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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Escola de Engenharia

GUILHERME INÁCIO CAMARÇO - 2019028977

RELATÓRIO – 1ª PRÁTICA:
CICLO DE REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE VAPOR

Realizado em 04 de Setembro, 2023

Relatório apresentado à disciplina Laboratório de


Térmica, do Curso de Bacharelado em Engenharia
Mecânica da Universidade Federal de Minas Gerais.

Turma: PDI
Orientador: Prof. Gustavo Sana Trindade

Belo Horizonte
2023
1. INTRODUÇÃO

O ciclo de refrigeração por compressão de vapor é, em linhas gerais, um processo que


utiliza um fluido refrigerante, comumente o R134a, para absorver calor da fonte fria
(ambiente a ser resfriado) e rejeitá-lo para outro local, conhecido como fonte quente.

Em um ciclo ideal, o sistema passa por quatro estágios distintos, conforme ilustrado na
Figura 1.1:

Figura 1.1 – Ciclo de refrigeração por compressão de vapor. Fonte: ÇENGEL e BOLES (7ª
Ed.).

1. Compressão adiabática e reversível em um compressor;


2. Rejeição de calor a pressão constante em um condensador;
3. Estrangulamento adiabático em um dispositivo de expansão;
4. Absorção de calor a pressão constante em um evaporador.

Os processos de compressão e estrangulamento são, respectivamente, isentrópico e


isentálpico. Contudo, é relevante ressaltar que o ciclo ideal é uma abstração teórica criada
para facilitar o estudo e a compreensão dos princípios fundamentais da refrigeração. Na
prática, há fatores como perdas, variações de temperatura e irreversibilidades que afetam a
eficiência dos sistemas reais e que não são considerados na idealização.

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Assim, o objetivo desta prática é coletar dados experimentais por meio da operação do
sistema destacado na Figura 1.2 e analisá-los em conformidade com as informações
disponíveis na literatura, discutindo os respectivos resultados.

Figura 1.2 – Bancada de trabalho. Fonte: Autoral.

2. PROCEDIMENTOS E RESULTADOS EXPERIMENTAIS

Procedimentos:

Em suma, a bancada de trabalho em foco foi posta em operação e mantida em


funcionamento contínuo durante tempo suficiente para atingir o regime permanente do
sistema de refrigeração. Isso foi feito para assegurar o controle das variáveis e a precisão dos
resultados.

Termopares, manômetros, pirômetro e rotâmetro foram os instrumentos de medição


utilizados para coleta dos dados durante o experimento. Seus respectivos incrementos e
valores de divisão de escala estão destacados na Tabela 2.1 abaixo:

Tabela 2.1 - Incrementos digitais e valores de divisão de escala dos instrumentos de medição.
Fonte: Autoral.

Incremento digital dos termopares [°C] 0,1


Incremento digital do pirômetro [°C] 0,1
Emissividade ajustada no pirômetro (ε ) 0,95
Valor de divisão de escala dos manômetros [kgf/cm²] 0,1
Valor de divisão de escala dos manômetros* [Bar] 0,2

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Valor de divisão de escala do rotâmetro [Ib/min] 0,1
Uma descrição mais completa da bancada de trabalho, incluindo a configuração
experimental, os equipamentos e os procedimentos, bem como os instrumentos de medição
utilizados na prática, podem ser encontrados neste link. As técnicas de medição e os
procedimentos também estão detalhados e disponíveis para consulta.

Dados Experimentais:

As medições realizadas durante a prática estão resumidas na Tabela 2.2, e os dados


necessários para determinação do ciclo de refrigeração foram convertidos e transcritos para
Tabela 2.3.

Tabela 2.2 – Medições experimentais. Fonte: Autoral.

Pressão ambiente [Bar] 0,9217


Temperatura ambiente [°C] 27,5
Temperatura de superfície do compressor [°C] 62,7
Temperatura de entrada da válvula termostática [°C] 36,2
Temperatura de saída do compressor [°C] 86,1
Temperatura de saída do evaporador [°C] 8,8
Pressão manométrica de saída do compressor [kgf/cm²] 15,0
Pressão manométrica de entrada da válvula termostática [Bar] 9,6
Pressão manométrica de entrada do evaporador [kgf/cm²] 2,61
Pressão manométrica de saída do evaporador [kgf/cm²] 2,45
Vazão mássica [Ibm/min] 1,30

Tabela 2.3 – Dados do ciclo de refrigeração. Fonte: Autoral.

