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1 Equações de Maxwell 3
1.1 Equações de Maxwell-forma diferencial e integral . . . . 3
1.2 Unificação do electromagnetismo . . . . . . . . . . . . . 4
1.3 Campos Induzidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.4 Corrente de deslocamento . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2 Ondas Eletromagnêticas 7
2.1 Geração de uma Onda Eletromagnêtica . . . . . . . . . . 7
2.2 Onda Eletromagnética Progressiva . . . . . . . . . . . . . 8
2.3 Transporte de Energia e o Vetor de Poynting . . . . . . . 11
2.4 Pressão de Radiação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.5 Polarização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.6 Exercicios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3 Ótica Fı́sica 19
3.1 Interferência e a Experiência de Young . . . . . . . . . . 19
3.2 Coerência e Interferência em Pelı́culas Finas . . . . . . . 26
3.3 Difração em Fenda Única, Orifı́cio Circular . . . . . . . . 28
3.4 Difração em Fenda Dupla . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.5 Difração em Fendas Múltiplas . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.6 Redes de Difração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.7 Dispersão e Poder de Resolução . . . . . . . . . . . . . . 38
3.8 A Experiência de Young . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.9 Coerência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.10 Interferência em Fenda Dupla . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.11 Intensidade de Interferência em Fenda Dupla . . . . . . . 44
1
2 CONTEÚDO
4 Teoria da Relatividade 45
4.1 Os Postulados da relatividade . . . . . . . . . . . . . . . 45
4.2 Medida de um evento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
4.3 Relatividade da simultaneidade . . . . . . . . . . . . . . 47
4.4 A relatividade do tempo e do comprimento . . . . . . . . 48
4.5 Consequências das Transformações de Lorentz . . . . . . 51
4.5.1 O Limite de Pequenas Velocidades . . . . . . . . 51
4.5.2 O Limite v > c . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
4.5.3 A Limitação da Velocidade de Propagação do Sinal 52
4.6 Transformação das Velocidades . . . . . . . . . . . . . . 53
4.7 Efeito Doppler . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
4.8 Invariantes Relativı́sticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
4.9 Dinâmica Relativı́stica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
4.10 Exercicios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
5 Fı́sica Quântica 63
5.1 O Efeito Fotoelétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
5.2 O Efeito Compton . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
5.3 Modelo Atômico de Bohr . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
5.4 Postulado de De Broglie . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
5.5 Função de Onda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
5.6 Dualidade Onda-Partı́cula . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
5.7 Princı́pio de Incerteza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
Equações de Maxwell
~ I Z ~
~ ~ ∂B ~ ∂B
2) ∇X E = − −→ E.d~s = − .~nda
∂t Γ S ∂t
Z
3) ~ B
∇. ~ = 0 −→ ~ n da = 0
B.~
S
~ ~ I Z Z ~
4) ~ B
c2 ∇X ~ = J + ∂ E −→ c2 ~ s= 1
B.d~ ~ nda + ∂ E .~nda
J.~
²0 ∂t Γ ²0 S S ∂t
onde c2 = 1/²0 µ0 .
A primeira equação, ou seja a lei de Gauss estabelece que o fluxo
do E~ através de qualquer superfı́cie fechada é proporcional a carga que
fica dentro da superfı́cie. A segunda que é a equação de Faraday que
estabelece a lei geral para um campo elétrico associado com um campo
magnético variável, isto é a fem em um circuito é igual a derivada
respeito ao tempo do fluxo magnético através do circuito.
3
4 CAPÍTULO 1. EQUAÇÕES DE MAXWELL
~
∂B
~ =−
∇X E ,
∂t
e ao termo de Maxwell
~
∂E
~ =
c2 ∇X B .
∂t
Suponha que o campo magnético desaparecera, então existiria um
campo magnético variável que producirı́a um campo elétrico e se o
campo elétrico desaparecer então o campo elétrico variável criaria no-
vamente um campo magnt́ico. Até os trabalhos de Maxwell as leis
conhecidas para o campo magnético de correntes estacionárias era
1.2. UNIFICAÇÃO DO ELECTROMAGNETISMO 5
~ B~ = J~
∇X ,
²0 c2
~ J~ = − ∂ρ ,
∇
∂t
~ ~
~ B
c2 ∇X ~ = J + ∂E .
²0 ∂t
~ ~
~ J +∇
∇ ~ ∂E = 0 ,
²0 ∂t
~ J~ + ²0 ∂ ∇
∇ ~E ~ J~ + ∂ ρ = 0 −→ ∇
~ = 0 −→ ∇ ~ J~ = − ∂ ρ
∂t ∂t ∂t
∂ΦE ∂(EA) ∂E
i d = ²0 = ²0 = ²0 A ,
∂t ∂t ∂t
então a corrente de deslocamento para o caso de um capacitor que esta
sendo carregado, está associada a variação do campo E ~ e a corrente
real i de carregamento do capacitor é igual a corrente de deslocamento.
Capı́tulo 2
Ondas Eletromagnêticas
Vamos ver agora como se gera uma onda eletromagnética, para esto
vamos nos restringir à região do espectro λ = 1 m (ondas de radio). A
seguinte figura mostra o esboço de um gerador de tais ondas. No seu
interior se têm um oscilador LC que estabelece uma frequência angular
7
8 CAPÍTULO 2. ONDAS ELETROMAGNÊTICAS
1
ω = √LC .
