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Bremsstrahlung

Moacyr Vieira Botelho Junior, Instituto de Fı́sica de São Carlos - USP

Junho, 2018
Esta monografia é um estudo dirigido sobre a teoria do bremsstrahlung. Nela estão discutidas a teoria
clássica de radiação de uma carga acelerada, a teoria da emissão de radiação de partı́culas em colisões
Coulombianas e também a do bremsstrahlung térmico. Os resultados são discutidos fazendo análises
sobre o comportamento nos limites clássico-relativı́stico. Por fim, é feita uma abordagem da importância
do bremsstrahlung na astrofı́sica, em especı́fico radiação emitida em ambientes hostis, como em plasma
quente.

1 Introdução

A radiação eletromagnética é um fenômeno fı́sico


que está presente em nosso cotidiano. Seja com
ondas que formam redes de celular e internet, na
medicina, com raios-X ou mesmo com partı́culas
cósmicas que diariamente atingem a atmosfera do
nosso planeta. Em 1895, W. Roëntgen estudava a
condução de eletricidade em um tubo de Crookes[1].
No experimento havia um gás, que estava a uma
pressão menor que a atmosférica, sujeito a uma alta
tensão. Havia duas placas metálicas, de tal forma que
quando raios catódicos (elétrons) fossem liberados Figura 1: Imagem ilustrativa do espectro de raio-X, ge-
eles colidissem com as moléculas do gás ionizando- rado quando uma partı́cula carregada atinge
um alvo metálico. Em destaque as duas linhas
o. Essa ionização liberava uma luz fluorescente no
caracterı́sticas e o espectro contı́nuo do brems-
tubo e ao ver essa luz, Roëntgen pôs sua mão na strahlung. Créditos: naciencias.blogspot.com
frente do tubo. Como resultado de sua ação, viu a
imagem de seus ossos ser projetada em uma tela de
fundo. Essa radiação foi chamada de raios-X. O que
de fato Roëntgen havia descoberto é que os raios-X sacelerada por efeito de um campo elétrico, ela perde
são gerados quando os elétrons são acelerados em energia cinética liberando radiação eletromagnética.
um tubo de raios catódicos e ao colidirem com um De forma geral, quando uma partı́cula carregada é
alvo metálico, emitem radiação. Existem dois tipos desacelerada por um campo, conforme a figura 2,
de raios-X: o caracterı́stico, que depende do tipo do liberando radiação, a esta damos o nome de bremss-
material em análise e o de espectro contı́nuo, que é a trahlung. Para desenvolver alguns exemplos, serão
chamada radiação de freamento, ou bremsstrahlung. apresentados alguns fatores fundamentais da teoria
A figura 1 mostra o espectro de raios-X. de radiação eletromagnética, necessários para enten-
dimento desse projeto.
O objetivo desse trabalho é estudar fenômenos
que geram radiação, em especı́fico o bremsstrahlung. A seguir serão discutidos três exemplos: o brems-
A matéria, em sua essência, é composta de núcleos strahlung em colisões Coulombianas, o bremsstrah-
atômicos e elétrons. Quando uma carga puntiforme lung térmico e a importância do bremsstrahlung no
em movimento, tal como um elétron ou um ı́on, é de- contexto astrofı́sico.

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Calculando explicitamente a potência radiada, obte-
mos a fórmula de Larmor para o caso em que v  c.
Para o caso geral, a expressão para a potência é[2]

