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Escola de Engenharia
RELATÓRIO – 1ª PRÁTICA:
CICLO DE REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE VAPOR
Turma: PDI
Orientador: Prof. Gustavo Sana Trindade
Belo Horizonte
2023
1. INTRODUÇÃO
Em um ciclo ideal, o sistema passa por quatro estágios distintos, conforme ilustrado na
Figura 1.1:
Figura 1.1 – Ciclo de refrigeração por compressão de vapor. Fonte: ÇENGEL e BOLES (7ª
Ed.).
2
Assim, o objetivo desta prática é coletar dados experimentais por meio da operação do
sistema destacado na Figura 1.2 e analisá-los em conformidade com as informações
disponíveis na literatura, discutindo os respectivos resultados.
Procedimentos:
Tabela 2.1 - Incrementos digitais e valores de divisão de escala dos instrumentos de medição.
Fonte: Autoral.
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Valor de divisão de escala do rotâmetro [Ib/min] 0,1
Uma descrição mais completa da bancada de trabalho, incluindo a configuração
experimental, os equipamentos e os procedimentos, bem como os instrumentos de medição
utilizados na prática, podem ser encontrados neste link. As técnicas de medição e os
procedimentos também estão detalhados e disponíveis para consulta.
Dados Experimentais:
Entrada Saída
Temperatura Pressão Temperatura Pressão
[°C] [Kgf/cm²] [°C] [Kgf/cm²]
Compressor - - 86,1 15
Condensador - - - -
Dispositivo de
36,2 9,8 - -
expansão
Evaporador - 2,61 8,8 2,45
Conversão de unidades
1 bar = 100000 Pa
1 bar = 1,02 kgf/cm²
1 kgf/cm² = 98066,5 Pa
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De antemão, o fluido refrigerante utilizado foi o R12, e as medições mencionadas
foram realizadas no dia 04 de setembro de 2023, no município de Belo Horizonte/MG. Sendo
assim, a pressão ambiente adotada (92170 Pa) foi obtida a partir do Instituto Nacional de
Meteorologia do Brasil (INMET), de acordo com os dados horários da estação meteorológica
A521, localizada na região da Pampulha (Computei erroneamente o dado horário de 13:00,
em vez de 15:00. Gentileza adotar 92170 Pa para correção deste relatório).
Logo, com base nos dados, os diagramas T-s e P-h foram computacionalmente
determinados com auxílio do software Engineering Equation Solver (EES), como pode ser
visto na Figura 2.3 e na Figura 2.4.Figura 2.4
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Sendo os pontos:
1 – Saída do evaporador;
2 – Saída do compressor;
3 – Entrada da válvula;
4 – Entrada do evaporador.
Cálculos e Resultados:
1ª Lei da termodinâmica:
( ) ( )
2 2
dU v v
=Q̇−Ẇ + ∑ ṁe he + e + g z e −∑ ṁs h s + s + g z s
dt 2 2
2ª Lei da termodinâmica:
d S sist 1
=∑ Q̇+ S ˙ger ∑ ṁe s e −∑ ṁs s s
dt T
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Em relação aos cálculos, é importante destacar que as equações empregadas neste
relatório foram obtidas a partir das leis da termodinâmica (1ª e 2ª) para volume de controle,
apresentadas acima. Contudo, as equações consideram que os processos ocorrem em regime
permanente, sem variações de energia cinética e potencial. Sendo assim, os resultados
encontrados estão destacados na Figura 2.6 abaixo:
O memorial do cálculo computacional, por sua vez, está detalhado nos tópicos a
seguir:
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Coeficiente radioativo:
Nesta equação,
σ é a constante de Stefan-Boltzmann;
Coeficiente convectivo:
O coeficiente convectivo (h conv), por sua vez, foi determinado por meio do número de
Nusselt ( Nu), um parâmetro adimensional que descreve a relação entre a transferência de
hconv L
calor por convecção e condução. A fórmula geral é dada pela equação Nu= , em que L
Kf
é o comprimento característico e K f é a condutividade térmica do fluido, neste caso, o ar
atmosférico.
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Em que Ra é o número de Rayleigh (parâmetro adimensional empregado para
caracterizar o fluxo de convecção natural em um fluido), definido como o produto do número
de Grashof (Gr ¿ e o número de Prandtl ( Pr ):
gβ ( T s−T ∞ ) L3
Ra=Gr . Pr=
να
Em que,
g é a aceleração da gravidade;
L é o comprimento característico;
9
Figura 2.7 – Memorial de cálculo. Fonte: Engineering Equation Solver (EES).