As cargas e correntes neste circuito variam senoidalmente com esta
frequência. Uma fonte de energia fornece a energia necessária para
compensar não só as perdas térmicas, mas também a energia que escapa
para o exterior transportada pela onda eletromagnêtica irradiada.
O oscilador LC está acoplado por meio de um transformador e de
uma linha de transmisão a uma antena, que consiste em dois condutores
retilı́neos dispostos como se vê na figura. Através desse acoplamento, a
corrente, que varia senoidalmente no oscilador, provoca uma oscilação
senoidal das cargas com a frequência angular ω do oscilador LC, ao
longo desses condutores. A antena equivale a um dipolo elétrico cuyo
momento de dipolo elétrico varia senoidalmente em módulo e sentido
ao longo do eixo da antena.
E = Em sen(kx − ωt)
B = Bm sen(kx − ωt),
onde x é a distância (medida a partir de qualquer origem conveniente)
ao longo da direção de propagação da onda, a velocidade escalar da
onda é c que é igual à c = ω/k e Em , Bm são as amplitudes (valores
máximos) dos campos elétrico e magnético.
As duas componentes de onda o elétrico e o magnético alimentan-
se mutuamente, a variação espacial de uma esta associada a variação
temporal da outra. Vamos escrever essas equações para uma onda
eletromagnética propagando-se no vacuo ou seja quando (q = 0, e i =
0), então
I
~ s = − ∂ΦB
E.d~
∂t
e
I
~ s = µ0 ²0 ∂ΦE .
B.d~
Γ ∂t
Em
Dá para mostrar que a equação B m
= c onde c = √µ10 ²0 é a ve-
locidade da luz, resultam das equações de Maxwell. Dividamos nossa
10 CAPÍTULO 2. ONDAS ELETROMAGNÊTICAS
.
O fluxo ΦB através do retângulo é igual a
ΦB = (B)(hdx),
dE dB
=−
dx dt
Mas as derivadas são parciais devido ao fato que tanto E quanto B
são funções de duas variáveis x e t, então
∂E ∂B
=− .
∂x ∂t
O sinal menos nesta equação é apropiado e necessário porque no
retângulo, embora E cresça com x, B diminui com t
∂E
= −kEm cos(kx − ωt)
∂x
e
∂B
= −ωBm cos(kx − ωt).
∂t
Então a equação (1) se reduz a
~ = 1 EX
S ~ B
~ .
µ0
12 CAPÍTULO 2. ONDAS ELETROMAGNÊTICAS
wats
A unidade no SI é metro 2 ~
2 (w/m ). A direção e o sentido de S em
1 1 q 2 E 2 t21
K = mvy2 = .
2 2 m
q 2 EB
Fx = qvy B = t,
m
o impulso desta força é igual ao momento transferido pela onda para a
partı́cula
Z t1 Z t1 2
q EB 1 q 2 EB 2
px = Fx dt = tdt = t,
0 0 m 2 m 1
se fizermos B = E/c, a expressão fica
à !
1 1 q2E 2 2
px = t .
c 2 m 1
K
p=
c
Uma vez que a intensidade da onda é a energia por unidade de
tempo e por unidade de área, segue que a intensidade dividida por c é
14 CAPÍTULO 2. ONDAS ELETROMAGNÊTICAS
2.5 Polarização
Quando a gente fala sobre as ondas do som nós sempre temos em mente
as ondas longitudinais. isto é quando as partı́ıculas individuias do ar
moven-se para frente e para trás na direção da propagação da onda.
Agora quando tratamos de ondas tranversais, tais como as ondas numa
superı́cie de água, ondas da luz, neste caso a partı́cula vibra em ângulo
reto a direção de progação da onda.
O comportamento da onda aqui envolvida é a polarização. Este
comportamento não pode ser explicado pela teoria corpuscular, pois
se fosse uma partı́cula ela entraria ou seria refletida da superfı́cie da
placa de vidro. A onda eletromagnética transversal da figura seguinte é
plano polarizada na direção y, o que significa que as vibrações do vetor
campo elétrico são paralelas a essa direção em todos os pontos ao longo
da onda.
I = Im cos2 θ
2.6 Exercicios
• 1) Um observador está a 1, 8 m de uma fonte luminosa puntiforme
cuya potência P é de 250 W. Calcule os valores eficazes (ou valores
médios quadráticos) dos campos elétrico e magnético na posição do
observador. Suponha que a fonte irradie uniformemente em todas as
direções.
v
u
u (250W )(3.108 m/s)(4π.10−7 H/m)
t = 48V /m − − − (volt/metro)
2
(4π)(1, 8m)
Erms 48V /m
Brms = = = 1, 6.10−7 T − − − (tesla)
c 3.108 m/s
Bm2 q
Pr = → Bm = (2µ0 Pr ) = (2)(4π.10−7 )(1, 47.10−9 ) = 6, 08.10−8 T
2µ0
Fazendo-se
Im Im 1
I= , temosque = Im cos2 θ → cos2 θ =
2 2 2
1 1
cosθ = √ → θ = cos−1 (± √ ) = ±450 e135
2 2
Capı́tulo 3
Ótica Fı́sica
19
20 CAPÍTULO 3. ÓTICA FÍSICA
Então teremos
³ ´
E 0 = E1 ei(kr1 −ωt) + E2 ei(kr2 −ωt) = E1 eikr1 + E2 eikr2 e−iωt .
