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Por outro lado, deve-se destacar que não existem apenas provas teóricas, mas também
empíricas, como foi observado no microscópio do efeito túnel desde 1983, com o
descobrimento dos cientistas Gerd Binnig e Heinrich Rohrer, que lhes permitiu obter o Prêmio
Nobel de Física.
Princípio da Incerteza
{
\ No estudo da Mecânica Newtoniana (Mecânica Clássica), você deve ter notado que sabendo a
d posição inicial e o momento (massa e velocidade) de todas as partículas pertencentes a um sistema,
i podemos calcular suas interações e prever como elas se comportarão. Porém, para a mecânica
s Quântica, esse processo é um pouco mais complexo.
p No final da década de 1920, Heisenberg formulou o chamado princípio da incerteza. De acordo com
l esse princípio, não podemos determinar com precisão e simultaneamente a posição e o momento de
a uma partícula.
y
s Ou seja, em uma experiência não se pode determinar simultaneamente o valor exato de um
t componente do momento px de uma partícula e também o valor exato da coordenada
y correspondente, x. Em vez disso, a precisão de nossa medida está limitada pelo processo de medida
l em si, de forma tal que ∆px . ∆x ≥ , onde px é conhecido como a incerteza de ∆px, e a posição
e
x no mesmo instante é a incerteza ∆x. Aqui (Lê-se h cortado) é um símbolo simplificado
para h/2π, onde h é a constante de Planck.
\
A razão dessa incerteza não é um problema do aparato utilizado nas medidas das grandezas físicas,
L
mas sim a própria natureza da matéria e da luz.
a
m Para que possamos medir a posição de um elétron, por exemplo, precisamos vê-lo e, para isso,
b temos que iluminá-lo (princípio básico da óptica geométrica). Além disso, a medida será mais
d precisa quanto menor for o comprimento de onda da luz utilizada. Nesse caso, a física quântica diz
a que a luz é formada por partículas (fótons), que têm energia proporcional à frequência dessa luz.
Portanto, para medir a posição de um elétron precisamos incidir sobre ele um fóton bastante
\ energético, já que quanto maior for a frequência, menor é o comprimento de onda do fóton.
P No entanto, para iluminar o elétron, o fóton tem que se chocar com ele, e esse processo transfere
h energia ao elétron, o que modificará sua velocidade, tornando impossível determinar seu momento
i com precisão.
= Esse princípio proposto por Heisenberg se aplica somente ao mundo subatômico, uma vez que a
\ energia do fóton transferida para um corpo macroscópico não seria capaz de alterar sua posição.
l
a
m
b
d
a
\
P
h
i
}
Equação de autovalores
Uma equação de autovalores é uma equação onde, simultaneamente, se determina uma coleção
de autovalores e uma coleção de autovetores na forma:
em que
•Λ é um operador
•λ é um autovalor e
•Φ é uma autofunção
Ao conjunto de autovalores se dá o nome de espectro de autovalores e ao conjunto de autofunções
se dá o nome de espectro de autofunções. No âmbito da mecânica quântica, por exemplo, as
autofunções são chamados de autovetores pois estas soluções são linearmente independentes.
Conceito de Spin
Na mecânica quântica o termo spin (em inglês "giro") associa-se, sem rigor, às possíveis
orientações que partículas subatômicas carregadas, como o próton e o elétron, e
alguns núcleos atômicos podem apresentar quando imersas em um campo magnético.
Embora o termo tenha surgido da ideia de que os elétrons "giravam" em torno de si
mesmos, e embora geralmente associado à ideia de momento magnético das partículas
uma vez que partículas carregadas, quando em movimento de rotação, da mesma forma
que uma volta de fio percorrido por uma corrente elétrica, produzem campos magnéticos,
esta descrição não é adequada para os nêutrons, que não possuem carga elétrica;
também não é capaz de explicar valores de spin observados em certos núcleos atômicos,
a exemplo 7/2 para o U235. Nestes casos, o termo spin é encarado simplesmente como um
quarto número quântico, necessário à definição dos estados quânticos destas partículas
quando em estados discretos de energia em sistemas confinados, a exemplo
nos orbitais em um átomo ou nos estados de energia em um gás de férmions.
O termo spin em mecânica quântica liga-se ao vetor momento angular intrínseco de uma
partícula e às diferentes orientações (quânticas) deste no espaço, embora o termo seja
muitas vezes incorretamente atrelado não ao momento angular intrínseco mas ao
momento magnético intrínseco das partículas, por razões experimentais.
Os vetores momentos angular e momento magnético intrínsecos de uma partícula são
acoplados através de um fator giromagnético que depende da carga e da espécie de
partícula, e uma partícula que tenha carga e spin (angular) não nulos terá um momento
magnético não nulo. Experimentalmente o momento magnético é muito mais acessível do
que o momento angular em si em virtude da interação deste com corpos magnéticos e
eletromagnéticos, e o momento angular intrínseco (spin) de partículas carregadas, acaba
sendo inferido a partir de seu momento magnético intrínseco.
