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J.P.M. Pitelli
1 de outubro de 2023
2
Conteúdo
1 Relatividade Geral 5
1.1 Variedades Diferenciáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2 Vetores e Formas Diferenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.2.1 Vetores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.2.2 Formas Diferenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.3 Tensores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.4 Métrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.5 Derivada Covariante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.6 Simetrias e vetores de Killing . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.7 Curvatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.8 Hipersuperfı́cies . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.9 Diagramas de Penrose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
1.10 Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3
4 CONTEÚDO
5 Efeito Unruh 57
5.1 O espaço tempo de Rindler . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
5.2 Quântização em Rindler . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
5.2.1 Coeficientes de Bogoliubov . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
5.2.2 O banho térmico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
6 Detectores de Unruh-DeWitt 67
6.1 Interação detector/campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
6.2 Detector para trajetórias inerciais em Minkowksi . . . . . . . . . 68
6.3 Outras trajetórias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
6.3.1 Função de Wightman . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
6.3.2 Detector em trajetórias uniformemente aceleradas . . . . 71
6.4 Condição KMS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
6.5 Detector no vácuo conforme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
6.6 O espaço-tempo de de Sitter . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
6.6.1 Coordenadas globais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
6.6.2 Coordenadas conforme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
6.6.3 Coordenadas estáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
6.7 Teoria quântica de campos em de Sitter . . . . . . . . . . . . . . 77
6.8 Detector de Unruh-de Witt para um observador estático no polo
sul . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
6.9 Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
Relatividade Geral
5
6 CAPÍTULO 1. RELATIVIDADE GERAL
Note que as derivadas parciais @x@ µ são um caso particular desta definição
(quando tomamos ~u = x̂i em coordenadas cartesianas) e que a estrutura li-
near foi utilizada de forma decisiva na soma ~x + h~u na Eq.(1.2).
Entretanto, a idéia por trás da relatividade geral - que a gravitação é uma
manifestação da curvatura do espaço-tempo - nos leva a possibilidade de tra-
balharmos em espaços mais complicados que o Rn . Aı́ surge uma questão fun-
damental: como desenvolvemos uma espécie de cálculo - e, consequentemente,
como apresentamos uma lei da fı́sica - nestes espaços?
Para respondermos a esta pergunta, devemos introduzir o conceito de varie-
dades diferenciáveis. Informalmente, uma variedade diferenciável n-dimensional
é um espaço possivelmente curvo e com topologia possivelmente complicada, mas
que localmente se parece com o Rn . Mas o que queremos dizer com “localmente
se parece com o Rn ”?
Vamos introduzir matematicamente a noção de variedades, discutindo a im-
portância de cada pedaço de sua definição e a relação com as idéias fı́sicas
discutidas acima:
Uma variedade diferenciável n-dimensional é um espaço topológico, junta-
mente com uma coleção de subconjuntos {O↵ }, tais que:
g⇤ f = f g : M ! R.
ou seja, dada uma curva que passa por p 2 Rn , associamos o “vetor tangente”
à esta curva em p da forma
@
~˙ (0) ⌘ ẋi (0) , (1.5)
@xi p
d
˙ (0)(f ) = f ( (t)) . (1.6)
dt t=0
10 CAPÍTULO 1. RELATIVIDADE GERAL
@ @y j @
˙ (0)(f ) = ẋi (0) f = ẋi (0) f, (1.8)
@xi p @xi @y j p
@y j i @
onde vemos que ẏ j (0) = @xi ẋ (0). De forma geral, dado um vetor v = v i @xi p 2
0
i i
Tp M e uma mudança de coordenadas x ! x , temos
0
0 @xj
vj = vi . (1.9)
@xi
Podemos também enxergar o vetor g⇤ v notando que v = ˙ (0), com (t) curva
em M tal que (0) = p. Assim, g (t) é uma curva em N com g (0) = g(p)
e g⇤ v = (g )0 (0). Entretanto, é convencional entre os fı́sicos denoteram um
vetor v = v i @µ apenas por v i . Desta forma, vemos que @i se transforma de
maneira covariante como
@xi
@j 0 = @i ,
@xj 0
mas v i se transforma de forma contravariante
0
0 @xj i
vj = v.
@xi
isto é
@ @
˙ (0) = + .
@x p @y p
p
Note, finalmente, que ~˙ (0) = (1, 1,
p 2) é o push forward do vetor ˙ (0) = @x +@y
pelo mapa g ⌘ ' 1 (x, y) = (x, y, x2 + y 2 ) uma vez que
d p
(g⇤ ˙ (0))f = f (t + 1, t + 1, 2(t + 1))
dt t=0
⇣ p ⌘
= @x |p + @y |p + 2 @z |p f,
p
enquanto ~˙ (0) é o push forward de ˙ (0) = 2@r pelo mapa h = 1
, já que
d p p p
(h⇤ ˙ (0))f = f ( 2(t + 1) cos ⇡/4, 2(t + 1) sin ⇡/4, 2(t + 1))
dt t=0
⇣ p ⌘
= @x |p + @y |p + 2 @z |p f.
@xi i0
!(v) = !i v i = !i v , (1.11)
@xi0
de onde concluı́mos que
@xi
!j 0 =
!i . (1.12)
@xj 0
Dada a dimensão finita n para Tp M , temos que Tp M é algebricamente re-
flexivo de forma que Tp M ' Tp M ⇤⇤ (resultado bem conhecido de análise fun-
cional). Desta forma, apenas Tp M e Tp M ⇤ são fundamentais. Generalizamos
as formas diferencias para uma vizinhança V de p, dizendo que ! é suave se
!(v) : V ! R é suave sempre que v é suave. Isto equivale a dizer que as
funções coordenadas !↵ (x) são C 1 .
Se tivermos um mapa g : M ! N , contruiremos um mapa ⇤ : Tq⇤ N !
Tp⇤ M , com q = g(p) da forma
@y ⌫¯ @y ⌫¯
(g⇤ !)(v) = !(v µ µ
@⌫¯ ) = v µ µ !⌫¯ ,
@x @x
o que nos mostra que !µ se transforma de maneira covariante, já que
@y ⌫¯
!µ = !⌫¯ .
@xµ
1.3 Tensores
Graças a relação Tp M ' Tp M ⇤⇤ , dado um vetor v 2 Tp M , ele pode ser visto
como um funcional linear em Tp M ⇤ da forma
Temos assim v 2 Tp M ) v : Tp M ⇤ ! R e ! 2 Tp M ⇤ ) ! : Tp M ! R.
Porque não definimos então uma aplicação multilinear T : Tp M ⇥ · · · ⇥ Tp M ⇥
Tp M ⇤ ⇥ · · · ⇥ Tp M ⇤ ! R? A esta aplicação damos o nome de tensores. Além
disso, dado um sistema de coordenadas {xi }, temos {@/@xi } e {dxi } bases de
Tp M e Tp M ⇤ , respectivamente, de forma que
@ @
T = T i1 ,...,imj1 ...jn ⌦ ··· ⌦ ⌦ dxj1 ⌦ · · · ⌦ dxjn , (1.14)
@xi1 @xim
1.4 Métrica
Um tensor de extrema importância em relatividade geral é o tensor métrico g,
também denotado por
Este tensor deve ser simétrico gij = gji e não degenerado, isto é, se g(u, v) = 0
8 v, então u = 0. Em geometria Riemanniana,
p também exigimos g positivo
definido, de forma que p g(u,v) p e g(u, u) definem o cosseno do ângulo
g(u,u) g(v,v)
entre u e v e a norma de u, respectivamente.
