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Turma: PS7A Grupo: A Data: 05/06/2002

Nome: Guilherme Vaz Moreira


Nome: Cauã Daniel Marra Aguiar Pinto

Lei de Indução de Faraday

Objeti vos
Verificar a indução de uma força eletromotriz em uma bobina devido à variação
de fluxo magnético e, medir a força eletromotriz induzida em outra bobina em função
do ângulo que se forma entre seu eixo e a direção de um campo magnético variável.

Método

Pela Lei de Faraday, podemos descrever uma força eletromotriz gerada por uma
variação do campo magnético a partir da seguinte equação:

−d Φ B
ε=
dt (1)

Sendo Φ B ( t )=N ∗ A ∗ B 0 ∗ cosθ ∗ cosωt , N o número de espiras da bobina, A a sua


área, B0 a amplitude do campo magnético, θ o ângulo da espira com o campo e ω = 2πƒ,
em que ƒ é a frequência de oscilação da corrente. Logo, podemos definir a força
eletromotriz derivando o fluxo magnético:

ε=− ( − N ∗ A B 0 ∗ cos ( θ ) ∗ ω ∗ sen( ωt ) )=ε 0 sen ( ωt ) (2)

Em que ε 0 =N ∗ A ∗ B 0 ∗ ω ∗ cos ( θ) .

A primeira parte do experimento foi realizada em duas etapas. Iniciou-se


comprovando a Lei de Faraday utilizando uma bobina de 1200 espiras conectada a um
microamperímetro analógico com zero central que, ao variar a posição de um imã no
centro do equipamento, mostrava a indução da corrente elétrica. Vale ressaltar que de
acordo com o sentido da variação do ímã, alterava o sentido da corrente.
Posteriormente, substituiu-se o amperímetro conectado à bobina por um diodo emissor
de luz (LED) que emitia luz de acordo com apenas 1 sentido da variação da posição do
ímã.
A segunda parte do experimento consiste em determinar o campo magnético no
centro de uma bobina pequena com raio r = (5,0 ± 0,5) cm e N = 15 espiras que está
posicionada em um suporte giratório entre 2 bobinas maiores com 100 espiras
(Helmholtz) conectadas a uma fonte alternada. A bobina menor é conectada a um
multímetro digital na função voltímetro e, ao variar a angulação dela em relação a
bobina de Helmholtz obtemos diferentes valores da força eletromotriz induzida. Dessa
forma, é possível plotar um gráfico com os valores da força eletromotriz ε0 no eixo y e
os valores do cosseno de θ no eixo x para posteriormente, com uma regressão linear,
obter o valor de B0.
Por último, as conexões dos cabos ligados ao multímetro devem ser trançadas
em pares e, a fonte alternada deve ser ligada a 14 V. Outro fator importante é que o
valor medido pelo multímetro e pelo medidor de campo magnético para campos
alternados é dado pela equação abaixo, logo, é necessário realizar os ajustes corretos.
ε0 B0
ε eficaz = ; B eficaz = (3)
√2 √2
Resultados

1 Dados Iniciais.
Para o desenvolvimento do experimento, foram coletados os dados da área A da
bobina menor e da frequência angular ω de oscilação da corrente.
2
A= ( 78,5 ± 15,7 ) c m ; ω=376,99 rad / s

2 Valores de θ, cos(θ) e ε0.


Tabela 1: Tabela com os valores de θ, obtidos através do transferidor; cos(θ); e ε 0, com o multímetro. A
incerteza de θ está relacionada à resolução do transferidor utilizado e de ε0 ao multímetro.

θ(º) (±0,5) cos (θ ± 0,5º) × 10-1 ε0(mV) (±2%)

0,0 10,0 32

10,0 9,8 31

20,0 9,4 29

30,0 8,7 27

40,0 7,7 24

50,0 6,4 21

60,0 5,0 17

70,0 3,4 13

80,0 1,7 8

90,0 0,0 4

3 Gráfico ε0 × cos(θ).
Figura 1: Gráfico contendo os valores de cos(θ), na Tabela 2, e ε0 (em voltz), através do multímetro. O
valor de a (coeficiente angular) representa NAB0ω e b deveria ser aproximadamente 0.