Entrada Saída
Temperatura Pressão Temperatura Pressão
[°C] [Kgf/cm²] [°C] [Kgf/cm²]
Compressor - - 86,1 15
Condensador - - - -
Dispositivo de
36,2 9,8 - -
expansão
Evaporador - 2,61 8,8 2,45

Conversão de unidades
1 bar = 100000 Pa
1 bar = 1,02 kgf/cm²
1 kgf/cm² = 98066,5 Pa

1lbm/min = 0,00755987 kg/s

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De antemão, o fluido refrigerante utilizado foi o R12, e as medições mencionadas
foram realizadas no dia 04 de setembro de 2023, no município de Belo Horizonte/MG. Sendo
assim, a pressão ambiente adotada (92170 Pa) foi obtida a partir do Instituto Nacional de
Meteorologia do Brasil (INMET), de acordo com os dados horários da estação meteorológica
A521, localizada na região da Pampulha (Computei erroneamente o dado horário de 13:00,
em vez de 15:00. Gentileza adotar 92170 Pa para correção deste relatório).

Logo, com base nos dados, os diagramas T-s e P-h foram computacionalmente
determinados com auxílio do software Engineering Equation Solver (EES), como pode ser
visto na Figura 2.3 e na Figura 2.4.Figura 2.4

Figura 2.3 – Diagrama T-s. Fonte: Engineering Equation Solver (EES).

Figura 2.4 - Diagrama P-h. Fonte: Engineering Equation Solver (EES).

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Sendo os pontos:

1 – Saída do evaporador;

2 – Saída do compressor;

3 – Entrada da válvula;

4 – Entrada do evaporador.

Figura 2.5 – Propriedades termodinâmicas do fluido. Fonte: Engineering Equation Solver


(EES).

Cálculos e Resultados:

1ª Lei da termodinâmica:

( ) ( )
2 2
dU v v
=Q̇−Ẇ + ∑ ṁe he + e + g z e −∑ ṁs h s + s + g z s
dt 2 2

2ª Lei da termodinâmica:

d S sist 1
=∑ Q̇+ S ˙ger ∑ ṁe s e −∑ ṁs s s
dt T

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Em relação aos cálculos, é importante destacar que as equações empregadas neste
relatório foram obtidas a partir das leis da termodinâmica (1ª e 2ª) para volume de controle,
apresentadas acima. Contudo, as equações consideram que os processos ocorrem em regime
permanente, sem variações de energia cinética e potencial. Sendo assim, os resultados
encontrados estão destacados na Figura 2.6 abaixo:

Figura 2.6 – Resultados. Fonte: Engineering Equation Solver (EES).

O memorial do cálculo computacional, por sua vez, está detalhado nos tópicos a
seguir:

a) Coeficientes convectivos e radiativo da transferência de calor da superfície do


compressor para o ambiente. Considere o compressor como um paralelepípedo de
altura, largura e comprimento iguais a 23,50 cm, 11,50 cm e 13,00 cm, respectivamente.
Justifique a validade das correlações utilizadas;

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Coeficiente radioativo:

Para o cálculo do coeficiente de transferência de calor radiativo ( hrad ), utilizou-se a lei


de Stefan-Boltzmann para radiação térmica, expressa como:

hrad =εσ (T s+ T amb ) ( T 2s +T 2amb )

Nesta equação,

ε é a emissividade ajustada no pirômetro;

σ é a constante de Stefan-Boltzmann;

T s é a temperatura da superfície do compressor;

T amb é a temperatura ambiente.

Coeficiente convectivo:

O coeficiente convectivo (h conv), por sua vez, foi determinado por meio do número de
Nusselt ( Nu), um parâmetro adimensional que descreve a relação entre a transferência de
hconv L
calor por convecção e condução. A fórmula geral é dada pela equação Nu= , em que L
Kf
é o comprimento característico e K f é a condutividade térmica do fluido, neste caso, o ar
atmosférico.

Dessa maneira, considerando o compressor como um paralelepípedo de altura, largura


e comprimento iguais a 23,50 cm, 11,50 cm e 13,00 cm, respectivamente, adotou-se, de
acordo com a literatura (Incorpora, F. P., & Dewitt, D. P., 7ª Ed.), as correlações empíricas
abaixo para transferência de calor por convecção natural em escoamentos externos sobre
geometrias planas vertical e horizontal:

Para as superfícies superior e inferior do compressor (placa aquecida), tem-se,


respectivamente, que:
1/4
Nu=0 , 54. Ra
1 /5
Nu=0 , 52. Ra

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Em que Ra é o número de Rayleigh (parâmetro adimensional empregado para
caracterizar o fluxo de convecção natural em um fluido), definido como o produto do número
de Grashof (Gr ¿ e o número de Prandtl ( Pr ):

gβ ( T s−T ∞ ) L3
Ra=Gr . Pr=
να

Em que,

g é a aceleração da gravidade;

β é o coeficiente de expansão térmica;

T s é a temperatura da superfície do compressor;

T ∞ é a temperatura do fluido (neste caso, T ∞=T amb);

L é o comprimento característico;

ν é a viscosidade cinemática do fluido;

α é a difusividade térmica do fluido.