2
E 0 = E12 eikr1 e−ikr1 + E22 eikr2 e−ikr2 + E1 E2 eik(r1 −r2 ) + E2 E1 eik(r2 −r1 ) ,
2
³ ´
E 0 = E12 + E22 + E1 E2 e−iϕ + e+iϕ ,
2
E 0 = E12 + E22 + 2E1 E2 cosk(r2 − r1 ) .
I = 2 I0 (1 + cos k(r2 − r1 )) .
ϕ ϕ
1 + cosϕ = 1 + cos(ϕ/2 + ϕ/2) = 1 + cos2 − sen2
2 2
ϕ ϕ ϕ
= 1 + cos2 − 1 + cos2 = 2cos2
2 2 2
22 CAPÍTULO 3. ÓTICA FÍSICA
ϕ
I = 4I0 cos2
2
1
d senθ = (n + )λ
2
λ 546.10−9 m
senθ = = = 0, 0027
2d 2(0, 10.10−3 m)
logo
3.14 − − − 1800
0, 0027 − − − θ −→ θ ' 0, 160
No décimo máximo (não contando o central) temos m = 10
(10)(546.10−9 m)
d senθ = 10λ → senθ = ' 546.10−4
0, 10.10−3 m
logo
3.14 − − − 1800
0, 0546 − − − θ −→ θ ' 3, 130
• Na figura seguinte no ponto P , se encontra o contador de Geiger.
A amplitude de onda que atravessa a fenda A e chega ao ponto P, em
unidades condicionadas é igual à ψA = 4 e no caso da fenda B temos
ψB = 8. Se somente estiver aberta a fenda A, então no ponto P se
registra por segundo 100 elétrons.
a) Quantos elétrons se registram por segundo se somente estiver
aberta a fenda B.
ψA = 4 → ψA2 = 16 ψB = 8 → ψB2 = 64
ψB2 64
2
= = 4 → ψB2 = 4ψA2 = 400
ψA 16
ψ2 144
2
= = 9 → ψ 2 = 9ψA2 = 900
ψA 16
ψ2 16
2
= = 1 → ψ 2 = ψA2 = 100
ψA 16
• Qual será a distribuição de intensidade num experimento de in-
terferência com dois fendas, se a fenda B deixa passar 4 vezes mais
elétrons que a fenda A
a) No caso da interferência construtiva
Correspondentemente
Imax
=9
Imin
Logo a distribuição de intensidade se descreve através da expressão
26 CAPÍTULO 3. ÓTICA FÍSICA
I = IA [5 + 4cos k(rB − rA )]
Φ = ka senθ
sen φ2
An = A0 Φ .
2
30 CAPÍTULO 3. ÓTICA FÍSICA
obtemos
I 1
= .
I0 (n + 1/2)2 π 2
I
n=1 → = 0, 045
I0
3.4. DIFRAÇÃO EM FENDA DUPLA 31
I
n=2 → = 0, 016
I0
I
n=3 → = 0.008
I0
a)
ym
a senθ = mλ → a = mλ
D
ym+1
a = (m + 1)λ
D
Substraindo a segunda da primeira, obtemos
a ∆y Dλ
(ym+1 − ym ) = λ → a = λ → ∆y =
D D a
Isto é aumentando-se a largura da fenda os máximos (mı́nimos)
ficam mais estreitos e a envolvente fica menor.
b) Da mesma forma obtem-se para a interferência
Dλ
∆y = ,
d
ou seja aumentando o d as franjas aproximan-se uma das outras
c) Usando-se um λ maior a envolvente se alarga, enquanto as franjas
se afastam uma das outras
ka senθ λ 4, 8.10−5 cm
= π → senθmin = = −3
= 2, 4.10−2 = 0, 024
2 a 2.10 cm
34 CAPÍTULO 3. ÓTICA FÍSICA
An φ
= R senN
2 2
e usando a fiugra (b) teremos
A1 φ
= R sen
2 2
Dividindo uma por outra, obteremos
An senN φ2
=
A1 sen φ2
sen2 N (φ/2)
I = I0
sen2 (φ/2)
φ = kd senθ
2
[N (φ/2)]2
I → I0 = N 2 I0 .
(φ/2
logo
λ
kd senθn = 2nπ → senθn = n
d
Do disenho dá para ver que os feixes paralelos só se encontram
em fase se a diferença de percurso para cada par de feixes é igual à
d senθ = nλ, então para a primeira ordem teremos senθ = λ/d, para a
segunda ordem senθ = 2λ/d e assim sucessivamente.
Exemplos
• Supondo que nós olhemos através de uma rede de difração de
13400 fendas por 2,54 cm, e vejamos uma raia amarela (linha de sódio)
de λ = 5893A0 (A0 = 10−10 m). Sobre que ângulos pode ser vista esta
linha?
Usaremos senθ = nλ/d, então calcularemos d?
2, 54cm
d= = 1, 9.10−4 cm
13400
logo para n = 1 teremos
λ 5893.10−8 cm
senθ = = = 0, 31 → θ1 ' 180
d 1, 9.10−4 cm
para n = 2
2λ
senθ = = 0, 62 → θ2 ' 38, 30
d
• Uma rede de difração que tem 104 linhas por 2, 5 cm, é iluminada
com incidência normal por uma lámpada de sódio, a qual emite duas
raias muito próximas de comprimento de onda de 5890 A0 e 5895 A0
a) Em que ângulo aparecerá o máximo de primeira ordem para o
menor dos comprimentos de onda mencionados?
