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Universidade do Estado
do Rio de Janeiro
Eletroquímica e
Fenômenos de Superfícies
angela.sanches.rocha@gmail.com
angela.rocha@uerj.com
angelasanchesrocha.wix.com/angelasanchesrocha
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19/08/2015
Bibiografia Geral
Motivação
Por que é importante estudar eletroquímica?
•Pilhas
•Baterias
•Eletrodeposição
•Técnicas eletroanalíticas, sensores
•Indústria eletroquímica (alumínio,cobre, nylon, etc.)
•Produção de energia limpa (emissão zero) célula a combustível
•Corrosão / proteção
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Introdução
Eletroquímica:
Eletroquímica de equilíbrio
Termodinâmica de íons em soluções
Células eletroquímicas
Potencial padrão de eletrodos
Eletroquímica de não equilíbrio
Transporte de carga
Condução eletrolítica
Introdução
Alessandro Volta (físico italiano, conhecido
especialmente pela invenção da pilha elétrica) No final de
1799, concluiu seu trabalho sobre o que ele chamou de
"órgão elétrico artificial", hoje mais conhecido como pilha
elétrica.
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Introdução
Alessandro Volta construiu a
1ª pilha (bateria), formada por
discos de Zn e Cu (também Ag, Sn
ou Pb) empilhados alternadamente,
separados por um tecido embebido
com H2SO4. ( ou solução de NaCl) -
Figuras 2, 3 e 4.
20/03/1800 escreve carta a Sir
Joseph Banks, presidente da Royal
Society of London, comunicando
estes resultados publicada em
setembro no Philosophical
Transactions.
Couronné de tasses (cadeia de copos) – Figura 1.
Introdução
William Nicholson (1753-1815) e Anthony Carlisle
(1768-1840) Antes da carta de Volta ser publicada, em
maio de 1800, constroem um sistema para realizar a
eletrólise da água.
Experimento: 2 fios inertes ligados aos polos de uma
bateria, imersos em solução diluída de H2SO4. Resultado:
Corrente elétrica atravessando o circuito.
Bolhas de H2(g) em um dos polos e O2(g) no outro.
Fenômeno da eletrólise.
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Introdução
Primeiros estudos quantitativos: Faraday (1833).
Físico e químico inglês um dos cientistas mais
influentes de todos os tempos.
Principais contribuições eletricidade, eletroquímica e
do magnetismo (outras em física e na química).
Faraday era um excelente experimentalista, embora não
conhecesse matemática avançada, como cálculo
infinitesimal
Nomenclatura ainda em uso.
Nomenclatura
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Nomenclatura
Anodo e- abandonam a
solução, fluindo para o
circuito externo.
Catodo e- entram na
solução.
Nomenclatura
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Eletrólise
Eletrólise: processo em que os elementos químicos
de um composto são separados por meio do uso da
eletricidade (passagem de corrente pela solução).
É a reação química entre íons do eletrólito e a
eletricidade fornecida por um gerador.
Condutores
A corrente elétrica é um fluxo de partículas
carregadas.
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Condutores
Existem 2 classes de condutores:
Condutores
Os condutores eletrolíticos podem ainda ser
classificados em 2 tipos:
1) Substâncias puras.
Ex.: Sais fundidos, NaCl(l), NaOH(l) eletrólise ígnea.
Líquidos iônicos
2) Soluções eletrolíticas.
Ex.: Ácidos, bases ou sais em água ou outros
solventes (mais estudada).
Estas soluções são chamadas eletrólitos e
caracterizam-se pela presença de íons livres em
solução.
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Condutores
Líquidos iônicos sais orgânicos, contendo cátions
orgânicos e ânions inorgânicos ou orgânicos, que se
apresentam no estado líquido à RT.
Baixa pressão de vapor e polaridades variáveis.
R3 R2
N
R4 R2
Solvente. N +N
R1
N
N+
+
Grande potencial para Imidazólio
R1
R1
R2
Piridínio Pirazólio
aplicações eletroquímicas. Cátions
R1
Muito caro. R4 N + R2 R4
R2 R1
+P R2 R4 N
N + OH
+ R3 R3 R3
R1 R2
Cl-, Br-, I-, Al2Cl7-, Al3Cl10-, Sb2F11-, Fe2Cl7-, Zn2Cl7-, Zn2Cl5-, Zn3Cl7-
Ânions CuCl2-, SnCl2-, NO3-, PO43-, HSO4-, SO42-, CF3SO3-, ROSO3-, CF3CO2-
C6H5SO3-, PF6-, SbF6-, BF4-, (CF3SO2)2N-, N(CN)2-, (CF3SO2)3C-, BR4-
Sistemas de Unidades
Sistema Internacional (SI ou MKS).
Ampère (A): unidade de corrente elétrica (carga por
unidade de tempo) → é a corrente que deposita 1,11800
mg de Ag por seg de solução padrão de AgNO3.
