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Universidade Federal do Amazonas - (UFAM)

Instituto de Ciências Exatas - (ICE)


Laboratório de Física Moderna I - (IEF822)
Professor. Dr. Haroldo de Almeida Guerreiro

Interferência de micro-ondas e
Antena de dipolo

Aluno: Edson Darlan M. Ferreira - 21950129

Manaus, 18 de julho de 2022


Sumário
1 Introdução 5

2 Fundamentação Teórica 5
2.1 Campos elétricos e Magnéticos dependentes do tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

3 Objetivos 6

4 Parte Experimental 6
4.1 Material Necessário: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4.2 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

5 Resultados e Discussões 8

6 Conclusão 11

Referências 11
Lista de Figuras
1 Linhas de Campo Elétrico (verticais) e Magnético (horizontais). . . . . . . . . . . . . 6
2 Arranjo experimental para o estudo da interferência de micro-ondas. . . . . . . . . . 7
3 Gráfico obtido a partir dos dados experimentais da tabela 1. . . . . . . . . . . . . . . 8
4 Montagem da antena de dipolo de meia onda. (emissor). . . . . . . . . . . . . . . . . 9
5 Montagem da antena de dipolo de meia onda. (receptor). . . . . . . . . . . . . . . . . 9
6 Montagem da antena de dipolo de meia onda na posição paralela. . . . . . . . . . . . 10
7 Montagem da antena de dipolo de meia onda na posição perpendicular. . . . . . . . 10
Lista de Tabelas
1 Valores obtidos no laboratório da UFAM. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1 Introdução
Neste relatório, na fundamentação teórica, será apresentado o comportamento de uma
onda eletromagnética, cujo objetivo é estudar a interferência de micro-ondas e determinar o com-
primento de onda da micro-onda. Será também apresentado a parte experimental, quais mate-
riais foram usados, montagem do experimento e como foi feito o experimento. E por fim, uma
breve conclusão a cerca do experimento, a fim de relatar se foi atingindo ou não o objetivo.

2 Fundamentação Teórica
Se uma onda eletromagnética plana se aproxima, ao longo do eixo x, de um anteparo
que seja perpendicular ao eixo x, tem-se que após ser refletida pelo anteparo, haverá interferência
entre as ondas incidente (E 1 ) e refletida (E 2 ), onde:
³x ´
E 1 = A sen ω − t , (1)
c
e
³x ´
E 2 = A sen ω + t (2)
c
onde, ω é a frequência angular e c a velocidade de propagação da onda.
Como as ondas incidente e refletida são ondas senoidais de mesmo comprimento de
onda e mesma amplitude [1], do Princípio de Superposição, a onda resultante será dada por:
³x ´ ³x ´
E = A sen ω − t + A +t (3)
c c
Lembrando da relação trigonométrica,

α+β α−β
µ ¶ µ ¶
sen α + sen β = 2 sen cos ,
2 2
Fazendo a substituição dessa relação na equação (3), obtemos,

x/c − t + x/c + t x/c − t − x/c + t ωx ´


µ ¶ µ ¶ ³
E = 2A sen ω cos ω = 2A sen cos ωt (4)
2 2 c

Esta não é uma onda progressiva porque não tem a mesma forma da equação (1). Na realidade, a
equação (4) define uma onda estacionária.
As quantidades da equação (4) podem ser vistas como a amplitude de oscilação da
onda na posição x. Numa onda senoidal progressiva, a amplitude oscilatória é a mesma inde-
pendente de sua localização [2]. Para uma onda estacionária tal como a da equação (4), isto não
ocorre. Há certos valores de x para os quais a amplitude é zero, a saber, aqueles valores de x para
os quais ωx/c assume os valores 0, π, 2π, e assim por diante. Logo, da equação (4), tem-se que o
campo elétrico se anula para os seguintes valores de x:

λ
x =n (5)
2
onde, n = 0, 1, 2, ...

5
2.1 Campos elétricos e Magnéticos dependentes do tempo
Pode-se determinar os potenciais gerados por uma distribuição qualquer de cargas no
espaço, dependente do tempo. Nesta demonstração, chegamos a conclusão de que os potenci-
ais gerador por uma distribuição depende do tempo, em um ponto ⃗ r , num instante de tempo t
dependem desta distribuição num instante anterior que é denominado na literatura de tempo
retardado."Wiki (Potenciais de Lienard-Wiechert). O potencial elétrico será:

1 ρ(⃗
r ′ , tr )
Z
φ(⃗
r ,t) = d 3r ′ (6)
4πϵ0 r −⃗
|⃗ r ′|
ρ, é a densidade avaliada no tempo retardado t r e r ′ é a posição das cargas. O tempo de retardo é:

r −⃗
|⃗ r ′|
t = tr +
c
Podemos escrever os campos de radiação numa forma mais explícita, como:

µ0 2 sen θ
µ ¶

E r ad (r, θ, t ) = − ρ 0 ω sen(kr − ωt )θ̂ (7)
4π r
µ0 2 sen θ
µ ¶

B r ad (r, θ, t ) = − ρ0ω sen(kr − ωt )φ̂ (8)
4πc r

Figura 1: Linhas de Campo Elétrico (verticais) e Magnético (horizontais).