λ 5890.10−8 cm
senθ = = = 0, 235 → θ = 13, 4980
d 2, 5.10−4 cm
b) Qual é o afastamento angular entre os máximos de primeira or-
dem de cada um dos comprimentos de onda?
5895.10−8
senθ = = 0, 2358 → θ = 13, 5100
2, 5.10−4 cm
Então a diferença é 13, 510 − 13, 498 = 0, 00120
38 CAPÍTULO 3. ÓTICA FÍSICA
R = Nm
λ 5890A0
R= = = 1178
∆λ (5895 − 5890)A0
então
R 1178
N= = ' 390
m 3
• Uma rede de 8000 linhas por 2, 5 cm é iluminada pela luz pro-
duzida pela descarga de vapor de mercúrio
a) Qual deve ser a dispersão esperada, na terceira ordem, nas viz-
inhanças da raia verde intensa (λ = 5460A0 )
Da fórmula de dispersão
dθ m
D= =
dλ d cosθ
Encontremos d e o ângulo
2, 5 cm mλ 3(5460.10−8 )cm
d= = 3, 12.10−4 cm senθ = = = 0, 52 → arcsen(0, 52) = 30, 030
8000 d 3.12.10−4
Logo
m 3 3
D= = 0
= = 1, 1.104
d cosθ 3, 125(cos(30, 03) ) 2, 69.10−4
R = N m = 8000(5) = 4.104
Como se pode ver da figura a difração faz com que a luz se espalhe
e chegue aos orificios S1 e S2 da tela B. Uma nova difração ocorre
quando a luz atravessa esses orificios e duas ondas esféricas se propagam
simultaneamente no espaço a direita da tela B, onde podem interferir
uma com a outra.
Os pontos do espaço onde a interferência é construtiva (máximos de
interferência) estão indicados por pontos. Ligando estes pontos ate a
tela C podemos ver os máximos de interferência que são regiões claras,
estas regiões claras são separadas por regiões escuras, correspondentes
aos pontos onde a interferência é destrutiva (mı́nimos de interferência).
Tomadas em conjunto, as regiões claras e escuras formam uma figura
42 CAPÍTULO 3. ÓTICA FÍSICA
de interferência na tela C.
3.9 Coerência
Para que uma figura de interferência apareça na tela de observação C
da figura anterior é preciso que a diferença de fase φ entre as ondas que
chegam a um ponto qualquer P da tela não varie com o tempo. É o que
aconteçe no caso anteiror, porque os raios que passam pelas fendas S1
e S2 fazem parte da mesma onda. Como a diferença de fase permanece
constante em todos os pontos do espaço, dizemos que os raios que saem
das fendas S1 e S2 são totalmente coerentes.
Quando substituimos as fendas por duas fontes luminosas semel-
hantes mais independentes, como por exemplo dois fios incandescentes,
a diferença de fase entre as ondas emitidas pelas fontes passa a variar
rapidamente com o tempo e de forma aleatória. Isso aconteçe porque
a luz emitida pelos dois fios é produzida por um grande número de
átomos, que agem de forma independente e aleatória em uma escala
da ordem de nanosegundos. Em consequência, em qualquer ponto da
tela de observação a interferência varia de construtiva em um dado
momento para destrutiva no momento seguinte. Como o olho (e os de-
tectores óticos mais comúns) não conseguem acompanhar essas rápidas
mudanças, nenhuma figura de interferência é observada. Na verdade a
iluminação da tela parece uniforme. Dizemos então que os raios de luz
são totalmente incoerntes.
O que foi dito no parágrafo anterior não se aplica se as duas fontes
luminosas forem lasers. A luz emitida pelos átomos de um laser tem a
mesma fase e é portanto coerente. Além disso, a luz é quase monocromática
(de um único comprimento de onda). Quando as luzes produzidas por
dois lasers da mesma frequência se combinam, o fenômeno da inter-
ferência é observado como se as luzes partissem de uma fonte única.
dsenθ = mλ
dsenθ = (m + 1/2)λ
λ
θ = sen−1 ( )
2d
acima e abaixo do ponto central.
Teoria da Relatividade
x0 = x−vt y0 = y z0 = z t0 = t . (1)
45
46 CAPÍTULO 4. TEORIA DA RELATIVIDADE
0 0 0
x = γ(x − vt), y=y, z=z (2)
0 v 1
t = γ(t − x 2
) onde γ = q
c 1 − v 2 /c2
0 0 0 0
x2 − x1 = γ[(x2 − x1 ) + v(t2 − t1 )]
0 0 v 0 0
t2 − t1 = γ[(t2 − t1 ) + 2
(x2 − x1 )] (3)
c
0
Considerando que no sistema Σ os eventos são simultáneos, isto é
0 0
t2 = t1 logo no sistema Σ de acordo com (8) obtemos
0 0
x2 − x1 = γ(x2 − x1 )
v 0 0
t2 − t1 = γ 2
(x2 − x1 )
c
48 CAPÍTULO 4. TEORIA DA RELATIVIDADE
de onde
v
t2 − t1 = (x2 − x1 ) 6= 0
c2
0
Desta forma os eventos simultáneos que ocorrem no sistema Σ não
são simultáneos no sistema Σ, isto é a simultaneidade de eventos es-
paciais é relativa. O tempo t2 − t1 cháma-se também tempo de desin-
cronização, ou seja eventos que estão sincronizados num sistema de
referência estão desincronizados num outro.
c2 T 2 = v 2 T 2 + c2 τ 2 → T 2 (c2 − v 2 ) = c2 τ 2 → T 2 c2 (1 − v 2 /c2 ) = c2 τ 2
τ
T =q = γτ (4)
1 − v 2 /c2
onde γ = √ 1
e τ é chamado de tempo própio ou seja é o intervalo
1−v 2 /c2
de tempo medido no referencial no qual os eventos ocorrem no mesmo
local.