Ohm (Ω Ω): unidade de resistência (R) → resistência a 0oC
oferecida por uma coluna de Hg a uma corrente constante
(seção cte e comp de 106,3 cm para 14,4521 g)
Coulomb (C): carga transferida em 1 segundo quando a
corrente é de 1 A (1 C = 1 A s)
Volt (V): diferença de potencial (ddp ou U) que deve ser
aplicada a um condutor com resistência de 1 ohm para
produzir corrente de 1 A.
Joule (J): trabalho necessário para transferir 1 C entre 2
pontos de um condutor com ddp de 1 V. (1 J = m2 kg s-2)
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Sistemas de Unidades
Sistema Internacional (SI ou MKS).
A intensidade de corrente (I) é a carga elétrica (q) que
flui por unidade de tempo (t), sendo dada por:
dq 1C
I= 1A = ⇒ dq = Idt
dt seg
Para uma corrente constante:
q
q = I .t ou I=
t
Sistemas de Unidades
Sistema Internacional (SI ou MKS).
Diferença de potencial (ddp) (U) - tensão
A unidade de ddp (U) é a mesma de ψ (potencial
eletrostático): Voltz (V)
P P = potência U = P × t ⇒ U = Wel
U=
I I t q
Resistência (R):
Lei de Ohm : a corrente I é proporcional à tensão U
(quando R independe da V aplicada) :
U V
I= ⇒ U = R.I R[=] = Ω V [=] J [=] W
R A C A
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m∝ I ⇒ m = k.I .t
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Condução Eletrolítica
Objetivos:
• Compreender o conceito de condutividade iônica.
• Entender as medidas de condutividade.
• Comparar a ordem de grandeza da condutividade de
eletrólitos e metais.
• Relacionar a condutância de um eletrólito com a migração
iônica.
• Entender o efeito da concentração e da temperatura sobre
a condutividade de um eletrólito.
Condução Eletrolítica
Condutividade iônica
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Condução Eletrolítica
Solução eletrolítica:
Condução em metais
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Condução
U
R=
I
R=ρ
L R∝L
A
L
R∝
Contribuição
das características Contribuição A
do material da geometria
do condutor
Condução
Resistividade:
L
R=ρ
A
R = resistência
ρ = constante de proporcionalidade chamada de
resistividade. Característica de cada material.
L = comprimento do fio. (tamanho do fio)
A = área de seção transversal (bitola do fio)
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Condução Eletrolítica
Na condução eletrolítica, estamos mais interessados na
condutância. Definimos então a condutância (C) como o
inverso da resistência (R) e a condutividade (κ) como o
inverso da resistividade (ρ):
1
C= ⇒ κ = ρ −1
R
κ [=] comprimento-1 x resistência -1 [=] m-1 x Ω-1
l l⋅I I/A j
κ= = = =
R⋅ A U ⋅ A U /l E
j = densidade de corrente
E = queda de potencial por unidade de comprimento.
No SI, Ω-1 = S (Siemens). C [=] S, R [=] Ω
Assim, a unidade de condutividade é S/m ou Ω-1 m-1.
Condutividade
Substância κ (Ω
Ω-1 cm-1 ou S cm-1)
Prata 6,33 x 105
Cobre 5,80 x 105
Zinco 1,7 x 105
NaCl (l) 3,3
NaCl (s) 10-7
KCl (aq.) (0,1 mol/L) 1,29 x 10-2
NaOH (aq.) (0,1 mol/L) 2,21 x 10-2
CH3COOH (aq.) (0,1 mol/L) 5,20 x 10-4
Água 4,0 x 10-8
Diamante 10-14
Enxofre 2,5 x 10-16
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Elementos da ponte:
Célula de condutância com
resistência R a ser determinada;
l
Resistência variável e calibrada
(R3)
Duas seções de fios com
resistências R1e R2 conhecidas.
R2 I A I A R3 R
R= e = ⇒ R = R2 3
IB I B R1 R1
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L
R=ρ
Constante da Célula A
O problema passa a ser a medição da resistividade do
eletrólito. 1 L
A condutividade não é medida diretamente: κ =
L R A
= constante da célula (K)
A
K
κ=
R
Para determinar a constante da célula,
mede-se a resistência de um eletrólito com
A A resistividade conhecida. Ex. solução de KCl.
Elimina-se a necessidade de medição de
L área e distância dos eletrodos.
Constante da Célula
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Constante da Célula
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Condutividade
A condutividade (κ) varia bastante com a temperatura
e a concentração de eletrólito.
Influência da temperatura
κ↑ com ↑ T
Condutividade
Influência da temperatura
Motivos: κ↑ com ↑ T
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Condutividade
Região de
baixa
concentração
X
Região de alta
concentração
Condutividade
•Baixas concentrações a condutividade ↑ com o ↑ da
concentração do eletrólito (κ ∝ c) aumenta-se a quantidade
de cargas a serem transportadas (íons). A mobilidade dos íons
independe da concentração. κ↑ com ↑ c
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Condutividade
Condutividade
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