µ0 q 2 γ 6
 
2 1 2
Prad = a − 2 |v×a| . (4)
6πc c
Essa é conhecida como fórmula de Liénard-Larmor,
e é uma equação que inclui o princı́pio da relativi-
dade para uma carga acelerada. Se o movimento
for em linha reta tal que v k a, o segundo termo
entre parêntesis da equação (4) será nulo. Essa é a
teoria que descreve classicamente o bremsstrahlung,
Figura 2: Imagem esquemática de uma partı́cula de ou seja, a radiação emitida por uma carga pontual
carga e que sente um campo gerado por
quando desacelerada ao atingir um alvo metálico.
uma carga positiva alterando sua velocidade
v1 → v2 e liberando energia hf . Créditos: Um fato curioso é que a potência liberada não de-
en.wikipedia.org/wiki/Bremsstrahlung pende da partı́cula carregada estar sendo acelerada,
ou desacelerada, ela só depende da velocidade da
carga.
2 Radiação de Cargas Pontuais
Sabemos que a forma mais geral de descrever um 3 Bremsstrahlung em colisões
campo eletromagnético de uma carga é utilizando
as equações de Liénard-Wiechert, uma vez que ela
Coulombianas
contém termos tanto para cargas estáticas quanto Uma maneira comum de emitir radiação é colidindo
em movimento. Dados os potenciais φ(r, t) e A(r, t) uma partı́cula pontual carregada com um núcleo [3].
calculamos os campos que, para uma carga pontual Por este ter uma carga efetiva bem maior do que um
em movimento, são dados por [2] elétron, os efeitos de deflexão sobre o núcleo atômico
podem ser desprezados. Aplicando o conhecimento
q0 R sobre colisão clássica (Espalhamento Rutherford), a
E(r, t) = 3
[(c2 − v 2 )u + R × (u × a)], (1) seção de choque diferencial é dada por [4]
(R · u)
1 2
2zZ e2

B(r, t) = R × E, (2) dσ 1
c = , (5)
dΩ0 pv (2 sin(θ0 /2))4
q
onde q 0 = 4π 0
, R = r − r 0 e u = cR̂ − v. A onde ze, p e θ0 são, respectivamente, a carga, o
potência eletromagnética total radiada por uma fonte, momento e o ângulo de espalhamento da partı́cula
que atravessa uma determinada área, é incidente e Ze é a carga do alvo. Nosso interesse é
I saber a radiação liberada por essa colisão, logo, é
Ptot = S · da. (3) conveniente definir a transferência de momento Q e
a seção de choque diferencial de radiação
Substituindo E(r, t) e B(r, t) na equação (3), ob-
temos a potencia eletromagnética total liberada. Q2 = 2p2 (1 − cos(θ0 )) (6)
Porém, os termos de radiação são apenas aque-
les que possuem um valor finito quando se toma d2 χ dI(ω, Q) dσs
= (Q), (7)
Ptot (r → ∞). dωdQ dω dQ
Escolhendo uma superfı́cie esférica com raio a, na qual dI/dω é a intensidade de energia liberada
quando tomamos a → ∞, os termos Coulombianos em uma colisão por unidade de frequência, que tem
da integral serão nulos1 . Porém, nota-se que há ter- transferência de momento Q. Para obter a seção de
mos de S(r, t) proporcionais a 1/r2 . Estes são os choque total de radiação, calculamos a integral sobre
termos de interesse, pois a radiação provém dos ter- todos os possı́veis momentos Q e finalmente obtemos
mos não estáticos, ou seja, de cargas em movimento.
2
16Z 2 e2 z 2 e2
  
1
Serão nulos, pois S = E × B ∝ r−4 . Quando calculada a dχ Qmax
integral e aplicado r → ∞, esse termo tende a zero.
≈ ln . (8)
dω 3cβ 2 me c2 Qmin

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Nesse resultado, foi assumido que dI/dω varia muito
lentamente com a frequência, uma vez que Q não é
muito grande. O outro fato que foi assumido é que
existem limites para Q. Uma vez que o momento
esteja fora desse espectro, o resultado da equação (8)
não é mais válido. Para determinar Qmin e Qmax
serão analisadas colisões em três regimes.