O exemplo mais simples e conhecido é a métrica Euclidiana em Rn dada por
Exemplo 4. (Métrica Euclidiana)
ds2 (u, v) = 0, kuk2 = ds2 (u, u) = r2 , kvk2 = ds2 (v, v) = r2 sin2 ✓, (1.22)
de forma que u e v são ortogonais, mas não estão normalizados. Isto pode
ser interpretado da seguinte maneira: podemos interpretar o vetor @/@✓ como
df (r,✓+t, ) @f (r,✓, )
˙ (0)(f ) = dt = @✓ . A velocidade da curva ! (t) = (r, ✓+t!, )
t=0
é dada por ! · r. Desta forma, o tamanho do vetor velocidade da curva (t) é
dado por r ⇥ 1.
14 CAPÍTULO 1. RELATIVIDADE GERAL
com ( ˙ ) = d
d
. Se tomarmos = t, temos
Z tB p
⌧= 1 |~v |2 dt, (1.28)
tA
de forma que a curva com o maior tempo próprio ligando os pontos (tA , ~x) e
(tB , ~x) é a trajetória (t, ~x) (a trajetória do gêmeo que não viaja, no paradoxo
dos gêmeos).
Exemplo 8. (A corda cósmica) O espaço-tempo 1 + 2-dimensional em que cada
seção espacial tem a geometria cônica tem a métrica
ds2 = dt2 + dr2 + c2 r2 d✓2 . (1.29)
Introduzido uma coordenada cilı́ndrica z, temos a métrica de uma corda cósmica
ds2 = dt2 + dr2 + c2 r2 d✓2 + dz 2 . (1.30)
1.5. DERIVADA COVARIANTE 15
Entretanto, a Eq. (1.37) nos dá uma dica: a equação da geodésica deve ter
a forma
ẍµ + µ↵ ẋ↵ ẋ = 0, (1.38)
com µ↵ dependente das coordenadas e tal que µ
↵ = 0 em coordenadas carte-
sianas.
Definindo o vetor velocidade v µ = ẋµ , temos
@ µ
v⌫ v + v⌫ µ
⌫↵ v
↵
⌘ v ⌫ r⌫ v µ = 0, (1.39)
@x⌫
onde utilizamos ẋ⌫ @x@ ⌫ (f ) = dtd
(f ), com (t) = xµ (t).
Vamos agora exigir que a equação acima independa de coordendas. Temos,
0
nas coordenadas xµ
0 ✓ µ ◆
@x⌫ ⌫ 0 @x↵ @ @x µ0 @x⌫ ⌫ 0 µ @x↵ µ0
0= 0 v 0 0 v + v ⌫↵ µ0 v
@x ⌫ ⌫
@x @x ↵ @x µ @x⌫ 0 @x
@xµ ↵0 ⌫ 0 @ µ0 0 0 @ 2 µ
x 0 @x ⌫
@x↵ ⌫ 0 µ0 µ
= 0 v v + ⌫↵0 v ⌫ vµ + v v ↵⌫
@xµ0 ⌫ @x↵0 @x↵0 @xµ0 @x⌫ 0 @xµ0 !
0
µ0
@xµ ↵0 @ µ0 ⌫ 0 @x
⌘
@x⌫ @x↵ µ µ0 ⌫ 0 @x @x↵ ↵0
= v v +v v +v v .
@xµ0 @x↵0 @xµ @x⌫ 0 @x⌘0 ↵⌫ @x↵ @x⌫ 0 @x↵0
(1.40)
Vemos assim que para que a Eq. (1.39) seja preservada, devemos ter
0 0
µ0 @x⌘ @x⌫ @x↵ µ @xµ @xµ
↵0 ⌫ 0 = ↵⌫ + , (1.41)
@xµ @x⌫ 0 @x⌘0 @x @x↵0 @x⌫ 0
µ
que não é uma transformação tensorial. Isso é de se esperar, uma vez que se
fosse uma equação tensorial, ↵ = 0 em coordenadas cartesianas implicaria
que ↵ = 0 em qualquer sistemas de coordenadas.
Mas afinal, como obtemos a equação 1.39 de primeiros princı́pios? Para isso,
vamos defnir a derivada covariante de um tensor, isto é,
µ 1 µ
↵ = g (@↵ g + @ g↵ @ g↵ ). (1.48)
2
Dada uma curva xµ ( ) e um campo vetorial V µ definido na vizinhança da
curva, definimos a derivada de V µ ao longo da curva xµ da forma
D µ dx↵ dx↵ dx↵ µ
V = r↵ V µ = @↵ V + µ↵⌫ V . (1.49)
d d d d
Desta forma, um campo vetorial é transportado paralelamente ao longo da curva
µ
xµ quando DVd = 0.
Exemplo 10. (Transporte paralelo) O campo vetorial V = @✓ em S 2 é transpor-
tado paralelamente ao longo da curva ✓(t) = t, (t) = 0 uma vez que (exercı́cio)
d✓(t) @ d✓(t) ✓ ˙
(V ✓ ) + ✓✓ ✓(t)V
✓
=0+ ✓
✓✓ = 0. (1.50)
dt @✓ dt
Uma curva xµ ( ) é dita geodésica quando seu vetor tangente ẋµ é transpo-
tado paralelamente ao longo da própria curva xµ ( ). Isto é,
✓ ◆
dxµ @ ⌫ ⌫ ↵
ẋ + µ↵ ẋ = ẍ⌫ + ⌫↵ ẋ↵ ẋ = 0, (1.51)
d @xµ
e recuperamos a equação (1.39).
18 CAPÍTULO 1. RELATIVIDADE GERAL
W ⌫ (p + dx) W̃ ⌫ (p + dx)
LV W ⌫ = lim
dt!0 dt
W ⌫ (p + V µ dt)
( µ⌫ + @µ V ⌫ dt)W µ (p)
= lim
dt!0 dt (1.54)
W ⌫ (p) + V ↵ @↵ W ⌫ dt W ⌫ (p) W @ V ⌫ dt
= lim
dt!0 dt
= V ↵ @↵ W ⌫ W @ V ⌫
L V W ⌫ = V µ rµ W ⌫ W µ rµ V ⌫ , (1.55)
pela simetria dos sı́mbolos de Christo↵el. Além disso, a derivada de Lie é a forma
natural de expressar, de uma maneira covariante, a invariância de um tensor por
uma mudança de posição. Nos exercı́cios você será guiado a encontrar a derivada
de Lie de um tensor arbitrário.
Exemplo 11. Simetrias em Minkowski Sabemos que o espaço-tempo de Min-
kowski possui 10 simetrias. São elas: 4 translações, 3 rotações e 3 boosts. Cada
translação pode ser vista de maneira simples dado que a métrica
L V ⌘ ↵ = V ⌫ r⌫ ⌘ ↵ r↵ V ⌫ ⌘⌫ r V ⌫ ⌘↵⌫ = rµ ⌘↵ r ⌘µ r↵ ⌘µ↵ = 0.