É importante ressaltar que as correlações acima são aplicáveis para Pr ≤ 0 , 7 e


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10 ≤ Ra≤ 10 , aproximadamente.

De modo semelhante, para as superfícies laterais do compressor (placa vertical), tem-


se que:
1/ 4
0,670. Ra
Nu=0 , 68+
¿¿

Correlação aplicável para Ra≤ 109 , aproximadamente.

Portanto, respeitadas as restrições ( Pr ≅ 0 , 7 ;10 4 ≤ Rai ≤10 7):

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Figura 2.7 – Memorial de cálculo. Fonte: Engineering Equation Solver (EES).

hrad =6,967 [W/m²K]

hlateral , 1=4,365 [W/m²K]

hlateral , 2=4,365 [W/m²K]

h superior =7,484 [W/m²K]

hinferior =4,157 [W/m²K]

Todas as propriedades térmicas foram avaliadas em função da temperatura de filme (


T f ), definida como:

( T s +T amb )
Tf=
2

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Por fim, referente aos tópicos seguintes, segue o memorial de cálculo na Figura 2.8.

Figura 2.8 - Memorial de cálculo. Fonte: Engineering Equation Solver (EES).


b) Calor dissipado pela superfície do compressor;

Para o cálculo do calor dissipado, assumiu-se que a temperatura da superfície se


manteve constante e que a interface lateral entre o compressor (altura x largura) e o motor é
adiabática. Sendo assim, utilizou-se, para estimativa do calor dissipado por radiação ( Q̇rad ¿, a
equação a seguir:

i
Q̇rad =∑ hrad A i (T s−T amb)
1

Onde:

hrad é o coeficiente de transferência de calor radioativo;

Ai é a área da superfície i do compressor;

T s é a temperatura da superfície do compressor;

T amb é a temperatura ambiente.

De maneira análoga, para estimativa do calor dissipado por convecção (Q̇conv ):

i
Q̇conv =∑ h conv Ai ( T s−T amb )
1

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Portanto, a soma dessas parcelas totalizou o calor dissipado pela superfície do
compressor.

Q̇comp=−48 , 61 [W]

c) Trabalho de compressão;

De acordo com as considerações já mencionadas, em um ciclo ideal, o trabalho de


compressão (Ẇ comp) é dado por:

Ẇ comp=ṁ(h2−h1)

Onde,

ṁ é a vazão mássica do fluido refrigerante;

h2 é a entalpia na saída do compressor;

h1 é a entalpia na entrada do compressor.

∴ Ẇ comp=−422 , 9 [W]

d) COP do sistema;

O Coeficiente de Desempenho (COP) é a medida da eficiência ideal do sistema. No


caso de um refrigerador, o COP é definido como a quantidade de calor removida da fonte fria
( Q̇ L ), dividida pelo trabalho realizado pelo compressor (Ẇ comp):

Q̇L
COP=
Ẇ comp

Em que,

Q̇ L= ṁ(h1−h 4)

∴ COP=2,832

e) Eficiência de segunda lei do sistema;

A eficiência de segunda lei avalia o quão próximo um processo está de ser totalmente
reversível. Diferente da eficiência de primeira lei, que mede a eficiência de conversão de
energia baseada na conservação de energia, a eficiência de segunda lei considera a direção e
qualidade da energia e a irreversibilidade dos processos:

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COP R COP R
η II = =
COP R , Carnot 1
TH
−1
TL

∴ ηII =0,5871

f) Eficiência isentrópica do compressor, considerando-o adiabático;

A eficiência isentrópica do compressor é uma medida de quão eficientemente um


compressor converte a potência de entrada em trabalho útil, e é calculada comparando o
trabalho real realizado pelo compressor com o trabalho ideal que seria realizado em um
processo isentrópico.

Figura 2.9 – Diagrama h-s. Fonte: Adaptado de ÇENGEL e BOLES (7ª Ed.).
Sendo assim, conforme o diagrama ilustrado na Figura 2.9, a eficiência isentrópica do
compressor adiabático pode ser calculada da seguinte maneira:

h2 s −h1
η s ,1=
h2−h1

η s ,1=0,7495

g) Eficiência isentrópica do compressor, considerando-o não adiabático;

A eficiência isentrópica de um compressor não adiabático pode ser calculada de


maneira semelhante à do compressor adiabático. A diferença é que, em um compressor não

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adiabático, há transferência de calor com o ambiente. Portanto, respeitando o balanço de
energia em um ciclo de refrigeração regime permanente, tem-se que:

h 2 s−h1
η s ,2=
h2−h1−q

∴ ηs , 2=0,6633

Em que:
˙
Qcomp
q= ≅ −4946 [J/kg]

h) Taxa de entropia gerada no compressor.

