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1. Oscilador anarmônico. Ao contrário das molas ideais, as molas reais não são perfeitamente
harmônicas, ou seja, a energia potencial não é simplesmente quadrática com o deslocamento. Em
geral, a frequência de oscilações de uma mola real diminui quando ela é esticada. Estes assim
chamados “efeitos anarmônicos” são responsáveis, entre outras coisas, pela expansão térmica dos
materiais. Podemos modelar os efeitos anarmônicos adicionando um termo cúbico na energia
potencial:
1 2
V ( x) = kx − x 3 ,
2
onde γ > 0.
(a) Calcule a posição de equilíbrio estável, a frequência de pequenas oscilações e a
energia de ponto zero de uma partícula de massa m sob ação deste potencial.
Lembre-se: para pequenas oscilações, a curva de energia potencial pode ser
aproximada, em torno de seu mínimo, por uma parábola. Isso é conhecido como
“aproximação harmônica”.
(b) Suponha agora que a “mola” é esticada por ação de uma força externa constante de
módulo F, atuando no sentido positivo do eixo x. Qual a nova energia potencial V(x)
do sistema?
(c) Mostre que, se a força externa for suficientemente pequena, a nova posição de
equilíbrio é dada por xeq = F/k. Defina de uma forma matematicamente precisa o que
quer dizer uma “força externa suficientemente pequena”.
(d) Neste limite, calcule a nova frequência de oscilações do sistema e a nova energia de
ponto zero.
3. Neste problema, vamos obter, passo a passo, uma solução gráfica para as autoenergias de
uma partícula de massa m em um poço finito de profundidade V0 , definido por:
V ( x) = V0 , x −a / 2
V ( x) = 0 , − a / 2 x a / 2
V ( x) = V0 , x a/2
(a) Considere apenas as soluções pares (o caso ímpar é análogo), definidas pela equação
transcendente k tan (ka 2) = K (Equação (13.27)), em que k = 2mE e
K = 2m(V0 − E ) . Mostre que, para estados ligados, tan (ka 2) 0 .
ka k
2
(b) Definindo k 0 = 2mV 0 , mostre, a partir da (13.27), que cos = 2 . Esta
2
2 k0
ka k
relação é equivalente a cos = .
2 k0
(c) Mostre que, para estados ligados, o valor máximo de k é k0 .
(d) É possível obter uma solução gráfica para a equação transcendente f (k ) = g (k ) . Basta
fazer gráficos separados das funções f(k) e g(k) e procurar os pontos de interseção das duas
curvas. Os valores de k onde as curvas se cruzam são as soluções da equação. Combinando
os resultados dos itens (a), (b) e (c), esboce uma solução gráfica para a equação obtida no
ka k 13
item (c), ou seja, cos = . Se k 0 = , quantas soluções pares existem para o poço?
2 k0 2a