(1.57)
Em geral, dado uma simetria qualquer X µ , devemos ter
r↵ X + r X↵ = 0. (1.58)
1.7. CURVATURA 19
1.7 Curvatura
Consideremos o tensor [rµ , r⌫ ]V ⇢ ⌘ rµ r⌫ V ⇢ r⌫ rµ V ⇢ , dado um vetor qual-
quer V ⇢ . Podemos mostrar que
⇣ ⌘
[rµ , r⌫ ]V ⇢ = @µ ⇢ ⌫ @⌫ ⇢ µ + ⇢µ ⌫ ⇢
⌫ µ V ⌘ R⇢ µ⌫ V . (1.60)
1. R⇢ µ⌫ = R⇢ ⌫µ ;
2. R⇢ µ⌫ =R ⇢µ⌫ ;
3. R⇢ µ⌫ = Rµ⌫⇢ ;
R = Rµµ . (1.62)
rµ Gµ⌫ = 0. (1.63)
Aµ = T r (T ⌘ r⌘ S µ ) = T r (S ⌘ r⌘ T µ ) = T ⇢ (r⇢ S )r T µ + T ⇢ S (r⇢ r T µ )
= (S ⇢ r⇢ T )(r T µ ) + T ⇢ S (r r⇢ T µ + Rµ⌫⇢ T ⌫ )
(( ( hh (( (
=((S(⇢
r(
⇢T(( )(r T µ ) + S rh(T
h⇢h rh µ
⇢ Th
h) ( S( ((
(r T ⇢(
)(r µ µ ⌫ ⇢
⇢ T ) + R ⌫⇢ T T S
= Rµ⌫⇢ T ⌫ T ⇢ S ,
(1.69)
onde foi utilizada a equaçãoda geodésica T ⇢ r⇢ T µ = 0. Com isso concluı́mos que
o tensor de Riemman dita a aceleração relativa entre geodésicas. Em Minkowski
essa aceleração é nula, mas também Rµ⌫⇢ = 0.
Duas curvas inicialmente paralelas em um espaço-tempo cônico se cruzam
desqde que elas estejam em lados opostos do ápice do cone (ver Fig. 1.5). Isto
acontece porque o ápice tem uma curvatura do tipo delta de Dirac concentrada.
1.8 Hipersuperfı́cies
Dada uma variedade Lorentziana n-dimensional, podemos definir uma hipersu-
perfı́cie ⌃ ⇢ M de duas maneiras:
rado por uma corda cósmica tem a forma de
A imagem da fig.1, ilustra o déficit de angulo planar,
no plano perpendicular à corda. Sendo plano,
no plano (r, ) ortogonal à disposição da corda cósmica.
z às equações de Einstein em toda região onde
Pois, segundo a métrica apresentada em (8), a corda
cósmica que preserva a simetria de boost ao longo do
o da corda é portanto, introduzir um déficit no
eixo z deve estar disposta nesta mesma direção.
imutal dado por = 8 Gµ no que resulta
perfı́cie t = constante e z = constante tem
de um cone ao invés de um plano, o qual será 4. Vórtices Abelianos
o no limite da estrutura interna da corda indo
. Neste caso, o espaço-tempo correspondente Para descrevermos as cordas cósmicas idealizadas, ou seja,
e melhor descrito em coordenadas cilı́ndricas cordas cósmicas estáticas, com distribuição de matéria
simetria do problema. infinita concentrada ao longo do eixo z e cuja a estru-
metria acima descrita apresenta muitas carac- tura interna pode ser desprezı́vel, usaremos o modelo
interessantes, tais como: de Nielsen-Olesen. Neste sentido, acoplando o tensor
energia-momento,
1.8. HIPERSUPERF ÍCIES associado a esta teoria, às equações de 21
ência de potencial gravitacional newtoniano,
ora isto não implique na ausência de efeitos
vitacionais. Isto é, uma partı́cula colocada na
ença de uma corda cósmica não será atraı́da por
qualquer que seja a ordem de grandeza da densi-
e de massa da corda, o que é bastante diferente
previsto pela corda de matéria da gravitação de
wton, em outras palavras, as cordas cósmicas
suem um potencial gravitacional nulo [33];
cit de ângulo planar igual a = 8 Gµ [33]; Figura 1: Déficit de angulo planar do espaço-tempo.
Figura 1.5: Encontro de geodésica inicialmente paralelas no espaço-tempo
cônico.
sileira de Ensino de Fı́sica, vol. 40, nº 2, e2317, 2018 DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2017-0274
xµ = xµ (y a ), a = 1, 2, . . . , n 1, (1.70)
(xµ ) = 0. (1.71)
@(·)
Neste caso o vetor ,↵ (denotamos aqui @x ↵ por (·),↵ ) é normal a ⌃ uma
↵
vez que se v é tangente a ⌃, então v pode ser visto como vetor tangente
˙ (0) a uma curva (t) = xµ (t) contida em ⌃. Como é constante nesta
curva temos
d
0= ( (t)) = v ↵ ,↵ . (1.72)
dt t=0
ds2 ⌃
= gµ⌫ eµa e⌫b dy a dy b ⌘ hab dy a dy b . (1.76)
d⌃µ = nµ d⌃ = nµ |h|1/2 dn 1
y. (1.77)
22 CAPÍTULO 1. RELATIVIDADE GERAL
j ↵;↵ = 0. (1.79)
⇡/2 < U = arctan u < ⇡/2, ⇡/2 < V = arctan v < ⇡/2. (1.86)
Ficamos com
1 ⇥ ⇤
ds2 = 2(dU dV + dV dU ) + sin2 (U V )d⌦2 . (1.87)
4 cos2 U cos2 V
Voltando a coordenadas temporal T e radial R da forma
temos
ds2 = ! 2
(T, R)( dT 2 + dR2 + sin R2 d⌦2 ), (1.89)
com !(T, R) = 2 cos U cos V = cos T + cos R. Desta forma, a métrica
Note that i+ , i0 , and i are actually points, since R = 0 and R = ⇡ are the
3 +
Figura 1.8: Diagrama de Penrose para Minkowski.
north and south poles of S . Meanwhile, I and I are null surfaces, with
the topology of R ⇥ S 2 .
The conformal diagram for Minkowski spacetime contains a number of
important features: radial null geodesics are at the ±45 angle in the dia-
gram. All timelike geodesics begin at i and end at i+ . All null geodesics
+
i : infinito futuro do tipo-tempo,
begin at I and end at I + ; all spacelike geodesics both begin and end at
i0 . On the other hand, there can be non-geodesic timelike curves that end
at null infinity (if they become “asymptotically null”).
i : infinito futuro do tipo-tempo,
1.2. Examples
i0 : infinito espacial,
When we put polar coordinates on space, the metric becomes:
⇣ ⌘
ds2 = dt2 + t2q dr2 + r2 d⌦2 (14)
I+ : infinito futuro tipo-luz,
Carter-Penrose˙diagrams printed onthis
Julymetric
6, 2010and the one 5
with 0 < q < 1. The crucial di↵erence between
of Minkowski space is a singularity at t = 0, what restricts the range of
I : infinito futuro tipo-luz.
coordinates:
We choose new time coordinate ⌘ called conformal time, which satisfies:
0 < t < 1, 0 r < 1. (15)
0 2R, 0 < T
dt = t2q, Td⌘
+R2 < ⇡. (19)
(1.93)
The metric (18) becomes:
e teremos ds2 = ! 2 2qR)
(T,
⇣
dT 2 + dR2 + sin2 Rd⌦2
⌘
(20)
ds2 = [(1 q)⌘] 1 q ( d⌘ 2 + dr2 + r2 d⌦2 ), (1.94)
Once again we expressed our metric as a conformal factor times that of
com a mesma estrutura conforme que o espaço-tempo de Minkowski. Levando
the Einstein static universe. The di↵erence between this case and that of
flat spacetime is that timelike coordinate ends at singularity T = 0
em considerações os limites corretos teremos, do diagrama da Fig. 1.9
Fig. 4. Conformal diagram for a Robertson-Walker universe.
with ranges
⇡/2 < u < +⇡/2, ⇡/2 < v < +⇡/2, ⇡ <u +v <⇡ . (29)
1.10 Exercı́cios
intuitive picture of the whole spacetime and its signularities, thus while
comparing di↵erent spacetimes it is much easier to compare their conformal
diagrams than metrics themselves.