3 Objetivos
Estudar a interferência de micro-ondas e determinar o comprimento de onda da micro-
onda. Verificar o funcionamento de uma antena de Dipolo em função do tempo.

4 Parte Experimental
4.1 Material Necessário:

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• Gerador de micro-onda W. Klystron • Régua graduada

• Receptor de micro-onda • Multímetro

• Anteparo • Suportes

4.2 Procedimento Experimental


Foi ajustado a intensidade da micro-onda para obter um valor de tensão que pode ser
lido no multímetro (em mV) quando o receptor de micro-onda se encontrar mais próximo do
anteparo. Em seguida, foi deslocando o receptor de micro-onda a cada dois milímetros, e deter-
minado o valor lido (em mV ) no multímetro.

Figura 2: Arranjo experimental para o estudo da interferência de micro-ondas.

Foi organizado os valores da distância e do sinal medido no multímetro (em mV) numa
tabela e será construído um gráfico da intensidade do sinal em função da distância, onde, a par-
tir do gráfico, será determinado as posições dos mínimos de intensidade do sinal medido, e por
fim, obteremos o valor médio para a distância entre os mínimos consecutivos, e com o auxílio da
equação (5), obteremos o comprimento de onda da micro-onda utilizado no experimento.

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5 Resultados e Discussões
Os dados foram obtidos no laboratório de física da UFAM, tal que, as medidas das dis-
tâncias, começaram em 0,002m e aumentando, até chegar em 0,166m. E a voltagem medida, a
medida que ia-se afastando o equipamento, tínhamos um certo valor que pôde chegar até 0,15V,
como mostra a tabela a seguir,

Distância (m) Voltagem (V)


0,002 0,003
0,004 0,005
... ...
0,166 0,015

Tabela 1: Valores obtidos no laboratório da UFAM.

Com esses dados, podemos criar um gráfico para observar qual comportamento, então
obtivemos o seguinte gráfico,

Figura 3: Gráfico obtido a partir dos dados experimentais da tabela 1.

A partir do gráfico obtido 3, pegamos dois máximo consecutivos e usando a equação


5, para obter o comprimento de onda, portanto, obtivemos o seguinte resultado,

λ
x=
2
λ = 2 × (0, 144 − 1, 26)
λ = 0, 036m
Na segunda parte do experimento, foi analisar uma antena de dipolo e descrever seu
princípio de funcionamento, que sera feito a seguir. O dipolo de meia onda é uma antena que con-
verte a energia elétrica em ondas eletromagnéticas, bem como ondas eletromagnéticas em sinais
elétricos, para isso foi usado um circuito LC afim de que fosse gerado ondas eletromagnéticas. O

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dipolo de meia onda é formado por dois elementos condutores dispostos da maneira indicada nas
figuras seguintes cujas dimensões estão diretamente relacionadas com a frequência do sinal que
deve ser recebido (ou transmitido). Foi montado dois circuitos, onde tivemos um emissor e no
outro o receptor, como mostras as imagens a seguir,

Figura 4: Montagem da antena de dipolo de meia onda. (emissor).

Figura 5: Montagem da antena de dipolo de meia onda. (receptor).

Uma antena tipicamente utilizada em radiodifusão é a antena linear que consiste de


um fio retilíneo. A onda eletromagnética ao incidir nesta antena, conforme mostra esta figura terá
seus valores de pico nas extremidades da antena de modo que a tensão induzida obtida é máxima.
A antena dipolo pode ser compara a um circuito ressonante tipo série com uma impedância teó-
rica nula na frequência de ressonância. Na configuração dipolo, corresponde aos dois condutores
de uma linha de transmissão, com alimentação central, no entanto quando a antena é colocada

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perpendicularmente, percebemos que não houve nenhuma recepção de onda, como mostra as
figuras a seguir,

Figura 6: Montagem da antena de dipolo de meia onda na posição paralela.

Figura 7: Montagem da antena de dipolo de meia onda na posição perpendicular.

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6 Conclusão
Portanto, usando a relação matemática proposta, onde x representa a posição da onda,
numa onda senoidal progressiva, a amplitude oscilatória é a mesma independente de sua locali-
zação. Pudemos constatar com esse experimento que, esta não é uma onda progressiva porque
não tem a mesma forma da equação (1), na realidade, a equação (5) define uma onda estacionária,
e com isso pode-se calcular o comprimento de onda. Já o experimento de antena de dipolo, não
basta ter simplesmente os elementos do dipolo dimensionados de maneira correta para a opera-
ção numa determinada frequência para se ter o melhor desempenho sob determinadas condições,
mas também, pudemos perceber nesse experimento que, uma antena é um elemento crítico com
muitos fatores influindo no seu desempenho, que pôde ser contatado quando posicionamos a
antena perpendicularmente. Logo, entender de que modo pequenas coisas, aparentemente sem
importância, podem modificar a antena é fundamental para o sucesso e aprendizagem do físico
tato do bacharelado quando do licenciado onde ambos serão professores.
Referências
[1] Hugh D Young and Roger A Freedman. Física iii: eletromagnetismo. São Paulo: Person Educa-
tion do Brasil, 2009.

[2] Hugh D YOUNG and Roger A FREEDMAN. Física iv; sears e zemansky: ótica e física moderna,
2016.

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