A taxa de entropia gerada em um compressor pode ser calculada usando a 2ª lei da


termodinâmica para um volume de controle, levando em consideração um processo real
irreversível e com transferência de calor para o ambiente:

d S sist 1
=∑ Q̇+ S ˙ger ∑ ṁe s e −∑ ṁs s s
dt T

˙
Q comp
0= + S˙ger + ṁ( s˙1− s˙2)
Ts

∴ S ˙ger =0,4101 [W/K]

Incertezas e Erros:

Como todas as medições estão sujeitas a erros, sejam eles grosseiros, sistemáticos ou
aleatórios, é crucial que as incertezas expandidas associadas aos resultados sejam
consideradas.

Neste contexto, como foram realizadas medições diretas de grandezas não variáveis, e
os instrumentos utilizados não possuem certificados de calibração, tem-se que os resultados
de medição (RM) devem ser indicados da seguinte maneira:

RM =I ± Emáx

Sendo o erro máximo ( Emáx ¿ entre 1 e 2 vezes (1x) o valor da divisão de escala
(VDE) de sistemas de medição (SM) analógicos, e entre 2 e 5 vezes (3x) o incremento (ID) de
sistemas digitais, ou seja:

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Tabela 2.4 - Erro máximo ( Emáx ¿ dos instrumentos de medição. Fonte: Autoral.

SM VDE/ID Emáx
Termopares [°C] 0,1 0,3
Pirômetro [°C] 0,1 0,3
Manômetros [kgf/cm²] 0,1 0,1
Manômetros* [Bar] 0,2 0,2
Rotâmetro [Ib/min] 0,1 0,1

Realizando a conversão de unidades:

Conversão de unidades
1 bar = 100000 Pa
1 bar = 1,02 kgf/cm²
1 kgf/cm² = 98066,5 Pa

1lbm/min = 0,00755987 kg/s

Tabela 2.5 – Correção do Erro máximo ( Emáx ¿. Fonte: Autoral.

SM Emáx
Termopares [K] 0,3
Pirômetro [K] 0,3
Manômetros [Pa] 9806,65
Manômetros* [Pa] 20000
Rotâmetro [kg/s] 0,00076

Portanto, respeitando as regras metrológicas (Fonte: ALBERTAZZI e DE SOUSA, 2ª


Ed.) e considerando as incertezas associadas aos instrumentos, procedimentos e outras
possíveis fontes de erro, verifica-se os resultados de medição (RM) compilados na Tabela 2.6
e calculados no software EES.

Tabela 2.6 – Resultados de medição. Fonte: Autoral.

SM RM*
hrad [W/m²K] 6,97 ± 0,01
hlateral , 1[W/m²K] 4,37±0,01
hlateral , 2[W/m²K] 4,37±0,01
h superior[W/m²K] 7,48±0,02
hinferior [W/m²K] 4,16±0,01

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Q̇comp[W] -48,6±0,6
∴ Ẇ comp[W] -422±30
∴ COP 2,83±0,04
∴ ηII 0,59±0,01
η s ,1 0,75±0,02
∴ ηs , 2 0,66±0,02
∴ S ˙ger [W/K] 0,41±0,03
*1 algarismo significativo (adoção conservadora).

Figura 2.10 – Ilustração exemplar dos cálculos das incertezas expandidas. Fonte: Engineering
Equation Solver (EES).

3. CONCLUSÕES

A partir dos procedimentos descritos e dos resultados apresentados, torna-se evidente


a importância da idealização do ciclo de refrigeração por compressão de vapor. Embora seja
uma simplificação teórica que desconsidera alguns fatores presentes em sistemas reais, é uma
ferramenta crucial para entendimento dos conceitos básicos e do princípio de funcionamento
do ciclo.

Contudo, apesar dos resultados satisfatórios, é fundamental lembrar que os processos


ocorrem com variações de energia cinética e potencial, diferente do modelo ideal, o que
influencia diretamente na eficácia dos sistemas. Logo, a coleta e análise dos dados
experimentais, conforme proposto neste estudo, são vitais para avaliações e comparações de
desempenhos reais e aparentes, o que permite uma discussão detalhada para o
desenvolvimento de estratégias para aproximá-los.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] ALBERTAZZI, A. A.; DE SOUSA, S. M. G. Fundamentos de Metrologia Científica e


Industrial. 2ª Ed.;

[2] ÇENGEL, Y. A.; BOLES, M. A. Termodinâmica. 7ª Ed.;

[3] Incropera, F. P., & Dewitt, D. P. (Ano de publicação). Fundamentos de Transferência de


Calor e Massa (7a ed.). LTC Editora;

[4] Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil – INMET. (2023). Recuperado de


https://bdmep.inmet.gov.br/.

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