⌘µ⌫ dxµ dxµ = 0 , ⌘µ⌫ dx̄µ dx̄⌫ = ⌘µ⌫ ⇤µ↵ ⇤⌫ dx↵ dx = 0. (2.3)
27
28CAPÍTULO 2. TEORIA QUÂNTICA DE CAMPOS NO ESPAÇO-TEMPO DE MINKOWKSI
Note que f depende apenas do módulo de ~v , caso contrário terı́amos uma direção
privilegiada. Além disso, esperamos que a transformação ⇤( ~v ) no referencial
x̄µ nos retorne ao referencial xµ , isto é,
⇥ ⇤
ds2 = ds̄¯2 = f (|~v |)ds̄2 = f (|~v |) f (|~v |)ds2 ]f (|~v |)2 ds2 ) f (|~v |) = 1. (2.5)
'(x̄)
¯ = '(x). (2.7)
Para garantirmos a lei de transformação (2.7), ' e '¯ devem satisfazer a mesma
equação de movimento. Note que
@x⌫
@¯µ '(x̄)
¯ = @⌫ '(x) = (⇤ 1 ⌫
) µ '(x), (2.8)
@ x̄µ
@
com @µ = @xµ . Desta forma
@¯2 '(x̄)
¯ = ⌘ µ⌫ @¯µ @¯⌫ '(x̄)
¯ = ⌘ µ⌫ (⇤ 1 ↵
) µ (⇤ 1 ) ⌫ @↵ @ '(x)
↵ 2
(2.9)
=⌘ @↵ @ '(x) = @ '(x),
onde utilizamos ⌘ µ⌫ (⇤ 1 ↵
) µ (⇤ 1 ) ⌫ = ⌘ ↵ . Assim,
(@¯2 + m2 )'(x̄)
¯ = (@ 2 + m2 )'(x), (2.10)
(@ 2 + m2 )' = 0 (2.11)
1 µ
L(x) = @ '(x)@µ '(x) m2 '2 (x). (2.13)
2
Note que também poderı́amos ter termos do tipo
Z
'(x)'(x + a), d4 yf (x, y)'(x)'(y),
mas isto implicaria em uma teoria não local. Assim como em todos os cursos
usuais de teoria quântica de campos, traballharemos apenas com teorias locais,
onde a dependência espaço-temporal da Lagrangiana vem através (apenas) da
dependência espaço-temporal dos campos envolvidos.
Variando a ação Z
S['] = L(', ',↵ )d4 x, (2.14)
V
'|@V = 0, (2.15)
temos Z
@L @L
S= '+ ',↵ d4 x
V @' @' ,↵
Z " ✓ ◆ ✓ ◆ #
@L @L @L
= '+ ' ' d4 x (2.16)
V @' @',↵ ,↵ @',↵ ,↵
Z " ✓ ◆ # Z
@L @L @L ⇠⇠ ⇠
= 'd4 x + ⇠⇠⇠⇠'d⌃↵ ,
V @' @',↵ ,↵ ⇠@V @',↵
isto é, ✓ ◆
@L @L
S=0) = 0. (2.17)
@' @',↵ ,↵
Exemplo 19. A ação dada pela Eq. (2.13) nos leva à equação de Klein-Gordon
(exercı́cio).
@L
⇧(x) = = '(x)
˙ (2.19)
@ '˙
e Z Z
H(t) = d3 H = d3 x (⇧'˙ L)
Z ✓ ◆ (2.20)
1 2 1 ~ 2 1 2 2
= d3 x ⇧ + (r') + m ' ,
2 2 2
com a integral sob a hipersuperfı́cie dada por t = constante.
Note que
Z h i
dH ˙ + (r' · r')
= d3 x ⇧ ⇧ ˙ + m2 ''˙
dt
Z h i
((
= d3 x ⇧ ⇧ ˙ +( r( '˙ ·(
· (( r') ˙ 2 ' + m2 ''˙
'r
Z (2.21)
⇥ ⇤
= d3 x '¨ r2 ' + m2 ' '˙
= 0,
onde utilizamos a equação de Klein-Gordon (2.11) e supomos que ' tende a zero
suficientemente rápido no infinito.
@L @L
↵ L= ↵ '+ @µ (↵'),
@' @',µ
e teremos
✓ ◆ ✓ ◆
@L @L @L
↵@µ ' +↵ @µ ' = ↵@µ Iµ , (2.24)
@(@µ ') @' @',µ
2.2. O CAMPO ESCALAR 31
'(x)
¯ = '(x + a) = '(x) + am u@µ '(x).
T 0i = 'r'.
˙ (2.32)
xµ ! ( µ
⌫ ! µ⌫ )x⌫ (2.33)
L ! L + ! µ⌫ x⌫ @µ L.
Assim
@L
jµ = ! ↵ x⌫ @ ↵ ' ! ↵⌫ x⌫ µ
↵L
@(@µ ') ⌫ (2.34)
= !↵⌫ x⌫ T µ↵
Desta forma, temos (pela antisimetria de !µ⌫ - ver abaixo)
Mµ↵ = T µ↵ x T µ x↵ , (2.35)
32CAPÍTULO 2. TEORIA QUÂNTICA DE CAMPOS NO ESPAÇO-TEMPO DE MINKOWKSI
com
@µ M µ↵ = 0 (2.36)
e Z Z
M↵ = d3 xM0↵ = d3 x(x↵ P x P ↵) (2.37)
Z ⇣ ⌘ (2.39)
~
= d3 keik·~x A⇤ ( ~k)ei!~k t + B ⇤ ( ~k)e i!~k t
,
isto é,
B ⇤ ( ~k) = A(~k). (2.40)
Temos assim
Z h i
d3 k ~ i~
'(t, ~x) = 3/2
p a(~k)eik·~x i!~k t
+ a⇤ (~k)e k·~
x+i!~k t
, (2.41)
(2⇡) 2!~k
p
com o fator (2⇡)3/2 2!~k inserido por conveniência futura.
Como '(t, x) em (2.41) é solução de uma equação de segunda ordem no
tempo, depende das condições iniciais '(t0 , ~x) e @t '(t0 , ~x). Desta forma
Z h i
d3 k ~k)ei~k·~x i!~k t0 + a⇤ (~k)e i~k·~x+i!~k t0 ,
'(t0 , ~x) = p a(
(2⇡)3/2 2!~k
Z 3 h i
d k ~k)ei~k·~x i!~k t0 a⇤ (~k)e i~k·~x+i!~k t0 ,
@t '(t0 , ~x) = p ( i! ~
k ) a(
(2⇡)3/2 2!~k
(2.42)
o que implica que
Z
a(~q ) a⇤ ( ~q ) i!q~t
d3 xe i~q·~x '(t0 , ~x) = (2⇡)3/2 p e i!q~t + (2⇡)3/2 p e ,
2!q~ 2!q~
Z
a(~q ) a⇤ ( ~q ) i!q~t
d3 xe i~q·~x @t '(t0 , ~x) = (2⇡)3/2 ( i!q~ ) p e i!q~t (2⇡)3/2 ( i!q~ ) p e
2!q~ 2!q~
(2.43)
logo Z
1 1 ~
a(~k) = d3 x '(t0 , ~x)(!~k ) p ei!~k t0 e ik·~x
(2⇡)3/2 2!~k
Z
1 1 ~
+ d3 x i@t '(t0 , ~x) p ei!~k t0 e ik·~x , (2.44)
(2⇡)3/2 2!~k
Z
$
= i d3 x'(t0 , ~x) @ t u~⇤k (t0 , ~x)
2.3. QUANTIZAÇÃO DO CAMPO ESCALAR 33
i~
k·~
x i!~ t
e p k
com u~k (t, ~x) = 2!~k
. Note que apesar da dependência explı́cita em t0 na
equação acima, temos que a(~k) é independente do tempo (exercı́cio).