3.1 Bremsstrahlung clássico Figura 3: Os diagramas de Born ilustram uma partı́cula


de momento p colidindo. Nos dois diagramas
Classicamente, sabemos que β  1 e o limite para a mais à esquerda, há um fóton sendo emitido de
transferência de momento é apenas cinemático, ou uma linha externa do vértice (antes e depois da
seja Qmax = 2me v. Definindo o parâmetro colisão, respectivamente) e à direita o fóton é
emitido do interior do vértice de espalhamento.
zZe2
η= , (9)
~v incidente é E 0 < E e a energia do fóton liberado é ~ω.
é possı́vel verificar que, no caso clássico, η > 1[4] . A A equação para transferência de momento nos diz que
transferência de momento pode ser estimada fazendo Q2 = (p − p0 − k)2 . No entanto, podemos desprezar
a integral temporal da força elétrica e o limite inferior o momento do fóton, uma vez que este é bem menor
de Q é determinado pela relação entre frequência e comparados a p e p0 . De forma análoga ao modelo
tempo de colisão clássico, Qmax é determinado pela cinemática, mas
Qmin , que antes era calculado pelo tempo de colisão,
2zZe2 agora também é determinado pela cinemática. Com
Q≈ , (10) esse argumento, temos que2
bv
√ √
1 v Qmax p + p0 ( E + E − ~ω )2
≈ . (11) = = . (13)
τ b Qmin p − p0 ~ω
Dessa forma, podemos escrever a equação (10) em A seção de choque de radiação é, portanto
função de ω e assim determinar a transferência de mo- √ √ !
mento Qmin = 2zZe2 ω/v 2 , obtendo explicitamente dχN R 1 λ0 ( E + E − ~ω )2
a seção de choque de radiação ∝ 2 ln . (14)
dω β ~ω
λme v 3
 
dχclas 1 Na equação (14), se aplicarmos λ0 = 1 temos um re-
∝ 2 ln 2
. (12)
dω β zZe ω sultado proveniente da aproximação de Born que foi
calculado primeiramente por Bethe e Matthews, em
Nesta equação, λ é o número de ordem unitário que
1934. Apenas aplicando argumentos semi-clássicos
indica quando a intensidade vai a zero, na região
foi possı́vel obter o resultado correto da mecânica
próxima de ωτ = 1. A energia máxima que um
quântica. Isso porque a cinemática do sistema
fóton pode ter é basicamente Ecin /η. No regime
pode ser interpretada com diagramas da mecânica
clássico η é sempre maior que 1, implicando que
quântica. De acordo com a figura 3, nos dois di-
o espectro clássico de colisões Coulombianas está
agramas da esquerda um fóton é emitido antes e
confinado em uma região de baixas frequências, uma
depois da colisão, respectivamente. Ambos envolvem
vez que a energia máxima dos fótons é bem menor
propagadores para a partı́cula, entre o vértice de
que a energia cinética da partı́cula incidente.
espalhamento e o vértice do fóton. No diagrama à
direita, não há essa linha do propagador e a energia
3.2 Bremsstrahlung não-relativı́stico radiada pelo fóton é muito menor, comparando com
Para partı́culas com η < 1, entretanto não- os dois casos anteriores. A contribuição desses três
relativı́sticas, é necessário considerar conservação diagramas se somam coerentemente, porém apenas
de energia e momento, incluindo o fóton. Esse fato linhas externas radiam energia significativa, uma vez
não foi necessário classicamente, pois o espectro deste que a contribuição do diagrama com linha interna
se restringe ao regime de fótons de baixas energias. A pode ser desprezado [4].
energia inicial E é puramente cinética, da partı́cula 2
Na equação (13) usamos o fato de que E = p2 /2me além de
carregada. Após o choque, a energia da partı́cula que E 0 = E − ~ω.

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Essa equação (15) também pode ser obtida através
5
da (14) no limite relativı́stico com a energia do fóton
4.5
satisfazendo E  ~ω.
4