( T s +T amb )
Tf=
2
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Por fim, referente aos tópicos seguintes, segue o memorial de cálculo na Figura 2.8.
i
Q̇rad =∑ hrad A i (T s−T amb)
1
Onde:
i
Q̇conv =∑ h conv Ai ( T s−T amb )
1
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Portanto, a soma dessas parcelas totalizou o calor dissipado pela superfície do
compressor.
Q̇comp=−48 , 61 [W]
c) Trabalho de compressão;
Ẇ comp=ṁ(h2−h1)
Onde,
∴ Ẇ comp=−422 , 9 [W]
d) COP do sistema;
Q̇L
COP=
Ẇ comp
Em que,
Q̇ L= ṁ(h1−h 4)
∴ COP=2,832
A eficiência de segunda lei avalia o quão próximo um processo está de ser totalmente
reversível. Diferente da eficiência de primeira lei, que mede a eficiência de conversão de
energia baseada na conservação de energia, a eficiência de segunda lei considera a direção e
qualidade da energia e a irreversibilidade dos processos:
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COP R COP R
η II = =
COP R , Carnot 1
TH
−1
TL
∴ ηII =0,5871
Figura 2.9 – Diagrama h-s. Fonte: Adaptado de ÇENGEL e BOLES (7ª Ed.).
Sendo assim, conforme o diagrama ilustrado na Figura 2.9, a eficiência isentrópica do
compressor adiabático pode ser calculada da seguinte maneira:
h2 s −h1
η s ,1=
h2−h1
η s ,1=0,7495
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adiabático, há transferência de calor com o ambiente. Portanto, respeitando o balanço de
energia em um ciclo de refrigeração regime permanente, tem-se que:
h 2 s−h1
η s ,2=
h2−h1−q
∴ ηs , 2=0,6633
Em que:
˙
Qcomp
q= ≅ −4946 [J/kg]
ṁ
d S sist 1
=∑ Q̇+ S ˙ger ∑ ṁe s e −∑ ṁs s s
dt T
˙
Q comp
0= + S˙ger + ṁ( s˙1− s˙2)
Ts
Incertezas e Erros:
Como todas as medições estão sujeitas a erros, sejam eles grosseiros, sistemáticos ou
aleatórios, é crucial que as incertezas expandidas associadas aos resultados sejam
consideradas.
Neste contexto, como foram realizadas medições diretas de grandezas não variáveis, e
os instrumentos utilizados não possuem certificados de calibração, tem-se que os resultados
de medição (RM) devem ser indicados da seguinte maneira:
RM =I ± Emáx
Sendo o erro máximo ( Emáx ¿ entre 1 e 2 vezes (1x) o valor da divisão de escala
(VDE) de sistemas de medição (SM) analógicos, e entre 2 e 5 vezes (3x) o incremento (ID) de
sistemas digitais, ou seja:
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Tabela 2.4 - Erro máximo ( Emáx ¿ dos instrumentos de medição. Fonte: Autoral.
SM VDE/ID Emáx
Termopares [°C] 0,1 0,3
Pirômetro [°C] 0,1 0,3
Manômetros [kgf/cm²] 0,1 0,1
Manômetros* [Bar] 0,2 0,2
Rotâmetro [Ib/min] 0,1 0,1
Conversão de unidades
1 bar = 100000 Pa
1 bar = 1,02 kgf/cm²
1 kgf/cm² = 98066,5 Pa
SM Emáx
Termopares [K] 0,3
Pirômetro [K] 0,3
Manômetros [Pa] 9806,65
Manômetros* [Pa] 20000
Rotâmetro [kg/s] 0,00076
SM RM*
hrad [W/m²K] 6,97 ± 0,01
hlateral , 1[W/m²K] 4,37±0,01
hlateral , 2[W/m²K] 4,37±0,01
h superior[W/m²K] 7,48±0,02
hinferior [W/m²K] 4,16±0,01
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Q̇comp[W] -48,6±0,6
∴ Ẇ comp[W] -422±30
∴ COP 2,83±0,04
∴ ηII 0,59±0,01
η s ,1 0,75±0,02
∴ ηs , 2 0,66±0,02
∴ S ˙ger [W/K] 0,41±0,03
*1 algarismo significativo (adoção conservadora).
Figura 2.10 – Ilustração exemplar dos cálculos das incertezas expandidas. Fonte: Engineering
Equation Solver (EES).
3. CONCLUSÕES
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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