O Hamiltoniano do sistema pode ser escrito da forma (como função dos
modos a(~k) e a⇤ (~k)) (exercı́cio)
Z h i
1
H= d3 k!~k a⇤ (~k)a(~k) + a(~k)a⇤ (~k) . (2.45)
2
[qi , qj ] = 0,
[pi , pj ] = 0, (2.46)
[qi , pj ] = i ij .
Para um campo '(t, ~x), os ı́ndices i são contı́nuos e denotados por ~x, onde
obtemos as relações de comutação (a tempos iguais)
[a~k , ap~ ] = 0,
[a~† , a†p~ ] = 0, (2.48)
k
[a~k , a†p~ ] = (~k p~).
ignorar este termo, uma vez que experimentos só medem diferenca de energia.
Desta forma, temos
[H, a~k ] = !~k a~k ,
(2.52)
[H, a~† ] = !~† a~k .
k k
teremos Z
P~ = d3 k~ka~† a~k . (2.54)
k
⇤µ⌫ = µ
⌫ + ! µ⌫ . (2.55)
Desta forma
!↵ = ! ↵, (2.57)
isto é, !µ⌫ é antisimétrico - possui 6 elementos independentes (3 rotações e 3
boosts).
Em teoria quântica, simetrias são representadas por operadores unitários,
uma vez que esses operadores conservam produto interno (logo, probabilidades).
Isso significa que associamos a cada transformação de Lorentz ⇤ um operador
unitário U (⇤) tal que
U (⇤0 ⇤) = U (⇤0 )U (⇤). (2.58)
Para uma transformação infinitesimal, temos
i
U (1 + !) = I + !µ⌫ M µ⌫ , (2.59)
2~
com M µ⌫ = M µ⌫ um conjunto de operadores Hermitianos - os geradores do
grupo de Lorentz. Através da relação U (⇤) 1 U (⇤0 )U (⇤) = U (⇤ 1 ⇤0 ⇤), com
⇤ = 1 + ! e ⇤0 = 1 + ! 0 , podemos mostrar que (trabalhando até primeira ordem
em !)
1
!µ⌫ U (⇤) M µ⌫ U (⇤) = !µ⌫ ⇤µ⇢ ⇤⌫ M ↵ ) U (⇤) 1
M µ⌫ U (⇤) = ⇤µ⇢ ⇤⌫ M ↵ ,
(2.60)
isto é, cada ı́ndice se transforma segundo uma transformação de Lorentz.
Considere agora o operador U (I, a) = I+iaµ P µ representrando uma translação
infinitesimal xµ ! xµ + aµ . Neste caso esperamos que o gerador P µ se trans-
forme como vetor da forma (exercı́cio)
1
U (⇤) P µ U (⇤) = ⇤µ⌫ P ⌫ , (2.61)
2.3. QUANTIZAÇÃO DO CAMPO ESCALAR 35
ou
[Ji , H] = 0,
[Ji , Pj ] = i~✏ijk Pk ,
[Ki , H] = i~Pi ,
(2.65)
[Ki , Pj ] = i~ ij H,
[Pi , Pj ] = 0,
[Pi , H] = 0.
Como é de se esperar, é posssı́vel mostrar que os operadores
Z
P µ = d3 xT 0µ ,
Z (2.66)
M ↵ = d3 x(T 0↵ x T 0 x↵ )
p
O estado |~
pi = !p~ a†p~ |0i não está normalizado. Porém
p|~ki = !p~ (~
h~ p ~q ) (2.68)
Analogamente
P~ |pi = p~|pi. (2.70)
Interpretamos assimo estado |~
pi como o estado de uma partı́cula com energia
!p~ e momento p~.
36CAPÍTULO 2. TEORIA QUÂNTICA DE CAMPOS NO ESPAÇO-TEMPO DE MINKOWKSI
Desta forma
U (⇤)|pi = |⇤pi. (2.72)
Além disso, para o vácuo |0i, temos
P µ |0i = 0 (2.73)
Desta forma
M ↵ |0i = c↵ |0i, (2.75)
↵ ↵ ↵
com c números. Como [M ,M ] = i⌘ M + · · · , temos
(c c↵ c↵ c ) = i(⌘ c↵ + · · · ) (2.77)
temos
1
T (a) '(x)T (a) = '(x a). (2.84)
2.3. QUANTIZAÇÃO DO CAMPO ESCALAR 37
Note que
U (⇤) @ '(x)U (⇤) = ⇤µ⇢ @¯⇢ '(⇤
1 µ 1
x), (2.86)
onde @ ⌘µ
⌘ µ⌫ @x@ µ , @¯⇢ ⌘ ⌘ ⇢⌫ @@x̄⌫ . Derivando mais uma vez a equação acima
chegamos em
U (⇤) 1 2
@ '(x)U (⇤) = @¯2 '(⇤ 1
x), (2.87)
2
isto é, @ ' é um invariante de Lorentz.
a⇤ (u)(u1 · · · un ) = u u1 · · · un ,
Xn
(2.93)
= a⇤ (u)(u1 · · · un ) = hu, ui iu1 . . . ûi . . . un ,
i=1
com ˆ significando que o vetor foi retirado. Note que assim, temos
a⇤ (|ui)|0i = |ui,
(2.94)
a(|ui)|0i = 0.
1 ⇣ ⌘1 n~k ⇣ ⌘m n~k
|1 n~k1 , · · · , m n~km i = q a~† · · · a~†
1 m
|0i, (2.99)
1n ! · · · mn k1 km
~
k1 ~km !
com
a~k |0i = 0 8 ~k. (2.100)
Note que
X
h1 n~k1 , · · · r n~kr |1 mq~1 · · · s mq~s i = rs 1n
~k (1)
1m
q
~1
··· rn
~k (r)
rm
q
~r
(2.101)
2Sr
e X
h1 n~k1 , · · · r n~kr |N |1 n~k1 · · · s n~ks i = i
n~ki ,
X
h1 n~k1 , · · · r n~kr |H|1 n~k1 · · · s n~ks i = i
n~ki !~ki ,
(2.102)
,
X
h1 n~k1 , · · · r n~kr |P~ |1 n~k1 · · · s n~ks i = i
n~ki ~ki ,
2.4 Exercı́cios
Exercı́cio 15. Desenvolva os cálculos para o exemplo 19.
Exercı́cio 16. Desenvolva os cálculos para o exemplo 20.
Exercı́cio 17. Mostre que a(~k) na equação (2.44) é independente do tempo.
Exercı́cio 18. Deduza a Eq. (2.45).
Exercı́cio 19. Mostre que as relações de comutação a tempos iguais dada pela
Eq. (2.47) lavam à Eq. (2.48).
Exercı́cio 20. Deduza Eq. (2.49).
2.4. EXERCÍCIOS 39
d) Defina Z
P~ = d3 x⇧(x)'(x).
˙ (2.103)
a)
1
U (⇤) a~k U (⇤) = a⇤ 1~
k ,
1 †
(2.104)
U (⇤) a~ U (⇤) = a† 1~
.
k ⇤ k
b) U (⇤)|~ki = |⇤~ki.
Exercı́cio 26. Mostre que eiHt a~k e iHt = a~k e i!~k t e eiHt a~† e iHt = a~† ei!~k t .
k k
Conclua, com a ajuda do exercı́cio anterior que o vácuo |0i é um invariante de
Poincaré.
