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Universidade Federal do Amazonas

Departamento de Física
Laboratório de Física Geral III

Demonstração da Força de Lorentz

Abrahin da Silva
Jorge Lucas
Luciana Cerdeira Almeida – 21753838

Manaus-AM
2019/1
1. Objetivo

Estudar o funcionamento da balança de corrente, determinando os


parâmetros que influenciam na força sobre o braço na balança.
Aplicar os conceitos envolvidos da Força de Lorentz para calcular a
indução magnética.

2. Introdução
A seguir serão apresentados todos os aspectos referentes à
atividade experimental realizada em laboratório com o intuito de
estudar o funcionamento da balança de corrente, determinando
os parâmetros que influenciam na força sobre o braço na
balança. Aplicar os conceitos envolvidos na Força de Lorentz
para calcular a indução magnética e comparar os valores obtidos
na realização do experimento com os reais.

3. Fundamentação Teórica
A Força de Lorentz resulta da superposição da força elétrica
proveniente de um campo elétrico E com a força magnética devida
a um campo magnético B atuando sobre uma partícula carregada
eletricamente se movendo no espaço. Tal força é dada pela
fórmula:

F=q (E + V x B)

Evidentemente, para que a superposição ocorra é necessário que a


partícula possua uma carga elétrica líquida não nula (q ≠ 0) e esteja
em movimento em uma região do espaço que possua campo
magnético. Analisando apenas as forças de caráter elétrico, se v =
0, a partícula estará somente sob influência da força elétrica (F = Fe
= qE).
A contribuição a F devido à força elétrica Fe é paralela ao campo
elétrico E, resultando em aceleração da partícula carregada na
mesma direção e sentido do campo (uma partícula carregada
negativamente sofrerá aceleração no sentido contrário ao campo).
A contribuição referente à força magnética (Fm = qv x B) é sempre
perpendicular ao campo B e à velocidade v, simultaneamente,
conforme dita a regra do produto vetorial.
Vale a pena notar que a força magnética não realiza trabalho, uma
vez que é perpendicular ao deslocamento (ou seja, não existe
componente de Fm na direção de v. A força magnética altera a
direção da velocidade sem alterar o seu módulo. Porém, como a
força de Lorentz possui uma componente devida ao campo elétrico,
essa, sim, pode realizar trabalho.
Algumas referências definem a força de Lorentz apenas como a
componente de origem magnética, dando à força eletromagnética
total algum outro nome. Neste artigo, o termo força de Lorentz faz
jus à força elétrica mais a força magnética. A componente
magnética da força de Lorentz se manifesta também como a força
que atua em um fio conduzindo uma corrente elétrica imerso em
uma região com campo magnético, também conhecida como força
de Laplace.
As aplicações da força de Lorentz são muitas, como, por exemplo,
em:

Tubos de raios catódicos;


 Cíclotrons;
 Espectrômetros de
massa;
 Seletor de
velocidades;
 Tokamaks;
Tubos de raios catódicos;
 Cíclotrons;
 Espectrômetros de
massa;
 Seletor de
velocidades;
 Tokamaks;
 Tubos de raios catódicos
 Cíclotrons
 Espectrômetros de Massa
 Seletor de Velocidades
 Tokamaks

4. Procedimentos

4.1– Procedimentos Experimentais

Foi observado o
arranjo montado
sobre a bancada.
Foi colocado o
calço dos polos
1.Sobre o imã mantendo a distância de, aproximadamente, 1 cm
entre os polos.
Foi instalada a
placa de
L=50,0mm, n=1,
no braço da
balança, tomando o
cuidado de
2.Foi instalada a placa de L=50mm, n=2, no braço da balança,
tomando o cuidado de manter o (s) fio (s) horizontal completamente
dentro da região entre os polos do imã.

33.Foi conectada a pl aca


com o fio (espiras) às
fitas condutoras flexíveis e
estas a um
3. Foi conectada a placa com o fio (espiras) às fitas condutoras
flexíveis e estas a um suporte e o suporte a uma fonte de tensão.

4.Antes de ter sido ligado a fonte, foi determinada a massa da placa


utilizando-se, para isso, a balança.

5.Aumentou-se lentamente a corrente na espira e observou-se o


que ocorreu. A placa foi puxada para baixo devido as ações do imã
e o aumento da corrente.

6.Nao houve necessidade de mudar as ligações para que a placa


fosse puxada para baixo.
7.Foi variado lentamente a corrente na placa no intervalo de 0,5 A
até 4,0 A e foi medida a massa aparente da placa utilizando a
balança, para sete valores diferentes da corrente.

8. Foram repetidos os passos 2 a 7 para a espira L=50mm e n=2.

9. Quando terminado, foi desligada a fonte de tensão e foi medida


utilizando-se o medidor de campo magnético, o campo magnético
gerado pelo imã da nossa bancada.

4.2 – Materiais Utilizados

 1 balança de corrente
 1 fonte CC variável
 1 teslametro digital
 1 ímã formato de U
 Fios de conexão
 1 espira, L= 50mm, n=1
 1 espira, L=50mm, n=2
 1 calço dos polos

5. Figura 1. Montagem da balança e Tratamento


de condutor Dados
1) Subtraindo o valor real e cada placa, faça uma tabela de força
aplicada na placa para cada valor de corrente para todas as
placas.