2, 2.10−6 2, 2.10−6
T = γτ = √ = = 69, 57.10−6 seg
1 − 0.999 0.03162
então
m
d = 3.108 .69, 57.10−6 seg = 20, 807km
seg
0 0
q
x2 − x1 = γ[(x2 − x1 ) − v(t2 − t1 )] → l0 = γl → l = l0 1 − v 2 /c2
2
0 x 00 x
F (x) = F (0) + F +F + ....
1! 2!
1 1 v2
γ=q '1+
1 − v 2 /c2 2 c2
obtemos
1 v2
x0 = (x − vt)(1 + 2
) = x − vt + 0(v 2 /c2 )
2c
e consequentemente
0 0 0 0 v
x = x − vt, y =y z =z t =t−x
c2
0 0 vs v
t2 − t1 = γ(t2 − t1 )[1 − ] (5)
c2
visto que para todos os sistemas reais de coordenadas de referência
v < c, então quando vs < c nós teremos que vvs < c2 , por isso de
0 0
(5) t1 < t2 , isto significa que a sucessão dos momentos da emissão e
recepção do sinal se conserva invariável em todos os sistemas inerciais
4.6. TRANSFORMAÇÃO DAS VELOCIDADES 53
Então vemos que a soma das velocidades, não é simplesmente a soma al-
gebraica de duas velocidades, mais está corrigido por um termo 1+uv1 0 /c2 .
x
Então resolvendo o problema anterior teremos vx0 = 32 c e u = 23 c, de
onde
2/3c + 2/3c 4/3c 12
vx = 2 2
= = c
1 + 4c /9c 13/9 13
pelo tanto em relatividade 2/3 mais 2/3 não é 4/3 mais sim 12/13
Supondo agora que o homen estive-se observando a luz dentro da
nave espacial, ou seja vx0 = c, teremos para o homen que está na terra
u+c
v= =c
1 + uc/c2
tA = γTB
0
pela fonte B no tempo tA é x = vtA = v(γTB ), desta forma
γTB
TA = γTB + v = γ(1 + β)TB
c
onde β = v/c
O intervalo de tempo entre dois impulsos de luz consecutivos em A
se dá pela expressão
τA = γ(1 + β)τB
onde τB é o intervalo entre dois impulsos medidos na fonte B.
A frequência (número de impulsos por segundo) está ligada ao pe-
riodo τ pela relação ν = τ1 , então
s
1 1 νB 1−β
= γ(1 + β) → = νA → νA = νB
νA νB γ(1 + β) 1+β
Sendo νA o número de ondas que o detector registra por segundo e
νB número de ondas irradiadas por segundo pela fonte.
Da fórmula nós vemos que νA < νB , a frequência que se registra
diminue é dizer quando a fonte se afasta se observa o deslocamento
para vermelho, se a fonte se acerca ao detector então o sinal do β muda
e neste caso
q
νA = νB (1 + β)/(1 − β) − − − − − f onte − se − acerca
. Exercicio Nas linhas espectrais irradiadas pelos quasares, se ob-
serva o deslocamento para o vermelho que corresponde a três vezes a
diminuição da frequência. Com que velocidade o quaser se afasta.
√
1 1 1−β
νA = νB → = √ → 1 + β = 9(1 − β) → v = 0, 8c
3 3 1+β
x0 = ct, x1 = x, x2 = y x3 = z
c2 t2 − x2 − y 2 − z 2
pµ xµ = Et − Px .x − py .y − pz .z = Et − p~.~x
pµ pµ ≡ p2 = E 2 − p~2
E 2 − p~2 c2 = m2 c4
(6)
~v E
p~ =
c2
onde E é a energia, p~ é o momento, m é a massa, e ~v é a velocidade
da partı́cula (sistema de partı́culas ou corpo). Devemos enfatizar que a
massa e a velocidade da partı́cula (corpo) são as mesmas quantidades
que nós tratamos na fı́sica Newtoniana. Tal como as componentes das
coordenadas t e ~r no espaço quadri-dimensional, a energia E e o mo-
mento p~ são os componentes de um vetor no espaço quadri-dimensional.
Eles mudam na transição de um sistema inercial a outro de acordo com
as transformações de Lorentz. A massa no entanto não muda, é um
invariante de Lorentz.
A difereença mais importante desta teoria com a mecânica não rel-
ativı́stica é que a energia de um corpo massivo não desaparece mesmo
quando o corpo está em repouso, isto é para ~v = 0 e p~ = 0. De acordo
com (6) a energia de repouso é proporcional a sua massa
E0 = mc2
4.9. DINÂMICA RELATIVÍSTICA 59
pc = E
p~ = m~v
p~2 m~v 2
Ekin = =
2m 2
A última equação se obtém usando
1 1 v2
γ=q '1+
1 − v 2 /c2 2 c2
então
à !