O spin é considerado hoje uma entidade matemática que estabelece qual dentre as
estatísticas disponíveis, a citar: a estatística de Fermi-Dirac para férmions (partículas
com spin semi-inteiro), a estatística de Maxwell–Boltzmann (para partículas clássicas não
interagentes) e a estatística de Bose-Einstein para bósons (partículas com spin inteiro)
deve ser utilizada para a correta descrição termodinâmica dos entes físicos em questão
quando no âmbito da mecânica quântica. Estabelece também os detalhes da aplicação da
estatística correta por definir o número máximo de partículas em cada estado energético
disponível: para férmions, 2 partículas no caso de spin 1/2 (elétrons na eletrosfera, nos
orbitais de um átomo, a exemplo), 4 para spin 3/2, 6 para spin 7/2 ... , para bósons
com spin inteiros e infinitas partículas por estado disponível. Associa-se diretamente ao
momento angular intrínseco das partículas, sendo necessário à descrição desta grandeza
e portanto caracteriza-se não só como uma entidade matemática, mas também como uma
entidade física indispensável à descrição dos Sistemas Quânticos.
O Spin não possui uma interpretação clássica, ou seja, é um fenômeno estritamente
quântico, e sua associação com o movimento de rotação das partículas sobre seu eixo -
uma visão clássica - deixa muito a desejar.
O modelo de átomo dado pela mecânica quântica é o mais moderno e complexo, ele baseia-se na
forma matemática da estrutura atômica.
A teoria quântica afirma que a matéria tem propriedades associadas com ondas, razão pela qual o
modelo de átomo foi baseado nesta teoria. O chamado “Princípio da Incerteza” determina que o
elétron não possua posição exata na eletrosfera, nem velocidade e direção definidas. Daí o porquê
de o átomo de Bohr, com elétrons girando em órbitas circulares, ser ultrapassado pelo modelo
quântico.
Os orbitais são os possíveis espaços ocupados pelos elétrons, ou seja, há grande probabilidade de
encontrá-los nas nuvens eletrônicas representadas em vermelho na imagem acima.
Os números quânticos são usados para demonstrar a posição dos elétrons nos orbitais, são eles:
A física quântica já está sendo utilizada na aplicação em áreas como computação e medicina. Em
artigo publicado recentemente na revista Scientific Reports, pesquisadores do grupo de Física
Quântica e do Departamento de Ciências Biomédicas da Universidade de Copenhague mostraram
que é possível utilizar as propriedades quânticas de um vapor de césio para medir o sinal cardíaco
de um feto de maneira não invasiva. A mecânica quântica é a teoria mais bem-sucedida da física,
sendo a base para o funcionamento dos computadores e smartphones, além de várias outras
tecnologias, como o laser, a ressonância magnética, as lâmpadas de LED e assim por diante. Entre
as diversas aplicações em potencial dessas novas tecnologias quânticas, a que vem ganhando mais
destaque no curto prazo é a metrologia quântica, o uso dessas propriedades para aumentar a
sensibilidade de sensores e técnicas de imageamento.
A quântica teve como propósito na sua criação o estudo de propriedades de objetos microscópicos,
como os átomos. Desde então, sua aplicação foi possível em várias áreas. Devido a isso, a física
quântica foi o estudo que mais se destacou no ramo das ciências exatas. O professor Gabriel Landi,
do Instituto de Física (IF) da USP, comenta sobre a aplicabilidade da física quântica. “Por muitos
anos, a gente não tinha controle de muitas propriedades. Isso vem mudando a partir da década de
80; com o avanço tecnológico, a gente tem conseguido isolar sistemas muito pequenos de algumas
partículas, de alguns átomos, e controlar essas propriedades quânticas mais exóticas. E isso
possibilita novas aplicações.”
A novidade referida pelo professor é a Quântica 2.0. A aplicação no caso do estudo de Copenhague
é a metrologia quântica, que possibilita a precisão do exame. “Essa aplicação na medicina, em
particular, tem um sensor de campo magnético. Tradicionalmente, a gente mede batimentos
cardíacos com pulsos elétricos. Para o feto isso não funciona”, explica Landi. Segundo ele, essa
técnica não deve demorar muito a chegar ao mercado. Um outro objetivo da metrologia é relacionar
medidas comuns, como o quilograma, com as propriedades da física quântica.
Além dessas questões, há outras áreas exploradas, como a comunicação via satélite, que poderá ser
feita de forma mais segura, e a computação, considerada a preferida pelos físicos quânticos, pois
promete revolucionar as tecnologias com processamento de computadores em velocidade maior que
a atual. O professor comenta: “A computação quântica é algo que ainda vai demorar muitos anos,
mas já tem o investimento de muitas empresas como Google, Microsoft, etc. A gente espera que, a
longo prazo, a computação quântica seja realmente aquela aplicação que vai revolucionar.”