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Universidade Federal do Amazonas - (UFAM)

Instituto de Ciências Exatas - (ICE)


Laboratório de Física Moderna II - (IEF825)
Professor. Dr. Haroldo de Almeida Guerreiro

Estrutura Fina Do Sódio (Na)

Aluno: Edson Darlan M. Ferreira - 21950129

Manaus, 30 de junho de 2023


Sumário
1 Introdução 5

2 Fundamentação Teórica 5
2.1 O átomo de Sódio (Na) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

3 Objetivos 6

4 Parte Experimental 6
4.1 Material Necessário: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4.2 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

5 Resultados e Discussões 7

6 Considerações Finais 8

Referências 8
Lista de Figuras
1 Montagem experimental para determinação das linhas espectrais de Na. . . . . . . . 7
Lista de Tabelas
1 Introdução
Neste relatório, sabemos que O número atômico do sódio é 11, havendo duas camadas
eletrônicas completas, uma com dois e a outra com oito elétrons, com um total de dez elétrons que
blindam a carga nuclear, ficando o elétron de valência submetido à carga +1, como no átomo de
hidrogênio. Com estas considerações, seria esperado que o espectro do sódio fosse semelhante ao
do hidrogênio.

2 Fundamentação Teórica
2.1 O átomo de Sódio (Na)
Os níveis de energia de um átomo de hidrogênio calculados pela equação de Schrö-
dinger são somente função do número quântico n, sendo proporcionais a 1/n 2 . Isto implica que
transições ocasionadas pela excitação da nuvem eletrônica produzirão um espectro cujas linhas
serão únicas. Porém, a análise experimental dos espectros revela que estes possuem uma estru-
tura fina, na qual cada linha é formada por linhas de comprimento de onda separadas por alguns
Angströms.
Tal observação foi somente explicada em 1925 por S.A. Goudsmit e G.E. Uhlenbeck.
Eles sugeriram que o elétron possui um momento angular intrínseco chamado spin e um mo-
mento magnético associado a este. A estrutura fina é explicada então como sendo o resultado da
interação magnética entre o momento angular de spin e o momento angular orbital, conhecida
como interação spin-órbita ou ainda interação L-S.
Para o caso simples de um átomo de um único elétron como o hidrogênio e os metais
alcalinos, o módulo do momento angular orbital ⃗ L é:
p
L = ℏ l (l + 1) (1)
na qual ℏ = h/2π e h é a constante de Planck. A componente ao longo do eixo z sendo
L z = m l ℏ na qual m l varia de −l a +l .
O módulo do momento angular de spin S é dado por:
p
S = ℏ s(s + 1) (2)
na qual s = 1/2. A componente ao longo do eixo z é S z = m s ℏ, na qual m s possui valores
iguais a ± 1/2.
Na ausência hipotética do acoplamento spin-órbita, os momentos angulares orbital e
de spin, L e S, de um elétron atômico seriam independentes um do outro e obedeceriam indepen-
dentemente às leis de conservação de momento angular orbital da mecânica quântica. Os vetores
L e S precessionariam aleatoriamente em torno do eixo z de quantização, mantendo constantes
suas intensidades e componentes.
No mundo real, o acoplamento spin-órbita existe e consiste na atuação de um campo
magnético forte interno ao átomo, cuja orientação é dada por L, produzindo um torque sobre o
momento de dipolo magnético de spin do elétron atômico, cuja orientação é dada por S. Este tor-
que devido ao campo magnético interno do átomo faz com que as orientações de L e S dependam
uma da outra. Assim, os momentos angulares orbital e de spin passam a precessionarem em torno
da sua soma, definida pelo momento angular total J = L + S, e não em torno do em torno do eixo z
de quantização. Desta forma, o momento angular total J = L + S é tal que:

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p
J =ℏ j ( j + 1) (3)
A diferença nos níveis de energia envolvida pode ser calculada usando-se a teoria das
perturbações. Tal cálculo revela um valor igual a (Z α)2 . E n /n na qual Z é o número atômico, E n é
a energia do nível n e α = 2πϵ2 /hc (no sistema gaussiano!) é chamada de constante da estrutura
fina e possui um valor igual a 1/137.
Os elementos alcalinos como o Li , N a, K , RbeC s são caracterizados por possuírem um
conjunto de subcamadas eletrônicas completamente preenchidas, sendo a de maior energia uma
subcamada p, mais um elétron adicional na subcamada s seguinte. Quando são submetidos às ex-
citações óticas (consideradas de baixa energia), produzidas, por exemplo, por descargas elétricas
de baixa voltagem, em geral somente o elétron da subcamada s é excitado nestes elementos. Em
virtude disso, a análise do espectro óptico em termos dos seus estados excitados é relativamente
simples, pois podem ser completamente descritos por um único elétron opticamente ativo e o
“caroço” contendo subcamadas completamente preenchidas pode ser ignorado.

