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Oscilador Harmônico
111
112 CAPÍTULO 6. OSCILADOR HARMÔNICO
V (x)
µ •
0
0 x
1 2
L(ṙ, r) = µṙ − V (r) ,
2
h̄2 d2 1
− ψ(x) + kx2 ψ(x) = Eψ(x) ,
2µ dx 2 2
6.2. A EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER 115
d2 µ 2µ
ψ(x) − 2 kx2 ψ(x) = − 2 Eψ(x) , (6.13)
dx 2 h̄ h̄
após ter cortado o fator 2 no segundo termo.
Unifica-se as constantes no lado direito,
2µE
α = , (6.14)
h̄2
e no segundo termo do lado esquerdo,
kµ
β2 = , (6.15)
h̄
para obter,
d2
ψ(x) − β 2 x2 ψ(x) = −αψ(x) .
dx2
Leva-se ainda o termo do lado direito também para à esquerda emfatizando
ψ(x),
d2
2 2
ψ(x) + α − β x ψ(x) = 0 . (6.16)
dx2
Observa-se que o valor próprio E fica escondido dentro da constante α e que
o parâmetro do potencial k é presente dentro da constante β 2 . Escolheu-se a
constante β 2 e não β por questões táticas. Quando β 2 é constante, β também
é. O quadrado aqui não interfere em sinais, pois as constantes juntadas pela
eq. (6.15) não envolvem números contendo partes imaginárias.
A equação de Schrödinger para o oscilador harmônico na forma (6.16)
representa uma equação diferencial não trivial. Ela precisa uma função que
multiplicada por um termo proporcional ao quadrado da variável envolvida
compensa a segunda derivada. Não se consegue adivinhar aqui soluções
possı́veis.
A estrategia para resolver a eq. (6.16) é aquela apresentada no cap. 5. Em
um primeiro passo, estabelece-se as condições de contorno e em um segundo
passo resolve-se o problema inteiro. O potencial harmônico (6.8) não possui
paredes. Assim, as condições de contorno são diferentes daquelas aplicadas à
partı́cula na caixa. No cap. 3.6, mostrou-se que a integrabilidade representa
116 CAPÍTULO 6. OSCILADOR HARMÔNICO
d2
ψ(x) − β 2 x2 ψ(x) = 0 . (6.18)
dx2
Traduz-se essa equação: Procura-se uma função que multiplicada pelo qua-
drado da variável compensa a sua segunda derivada.
Tenta-se uma Gaussiana,
h i
ψ(x) = exp −γx2 . (6.19)
d h i
ψ(x) = −2γx exp −γx2 .
dx
Derivando de novo, respeita-se a regra de produto da diferenciação,
d2 h
2
i
2 2
h
2
i
ψ(x) = −2γ exp −γx + 4γ x exp −γx .
dx2
6.3. COMPORTAMENTO ASIMTÔTICO 117
d2
ψ(x) = −2γψ(x) + 4γ 2 x2 ψ(x) . (6.20)
dx 2
d2
ψ(x) = 4γ 2 x2 ψ(x) . (6.21)
dx2
Essa equação representa a segunda derivada da Gaussiana proposta con-
siderando apenas os limites x → ±∞. Comparando com a equação diferen-
cial (6.18) nesses limites, acha-se concordânica quando,
4γ 2 = β 2 ,
ou, isolando γ,
β
γ = . (6.22)
2
Utiliza-se essa identificação na Gaussiana proposta (6.19) e obtém-se a função
de onda no limite x → ±∞ para o oscilador harmônico,
" #
β
ψ(x) = exp − x2 . (6.23)
2
dH(x) d2 H(x)
= −βH(x) − 2βx +
dx dx2
" #
βx2
+ β 2 x2 H(x) exp − .
2
Substitui-se o primeiro termo na eq. (6.25) por esse resultado para obter,
! " #
dH(x) d2 H(x) 2 2 βx2
0 = −βH(x) − 2βx + + β x H(x) exp −
dx dx2 2
" #
2
βx
+ α − β 2 x2 H(x) exp − .
2
dH(x) d2 H(x)
0 = −βH(x) − 2βx + + αH(x) .
dx dx2
Rearranja-se essa equação e fica-se com uma equação diferencial permitindo
a determinação de H(x),
d2 d
H(x) − 2βx H(x) + (α − β) H(x) = 0 . (6.26)
dx 2 dx
d2 d
H(y) − 2y H(y) + 2vH(y) = 0 , (6.32)
dy 2 dy
H0 (y) = 1,
H1 (y) = 2y ,
H2 (y) = 4y 2 − 2 , (6.35)
H3 (y) = 8y 3 − 12y ,
H4 (y) = 16y 4 − 48y 2 + 12 ,
..
.
Pode-se verificar que essa integral desaparece para o produto de duas funções
da eq. (6.36) com valores diferentes para v (ortogonalidade). No outro lado,
para o produto de duas funções (6.36) com o mesmo valor de v, a integral
(5.44) torna-se 1 (normalização) quando,
s
1 4 β
Nv = √ , (6.37)
2v v! π
6.5 As Energias
Tendo resolvido o problema quântico para o oscilador harmônico, precisa-
se ainda comprovar o critério utilizado transformando a equação diferencial
6.5. AS ENERGIAS 123
v = 0, 1, 2, 3, . . . . (6.39)
E
V (x) = kx2 /2
6
v=4 E4 = 9hν0 /2
v=3 E3 = 7hν0 /2
v=2 E2 = 5hν0 /2
v=1 E1 = 3hν0 /2
v=0 E0 = hν0 /2
0 x
∆Ev+1,v = Ev+1 − Ev .
hνabs = hν0 ,
νabs = ν0 . (6.43)
k = 4π 2 µνabs
2
. (6.44)
E; ψv (x)
V (x) = kx2 /2
6
v=4
v=3
v=2
v=1
v=0
0 x
E; Wv (x)
V (x) = kx2 /2
6
v=4
v=3
v=2
v=1
v=0
0 x
V (x)
6
v=5
v=4
v=3
v=1 D
v=0
0 ?
0 x