2 2 1 v2 mv 2
Ekin = E − E0 = mc (γ − 1) = mc 1+ 2 −1 =
2c 2
logo
p~2 m~v 2
Ekin = =
2m 2
Exercicios
• Qual é a energia que contém 1 g. de areia?. Compare com as 7000
calorias que se recebem quando se esquenta 1 g. de carbono (1cal =
4, 18 Joules)
1
K = mc2 [(1−v 2 /c2 )−1/2 −1] = mc2 → (1−v 2 /c2 )−1/2 = 2 → 1−v 2 /c2 =
4
q
v/c = 3/4 → v = 0, 866c
s
v 1 √
= 1− ' 0.999998765 → v = 0, 9999993827c
c 810000
4.10 Exercicios
• 1) Os pions se movimentam com velocidade v = 0.99c
a) Em quantas vezes aumenta a meia-vida dos pions que é medido
no sistema de laboratório. Meia vida dos pions τ = 1, 8x10−8 seg
b) Qual é a distância que eles percorrem durante este tempo
• 2) Um vagão de 20 m de comprimento se desloca ao longo do eixo
km
x com velocidade de 3600 seg . Na parte inicial e final caem dois raios ao
mesmo tempo vistos por um observador que está fora do vagão. Qual
é a diferença de tempo entre os dois raios desde o ponto de vista dos
passageiros.
02 2
• 3) Mostre que c2 t2 − ~r2 = c2 t − r~0 .
• 4) A produção de energia elétrica no Brasil é de 9.1018 joules, qual
é a massa que corresponde a esta energia.
• 5) A massa do próton no repouso é mp ∝ 1 GeV. Nos raios
cósmicos se pode encontrar prótons até com energia de 107 GeV. Con-
sideremos que o próton com tal energia atravessa a galaxia pelo diâmetro.
Este diâmetro é igual à 105 anos luz. Quanto tempo leva o próton nesta
viagem desde o ponto de vista dele?
• 6) Mostre que a energia de repouso do elétron é me c2 ∝ 0, 51 Mev.
62 CAPÍTULO 4. TEORIA DA RELATIVIDADE
Capı́tulo 5
Fı́sica Quântica
63
64 CAPÍTULO 5. FÍSICA QUÂNTICA
E = hν − A
Exercı́cios
• Calcule a energia dos fótons visiveis (400 à 700 nm)
A condição é
hc hc
>A→λ<
λ A
Logo o comprimento de onda máximo é
hc 1242eV.nm
λ= = = 290nm
A 4, 3eV
• Se incide com radiação ultravioleta com um comprimento de onda
de 100 nm sobre um cátodo de aluminio. Quanto deve ser a voltagem
necessária para parar os elétrons?. AAl = 4, 3 eV
0
hν + mc2 = hν + mc2 γ
0
hν hν
= cos ϕ + mv cosψ
c c
0
hν
0= sen ϕ − mv sen ψ
c
Fazendo algumas transformações com a primeira fórmula de p, obter-
emos
0 h
∆λ = λ − λ = (1 − cos ϕ)
mc
1−cos ϕ
usando 2
= sen2 ϕ2
0 h ϕ
∆λ = λ − λ = 2 sen2
mc 2
h
onde λ0 = mc = 0.0242A0 = 2, 42.10−3 nm, é o comprimento de onda
Compton.
Desta fórmula se vé que para ϕ = 0 nós temos ∆λ = 0, para
ϕ = 900 , ∆λ = 2λ0 ( √12 )2 = λ0 e para ϕ = 1800 nós temos ∆λ = 2λ0 .
De acordo com esta fórmula a variação do comprimento de onda
é independente do própio comprimento de onda e depende exclusiva-
mente do ângulo de espalhamento ϕ.
É preciso ainda salientar que o efeito Compton acontece para os
elétrons quasi livres ou seja para os átomos não pesados ou para os
elétrons periféricos dos átomos pesados, neste caso a energia de ligação
do elétron com o átomo é da ordem de elétrons-volts o que é muito
pouco em comparação com a energia dos fótons dos raios X. Para
átomos pesados os elétrons internos estão ligados fortemente com o
núcleo, neste caso não acontece o efeito Compton ou seja a frequência
do fóton espalhado é igual a frequência do fóton incidente.
Exercicios
• Calcule o comprimento de onda de Compton do elétron
1240eV.nm
λ0 = = 0.00242 nm
0, 511.106 eV
hc 1240 eV. nm
E = pc = = = 17440 eV
λ 0, 0711 nm
hν = Em − En
En = nhν
como uma consequência de sua hipóteses, mais tarde Davisson and Ger-
mer (1927) confirmaram a existência do aspecto ondulatório na matéria,
mostrando através da difração de elétrons.
Admitindo desta forma que as partı́culas materiais possuem tanto
propriedades ondulatórias como corpusculares, de De-Broglie trans-
portou para o caso das partı́culas materiais a regra de transição de
uma forma para outra.
Supondo que nós tenhamos uma partı́cula material (elétron) com
massa m e que se move na ausência de um campo, isto é uniformemente
com velocidade v. Na forma corpuscular nós atribuimos a partı́cula a
energia E e o momento p, na forma ondulatória nós teremos correspon-
dentemente a frequência ν e o comprimento de onda λ, se estas ambas
formas representam diferentes aspectos de um mesmo objeto, então a
relação entre estas grandezas se estabelece através das relações
E = hν = h̄ω (3)
h
p = h̄~k = (4)
λ
h
λ=
p
h
λ=
mvγ
Exercicios
72 CAPÍTULO 5. FÍSICA QUÂNTICA
h 6, 6.10−34 J.s
λ= = = 8, 25.10−35 m
p 8 kg.m/s
3) Estime o comprimento de onda de De-Broglie de uma bola de
futebol que tem uma velocidade de uma distância atômica por mil anos
d 10−10 m
v= = 3 = 3.10−21 m/s
t 10 3.107 s
então o comprimento de onda é
h 6, 6.1034 J.s
λ= = −21
= 2, 75.10−12 m
p(= mv) 2, 4.10 kg.m/s
p = mvγ = α mc
h hc hc 1240 eV.nm
λ= = = 2
= 1 = 0, 33 nm
p pc α mc ( 137 )(5.105 eV )
então temos que o comprimento de onda do elétron dentro do átomo
de hidrogênio é aproximadamente igual ao tamanho do átomo.