3 Objetivos
Determinar o ângulo de difração α E o comprimento de onda λ.

4 Parte Experimental
4.1 Material Necessário:
• Espectrômetro

• Grade de difração

• Lâmpada espectral Na

• Fonte de alimentação para lâmpadas espectrais.

• base do tripé

4.2 Procedimento Experimental


A montagem experimental é mostrada na Fig.1. O espectrômetro/goniômetro e a grade
foram montados e ajustados de acordo com as instruções de operação. No espectro de segunda
ordem, a linha D do sódio foi dividida. O parafuso do micrômetro foi ajustado para 0 e a mira no
telescópio posicionada para coincidir com a linha vermelha (2ª ordem). O telescópio foi travado
por meio do parafuso de cabeça serrilhada.
Os retículos foram posicionados primeiro na linha D de sódio de onda longa e depois
na linha D de sódio de onda curta, com o parafuso do micrômetro, as posições específicas do mi-
crômetro sendo anotadas a cada vez. Também foi possível medir a divisão a partir do lado das
ondas curtas. O único essencial foi que o sentido de rotação do parafuso do micrômetro seja
mantido, caso contrário, a folga no fuso do micrômetro poderia levar a erros. Ao medir na di-
reção inversa, o parafuso do micrômetro foi ajustado para 10 e a mira no telescópio novamente
posicionada para coincidir com a linha vermelha (2ª ordem). Para determinação quantitativa de

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comprimentos de onda, o parafuso do micrômetro deve ser calibrado ao redor de todo o círculo.
As lâmpadas espectrais atingem seu poder de iluminação total após serem aquecidas por cerca de
5 minutos. A carcaça da lâmpada deve ser ajustada para que o ar circule livremente pelas aber-
turas de ventilação. Antes de trocar as lâmpadas espectrais, deve-se permitir um período de res-
friamento, pois as toalhas de papel ou panos usados nesta operação podem grudar no vidro da
lâmpada.

Figura 1: Montagem experimental para determinação das linhas espectrais de Na.

5 Resultados e Discussões
Podemos usar a seguinte equação:

mλ = d sen α
onde n = 2, d = 1587, 30mm. Então, teremos,

(1587, 30mm) sen α


λ=
2
O α medido foi de 48, 5 10 . α = 48, 667 logo sen α = 0, 750884
◦ ′ ◦

Para calcular λ, faremos

(1587, 30mm)0, 750884


λ=
2

λ = 595, 9390866mm
Fizemos ainda,

13
α = 48, 5◦ + 13′ = 48, 5◦ + = 48, 716667
60
Logo sen α = 0, 751456
Mais uma vez calculamos

(1587, 30mm)0, 751456


λ=
2

7
λ = 596, 3930544mm
α = 48, 5◦ + 13′ é a melhor medida.

6 Considerações Finais
A penetração das órbitas rompe a degenerescência dos estados para diferentes valores
do número quântico do momento angular e acarreta uma modificação na expressão da série de
Balmer, pela introdução do “defeito quântico”, que é função deste número quântico. Com a nova
expressão para os autovalores é construído o diagrama dos níveis de energia. O aparecimento
de dubletos é explicado pela presença do spin do elétron (e seu acoplamento com o momento
angular) e novos números quânticos devem ser introduzidos na função de onda. A presença do
número quântico magnético é evidenciada pelo efeito bservado quando é aplicado um campo
magnético (efeito Zeeman). A razão de intensidades, 2:1, entre as duas linhas dos dubletos decorre
da presença destes números quânticos na função de onda, considerando que as transições são
entre estados e não entre os autovalores, como pode parecer dos diagramas.

Referências
[1] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 8. ed.
Rio de Janeiro, RJ: LTC, c2009 vol 4;
[2] Caruso, F. e Oguri V., Física Moderna – Origens Clássicas e Fundamentos Quânticos,
Ed. Campus, Rio de Janeiro, 2006
[3] Eisberg, R.M., Resnick, R., Física quântica, Ed. Campus, Rio de Janeiro, 1983

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