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Universidade Federal do Amazonas

Instituto de Ciências Exatas


Departamento de Física
Laboratório de Física Moderna 1
Luciana Cerdeira Almeida
Haroldo de Almeida Guerreiro

1 Objetivo
As linhas espectrais de hidrogênio e mercúrio são examinadas por meio de uma rede de
difração. As linhas espectrais conhecidas de Hg são usadas para determinar a constante de
grade. Os comprimentos de onda das linhas visíveis da série Balmer de H são medidas.

2 Introdução
O Modelo de Bohr de Hidrogênio se baseia no pressuposto não clássico de que os elétrons
viajam em cascas específicas, ou ´orbitas, em torno do núcleo. O Modelo de Bohr resultou
nas seguintes energias para um elétron em uma ´orbita n:

E (n) = - 1/n2. 13,6eV (1)

Bohr explicou o espectro do hidrogênio em termos de elétrons absorvendo e emitindo


fótons para pular entre os níveis de energia, onde a energia do fóton ´e:

hv = ∆E = (1/n2 – 1/n2) . 13,6eV (2)

O modelo de Bohr não funciona para sistemas com mais de um elétron.

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3 Fundamentação Teórica
3.1 O modelo planetário do átomo
No início do século XX, surgiu um novo campo de estudo conhecido como mecânica quântica.
Um dos fundadores deste campo foi o físico dinamarquês Niels Bohr, que estava interessado
em explicar o espectro de linhas discretas observado quando a luz era emitida por
diferentes elementos. Bohr também estava interessado na estrutura do átomo, que era uno
início do século XX, surgiu um novo campo de estudo conhecido como mecânica quântica.
Um dos fundadores deste campo foi o físico dinamarquês Niels Bohr, que estava interessado
em explicar o espectro de linhas discretas observado quando a luz era emitida por
diferentes elementos. Bohr também estava interessado na estrutura do átomo, que era um
tema de muito debate naquele momento. Vários modelos do átomo tinham sido postulados
com base em resultados experimentais, incluindo a descoberta do elétron por J. J. Thomson
e a descoberta do núcleo por Ernest Rutherford. Bohr apoiava o modelo planetário, no qual
os elétrons giravam em torno de um núcleo de carga positiva como os anéis de Saturno—
ou, alternativamente, os planetas em torno do sol.

3.2 Modelo de Bohr do átomo de hidrogênio: quantização da estrutura


eletrônica
O modelo de Bohr do átomo de hidrogênio começou a partir do modelo planetário, mas
acrescentou uma suposição sobre os elétrons. E se a estrutura eletrônica do átomo fosse
quantizada? Bohr sugeriu que talvez os elétrons só pudessem orbitar o núcleo em órbitas
específicas ou conchas com um raio fixado. Apenas conchas com um raio dado pela equação
abaixo seriam permitidas e o elétron não poderia permanecer entre essas órbitas.
Matematicamente, podemos escrever os valores permitidos do raio atômico como
r (n) = n2.r(1), onde n é o número inteiro positivo e r (1) é o Raio de Bohr, o menor raio
permitido para o hidrogênio.
Ele descobriu que r (1) tem o valor de:

Raio de Bohr = r (1) = 0,529. 10−10m

Ao manter o elétron em órbitas circulares e quantizadas em torno do núcleo carregado


positivamente, Bohr foi capaz de calcular a energia de um elétron no enésimo nível do
hidrogênio:

E(n) = - 1/n2 . 13,6eV

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Onde o menor nível de energia possível ou estado de energia fundamental de um elétron de
hidrogênio -E (1) -é - 13,6eV.
Observe que a energia sempre vai ser um número negativo e o estado fundamental, n = 1,
tem o valor mais negativo. Isto ocorre, pois, a energia de um elétron em órbita é relativa à
energia de um elétron que foi completamente separado de seu núcleo, n = ∞ Que é definido
como tendo uma energia de 0eV. Uma vez que um elétron em órbita ao redor do núcleo é
mais estável do que um elétron que está infinitamente longe de seu núcleo, a energia de um
elétron em órbita é sempre negativa.

3.3 Absorção e emissão

Bohr poderia até agora, precisamente, descrever os processos de absorção e de emissão em


termos de estrutura eletrônica. De acordo com o modelo de Bohr, um elétron pode absorver
energia na forma de fótons para ser excitado até um nível mais elevado de energia, desde
que a energia do fóton seja igual á diferença de energia entre os níveis de energia inicial e
final. Depois de saltar para o nível de energia mais alto — também chamado de o estado
excitado—o elétron excitado estaria em uma posição menos estável, então, ele poderia
rapidamente emitir um fóton para retornar até um nível de energia mais baixo e mais
estável.
Os níveis de energia e as transições entre eles podem ser ilustrados usando um diagrama
de nível de energia, como no exemplo acima mostrando elétrons retornando ao nível n = 2
do hidrogênio. A energia do fóton emitido é igual à diferença de energia entre os dois níveis
de energia para uma transição em particular. A diferença de energia entre os níveis de
energia nalta e nbaixa pode ser calculada usando a equação para E (n) dá seção anterior:

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4E = E (nalta) − E (nbaixa)

= ( - 1 / nalta 2.13,6eV) - (- 1 / nbaixa2. 13,6eV)

= (1 / nbaixa 2 - nalta 2). 13,6eV

Visto que nós já sabemos a relação entre a energia de um fóton e a sua frequência, graças
à equação de Planck, nós podemos descobrir o valor da frequência do fóton emitido:

hv = ∆E = ( 1 / nbaixa2 – 1 / nalta2 ) . 13,6eV

v = ( 1 / nbaixa2 – 1 / nalta2 ) . 13,6eV / h

Nós podemos também encontrar a equação do comprimento de onda da radiação


eletromagnética emitida usando a relação entre a velocidade da luz c, a frequência ν e o
comprimento de onda λ.
c = λν c / λ = v = ( 1 / nbaixa 2 – 1 / nalta2 ) . 13,6eV / h
1 / λ = ( 1 / nbaixo 2 – 1 / nalta2 )

Assim, podemos ver que a frequência—e o comprimento de onda—do fóton emitido


varia de acordo com as energias das
´orbitas inicial e final do elétron no hidrogênio.

4 Equipamentos
Tubo de espectro, hidrogênio;
Tubo de espectro, mercúrio;
Suportes para tubos espectrais, 1 par;
Tubo de cobertura para tubos espectrais;
Cabo de conexão, 50KV, 1000mm;
Porta - objetos, 535cm;
Grade de difração, 600 linhas/mm;
Unidade de alimentação de alta tensão 0-10KV;
Super. isolante;
Base do tripé;
Base do cilindro;
Haste de suporte, quadrada, 400mm;
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Braçadeira de ângulo reto;
Tubo de suporte;
Escala do medidor, demonstração l = 1000mm;
5 Procedimentos Experimentais
A montagem do experimento é mostrada na figura. Tubos espectrais de hidrogênio e
mercúrio estão conectados a fontes de alimenta¸˜ao de alta tensão. A fonte de alimentação é
ajustada para cerca de 5 kV. A escala e anexada diretamente atrás do tubo espectral para
minimizar erros de paralaxe. A grade de Difração deve
ser configurada em cerca de 50 cm e na mesma altura do tubo espectral. A grade deve estar
alinhada de modo a ficar paralelo à escala.
O tubo capilar luminoso é observado através da grade. A distância de 2L entre as linhas
espectrais da mesma cor nos espectros de primeira ordem direito e esquerdo são lidos. A
distância d entre a escala e a grade também é medida. Três linhas são claramente visíveis
no espectro de Hg. A grade g constante é determinada por meio dos comprimentos de ondas.
A constante de Rydberg é, portanto, os níveis de energia em hidrogênio, são determinados
a partir dos comprimentos de onda medidos por meio da fórmula de Balmer.

Figura 1: Arranjo experimental – espectro atômico da serie de Balmer.

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Segue abaixo a tabela das medidas obtidas no experimento. A tabela 1 nos mostra as
medidas obtidas do lado direito da régua e a tabela 2 nos mostra as medidas obtidas do
lado esquerdo da régua.

Direito (m = 1)
Vermelho 731,8mm
Azul-esverdeado 664,2mm
Azul 646,9mm

Tabela 1

Esquerda ( m=-1)
Vermelho 268,9mm
Azul-esverdeado 306,9mm
Azul 355,7mm

Tabela 2

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Em seguida encontraremos o valor de L para cada cor, onde iremos subtrair a medida do
vermelho do lado direito com a medida do vermelho do lado esquerdo.
Segue a tabela abaixo com todos os valores:

Linha 2L λ L d g

Vermelha 462,9 700 231,45 523 1650

Azul-esv 357,3 490 178,65 523 1650

Azul 311,2 434,8 155,6 523 1650

Cálculos para obter o L:

Vermelho (direito – esquerdo)

L = = 231,45mm

Azul - esverdeado (direito – esquerdo)

L = 178,65mm

Azul ( direito – esquerdo)

L = 155,6mm

Constante de Rydberg através da série de Balmer

N = R ( 1 / 22 - 1 / 32)
1/λ = R ( 1/ 4 – 1 / 9)
1/ 7,00x10-7 = R ( 0,25 – 0,11)
0,14x107 = R(0,14)
R(0,14) = 0,14x107
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R = 0,14 x 107 / 0,14 = 1 x 107

Constante de Rydberg = 1 x 107 m-1

6 Conclusão

É importante notar que esta fórmula pode ser aplicada apenas para elementos semelhantes
ao hidrogênio, também chamados de átomos de hidrogenicos, isto é, átomos com apenas um
elétron na orbital mais externo.

7 Referencias

https://pt.khanacademy.org/science/physics/quantumphysics/atoms-and-
electrons/a/bohrs-model-of-hydrogen

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