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ANGINA ABDOMINAL

1. ETIOLOGIA:
a. embolia arterial – principal causa
b. trombose venosa mesentérica

Atualmente a incidência diminuiu graças às medidas profiláticas com uso de


heparina: nas cardiopatias, no pós-operatório, choque cardiogêncio,
hipovolêmia, arritmias, etc.

2. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS :

Vômitos 75%
Dor abdominal intensa 70%
Náuseas 45%
Distensão abdominal 35%
Dor abdominal pouco intensa 30%

Diagnóstico precoce importante

Após 6 –8 h – terapeutica ineficaz.


Tratamento tardio mutilante
Mortalidade -70 a 90%

3. SUSPEITAR ANGINA ABDOMINAL NOS CASOS DE:

a. Abdome agudo de causa indefinida


b. Abdome agudo associado a cardiopatia
c. Abdome agudo associado a patologia arterial periférica
(trombose ou embolia)
d. Presença de sopro abdominal
e. Dores abdominais pós cirúrgicas
4. LABORATÓRIO
a. Leucócitos > 12000: 4 a 6 h após início
b. Fosfato inorgânico sérico > 4,5 mg/dl - observado em 70%
dos casos

5. ANGIOGRAFIA
a. Método diagnóstico de certeza
b. Identifica obstrução arterial e suas características
(embólica ou trombótica)

Pensar em trombose venosa mesentérica em caso de: ausência


de obstrução arterial, más presença de vasoconstricção.
Fazer estudo da estase venosa mesentérica.

6. TRATAMENTO

Correção das causas predisponentes ou precipitantes da isquemia:


a. Insuficiência cardíaca
b. Hipotensão
c. Hipovolemia
d. Arritmias
e. Medicamentos (digitálicos-diuréticos)
CIRURGIA:

a. Fase pré-necrótica – melhor prognóstico


b. Fase necrótica: ressecção
complicação: sindrome do intestino curto

SUPORTES:
a. Hidratação
b. Clexane 1mg/kg, SC, 12/12h

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