 Placa de L = 100mm, n = 2, Mi= 40,04g

Tabela 1. Dados do experimento L= 100mm, n= 2

I (A) M (g) ∆m (g) Fm (mN)


0 40,04g 0 0
0,5 40,42g 0,38g 0,00372N
1 40,64g 0,60g 0,00588N
1,5 41,09g 1,05g 0,01029N
2 41,30g 1,26g 0,01235N
2,5 41,60g 1,56g 0,01529N
3 41,90g 1,86g 0,01823N
3,5 42,20g 2,16g 0,02117N
4 42,59g 2,55g 0,02499N

Tendo em vista que a força para tal caso é obtida pela equação Fm
= ∆m.g (mN) já que a massa é dada em gramas e ∆m = mf - mi e
g =9,8 m/s2.
 Placa de L = 50 mm, n = 1, mi = 38,03g

Tabela 2. Dados do experimento L = 50mm, n = 1

I (A) M (g) ∆m (g) Fm (mN)


0A 38,03g 0g 0
0,5 A 38,51g 0,48g 0,00470N
1A 38,71g 0,68g 0,00666N
1,5 A 38,90g 0,87g 0,00852N
2A 39,04g 1,01g 0,00989N
2,5 A 39,16g 1,13g 0,01107N
3A 39,30g 1,27g 0,01244N
3,5 A 39,51g 1,48g 0,01450N
4A 39,66g 1,63g 0,01597N

Mais uma vez, tendo em vista que a força para tal caso é obtida
pela equação Fm = ∆m . g (mN) já que a massa e dada em gramas
e ∆m = mf – mi e g = 9,8 m/s2 .
2) Em uma única escala, faça o gráfico de F x i para cada valor
de L. Lembre-se que L = 50mm/n = 2, portanto o valor real de
L é 100mm. Qual a dependência funcional de F e i obtido
experimentalmente? Qual a dependência funcional esperada?

F x i para n = 2
0.03

0.03
f(x) = 0.01 x + 0
R² = 1
0.02

0.02

0.01

0.01

0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5

Gráfico 1. F x i, L= 100 mm

Com cada gráfico possui uma equação de uma reta, determinamos


o campo magnético e o médio em cada placa condutora, dessa
forma:
F = nLB.i
2.50x10-3B = 6,0x10-3
B = 6,0x10-3
100x10-3
B= 0,060 ou 60 mT
F x i para n = 1
0.02
0.02
f(x) = 0 x + 0
0.01 R² = 1
0.01
0.01
0.01
0.01
0
0
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5

Gráfico 2. F x i, L = 50mm

F = nLB.i
1.50x10-3B = 31x10-3
B = 31x10-3
50x10-3
B = 0,062 ou 62mT

3) Obtenha o valor do modulo do campo magnético B em cada


reta através de sua inclinação e compare com o valor medido
com o teslametro.
Campo magnético médio:
B = 0,060 + 0,062
2
B = 0,061 ou 61,00mT

O valor obtido no teslametro foi de 56,6mT, sendo assim o resultado


real se aproxima do encontrado na execução da atividade
experimental.
FxL
60

50
f(x) = 49.99 x − 49.99
R² = 1
40

30 4) Faç
a
20
um
10

0
0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2 2.2

Linear ()

gráfico de F x L para um valor de corrente fixo e igual em cada


uma das placas. Qual a dependência funcional de F e L obtida
experimentalmente? Qual a dependência esperada?

Para o gráfico, com a corrente mantida constante, podemos inferir


que a força magnética é diretamente proporcional ao comprimento
da placa, o que está de acordo com a teoria.

6. Conclusão

Tendo como base o quinto experimento realizado que tinha por


objetivo estudar o funcionamento de uma balança de corrente
determinando os parâmetros que influenciam na força sobre o braço
na balança, utilizando, também, dos conceitos envolvidos na força
de Lorentz tendo em vista calcular a indução magnética.
Partindo desse pressuposto, que considera que a força elétrica (que
sai de um campo elétrico) está diretamente ligada à força magnética
(originada pelo campo magnético) e atuando sobre uma partícula
carregada eletricamente se movendo pelo espaço, tem -se que
essa relação resultou na fórmula da força de Lorentz, apresentada
anteriormente, que mostra a dependência da velocidade na
partícula presente no campo magnético para que ela esteja sob a
influência de ambas as forças.
Com isso, seguimos o procedimento experimental do item anterior
variando a corrente no intervalo de 0,5A a 4,0. Além disso o campo
magnético gerado pelo imã da bancada utilizada no experimento
também foi calculado de modo que pudéssemos relacioná-lo com
os resultados observados no tratamento de dados.
Ademais, observando o resultado teórico em comparação com o
resultado obtido na prática os resultados obtidos foram satisfatórios
visto que não apresentaram grandes variações. Portanto, conclui-
se, partindo do conceito da força de Lorentz, de que a balança, que
se tinha como objeto de estudo, funciona a partir das relações que
são aplicadas às correntes, dependendo do seu sentido, ou seja, a
variação da massa mostrada na balança resultada operação de
soma ou subtração da força magnética com uma outra força ainda
não comentada, a força gravitacional.

7. Referências bibliográficas
WIKIPEDIA. Força de Lorentz. Disponível em: <
https://pt.wikipedia.org/wiki/Forca_de_Lorentz>. Acesso em:
06junho. 2019.
IF-U FGRS. A Força de Lorentz. Disponível em:
<Https://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/mod08/m_s01.html>. Acesso em:
06junho, 2019.
Manual de Laboratório – Universidade Federal do Amazonas,
Instituto de Ciências Exatas,
Departamento de Física.
 Tu bos de raios
catódicos;
 Cíclotrons;
 Espectrômetros de
massa;
 Seletor de velocidades;
 Tokamaks;

 Foi observado o
arranjo montado
sobre a bancada.
Foi colocado o
calço dos polos

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