Exercı́cio 27. Utilize as relações de comutação para mostrar que
Quantização do Campo
Escalar em Espaços-tempo
Curvos
(⇤ m2 )'(x) = 0, (3.1)
41
42CAPÍTULO 3. QUANTIZAÇÃO DO CAMPO ESCALAR EM ESPAÇOS-TEMPO CURVOS
M e R ⇥ ⌃ com o primeiro fator determinado por uma função tempo suave t tal
que ⌃t é superfı́cie de Cauchy. Além disso, pode-se mostrar que M é fortemente
causal.
Hamiltonian p
@L Formulation of General
⇧⌘
Relativity = gg 0µ @µ ' = h1/2 nµ @µ '. (3.19)
@(@ ') 0
The formulation discussed here is called the ADM (Arnowitt-Deser-Misner)
formulation and was first proposed in 1962. In some literature it is also
Assim referred to as the Cauchy or 3+1 formulation, the reasons which will soon
Z
become obvious. It has found much success in the area of numerical relativity
and serves as a standard approach to solving problems there.
ai = h', ui i = i dn 1
xh1/2 nµ ('@µ u⇤i (@µ ')u⇤i )
Foliation of ZSpacetime
= i n 1
d x(h1/2 nµ '@ u⇤
Foliation of spacetime is the breaking of the spacetime (⇧(x)u⇤ (x)),
µ i manifold into a ione- (3.20)
parameter family of three dimensional spacelike hypersurfaces parameterized
Z
by a time function t. (see figures 1 and 2) The hypersurfaces have timelike
† vectors andnspacelike
normal 1 1/2 vectors.
tangent µ We can characterize this fo-
a =i d x(h n '@ u
i spacetime as follows: let na be a unit µ
liated (⇧(x)u (x)),
i vector field toithe hy-
normal
persurface t and let ta be a vector field on the spacetime manifold. We
portanto 2
Z Z
[ai , a†j ] = dn 1
x dn 1
y[(h1/2 nµ '(x)@µ u⇤i (x) (⇧(x)u⇤i (x)), (h1/2 nµ '@µ uj (y)) (⇧(y)uj (y))]
Z Z n o
= dn 1
x dn 1
y [(h1/2 nµ '(x)@µ u⇤i (x), ⇧(y)uj (y)] [(⇧(x)u⇤i (x)), h1/2 nµ '(y)@µ uj (y)] .
(3.21)
Onde já utilizamos as relações de comutação ['(t, ~x), '(t, ~y )] = 0 = [⇧(t, ~x), ⇧(t, ~y )].
Através da relação faltante ['(t, x), ⇧(t, x)] = i (~x ~y ), chegamos em
Z
[ai , a†j ] = i dxn 1 h1/2 nµ (uj @µ u⇤i u⇤j @µ ui ) = huj , ui i = ij . (3.22)
@2'
= A', (3.24)
@t2
com
A⌘ V Di (V Di ) + m2 + ⇠R, (3.25)
Di sendo a derivada covariante na fatia ⌃. Separando variáveis da forma
(~x)
f (x) = e i!t
p! , (3.26)
2!
temos
2
(A + !m ) !m (~
x) = 0, (3.27)
com o ı́ndice m representando todos os ı́ndices necessários para identificarmos
a solução. Um conjunto ortonormal completo { m (~x)} satisfaz (lembrando que
para t = constante, temos nµ = (V 1 , 0, 0, 0))
Z
d3 xV 1 h1/2 m (~x) l (~x) = ml (3.28)
e X
⇤ 0 ⇤
m (x ) m (x) = 3
(x, x0 ), (3.29)
m
onde 3 (x, x0 ) é uma função delta que deve ser integrada com a medida V 1 h1/2 .
(~
x)
Temos, para !n > 0, uma solução de frequência positiva Pn = e i!n t pn2!
n
⇤
(~
x)
e uma solução de frequência negativa Nn = ei!n t pn2! , com
n
Teremos assim p
p
⇧(x) = gg 0µ ˙ = hV 1 ˙, (3.31)
de forma que
X
['(t, ~x), ⇧(t, ~y )] = ih1/2 V 1
x) ⇤m (~y )
m (~ = i (~x ~y ).
m
46CAPÍTULO 3. QUANTIZAÇÃO DO CAMPO ESCALAR EM ESPAÇOS-TEMPO CURVOS
1 p ~
Em Minkowski existe um conjunto natural de modos u~k = (2⇡)3/2 2!
eik·~x i!k t .
As coordenadas (t, ~x) estão associadas ao grupo de Poincaré, cuja ação preserva
o elemento de linha de Minkowski. Em particular, o vetor @/@t é um vetor de
Killing cujos modos u~k são autoestados de frequencia positiva, isto é,
com
↵ij = huj , ūi i, ji = hu⇤j , ūi i. (3.36)
com
ij = hūj , ui i = hui , ūj i⇤ = ↵ji
⇤
,
(3.38)
µij = hū⇤j , ui i = hu⇤i , ūj i = ↵ji
⇤
= ji .
Desta forma
X
⇤ ⇤
ui = ↵ji ūj ji ūj , (3.39)
j
3.2. CAMPO ESCALAR EM UM ESPAÇO-TEMPO CURVO 47
logo
X⇣ ⌘
'= āj ūi + ā†j ū⇤j
j
" #
X X X
= āj (ajk uk + ⇤
jk uk ) + a†j a⇤jk u⇤k + ⇤
jk uk ] (3.40)
j k k
X⇣ ⌘ X⇣ ⌘
⇤ † ⇤ †
= ↵jk āk + jk āj uk + ↵jk āk + jk āj u⇤k ,
j,k j,k
o que implica
X⇣ ⌘ X⇣ ⌘
⇤ †
ai = ↵ji āj + ji āj , a†i = ⇤ †
↵ji āj + ji āj . (3.41)
j j
Analogamente
X
⇤ ⇤
[ai , aj ] = 0 ) ↵ki kj ki ↵kj = 0,
k
X (3.44)
[āi , ā†j ] = ij ) ⇤
↵ki ↵kj ⇤
ki kj = ij .
k
⇤ 1
Isto mostra que ↵ é simétrico (exercı́cio).
Como
a = ā↵ + ā† ⇤
, (3.48)
temos
ā = a↵ 1
ā† ⇤
↵ 1
. (3.49)
ā|0i = ā† ⇤
↵ 1
|0i. (3.50)
Dada a equação
1 1
eA Be A
= B + [A, B] + [A, [A, B]] + [A, [A, [A, B]]] + · · · (3.51)
2! 3!
e definindo o operador
1 † ⇤ 1 †
F =e 2 ā ↵ ā
, (3.52)
temos
1 † ⇤ 1 † 1 † ⇤ 1 † 1
e 2 ā ↵ ā
ān e 2 ā ↵ ā
= ān ān , ā† ⇤ ↵ 1 ā† + · · ·
2
2 3
X1
4ān , 1 †
= ān āl ( ↵ )lm ā m 5 + · · ·
⇤ 1 †
2
l,m=0
1 1
1X 1 X
= ān ( ⇤
↵ 1
)ln ā†l + ( ⇤
↵ 1
)nm ā†m + · · ·
2 2 m=0
l=0
1
X
⇤
= ān ( ↵ 1
)nm ā†m .
m=0
(3.53)
Note que a última linha ignoramos os termos · · · , uma vez que sempre aparecerão
termos do tipo [ā†i , ā†j ] = 0.
Desta forma, temos
1 † ⇤ 1 † 1 † ⇤ 1 †
e 2 ā ↵ ā
āe 2 ā ↵ ā
|0̄i = ā† ( ⇤
↵ 1
)|0̄i, (3.54)
3.3 Exercı́cios
Exercı́cio 29. Estude em detalhes a definição de domı́nio de dependência de
uma hipersuperfı́cie ⌃.