4 Amplitude do Campo Magnético na Bobina B0 e seu Valor Eficaz Beficaz.


Tabela 2: Tabela com o valor de B 0 e Beficaz, obtidos através do valor de a (coeficiente angular do gráfico
da Figura 1), ω, A e N = 15 espiras. O cálculo dos valores e suas incertezas estão disponíveis no Anexo.

B0 (0,62 ± 0,12) mT

Beficaz (0,44 ± 0,09) mT

5. Campo Magnético Eficaz Medido pelo Teslâmetro (Bteslâmetro)

Ao colocarmos o teslâmetro no centro da Bobina de Helmholtz, o valor para o


campo magnético mostrado no leitor do instrumento foi:

B teslâmetro=(0,43 ± 0,01) mT

Discussão

A parte 1 do experimento é extremamente interessante para melhor visualização


da Lei de Faraday. Com um microamperímetro pudemos conferir que a variação do
fluxo de um campo magnético pode gerar uma corrente elétrica induzida. Fica mais
visível ainda quando utilizamos o diodo emissor de luz (LED), que somente quando
submetido à variação do fluxo em um determinado sentido, ele acendia.
Com a parte 2 do experimento, chegamos no resultado de (0,62 ± 0,12) mT para
a amplitude do campo magnético B0 na bobina menor, que nos forneceu o resultado de
(0,44 ± 0,09) mT para o campo magnético eficiente no centro da Bobina de Helmholtz.
Quando utilizamos o teslâmetro para medir tal campo, o resultado foi extremamente
próximo, sendo (0,43 ± 0,01) mT.
Assim, de duas maneiras diferentes, foi possível experimentar a comprabilidade
da Lei de Faraday. Uma com resultados nítidos visualmente de sua aplicação. Outra
com a obtenção de dois resultados extremamente próximos para o valor do campo
magnético eficaz no centro da Bobina de Helmholtz, um através da aplicação de sua lei
e outro através da utilização de um instrumento de medida (teslâmetro).

Conclusão

Portanto, pela primeira parte do experimento, foi possível comprovar a Lei de


Indução de Faraday. Isso porque, com a variação do fluxo magnético gerado pela
movimentação de um ímã no centro da bobina, surgiu-se uma corrente elétrica tanto no
amperímetro quanto no LED utilizado. Além disso, o valor obtido para o campo
magnético pelo teslâmetro no centro da bobina utilizada, na segunda parte do
experimento, foi somente um centésimo de militesla a menos que o valor calculado
experimentalmente, por meio da regressão linear, o que nos dá um erro relativo de
aproximadamente 2,3%. Dessa forma, com resultados tão próximos, comprova-se a
aplicabilidade da Lei de Indução de Faraday.
Anexo

Figura 2: Cálculo do valor da área A da bobina menor e sua incerteza ΔA, através da utilização do valor
de seu raio r = (5,0 ± 0,5) cm, medido com a trena.

Figura 3: Cálculo de ω (frequência angular de oscilação da corrente), através do valor de ƒ (frequência


de oscilação da corrente).
Figura 4: Cálculo do valor da amplitude do campo B0 na bobina menor e sua incerteza ΔB0, através de a
e Δa (coeficiente angular do gráfico da Figura 1 e sua incerteza), A e ΔA (área da bobina menor e sua
incerteza), ω (frequência angular de oscilação da corrente) e N (o número de espiras da bobina).

Figura 5: Cálculo do valor de Beficaz e ΔBeficaz (campo magnético eficaz no centro da Bobina de
Helmholtz), através do valor de B0 e ΔB0 (amplitude do campo magnético na bobina menor e sua
incerteza).

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