Abstract
Analisar um sistema de elétrons sujeitos a um potencial periódico,
verificando a origem de bandas de energia e bandas proibidas para
compreender a diferença entre condutores e isolantes
1 Introdução
Nesse trabalho vamos estudar fenômenos interessantes dos elétrons, que surge
do fato de se encontrarem em um cristal.
Para isso usaremos modelos aproximados, que geram resultados satisfatórios
com observações experimentais, para explicar propriedades importantes desses
sistemas, como bandas de energia e bandas proibidas.
Por simplicidade vamos considerar casos em uma dimensão, porém todos os
passos podem ser facilmente generalizados para três dimensões.
Com o modelo adotado será possı́vel explicar e entender as diferenças que fazem
os materiais se tornarem condutores, isolante e semicondutores.
−h̄2 d2 h̄2 k 2
Da equação de Schrödinger: ψk = k ψ k ⇒ k =
2m dx2 2m
No caso de condições de contorno: k = 2π
L n; n = 0, ±1, ±2, . . .
Assim, a função de onda de um elétron livre é da forma: ψk (x) = eıkx
1 π 2πn
k = ± G = ±n ⇒ G = (em 1 D)
2 a a
1
onde: G → vetor da rede recı́proca ; a→ parâmetro de rede
TR f (x) = f (x + R)
2
Sendo, a o parâmetro de rede em 1 dimensão: R = na; com n inteiro. Sem
perda de generalidade, definimos: C(R) = e2πix
Dessa forma:
ψnk (x) = eikx µnk (x) ⇒ ψnk (x + R) = eik(x+R) µnk (x + R)
com: µnk (x + R) = µnk (x) (função periódica)
3
2.4 Energias possı́veis: Conceito de bandas de energias
Um potencial periódico para o qual a equação de onda pode ser resolvida em
termos de funções elementares é o potencial em forma de ondas quadradas,
mostrado na figura 3
h̄2 d2 ψ
A equação de onda é: − + U (x)ψ = ψ
2m dx2
Na região na qual U = 0, a autofunção é uma combinação linear de ondas
planas se propagando para direita e para esquerda:
h̄2 K 2
ψ = AeiKx + Be−iKx , com energia : =
2m
Na região dentro da barreira de potencial (U (x) = U0 ), a solução é da forma:
h̄2 Q2
ψ = CeQx + De−Qx , com : U0 − =
2m
Queremos que a solução completa tenha a forma de uma função de Bloch. Desse
modo, podemos escrever: ψ(a < x < a + b) = ψ(−b < x < 0)eik(a+b)
As constantes A, B, C e D são determinadas impondo que ψ e d2 ψ/dx2 sejam
continuas em x = 0 e x = a.
Em x = 0:
A+B =C +D
iK(A − B) = Q(C − D)
Em x = a:
AeiKa + Be−iKa = [CE −Qb + DeQb ]eik(a+b)
iK[AeiKa − Be−iKa ] = Q[Ce−Qb − DeQb ]eik(a+b)
Para que essas quatro equações tenham solução, é preciso que o determinante
dos coeficientes seja nulo, implicando na equação:
(q 2 − K 2 )
[ ] sinh Qb sin Ka + cosh Qb cos Ka = cos k(a + b)
2QK
4
Fazendo o limite em que: b → 0 e U0 → ∞, forma que Q2 ba/2 = P seja
uma grandeza finita. Nese limite Q K e Qb 1, assim obtemos o seguinte
resultado:
P
( ) sin Ka + cos Ka = cos ka
Ka
P
Figure 4: Gráfico da equação ( ) sin Ka + cos Ka em função de Ka para o
Ka
3π
caso em que P = .
2
Os valores permitidos de energia são dados pela faixa pela qual a função está
entre -1 e +1. Para os outros valores não existe solução da equação de onda na
forma de ondas progressivas. Esse é o conceito de bandas de energia.
3π
Figure 5: Energia em função do número de onda, com P = 2 .
5
3 Discussão
Apesar de o modelo adotado ser uma simples aproximação é possı́vel obter várias
conclusões interessantes e úteis.
Com os cálculos realizados foi possı́vel demonstrar que os elétrons nos cristais
estão dispostos em bandas de energia separadas por bandas proibidas.
4 Bibliografia
• Cohen-Tannoudji, Claude 1933 - Quantum Mechanics - volume 2