Exercı́cio 30. Deduza (em detalhes) a equação de Klein-Gordon (3.3) através
da variação da ação (3.2). Dica: Teorema de Stokes Eq. (1.78).
Exercı́cio 31. Deduza (em detalhes) a equação (3.4).
Exercı́cio 32. Deduza (em detalhes) a equação (3.7).
Exercı́cio 33. Deduza (em detalhes) a equação (3.25).
x
Capı́tulo 4
Produção de partı́culas em
modelos cosmológicos
Esta métrica é conforme a Minkowksi. Assim, para um campo escalar não mas-
sivo os modos independem de C(⌘) e modos positivos no passado longı́nquo
continuam positivos em todo tempo. Neste caso, o vácuo associado a estes mo-
dos é o chamado vácuo conforme e não há produção de partı́culas. Entretanto,
um detector comóvel irá registrar a presença de partı́culas durante a expansão,
como veremos mais tarde.
de forma que
C(⌘) ! A ± B, com ⌘ ! ±1. (4.5)
51
52CAPÍTULO 4. PRODUÇÃO DE PARTÍCULAS EM MODELOS COSMOLÓGICOS
1
uout
k (x) = p eikx exp { i!+ ⌘ i! /⇢ log [2 cosh ⇢⌘]}
4⇡!out
(4.11)
1
⇥ 2 F1 1 + (i! ⇢), i! /⇢; 1 (i!out /⇢); (1 tanh ⇢⌘) .
2
implica que
~
X ~0 i~
k0 ·~
eik·~x in
k (⌘) = ↵~kk~0 eik ·~x out
k0 (⌘) + kk~0 e
~
x out⇤
k0 (⌘)
~
k0
X ~0
(4.20)
i~
k0 ·~
= ↵~kk~0 eik ·~x out
k0 (⌘) + k, k~0 e
~
x out⇤
k0 (⌘).
~
k0
Assim
in out out⇤
k (⌘) = ↵~k~k k (⌘) + ~
k, ~
k k (⌘). (4.21)
Assim,
⇤ in†
a~out
k
= ↵k a~in
k
+ ka ~ , (4.22)
k
54CAPÍTULO 4. PRODUÇÃO DE PARTÍCULAS EM MODELOS COSMOLÓGICOS
com
↵~k0~k = ↵k ~ k,
k0 ,~ ~
k 0~
k = k ~
k0 ,~
k (4.23)
e
|↵k |2 | k|
2
= 1.
(4.24)
~
A amplitude de probabilidade de encontrarmos n partı́culas no modo k e n
partı́culas no modo ~k no futuro distante é dado por
~
out hn(k), n(
~k)|0iin = (n!) 1 out n out n
out h0|(a~ ) (a ~k ) |0iin . (4.25)
k
Lembre que
⇤ in† ⇤ ⇤ 1 out†
a~out
k
|0iin = ka ~ |0iin = k (↵k ) a ~ |0iin . (4.26)
k k
Assim
✓ ⇤
◆n
~ ~
out hn(k), n( k)|0iin = (n!)
1 k out n out† n
out h0|(a~ ) (a ~ ) |0iin
⇤
↵k k k
✓ ⇤ ◆n
= (n!) 1/2 k ~ out† n
out h0|n( k)(a ~ ) |0iin (4.27)
↵k⇤ k
✓ ⇤ ◆n
k
= out h0|0iin ,
↵k⇤
onde utilizamos
out hm(
~k)|aout† = n1/2 out h|(m 1)( ~k)|, (4.28)
~ k
de forma que Y
|out h0|0iin |2 = |↵kj | 2
. (4.33)
j
Y 2nj
kj
|out h{nj (~kj )}|0iin |2 = |↵kj | 2
. (4.34)
j
↵ kj
Vemos, desta forma, que a produção de partı́culas em modos distintos são even-
tos independentes com probabilidade (de produção em pares)
2n
k
Pn (~k) = |↵k | 2
. (4.35)
↵k
Note que
1
X 1
X 1
Pn (~k) = | k /↵k |
2n
|↵k | 2
= 2
|↵k | 2
=1 (4.36)
n=0 n=0
1 | k /↵k |
e
1
X
hNk i = nPn (~k) = | k|
2
. (4.37)
n=0
Lembre que
1 out†
2a ↵⇤ 1 out†
a
|0iin = N e |0iout ,
de forma que
Y 2nj
kj
|out h{nj (~kj )}|0iin |2 = N ,
↵ kj j
Q 2
o que concorda com a equação (4.34) com N = j |↵kj | .
4.4 Exercı́cios
1. Mostre que (4.8) é solução de (4.7) e que no limite assintótico ⌘ ! 1
tende a (4.9).
1. Mostre que (4.11) tende a onda plana em Minkowksi com ! = !out para
⌘ ! 1.
1. Mostre (4.18).
56CAPÍTULO 4. PRODUÇÃO DE PARTÍCULAS EM MODELOS COSMOLÓGICOS
Capı́tulo 5
Efeito Unruh
aµ aµ = ↵2 = constante, (5.1)
com
duµ dxµ
aµ = , uµ = (5.2)
d⌧ d⌧
e
uµ uµ = 1 ) uµ aµ = 0. (5.3)
Note que no referencial onde o observador está instantaneamente em repouso,
temos
dt d2 t d2 ~x
= 1 ) 2 = 0, = ~a, (5.4)
d⌧ d⌧ dt2
com |~a|2 = ↵2 .
Vamos nos restringir, por simplicidade, a duas dimensões, de forma que
dt dx du0 du1
= u0 , = u1 , = a0 , = a1 (5.5)
d⌧ d⌧ d⌧ d⌧
e
57
58 CAPÍTULO 5. EFEITO UNRUH
Encontramos, portanto,
a0 = ↵u1 , a1 = ↵u0 . (5.8)
Temos assim
du0 du1
= ↵u1 , = ↵u0 , (5.9)
d⌧ d⌧
que tem como solução
u0 = cosh ↵⌧ , u1 = sinh ↵⌧
1 1 (5.10)
) t(⌧ ) = sinh ↵⌧ , x(⌧ ) = cosh ↵⌧ .
↵ ↵
Vamos encontrar agora as coordenadas naturais para um observador ace-
lerado, onde a coordenada temporal será seu tempo próprio e a coordenada
espacial será caracterizada pelo fato do observador estar em repouso nela.
Vamos introduzir as coordenadas (⇠, ⌘) através de
1 ⇠
t= e sinh ⌘,
(5.11)
1
x = e⇠ cosh ⌘,
com > 0, de forma que a métrica se torna
u=t x, v = t + x, (5.14)
temos u < 0 e v > 0, como pode ser visto na Fig. 5.1. No espaço de Rindler (à
direita), as coordenadas do cone de luz são
uR = ⌘ ⇠, vR = ⌘ + ⇠, (5.15)
de forma que
1 ⇠ 1 (⌘ ⇠) 1 uR
u=t x= e (sinh ⌘ cosh ⌘) = e = e ,
(5.16)
1 1 (⌘+⇠) 1
v = t + x = e⇠ (sinh ⌘ + cosh ⌘) = e = evR .
Da mesma forma, a porção
x < |t| (5.17)
5.2. QUÂNTIZAÇÃO EM RINDLER 59
0
=
u
nt
ta
ns
co
on
⇠=
riz
ho
tant
⌘ = cons
x
L
R
v
=
0
Figure 2. Rindler spacetime.
Figura 5.1: O espaço-tempo de Rindler.
5.2 Bogoliubov transformation
Let us now consider the quantization of a massless scalar field in two-dimensional Minkowski
spacetime. The standard modes are
é descrita por observadores acelerados pela
1
transformação de coordendas
i u
⇠ (u) = p e ,
4⇡!
