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Folha de exercı́cios 1
Formulário: c = 3 × 108 m/s; h = 6, 626 × 10−34 J; 1J = 1kg m2 /s; 1eV = 1.602 × 10−19 J; h̄ = h
2π .
onde x está escrito em Angstroms. Considere ainda o potencial independente do tempo (e também
um-dimensional) dado por
− 1 + cos(πx) , se x ∈ [−1, 1]
V (x) = ,
+∞ , se x ∈
/ [−1, 1]
em electron-Volts (eV). A dependência espacial (x) deste potencial é também dada em Angstroms.
Calcule o valor esperado (em eV) do:
2 2
h̄ ∂
(a) Operador energia cinética, T̂ = − 2m ∂x2 .
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4. Considere uma partı́cula quântica num poço de potencial infinito um-dimensional existente entre
x = 0 e x = L. Assuma que a função de onda dessa partı́cula é dada por:
sin 2πx
L , se x ∈ [0, L]
ψ(x) = ,
0 , se x ∈/ [0, L]
Figura 1: Representação esquemática de uma molécula diatómica. Os modos de vibração desta molécula
podem ser descritos por um sistema de duas massas ligadas por uma mola.
(a) Usando esta energia potencial, escreva a equação de Schrödinger independente do tempo para
uma molécula diatómica.
(b) O Hamiltoniano deste sistema é igual a que Hamiltoniano visto na aula? [Dica: Recorde a
aula sobre potenciais 1D independentes do tempo; note que na aula usamos uma notação
ligeiramente diferente, em que em vez de k escrevemos mw2 )
(c) Qual a expressão para a energia do modo (quântico) fundamental de vibração desta molécula?
[Dica: Veja na aula 3 os slides referentes ao problema do oscilador harmónico quântico 1D.
Use a expressão para os auto-valores desse problema.]
(d) Escreva a expressão geral das auto-energias associadas aos auto-estados deste problema (i.e.
as energias dos modos de vibração da molécula identificados pelo número quântico n).
(e) Em experiências de espectroscopia com a molécula de oxigênio (O2 ), observam-se as seguintes
transições energéticas (entre outras): ∆E0→1 = 0, 196 eV; ∆E0→2 = 0, 388 eV; ∆E0→3 =
0, 573 eV; ∆E0→4 = 0, 756 eV. Estime a constante de força k entre os átomos de oxigênio na
molécula O2 .
[Nota: A forma mais elegante de tratarmos a molécula de O2 é colocarmos a origem do nosso
~ = ~r1 m
referencial na posição do centro de massa, ou seja, ρ m1 +~
r2 m2
1 +m2
. Como m1 = m2 = mO =
−26
2.66 × 10 kg (onde mO é a massa do átomo de Oxigénio) então ρ ~ = ~r1 +~
r2
2 . A equação de
Schrodinger (espacial) no referencial do centro de massa será dada por
h̄2 2 h̄2 2
− ∇ρ~ − ∇~δ + V (~δ) Ψ(~
ρ, ~δ) ρ, ~δ) ,
= EΨ(~
2m̄ 2µ
2
é descrever as vibrações da molécula de O2 e não o seu movimento translacional no espaço.
Em tal caso ficaremos com a seguinte equação de Schrodinger
h̄2 2
− ∇ + V (δ) Ψ(~δ) = EΨ(~δ) ,
~
mO ~δ
7. Consideremos agora a versão quântica do problema anterior: um electrão movendo-se num oscilador
harmónico um-dimensional. Este problema é definido pelo Hamiltoniano
h̄2 ∂ 2 mw2 2
Ĥ = − + x ,
2m ∂x2 2
p
onde m é a massa do electrão e w = k/m onde k é a curvatura do potencial harmónico (ver
problema 6; é também análogo à constante da mola no problema 5). Assuma que preparamos o
sistema num estado descrito pela seguinte função de onda (para o electrão)
p αx2
ψ(x) = α|x| e− 2
p αx2
Figura 2: Representação gráfica da função de onda ψ(x) = α|x| e− 2 .
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(a) Classicamente, vimos no problema anterior que nunca encontraremos a partı́cula fora do in-
tervalo x ∈ [xmin , xmax ]. No caso quântico também acontecerá isso? Ou poderemos ocasion-
almente encontrar o electrão fora do intervalo x ∈ [xmin , xmax ]? Calcule a probabilidade de
isto acontecer (no problema quântico).
[Dica: Lembre-se que a probabilidade de encontrar uma R x partı́cula quântica descrita pela função
de onda ψ(x) em x ∈ [x0 , x1 ] é dada por P[x0 ,x1 ] = x01 |ψ(x)|2 dx.]
2 2
[Dica 2: Eventualmente use xe−αx = −e−αx /(2α).]
R
(b) Em torno de que valores de x vai ser mais provável encontrar o electrão?
(c) Em torno de que valores de x vai ser menos provável encontrar o electrão?