) existe um vórtex de
supercorrente concentrando o fluxo até o centro do vórtex. Concluindo então que os supercondutores do tipo
II não são diamagnéticos perfeitos, e desde que |ψ|² seja zero no centro dos vórtices, não teremos gaps de
energia nos núcleos. Levando a conclusão de que não podemos classificar os supercondutores como
condutores perfeitos.

O Tunelamento de Josephson
Agora sabendo que os supercondutores não poderiam mais ser
entendidos como condutores perfeitos, a pergunta a ser feita era qual a
característica universal que possuía o estado supercondutor. A
resposta é a existência de funções de onda ψ(r) para muitos corpos,
onde a amplitude a fase são quem mantém a coerência sobre as
distâncias macroscópicas. Esse condensado é análogo, porém não
idêntico, ao condensado de Bose-Einstein, com os pares eletrônicos
de Cooper substituindo os bósons condensados no superfluido de Junção de Josephson, em arranjo
hélio. feito pelo NIST para medida de
tensão no SI
Desde que a fase e o número de partículas são variáveis conjugadas,
refletindo os aspectos complementares do dualismo partícula-onda, a
relação de incerteza é dada por:

onde o limite da precisão entre N e φ podem ser simultaneamente conhecidos.

O significado físico dos graus de liberdade da fase foram primeiramente enfatizados no trabalho de Josephson,
que previu que os pares deveriam ser capazes de tunelar dois supercondutores a tensão zero, dando uma
supercorrente de densidade:
Onde Jc é uma constante e φ é a fase de ψ no iésimo supercondutor na junção do túnel. Josephson previu que
a diferença de tensão entre os eletrodos deveriam causar a diferença de fase aumentar no tempo como 2eV12t/
ℏ, assim a corrente poderia oscilar com uma frequência ω=2eV12/ℏ. As junções de Josephson foram
utilizadas em voltímetros ultrassensíveis e magnetómetros, e também nas medidas mais acuradas da razão das
constantes fundamentais ℏ/e. De fato, a medida padrão do volt é hoje definida em termos da frequência da
corrente alternada de Josephson.

Supercondutividade a altas temperaturas

História

Antes de 1986, os cientistas acreditavam que a teoria BCS proibia a existência da supercondutividade acima
de temperaturas de 30 K. Neste ano, Bednorz e Müller descobriram a supercondutividade num cuprato na
estrutura de perovskita baseado em lantânio, que possuía temperatura de transição de 35 K, com isso
recebendo o premio Nobel em 1987. E posteriormente viram que substituindo o lantânio por ítrio (YBCO)
chegavam a uma temperatura crítica de 92 K, o que foi primordial, pois poderiam usar o nitrogênio líquido
para resfriar as amostras já que o mesmo tem seu ponto de ebulição a 77 K. Isso causou uma revolução
comercial, pois o nitrogênio líquido pode ser produzido por um custo bem menor do que o hélio líquido.
Muitos outros supercondutores de cupratos foram descobertos, e a teoria que explica a supercondutividade
nestes materiais é um dos maiores desafios teóricos da física da matéria condensada.

Em 1993, o supercondutor com a maior temperatura crítica era uma cerâmica baseada nos elementos tálio,
cobre, mercúrio, cálcio, bário e oxigênio com a fórmula HgBa2 Ca2 Cu3 O8+δ com Tc = 138 K.

E finalmente em 2008, Hideo Hosono e seus colegas do Tokyo Institute of Technology descobriram uma
família de supercondutores baseadas no ferro, LaO1-x Fx FeAs, um oxipnictídeo que atinge a fase
supercondutora a uma temperatura abaixo dos 26 K, e posteriormente substituindo o lantânio por samário
elevando sua temperatura crítica a 55 K.

Em 2015, medições demonstraram que o sulfureto de hidrogénio é supercondutor a cerca de 200 Kelvins,
cerca de 40 K mais elevados do que qualquer outro material conhecido até então.[2]

Supercondutor YBCO

O primeiro supercondutor encontrado com Tc > 77 K (ponto de ebulição do nitrogênio líquido) é o óxido de
ítrio cobre bário (YBa2 Cu3 O7-x ), onde as proporções dos três metais diferentes no YBa2 Cu3 O7 estão na razão
molar de 1 para 2 para 3 de ítrio de bário e cobre, respectivamente.

A célula unitária de YBa2 Cu3 O7 é composta por três células cúbicas de perovskita. Cada célula contém um
átomo de ítrio ou de bário. Assim são empilhados na sequência [Ba-Y-Ba] ao longo do eixo-c. Todos os sítios
no canto de cada célula unitária são ocupadas por um cobre, que tem duas coordenações diferentes, Cu (1) e
Cu (2), em relação ao oxigênio.