3.5
4 Importância em astrofı́sica
3
dχ/dω

2.5 Na seção anterior vimos a emissão de radiação pro-


2 veniente de uma colisão de uma partı́cula carregada
Classic, η = 10
1.5 em três regimes. Nesta seção será dado um enfoque
Classic, η = 5
1 maior para colisões clássicas e não-relativı́sticas no
Non-relativistic
0.5 contexto astrofı́sico.
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
h ω /E 4.1 Íons e plasma quente
Figura 4: Gráficos comparando o modelo de bremsstrah- A emissão de bremsstrahlung está associada com
lung clássico e o não-relativı́stico. Com um regiões quentes do universo, tais como atmosferas
η se aproximando de 1, notamos que a curva estelares ou regiões centrais de AGN (Active Galatic
clássica tende ao modelo de Bethe-Heitler, que Nuclei) [7]. A razão para esse fato é que são ne-
contém o resultado proveniente da mecânica cessárias temperaturas muito altas para manter um
quântica (aproximação de Born).
plasma que contenha ı́ons e elétrons livres na pre-
sença de campos eletromagnéticos. Quando ocorre
No caso clássico a constante η limita o valor uma colisão Coulombiana, os elétrons são fortemente
máximo da energia do fóton liberado, restringindo acelerados, emitem vários fótons e escapam da nu-
a seção de choque de radiação ao regime de baixas vem (região com plasma que contem os ı́ons). A
frequências. Já para o caso não-relativı́stico, η < 1 e energia radiada pela partı́cula pode ser aproximada
isso implica que a energia radiada pelo fóton pode utilizando a fórmula de Larmor, desde que o processo
ser estendida até um regime onde ~ω = E, como não seja relativı́stico. A energia total que é liberada
mostra a figura 4. nessa nuvem obedece a uma distribuição de Maxwell.
Com esse procedimento dito acima é possı́vel carac-
3.3 Bremsstrahlung relativı́stico terizar dois parâmetros fı́sicos muito importantes.
A temperatura T e a medida de emissão , são as
Para partı́culas relativı́sticas, devem ser alterados variáveis que caracterizam a região de emissão de
dois fatores principais. O primeiro é que a trans- partı́culas.
ferência máxima de momento não é mais determinada
pela cinemática, uma vez que os resultados obtidos 4.2 Bremsstrahlung térmico
nas equações (12) e (14) eram válidos somente para
Q < 2me c. Como agora, em geral, Q > 2me c, é ne- Para partı́culas de altas velocidades, no entanto não-
Z

cessário aplicar outro resultado.3 Esse resultado diz relativı́sticas, na qual temos v > 137 c, existem
que Qmax ≈ 2me c. O segundo fator a ser alterado é restrições quânticas quando tratamos a interação de
que o momento do fóton não pode ser negligenciado, uma partı́cula altamente energética com um alvo[5].
como foi feito no caso não-relativı́stico. Para deter- Do Princı́pio da Incerteza temos que ∆x∆p ∼ ~, no
minar Qmin tomamos a diferença entre os momentos qual ∆x nesse contexto é um parâmetro de impacto
inicias e finais e fazemos uma aproximação de Tay- bmin . Em ambientes hostis, como aglomerados de
lor no cálculo dos momentos p e p0 , uma vez que galáxias, temos uma temperatura altı́ssima da ordem
podemos considerar que E  m2e c4 . Dessa forma, de 104 K e os elétrons, ao serem acelerados, liberam
Qmin ≈ m2e c3 ~ω/(2EE 0 ). Finalmente, temos a seção radiação na frequência de raio-X. A intensidade de
de choque de radiação para partı́culas relativı́sticas, radiação liberada por um elétron desse plasma é
que é
4Ze6 N
 
 00 bmax
λ EE 0

dχRel I(ω) = ln , (16)
∝ ln . (15) 3π 2 m2e vc3 bmin
dω me c2 ~ω
3 dI
Para o caso clássico e não-relativı́stico, dω ∝ Q2 . Porém,
onde N é a densidade de núcleos e bmax e bmin são
dI
quando Q > 2me c, temos que dω ∝ ln γ, ou seja, independe parâmetros de choque clássico e não-relativı́stico da
de Q [4]. seção 3. Para calcular a distribuição de velocidades