5) Elétrons de energia cinética K = 200 MeV são espalhados por
um alvo, cujos núcleos possuem uma distribuição de carga de raio R,
produzindo uma figura de difração onde a separação média entre os
mı́nimos é de θ ' 300 , avalie R.
5.5. FUNÇÃO DE ONDA 73
E = E1 + E2
onde E1 descreve a onda que atravessa a fenda A e E2 a onda que
atravessa a fenda B. No anteparo ambas funções se cobrem e recebemos
a figura clássica de interferência de duas fendas. Este formalismo coloca
as bases da mecânica ondulatória ou mecânica quântica.
Exercicios
∆x ∆p ≥ h .
Exercicios
1) Estime a energia cinética mı́nima de uma bola de futebol confi-
nada em uma caixa de zapatos de 50 cm
∆x = 0, 5 m m = 0, 8 kg
KZe2
V = V (x, y, z) = − √
x2 + y 2 + z 2
1
sendo que K = 4πε 0
= 8, 99.109 newton metro2 /coulomb2 é a constante
de força elétrica na lei de Coulomb, que nós colocaremos K = 1, e x, y
e z são coordenadas retangulares do elétron de carga -e.
81
82CAPÍTULO 6. EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER PARA O ÁTOMO DE HIDROGE
∂ψ(x, y, z, t)
= ih̄
∂t
ou também
h̄2 2 ∂ψ
− ∇ ψ + V ψ = ih̄
2m ∂t
onde
∂2 ∂2 ∂2
∇2 = + +
∂x2 ∂y 2 ∂z 2
é chamado operador Laplaciano. Usando esta equação de onda Schrödinger
mostro que a função de onda do elétron pode assumir somente valores
discretos de energia e que esta equação que governa a esta função de-
onda pode predizer o comportamento do sistema.
6.1. EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER EM TRÊS DIMENSÕES 83
h̄2 2
− ∇ ψ(r, θ, ϕ) + V (r)ψ(r, θ, ϕ) = Eψ(r, θ, ϕ)
2m
à ! à !
1 d 2 dψ(r) 2m Ze2 2m
2
r − 2 − ψ(r) + 2 Eψ(r) = 0
r dr dr h̄ r h̄
à !
1 d 2 dψ 2m Ze2
r + (E + )ψ = 0
r2 dr dr h̄2 r
à ! à !
2
1 dψ 2d ψ 2m Ze2
2r + r + 2 E+ ψ=0
r2 dr dr2 h̄ r
ou
d2 ψ 2 dψ 2a
2
+ + (λ + )ψ = 0 (1)
dr r dr r
onde por simplicidade tomamos K = 1, ainda substituimos λ = E 2m h̄2
e
mZe2 −εr
a = h̄2 . A solução mais simples desta equação é ψ = e , visto que
é finita para r = 0 e é zero para r → ∞. Efetivamente derivando ate
segunda ordem, temos
dψ
= −εe−εr
dr
d2 ψ
2
= ε2 e−εr
dr
84CAPÍTULO 6. EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER PARA O ÁTOMO DE HIDROGE
ε2 = −λ ε=a
1 1 h̄2
(r − r2 ε) = 0 → r = = = (2)
ε a me2
2
onde nós denotamos a distância 1ε = r = a1 = me h̄
2 , e ele depende de
Z ∞
2
= |N | 4π r2 e−2r/a1 dr
0
Usando a integral
Z ∞
n!
In = rn e−δr dr =
0 δ n+1
onde δ = 2/a1 e considerando que nossa integral é de segunda ordem,
temos que
Z ∞
2 2a31 a31
I2 = r2 e−2r/a1 dr = = =
0 δ3 23 4
Logo
86CAPÍTULO 6. EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER PARA O ÁTOMO DE HIDROGE
1
1 = |N |2 πa31 → N = 3/2
π 1/2 a1
Desta forma nossa autofunção fica
1
ψ= 3/2
e−r/a1
π 1/2 a1
Esta função nós usaremos para calcular os valores esperados. Cal-
culemos o valor esperado da coordenada
Z
1 Z 2π Z π Z ∞
r= ψ ∗ rψdτ = dϕ senθ dθ re−2r/a1 r2 dr
πa31 0 0 0
4 Z ∞ 3 −2r/a1
= 3 r e dr
a1 0
onde
Z ∞
3.2 6a41 3 4
I3 = r3 e−2r/a1 dr = = = a
0 δ4 24 8 1
então o valor esperado para a coordenada é
4 3 4 3
r= a = a1
a31 8 1 2
Calculemos agora o valor esperado da energia potencial
µ ¶
2 1
U = −e
r
onde
µ ¶ Z ∞
1 1 1 4 Z ∞ −2r/a1
= 3 4π e−2r/a1 r2 dr = 3 e rdr
r πa1 0 r a1 0
e nosso I1
Z ∞
1 a2
I1 = e−2r/a1 rdr = = 21
0 ε 2
6.1. EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER EM TRÊS DIMENSÕES 87
³ ´
1
cosequentemente nossa expressão r
fica
1 4 a2 1
( )= 3 1 =
r a1 4 a1
Logo o valor esperado da energia potencial é
e2
U =−
a1
ψ ∗ ψ = (R − iI)(R + iI) = R2 − i2 I 2 = R2 + I 2
88CAPÍTULO 6. EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER PARA O ÁTOMO DE HIDROGE
• Se
ψ = ei(kr−wt) + ei(kr+wt)
h̄2 ∂ 2 ψ ∂ψ
− 2
+ V ψ − ih̄ =0
2m ∂x ∂t
e substituindo na condição de linearidade, teremos
" # " #
h̄2 ∂ 2 ψ1 ∂ψ1 h̄2 ∂ 2 ψ2 ∂ψ2
c1 − 2
+ V ψ1 − ih̄ + c2 − 2
+ V ψ2 − ih̄ =0
2m ∂x ∂t 2m ∂x ∂t
visto que c1 e c2 são arbitrários, então cada corchete é zero e conse-
quentemente ψ1 e ψ2 são soluções desta equação para o mesmo V.