1 ¯ 1 e i v, (5.27)
t = ⇠˜ (v)e=⇠p4⇡! sinh ¯ ⌘,
(5.18)
where ! > 0. Notice that ⇠ (u) are right-moving waves (i.e. k > 0) while ⇠˜ (v) are left-moving
1 ⇠¯positive-frequency modes.
x= e cosh ¯
waves (i.e. k < 0). Both satisfy (3.11) and are
⌘.
Let us now consider the Rindler coordinates given in (5.16). These cover the quadrant or
wedge x > |t|, which is limited by u = 0, v = 0. The resulting metric is conformally equivalent
to Minkowski in ⌘, ⇠ coordinates, and since the wave equation in two dimensions is conformally
Note que os eventos dacanregião
invariant, we L naoffigura
consider solutions the form 5.1 não podem influenciar os observa-
uL = ⌘¯ ,R⇠,
˜
¯= pv4⇡! e i v ,
L =⌘
¯
¯ + ⇠,
R
(5.19)
where ! > 0. The Heaviside functions impose that these modes are only nonzero in the R wedge.
1 uL
u= e ,
(5.20)
1 vR
v= e .
– 42 –
Z !
1
a a†
'(x) = dk p k e i!k t+ikx
+ p k ei!k t ikx
, (5.21)
1 4⇡! 4⇡!
Note que a†! cria uma partı́cula com momento linear k = ! (right moving) e
a† ! uma partı́cula com momento linear k = ! (left moving).
Podemos enxergar a decomposição 5.22 da forma
com Z ✓ ◆
1
a a†
' (u) = d! p ! e i!u
+ p ! ei!u (5.25)
0 4⇡! 4⇡!
e análogo para '+ (v).
A equação da onda
⇤'(x) = 0 (5.26)
na métrica de Rindler 5.12 tem a forma
✓ 2 ◆
@ ' @2'
e 2⇠ + = 0. (5.27)
@⌘ 2 @⇠ 2
Note que este é resultado da invariância conforme para um campo escalar sem
massa em duas dimensões. Assim, para u < 0 < v,
Z 1 !
aR i uR aR† i uR
' (u) = d p e +p e , (5.28)
0 4⇡ 4⇡
uma vez que u só depende de uR , isto é, os modos left-moving e right-moving
não interagem. Seguindo o processo usual de comutação, temos
[aR , aR†0 ] = ( 0
), (5.29)
Novamente, temos
[aL , aL†0 ] = ( 0
), [aL , aL0 ] = [aL† , aL†0 ] = 0. (5.32)
i!u
Multiplicando a primeira equação acima por e2⇡ e integrando em u, temos
p Z 0
du 1
↵R! = 4⇡! p e i uR ei!u
1 2⇡ 4⇡
r Z 0 (5.35)
! du i / i!u
= ( u) e ,
1 2⇡
= ip x e dx (5.36)
! ! 0 2⇡
e 2 ⇣ ⌘i /
⇡
=i p (1 + i /) ,
2⇡ ! !
i⇡
onde fizemos a mudança de variável u ! ix/! = e 2 x/!.
Analogamente, para R! ,
e 2 ⇣ ⌘i /
⇡
R
! = i p (1 + i /) . (5.37)
2⇡ ! !
Da mesma forma
e 2 ⇣ ⌘
⇡
i /
↵L! = ip (1 i /) ,
2⇡ ! !
(5.38)
e 2 ⇣ ⌘ i
⇡
/
L
! = i p (1 i /) .
2⇡ ! !
Note que estes coeficientes satisfazem
⇡ ⇡
L
! = e ↵R⇤
!,
R
! = e ↵L⇤! . (5.39)
Desta forma
Z 1 h i
⇡ ⇡ ⇡
aR e aL† = d! a! (↵R⇤
! +e
L
!) + a†! ( R⇤
! e ↵L! )
Z0 1 h ((i
((R⇤
(
2⇡
= d! a! ↵R⇤
! (1 e ( (R⇤
) + a†!( ! + !) ,
Z0 1 h i
⇡ R† ⇡ ⇡
a L
e a = d! a! (↵L⇤! + e R
!) + a†! ( L⇤
! e ↵R! )
Z0 1 h ((i
((L⇤
(
2⇡
= d! a! ↵L⇤! (1 e ( (L⇤
) + a†!( ! + !) ,
0
(5.42)
⇡ / L† ⇡ / R†
onde vemos que as combinações lineares (aR e a ) e (aL e a )
aniquilam o vácuo de Minkowski,isto é,
⇡ / L† ⇡ / R†
(aR e a )|0M i = (aL e a )|0M i = 0, 8 > 0. (5.43)
Temos assim
0
0 = h0M |(aR†0 e ⇡ / L
a 0 )(aR e ⇡ / L†
a )|0M i
R† R 0 L† L
⇡( + )/
= h0M |a 0 a |0M i + e h0M |a 0 a |0M i
R† L† 0
⇡ / ⇡ /
e h0M |a 0 a |0M i e h0M |aL0 aR |0M i
R† R 0
= h0M |a 0 a |0M i + e ⇡( + )/
h0M |aL†0 aL |0M i
0
e ⇡ /
h0M |aL† aR†0 |0M i e ⇡ /
h0M |aR aL0 |0M i 2e ⇡ /
( 0
)
(5.44)
Analogamente,
0
0 = h0M |(aL†0 e ⇡ / R
a 0 )(aL e ⇡ / R†
a )|0M i
L† L 0 R† R
⇡( + )/
= h0M |a 0 a |0M i + e h0M |a 0 a |0M i
L† R† 0
⇡ / ⇡ / 0
e h0M |a a 0 |0M i e h0M |aR aL0 |0M i 2e ⇡ /
( ).
(5.45)
Subtraindo as duas equações, temos
0 0
h0M |aR†0 aR |0M i(1 e ⇡( + )/
) = h0M |aL†0 aL |0M i(1 e ⇡( + )/
) e 2⇡ /
( 0
),
L† L 0 R† R 0
⇡( + )/ ⇡( + )/ 2⇡ / 0
h0M |a 0 a |0M i(1 e ) = h0M |a 0 a |0M i(1 e ) e ( ),
(5.46)
com solução
h0M |aR†0 aR |0M i = h0M |aL†0 aL |0M i. (5.47)
Além disso
0
0 = h0M |aR†0 aR |0M i(1 e ⇡( + )/
) e 2⇡ /
( 0
), (5.48)
com solução
1
h0M |aR†0 aR |0M i = ( ). (5.49)
e2⇡ / 1
Outra maneira de obtermos o mesmo resultado consiste em utilizar direta-
5.2. QUÂNTIZAÇÃO EM RINDLER 63
ds2 = e ⌫(r)
dt2 + eµ(r) (dr2 + r2 d⌦2 ).
e⇠1
!2 = !2 . (5.62)
ex2
Se o observador uµ1 percebe uma radiação de corpo negro com temperatura T1 ,
como a distribuição de Planck depende de !T11 , temos
!1 e⇠1 !2 !2 e⇠1
= x2 = ) T2 = ⇠2 T1 , (5.63)
T1 e T1 T1 e
isto é, o observador uµ2 mede a temperatura T2 , que corresponde à temperatura
T1 corrigida por um fator de redshift.
Para descobrirmos a relação entre os vácuos de Minkoski e Rindler, notemos
que, pela equação (5.43), temos
é dada por R1
d c aR† aL†
|0M i = N e 0 |0i. (5.67)
5.2. QUÂNTIZAÇÃO EM RINDLER 65
H = HL ⌦ HR . (5.72)
com
1
YX ⇡ni i
2
⇢R = N e |n iR
ihn iR
| (5.74)
i ni =0