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Questões variadas TBF 2024

Prof. Ramón
16 de janeiro de 2024

Q1 - Molas “reais”...o nem tanto


Parte A - Distribuição contı́nua de massa
Uma mola de massa m com comprimento natural desprezı́vel é pendurada de forma que fique
encostada no chão. O comprimento da mola nesta posição é L. Considere a mola composta por
N → ∞ massas iguais m/N e N → ∞ molas ideias iguais, com constante N k, e comprimentos
naturais nulos. Dica: parametrize a i-ésima massa pela função µi = mi /N , tal que a
posição da i-ésima massa possa ser escrita em função de µ como x(µ(i), t) = xi (t).
Considere que xi aumenta no sentido oposto ao de g.
A.1.- Encontre a distribuição de massa da mola µ(x) como função da posição ao longo desta. Usar
a segunda lei de Newton no equilı́brio pode ser interessante.
A.2.- Encontre uma expressão para seu comprimento em função de m, k e g, que são, a massa
da mola, a constante elástica das N molas que a compõem no modelo usado, e a aceleração da
gravidade, respectivamente.

Parte B - Mola de comprimento efetivo nulo


Uma mola de comprimento efetivo nulo, é uma mola para a quala força é proporcional ao seu
comprimento F = kL, com L > L0 , onde L0 é o comprimento mı́nimo da mola, bem como seu
comprimento não esticada. A figura 1 mostra a relação entre a força F e o complrimento da mola L
para uma mola deste tipo, onde o declive da reta é a constante elástica k. Consideraremos aqui uma

Figura 1: Mola de comprimento efetivo nulo

mola deste tipo cujo peso M g excede kL0 . Definamos uma razão adimensional correspondente,
α = kL0 /M g < 1 para caraterizar a “suavidade relativa”da mola.
B.1.- Considere um segmento δl desta mola, não esticada, o qual é esticado por uma força F sob
condições de ausência de peso. Qual é o comprimento δy deste segmento, em função de F , δl e dos
parâmetros da mola?
B.2.- Para um segmento de comprimentno δl, calcule o trabalho δW necessário para esticá-lo de
seu comprimento original δl até um complrimento δy.

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Q2 - Questões básicas sobre Interferência e Difração de elétrons
Parte A - Interferência
A.1.- Elétrons de momento linear p incidem normalmente num par de fendas separadas por uma
distância d. Qual é a distância w entre máximos adjascentes do patrão de interferência formado
numa tela a uma distância D, medida perpendicularmente até o ponto médio das fendas? Assuma
que a distância entre as fendas é muito menor que o comprimento de onda de D’Broglie dos elétrons.
A.2.- Em um experimento, realizado por Jönsson em 1961, elétrons são acelerados através de uma
diferênça de potencial de 50 kV, em direção a duas fendas separadas uma distância d = 2.10−4
cm, e detectados em uma tela localizada a D = 35 cm do ponto médio entre as fendas. Calcule o
comprimento de onda λ dos elétrons e o espaçamemto w entre as fendas.
A.3.- Quais valores assumiriam as grandezas d, D e w se o aparelho de Jönsson fosse simplesmente
ampliado para o uso com luz visı́vel em vez de elétrons? A luz visı́vel encontra-se na faixa entre
400 e 700 nm.

Parte B - Difração
No seu experimento clássico, Devisson and Germer direcionaram um feixe de elétrons em um
cristal de nı́quel, com uma incidência de 90o e colocaram um detetor sob um ângulo θ. Quando
os elétrons são acelerados com uma diferença de potencial de 54 V, observa-se uma forte refleção
desses elétrons em um ângulo de 50o . Use as relações de D’Broglie e de Bragg para calcular o
espaçamento da rede no cristal de nı́quel.

Parte C
Luz visı́vel de comprimento de onda λ incide, de uma fonte distante, em uma única fenda, de
largura δx; denotemos a direção de propagação como z, e a direção transversal a ela como x.
Suponha que δx seja algumas vezes maior que λ.
C.1.- Estime a largura w do padrão observado em uma tela que está a uma distância D >> λ, da
fenda.
C.2.- Na “imagem fotônica”da luz, o feixe de luz, após a fenda, compreende um grande número de
fótons com uma faixa de valores de momento transversal. Devido a esta faixa de velocidades de
propagação na direção x, diferentes fótons atingem a tela em diferentes pontos. Usando w, estime
a faixa de valores transversais do momento δpx , assumindo δpx << p, onde p é o momento do
fóton.
C.3.- Mostre, a partir deste fenômeno, a validade do princı́pio de incerteza de Heisenberg, podendo
ser escrito como: δx.δpx ∼ h.

Q3 - Termodinâmica estatı́stica: função de distribuição de


probabilidades e entropia
Parte A - Osciladores harmônicos
Considere uma coleção de N osciladores harmônicos idênticos, com interações desprezı́veis (mas
diferentes de zero). Num conjunto microcanônico (sistema isolado) com energia E, o sistema
descreve uma superfı́cie no espaço de fases dada por
N  2
mω 2 qi2

X pi
+ =E
i=1
2m 2
Aqui, qi e pi são as coordenadas e os momentos generalizados. Use o volume ocupado no espaço
de fases p − q deste sistema, dado por
 N
2π 1 N
Ω(E, N ) = E
ω N!
Este volume representa o número de microestados do sistema compatı́veis com um dado macroes-
tado.
A.1.- Encontre a entropia do sistema em função de N e E.
A.2.- Encontre T (a temperatura do sistema), e expresse E em função de N e T .

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Parte B - Gás diluido
Considere um centı́metro cúbico de um gás diluı́do de átomosde massa M em equilı́brio térmico à
temperatura T = 0o C e à pressão atmosfêrica (o número de Lochmidt, correspondente ao número
de átomos (ou moléculas) em um metro cúbicode um gás ideal a T = 0o C e pressão atmosfêrica é
2, 69.1025 m3 ).
B.1.- Para a energia cinética de um único átomo, encontre um valor numérico para a razão entre
o desvio padrão (a raiz quadrada da variância) e a média. Use a função de distribuição de energia
como r
2 1 E1
p(E1 ) = √ exp (−E1 /kT )
π kT kT
B.2.- Encontre a mesma razão para a energia total do gás, considerada toda cinética.

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