• Mostre que a probabilidade do elétron encontrar-se tanto em r = 0
como em r → ∞ é P (r) = 0
~
W = −~µB (1)
6.2. MOMENTO MAGNÊTICO ORBITAL 89
µ = πr2 eν
L = mvr = 2πr2 mν
µB = 9, 27.10−24 A.m2
Agora quando atua um campo não homogêneo então ele atuará com
diferentes intensidades sobre os polos e fará com que um deles se desvie.
Calculemos esta força, para isto introduzamos a energia de interação
92CAPÍTULO 6. EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER PARA O ÁTOMO DE HIDROGE
magnêtica,
~
W = −~µB
onde ~µ é o momento magnêtico de dipolo e B é o campo magnêtico
aplicado. Logo a força exercida sobre o àtomo é
∂Bz
F = µz
∂z
A componente z do momento magnêtico é proporcional ao momento
mecânico o qual somente admite um número limitado de valores discre-
tos. Cosequentemente a linha espectral se divide pela ação do campo
magnêtico em tantas linhas espectrais individuais quanto o valor de Lz
forneçer.
O experimento mostrou que no caso do àtomo de hidrogênio, litio,
prata e metais alcalinos apareçem duas faixas simétricas. Isto mostra
que a linha se divide em duas partes pela ação do campo magnêtico,
que tem a mesma intensidade e estão em sentidos opostos.
Para poder comprender o conteúdo deste resultado é necessário lem-
brar que o estado de energia mais baixo dos àtomos de hidrogênio, litio
e prata é o estado s.
A divisão observada está condicionada ao fato que além do momento
angular que é caracterizado através do número quântico l, o elétron
possue ainda um momento própio (intrı́nseco), é dizer o momento de
spin. O fato que para l = 0 se possam obter duas faixas e não três
ou mais prova diretamente que a proyeção do spin sobre a direção do
campo somente admite dois valores
6.3. A EXPERIÊNCIA DE STERN-GERLACH E O SPIN DO ELÉTRON93
2s + 1 = 2(1/2) + 1 = 2
q
Logo temos que o valor do momento de spin é igual à S = h̄ 34 e a
proyeção sobre um eixo somente pode admitir dois valores + h̄2 e − h̄2 de
aqui ms = + 21 , − 12 .
No capı́tulo anterior nós vimos que entre o momento magnêtico e o
momento angular existe a relação
e
µ= Lz
2m
onde nós tomamos a componente z do momento angular e colocamos
Lz = 1h̄, logo obtivemos o magneton de Bohr, ou seja
eh̄
µ= = µB
2m
Supondo que a mesma relação serva para o spin, então o momento
magnêtico seria igual a metade do magneton de Bohr, visto que Sz = 12 ,
logo para sanar isto coloquemos o momento magnêtico de spin igual à
e
µs = 2 Sz
2m
e de aqui vemos que o fator orbital g, agora chamado de fator g de spin
é igual a 2 (g = 2) e consequentemente
e
µs = g Sz
2m
94CAPÍTULO 6. EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER PARA O ÁTOMO DE HIDROGE
n 1 2 3 4 5
capa K L M N O
6.4. TEORIA DA TABELA PERIÓDICA 95
2p ↑
2s ↑ ↑↓ ↑↓
1s ↑ ↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑↓
átomo H He Li Be B
cálcio igualmente ocupará o estado 4s. Só com o escándio (21 Sc) será
retomada a ocupação normal da subcamada 3d.
Uma interrupção análoga da ocupação normal acontecerá com o
rubidio (37 Rb), seu trigésimo sétimo elétron ocupará não o estado 4d,
mais o estado 5s. O trigésimo oitavo elétron do strónio (38 Sr) ocupará
também o estado 5s, mais do elemento itrium (39 Y ) até o paládio (46 P d)
a capa 4d será ocupada.
Esta interrupção também aconteçe nas terras raras. Com o quintu-
plo oitavo elétron do cério (58 Ce) começará a prencher-se a subcamada
4f que vai até o lutério (71 Lu). E no último grupo depóis do actinio
(89 Ac) está o segundo grupo de terras raras que começa com o tório
(90 T h).