Os poliedros formados pelo coordenação do ítrio e bário são diferentes em relação ao oxigênio. A triplicação
da célula unitária da perovskita leva nove átomos de oxigênio, enquanto YBa2 Cu3 O7 tem sete átomos de
oxigênio e, portanto, é referido como uma estrutura perovskita deficiente de oxigênio. A estrutura tem um
empilhamento de camadas diferentes: (CuO) (BaO) (CuO2) (Y) (CuO2) (BaO) (CuO).
Uma das características-chave da célula unitária de YBa2 Cu3 O7-x
(YBCO) é a presença de duas camadas de CuO2 . O papel do plano
do ítrio é servir como um espaçador entre dois planos de CuO2 . No
YBCO, as cadeias de Cu-O são conhecidas por desempenhar um
papel importante para a supercondutividade. Tc é máxima perto de 92
K quando x ≈ 0,15 e sua estrutura é ortorrômbica. A
supercondutividade desaparece quando x ≈ 0,6, onde a transformação
estrutural do YBCO muda de ortorrômbica para tetragonal.

Aplicações tecnológicas da
supercondutividade
Os magnetos supercondutores são alguns dos mais poderosos
eletroímãs conhecidos, são na maioria das vezes usados em máquinas
de ressonância magnética (MRI) e ressonância magnética nuclear
(NMR), espectrómetros de massa, até nos ímãs que direcionam o célula unitária de YBCO
feixe em aceleradores de partículas. Eles também podem ser usados
para promover a separação magnética, onde as partículas fracamente
magnéticas são coletadas num grupo de partículas não-
magnéticos,como nas indústrias de pigmentos.

Nas décadas de 1950 e 1960, os supercondutores foram usados para


construir experimentalmente computadores digitais utilizando os
“cryotron switches”. Mais recentemente, os supercondutores têm sido
utilizados na construção de circuitos digitais baseados na tecnologia
quântica de fluxo rápido, RF e filtros de microondas para estações
base de telefonia móvel.
Cabos elétricos do acelerador de
Supercondutores também são usados para construir junções de partículas CERN: acima, cabos do
Josephson, conhecidos como blocos SQUIDs (dispositivos LEP; abaixo, cabos supercondutores
supercondutores de interferência quântica), considerados os usados no LHC.
magnetómetros mais sensíveis conhecidos. Os SQUIDs são usados
em microscópios de varredura SQUID e magnetoencefalografia.
Dependendo do modo particular de funcionamento, uma junção pode ser usada como um detector de fótons,
ou como um mixer. A grande mudança na resistência na transição do estado normal para o estado
supercondutor é usada para construir os termômetros detectores de fóton em estado criogênico.

Promissoras aplicações futuras incluem redes inteligentes de alta performance, transmissão de energia elétrica,
transformadores, dispositivos de armazenamento de energia, motores elétricos (por exemplo, para propulsão de
veículos, como em vactrains ou trens maglev), dispositivos de levitação magnética, limitadores de corrente, os
materiais nanoscópicos como as buckyballs, nanotubos, materiais compósitos e supercondutores refrigeração
magnética. No entanto, a supercondutividade é sensível aos campos magnéticos em movimento para que os
aplicativos que usam corrente alternada.

Ver também
Física dos semicondutores
Lev Landau
Levitação
Maglev
Supercondutividade a alta temperatura
Supercondutividade colorida
Teoria BCS

Referências
1. Conover, Emily (30 de agosto de 2019). «A predicted superconductor might work at a record-
breaking 200° Celsius» (https://www.sciencenews.org/article/predicted-superconductor-record-
breaking-temperature-200-celsius). Physical Review - Vol. 123
2. Magnetic test boosts case for record-setting superconductor (https://www.sciencenews.org/articl
e/magnetic-test-boosts-case-record-setting-superconductor) por Andrew Grant em 6 de julho de
2015

Bibliografia
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superação. Revista Brasileira de Ensino de Física 2012, vol. 34, nº 2, 2602(1-15),
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Ligações externas
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157.html) - Supercondutores.
Everything about superconductivity: properties, research, applications with videos, animations,
games (http://www.superconductivity.eu)
Video about Type I Superconductors: R=0/transition temperatures/ B is a state variable/
Meissner effect/ Energy gap(Giaever)/ BCS model (http://alfredleitner.com)
Superconductivity: Current in a Cape and Thermal Tights. An introduction to the topic for non-
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Introduction to superconductivity (https://web.archive.org/web/20031027181934/http://www.orn
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Lectures on Superconductivity (series of videos, including interviews with leading experts) (http
s://web.archive.org/web/20100821182614/http://www.msm.cam.ac.uk/ascg/lectures/)
Superconductivity in everyday life : Interactive exhibition (http://www.superlife.info)
Superconductivity News Update (https://web.archive.org/web/20070930121223/http://www.sup
erconductivitynewsupdate.com/)
Superconductor Week Newsletter – industry news, links, et cetera (http://www.superconductorw
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Superconducting Magnetic Levitation (https://web.archive.org/web/20110716212925/http://ww
w.maniacworld.com/Superconducting-Magnetic-Levitation.html)
National Superconducting Cyclotron Laboratory at Michigan State University (http://www.nscl.m
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International Workshop on superconductivity in Diamond and Related Materials (free download
papers) (http://www.iop.org/EJ/toc/1468-6996/9/4)
New Diamond and Frontier Carbon Technology Volume 17, No.1 Special Issue on
Superconductivity in CVD Diamond (http://www.nims.go.jp/NFM/NDFCT17/NDFCT17.html)
DoITPoMS Teaching and Learning Package – "Superconductivity" (http://www.doitpoms.ac.uk/t
lplib/superconductivity/index.php)

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