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das partı́culas de um gás clássico a temperatura T 5 Conclusão
aplicamos a distribuição de velocidades de Maxwell-
Boltzmann. Esse é o caso que chamamos de bremss- Nessa monografia foi mostrada a teoria clássica do
trahlung térmico. A densidade eletrônica nesse gás, bremsstrahlung. Na seção 3 foram estudados casos
contida entre v e v + dv é dada por em que uma partı́cula carregada colide com um alvo,
emitindo radiação. Foram estudados três regimes
3/2
me v 2 para que fosse possı́vel calcular Qmin e Qmax e com

me −
Ne (v)dv = 4πNe v 2 e 2kB T dv. (17) isso, determinar a seção de choque de radiação. Uma
2πkB T
aplicação direta desse estudo é o conteúdo da seção
No regime de baixas frequências, podemos obter 4. Nela foram utilizados argumentos clássicos em um
2
um resultado aproximado fazendo me2v = 3k2B T e regime não-relativı́stico para saber a quantidade de
substituindo a equação (17) na (16) radiação emitida por elétrons, que colidem com ı́ons,
1/2 em um plasma. Isso é um assunto de pesquisa de
2 6

Z e N Ne me interesse astrofı́sico, como mostram as referências [6]
I(ω) ≈ √ g(ω, T ). (18)
3 3c me3 2 kB T e [7]. Contudo, esses são alguns argumentos de que
a teoria clássica do bremsstrahlung é importante em
Na equação (18), g(ω, T ) é conhecido como fator de pesquisas cientı́ficas atuais.
Gaunt[6]
Z ∞
1

bmax

Referências
g(ν, T ) = f (ν) ln dν. (19)
v ν bmin
[1] www.if.ufrgs.br/tex/fis142/fismod/
Os valores aproximados para esse fator de Gaunt
[2] Courteille, Ph. W., Aulas em fı́sica para pós-
vão de 1 a 1,5. Esses limites definem a região limite
graduação Eletrodinâmica, Instituto de Fı́sica de
em que é possı́vel haver bremsstrahlung. Integrando
São Carlos-USP, 2018.
I(ω), obtemos a emissividade total de radiação, ou
perda de energia do plasma por bremsstrahlung [3] Landau, L. and Lifshitz, E., The Classical The-
Z ∞ √ ory of Fields, Institute for Physical Problems,
0 0 −14 Academy of Sciences of the U.S.S.R, 1951.
 = 4π I(ω )dω ≈ 1.4 × 10 N Ne hgi T ,
0
(20) [4] Jackson, J. D., Classical Electrodynamics, 2nd
onde hgi é o valor médio do fator de Gaunt sobre Edition. University of California,Berkeley, 1975.
todas as frequências.
Podemos interpretar o espectro da equação (18) [5] www.das.inpe.br/alex/Ensino/cursos/proc radI/
em baixas energias como sendo a ”região de Rayleigh- notas de aula PR1.pdf
Jeans”. Nessa região o regime é clássico, ou seja de
[6] kestrel.nmt.edu/ lyoung/426/Chap4.pdf
baixas velocidades, onde podemos associar a veloci-
dade desses elétrons com a temperatura T do plasma, [7] C. L. Sarazin, Phys. Plasmas 10, 1992 (2003)
uma vez que a distribuição de velocidades é Maxwel- doi:10.1063/1.1556300 [astro-ph/0301178].
liana. Para a região de altas energias, onde a energia
dos fótons emitido é maior que a dos elétrons, apenas
os elétrons mais energéticos irão colidir com os ı́ons
para emitir fótons bremsstrahlung de alta energia.
Existem limites nos quais o fator de Gaunt limita
a emissão de bremsstrahlung. Quando um elétron
possui energia Ecin ≈ hν, ele está no limite da região
proibida, uma vez que hg(ν, T )i ∝ ln(mv 2 /hν). Na
região ”proibida”, onde g = 0, os fótons não podem
possuir, de forma individual, uma energia cinética
maior que a dos elétrons, a menos que sejam captu-
rados em um estado ligado. Dessa forma há radiação
livre-ligado, mas não há bremsstrahlung. Assim só há
emissão em que hν  kB T na cauda da distribuição
de Maxwell.

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